COMPARTILHE NAS SUAS REDES

José Luandino Vieira - fios de memória e estórias

José Luandino Vieira - foto: JC Venancio

© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske
Por gentileza citar conforme consta no final desse trabalho.  


"Pode mesmo a gente saber, com a certeza, como é um caso começou, aonde começou, por quê, pra quê, quem? Saber mesmo o que estava se passar no coração da pessoa que faz, que procura, desfaz ou estraga as conversas, as macas? Ou tudo que passa na vida não pode-se-lhe agarrar no princípio, quando chega nesse princípio vê afinal esse mesmo princípio era também fim doutro princípio e então, se a gente segue assim, para trás ou para frente, vê que não pode partir o fio da vida, mesmo que está podre nalgum lado, ele sempre se emenda noutro sítio, cresce, desvia, foge, avança, curva, para, esconde, aparece... e digo isto, tenho minha razão. As pessoas falam, as gentes que estão nas conversas, que sofrem os casos e as macas contam, e logo ali, ali mesmo, nessa hora em que passa qualquer confusão, cada qual fala a sua verdade e se continuam falar e discutir, a verdade começa dar fruta, no fim é mesmo uma quinda de mentiras, que a mentira é uma hora da verdade ou o contrário mesmo. [...] O fio da vida que mostra o quê, o como das conversas, mesmo que está podre não parte. Puxando-lhe, emendando-lhe, sempre a gente encontra um princípio num sítio qualquer, mesmo que esse princípio é o fim doutro princípio. Os pensamentos, na cabeça das pessoas, têm ainda de começar em qualquer parte, qualquer dia, qualquer caso. Só o que precisa é procurar saber." 
- Xica Futa, em “Estória do ladrão e do papagaio”. in: "Luuanda" de José Luandino Vieira. São Paulo: Ática, 1982, p.52.




José Luandino Vieira -  50 anos de Luuanda
José Luandino Vieira pseudônimo literário de José Vieira Mateus da Graça (poeta, contista, tradutor), nascido na Lagoa do Furadouro (Portugal) em 4 de Maio de 1935mas emigrou com os pais para Angola em 1938. É cidadão angolano pela sua participação no movimento de libertação nacional e contribuição no nascimento da República Popular de Angola. 
Passou a sua infância e juventude em Luanda, onde fez o ensino primário e secundário. Foi preso pela PIDE em 1959, no âmbito do Processo dos 50, e de novo preso em 1961. Condenado a 14 anos de prisão e medidas de
segurança, em 1964, foi transferido para o campo de concentração do Tarrafal, Cabo Verde, onde passou 8 anos. No âmbito da abertura marcelista, foi libertado em 1972, mantido em regime de residência vigiada em Lisboa. Iniciou então a publicação da sua obra, na grande maioria escrita nas diversas prisões por onde passou. 
A sua estreia literária foi feita na revista Mensagem, da Casa dos Estudantes do Império de Lisboa, em 1950, tendo colaborado nesta revista em anos posteriores (1961-1963) e ainda em O Estudante (Luanda, 1952), Cultura (Luanda, 1957), Boletim Cultural do Huambo (Nova Lisboa, 1958), Jornal de Angola (Luanda, 1961-1963), Jornal do Congo (Carmona, 1962), Vértice (Coimbra, 1973) e Jornal de Luanda (1973 -?), entre outros. 
Em 1975 regressou a Angola. Organizou e dirigiu a Televisão Popular de Angola (1975-1978), ocupou ainda os cargos de diretor do Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA (1975-1979) e do Instituto Angolano de Cinema (1979-1984), foi co-fundador da União dos Escritores Angolanos, sendo seu secretário-geral (1975-1980 e 1985-1992) e secretário-geral adjunto da Associação dos Escritores Afroasiáticos (1979-1984). Na sequência das eleições de 1992, e do reinício da guerra civil angolana, regressou a Portugal. Radicou-se no Minho Vila Nova de Cerveira.
Recebeu vários prémios literários: no ano de 1961 recebe o prémio da Sociedade Cultural de Angola e da Casa dos Estudantes do Império de Lisboa; em 1963 recebe o prémio da Associação dos Naturais de Angola e o Prémio Mota Veiga; em 1965 foi-lhe atribuído o «Grande Prémio de Novelística» da Sociedade Portuguesa de Autores, para a sua obra "Luuanda". Na sequência desta atribuição, a Sociedade Portuguesa de Escritores foi encerrada pela PIDE, e o júri perseguido. Em 2006, foi-lhe atribuído o Prémio Camões, que, ‘por razões íntimas e pessoais’, recusou receber. E em 2008, foi-lhe atribuído o Prémio Cultura do Ministério da Cultura do Governo de Angola. 
A sua obra é composta de:
Capa do livro "Vidas novas", de José Luandino Vieira
[Ilustração de José Rodrigues]
Contos e estórias curtas: A cidade e a infância (1957); Duas histórias de pequenos burgueses (1961); Luuanda (1963); Vidas novas (1968); Velhas histórias (1974); Duas histórias (1974); No antigamente, na vida (1974); Macandumba (1978); Lourentinho, Dona Antónia de Sousa Neto & eu (1981);  História da baciazinha de Quitaba (1986); À espera do luar (1998); Kapapa: pássaros e peixes (1998); e A fronteira de asfalto (2012).
Novelas: A vida verdadeira de Domingos Xavier (1961); e João Vêncio. Os seus amores (1979).
Romances: Nós, os do Makulusu (1974); Nosso Musseque (2003); e O livro dos rios, 1º vol. da trilogia De rios velhos e guerrilheiros (2006).
Infanto-juvenis: A guerra dos fazedores de chuva com os caçadores de nuvens. Guerra para crianças (2006); - Fábulas angolanas: Kaxinjengele e o poder (2007); Kiombokiadimuka e a liberdade (2008); Puku Kambundu e a sabedoria (2009); Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi (2010); Ngola Mukongo e a Justiça (2011); Xingandele, o corvo de colarinho branco (2012); Dimandondo, o morcego dos três nomes (2013); e Katubia Ufolo, o pássaro serpente (2015).
____
:: Fontes: Editorial Caminho/ Letras e Coisas/ CES - Centro de Estudos Sociais - Laboratório Associado a Universidade de Coimbra/e Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999.


“Minha estória. Se é bonita, se é feia, vocês é que sabem. Eu só juro não falei mentira e estes casos passaram nesta nossa terra de Luanda.”
- José Luandino Vieira, em "Luuanda". São Paulo: Ática, 1982, p. 123.


PRÊMIOS
José Luandino Vieira - foto: (...)
:: Prémio Sociedade Cultural de Angola, 1961;
:: Prémio João Dias, pela obra "Vidas novas", 1962;
:: Associação de Naturais de Angola. 1963;
:: Prêmio literário angolano D. Maria José Abrantes Mota Veiga, pela obra "Luuanda" em 1964;
:: Prémio Camilo Castelo BrancoGrande Prémio de novelística da Sociedade Portuguesa de Escritores, pela obra "Luuanda" 1965;
:: Prémio Camões. 2006*.
:: Prémio Cultura do Ministério da Cultura do Governo de Angola, 2008.
Em 2006 foi-lhe atribuído o Prémio Camões, o maior galardão literário da língua portuguesa. Luandino recusou o prémio alegando, segundo um comunicado de imprensa, «motivos íntimos e pessoais». Entrevistas posteriores, sobretudo ao Jornal de Letras, esclareceram que o autor não aceitara o prémio por se considerar um escritor morto e, como tal, entendia que o mesmo deveria ser entregue a alguém que continuasse a produzir. Neste mesmo ano publica dois novos livros e nos anos seguintes pública várias obras voltadas ao público infanto-juvenil.


"É muito difícil nesta altura dizer qualquer coisa; mas podes afirmar aos amigos e companheiros que procurarei sempre ser digno da confiança que têm em mim; que, nas minhas possibilidades e dentro do meu particular campo de acção – o estético –... tudo farei para que a felicidade, a paz e o progresso sejam usufruídos por todos." 
- José Luandino Vieira, "trecho de entrevista concedida a Michel Laban em 1977". in: LABAN, Michel (Org.). Luandino: José Luandino Vieira e sua obra: estudos, testemunhos, entrevistas. Lisboa: Edições 70, 1977, p. 91. 


BIBLIOGRAFIA

OBRA DE LUANDINO VIEIRA PUBLICADA EM PORTUGAL
Contos e estórias curtas
Capa do livro "Luuanda",  de Luandino Vieira
- 3ª edição portuguesa, 1974
:: A cidade e a infânciaLisboa: Casa dos Estudantes do Império.1957; 2ª ed., Lisboa: Edições 70, 1978, 163p.
:: Duas histórias de pequenos burgueses. (Colecção Imbondeiro, 23). Luanda: Sá da Bandiera, 1961.
:: LuuandaLisboa: Edições 70, 1963; (Coleção Outras Margens. 36). Lisboa: Editorial Caminho, 2004.
:: Vidas novas. Porto: Afrontamento, 1975. Lisboa: Editorial Caminho, 2007Edição especial [ilustrações José Rodrigues]. Lisboa: Edições 70, 2007, 191p.
:: Velhas estórias. Lisboa: Plátano, 1974;  2ª ed., Lisboa: Edições 70, 1976.
:: Duas estórias. [Cadernos capricórnio. 24]. Lobito, 1974, 19p. 
:: No antigamente, na vida. Porto: Edições 70, 1974; Lisboa: Editorial Caminho, 2005
:: Macandumba. Lisboa: Edições 70, 1978.
:: Lourentinho, Dona Antónia de Sousa Neto & euLisboa: Edições 70, 1981.
:: História da baciazinha de Quitaba. 1986.
:: À espera do luar. [ilustrações José Rodrigues]. Viana do Castelo: Câmara Municipal de Viana do Castelo, 1998.
:: Kapapa: pássaros e peixes. Lisboa: Editora Expo'98, 1998, 50p.
:: A fronteira de asfalto [ilustrações Alberto Péssimo]. Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2012.

Novelas
:: A vida verdadeira de Domingos Xavier. 1961; Porto: Edições 70, 1987; Lisboa: Editorial Caminho, 2003, 115p.
:: João Vêncio. Os seus amoresPorto: Edições 70, 1979; 2ª ed., Lisboa: Edições 70, 1987; (Coleção Outras Margens 29). Lisboa: Editorial Caminho, 2004

Romances
:: Nós, os do Makulusu. Lisboa: Sá da Costa, 1974; (Coleção Outras Margens. 26). Lisboa: Editorial Caminho, 2004.
:: Nosso Musseque(Coleção Outras Margens. 13). Lisboa: Editorial Caminho,  2003.
:: O livro dos rios. 1º vol. da trilogia De rios velhos e guerrilheiros [com ilustrações de sua autoria].. (Coleção Outras Margens. 58). Lisboa: Editorial Caminho, 2006, 139p.

Luandino Vieira, por Fabiana Miraz de Freitas Grecco
Infanto-juvenil
:: A guerra dos fazedores de chuva com os caçadores de nuvens. [Guerra para crianças]. Lisboa: Editorial Caminho, 2006.
:: Kaxinjengele e o poder: uma fábula angolana [com ilustrações da sua autoria]. Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2007.
:: Kiombokiadimuka e a liberdade: uma fábula angolana [com ilustrações da sua autoria]. Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2008.
:: Puku Kambundu e a sabedoria: uma fábula angolana [com ilustrações da sua autoria]Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2009.
:: Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi: uma fábula angolana [com ilustrações da sua autoria]Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2010.
:: Ngola Mukongo e a Justiça: uma fábula angolana [com ilustrações da sua autoria]. Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2011.
:: Xingandele, o corvo de colarinho branco: uma fábula angolana [com ilustrações da sua autoria] Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2012.
:: Dimandondo, o morcego dos três nomes: uma fábula angolana [com ilustrações da sua autoria] Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2013
:: Katubia Ufolo, o pássaro serpente: uma fábula angolana* [ilustrações Roberto Chichorro]. Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2015
*nota do autor, que diz: «Esta fábula não foi me contada. Eu mesmo assisti. Também continuo à espera de ver chegar noivo para Kadipanda Nzoji. O pássaro Katubia Ufolo, que tem todas as cores e pode virar serpente, é o pássaro da liberdade, o que sempre só se vê e não pode se caçar.» (Fonte: Rede Angola).

Poesia publicada em Antologias [participação]
:: Poesia angolana de revolta: antologia. [organização Giuseppe Mea]. Porto: Paisagem, 1975.
:: No reino de Caliban: antologia panorâmica da literatura africana de expressão portuguesa II: Angola, São Tomé e Príncipe[organização Manuel Ferreira]. Lisboa: Seara Nova, 1976.
:: Antologia temática de poesia africana, 1: na noite gravida dos punhais. [organização Mario de Andrade]. Porto: Paisagem, 1975; Lisboa: Editora Sa da Costa, 1977. 
:: Contos do mar sem fim: Angola, Brasil, Guiné-Bissau. 'antologia contos e crônicas'. [organização Eduardo de Assis Duarte (Brasil);  orelha do livro Laura Cavalcanti Padilha]. 1ª ed., São Paulo:  Pallas Editora / Guiné-Bissau: Ku Si Mon / Angola: Chá de Caxinde, 2010. {autores presentesAndrea Fernandes, Conceição Evaristo, Guti, Dario de Melo, Esmeralda Ribeiro, Fragata de Morais, Joao Melo, Jorge Arrimar, Lima Barreto, José Luandino Vieira, Machado de Assis, Maria Firmina dos Reis, Olonko, Oswaldo de Camargo, Tamba Mbotoh e Uri Sissé}.

Apontamentos biográficos e correspondência
:: José Luandino Vieira, Papéis da Prisão: apontamentos, diário, correspondência (1962-1971).. [organização Margarida Carlafate Ribeiro, Mónica V. Silva e Roberto Vecchi]. Lisboa: Editorial Caminho, 2015.

Ensaio/artigo
:: Literatura angolana: estoriando a partir do que não se vê. In:
PADILHA, Laura Cavalcante e RIBEIRO, Margarida Calafate (Org.). Lendo Angola. Porto: Afrontamento, 2008. p. 31-37.


TRADUÇÃO
:: BURGESS, Anthony. Laranja Mecânica [A Clockwork Orange].. (tradução José Luandino Vieira). Lisboa: Edições 70, 1973.


"A mudança é devagar, se descobre só quando acabou já"
- José Luandino Vieira, em "Velhas Estórias". Lisboa: Caminho, 2006.


OBRA DE LUANDINO VIEIRA PUBLICADA EM ANGOLA
Luuanda, de Luandino Vieira (1ª edição 1963)
:: Duas histórias de pequenos burgueses. (Colecção Imbondeiro, 23). Luanda: Sá da Bandiera, 1961.
:: Vidas novas [contos]Luanda: Pavilhão Prisional da PIDE, 1962; 1968
:: Luaanda[contos]. 1963; Luanda: Oficinas Gráficas ABC, 1964, 103p. [Distinguido com o Grande Prémio de Novelística da Sociedade Portuguesa de Escritores, atribuição que determinou o encerramento forçado da Sociedade e a proibição do livro em Portugal.
:: A vida verdadeira de Domingos Xavier. 1977, 156p.
:: No antigamente, na vida3ª ed., Luanda: União dos Escritores Angolanos, 1979, 208p.
:: Macandumba. Luanda: União dos Escritores Angolanos, 1978.
:: João Vêncio: os seus amores. Luanda: União dos Escritores Angolanos, 1979, 128p.
:: Lourentinho, Dona Antónia de Sousa Neto e eu. Luanda: União dos Escritores Angolanos, 1981.
:: A cidade e a Infância. Luanda: União dos escritores Angolanos, 1985.
:: Estória da baciazinha de Quitaba. [Cadernos lavra & oficina. 60]. Luanda: UEA, 1986.
:: Nosso MussequeLuanda: Nzila, 2003.
::O livro dos rios. 1º vol. da trilogia De rios velhos e guerrilheiros. [romance]. Luanda: Nzila, 2006.
:: Oyita Ya Edike Amvula Ni Manyanga Amatuta {A guerra dos fazedores de chuva com os caçadores de nuvens}.[infanto-juvenil].. (tradução para 'kimbundu', por Domingos Joaquim Kimbamba). Luanda: Instituto Nacional das Indústrias Culturais de Angola, INIC, 2012.
:: Ngola Mukongo e a justiça: uma fábula angolana [infanto-juvenil].. (colecção Piô… Piô…). Luanda: INIC, 2011.


"Fimbei no fundo com a pancada da canoa, sua sombra sem leme girava por cima, rodopiava no buraco do mar a jamanta é que fizera com seu fugir do fundo"
- José Luandino Vieira, em "Kapapa, Pássaros e Peixes". 1998.


OBRA DE LUANDINO VIEIRA PUBLICADA NO BRASIL
Companhia das Letras
:: Luuanda [estórias].. (capa Mariana Newlands). São Paulo: Companhia das Letras, 2006, 144p. 
:: A cidade e a infância [contos].. (capa Mariana Newlands). São Paulo: Companhia das Letras, 2007, 136p.

Editora Ática
:: A vida verdadeira de Domingos Xavier [novela]. São Paulo: Ática, 1975; 1979.
:: Luuanda [estórias]. São Paulo: Ática, 1982.
:Nós, os do Makulusu [romance]. São Paulo: Ática, 1991.

Outras editoras
:Luaanda [estórias]. Belo Horizonte: Eros, 1965, 165p.
:: Kaxinjengele e o poder: uma fábula angolana [infanto-juvenil]. Rio de Janeiro: Pallas Editora, 2012.
:: Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi: uma fábula angolana [infanto-juvenil].. (ilustrações Marilia Pirillo). Rio de Janeiro: Editora Melhoramentos, 2013.


"Muadiê: eu gramo de Luanda - casas, ruas, paus, mar, céu e nuvias, Ilhinha pescadórica. Beleza toda eu não escoiço. Eu digo: Luanda - e meu coração ri, meus olhos fecham, sôdade. Porque eu só estou cá, quando estou longe. De longe é que se ama."
- José Luandino Vieira, em "João Véncio: os seus amores". Lisboa: Edições 70, 1981, p. 23.


“E és tu, leal companheira para sempre adiada, és tu quem vai ficar toda a vida com os olhos secos e eu ainda não sei, tu não sabes, o Maninho não sabe...”
- José Luandino Vieira, em "Nós, os do Makulusu". 4ª ed., Porto: Edições 70, 1985, p. 72.


"A sua obra, importantíssima, foi precursora da literatura angolana e tem raízes na terra e na cultura do país" 
- José Saramago


Ilustração de Luandino Vieira


"[...] amizade era assim, obrigatória alegria nas diferenças, no que a pessoa tem, a pessoa não é? Truque de a gente ficarmos mais inteiros, junto com o outro, nossas diferenças é igualdades leais?"
 - José Luandino Vieira, em "Macandumba". Lisboa: Edições 70, 1978.


"Muadié sente: eu estou outra vez lá no canto, o meu coração pula. A vida não é assim: o que foi torna a ser? Cada pessoa com sua miondona..." 
- José Luandino Vieira, em "João Vêncio: os seus amores. 2ª ed., Lisboa: Edições 70, 1987, p. 23.


"A vida é muito incompleta. Eu, se pudesse, era minha cruzada: cada dia, cada via; cada vida, cada lida. Gostava era inda ser outro novo cada vez."
- José Luandino Vieira, em "João Vêncio: os seus amores. 2ª ed., Lisboa: Edições 70, 1987, p. 40.


“Mas agora ainda não, ainda o buraco não foi feito e o sangue correu...”
- José Luandino Vieira, "Nós, os do Makulusu". 4ª ed., Porto: Edições 70, 1985, p. 30. 

José Luandino Vieira - foto: (...)
POEMAS DE JOSÉ LUANDINO VIEIRA

Buganvília
Branca a buganvília explode
no odiado muro em frente

à volta a vida berra crente
e o negro sangue estanca

vermelha a buganvília

rompe o muro da frente
- José Luandino Vieira (1962), em "No reino de Caliban: antologia panorâmica da literatura africana de expressão portuguesa II: Angola, São Tomé e Príncipe". Lisboa: Seara Nova, 1976, p. 241.


Canção para Luanda
José Luandino Vieira - foto: Graciosa Reis
A pergunta no ar
no mar
na boca de todos nós:
– Luanda onde está?
Silêncio nas ruas
Silêncio nas bocas
Silêncio nos olhos

– Xê
mana Rosa peixeira

– Mano
Não pode responder
tem de vender
correr a cidade
se quer comer!

“Ola almoço, ola amoçoéé
matona calapau
ji ferrera ji ferrerééé”
 – E você
mana Maria quitandeira
vendendo maboque
os seios-maboque
gritando
saltando
os pés percorrendo
caminhos vermelhos
de todos os dias?
 “maboque m’boquinha boa
dóce dócinha”

– Mano
não pode responder
o tempo é pequeno
para vender!

Zefa mulata
o corpo vendido
batom nos lábios
os brincos de lata
sorri
abrindo seu corpo

– seu corpo-cubata!
Seu corpo vendido
viajado
de noite e de dia.
    – Luanda onde está?

Mana Zefa mulata
o corpo cubata
os brincos de lata
vai-se deitar
com quem lhe pagar
– precisa comer!

– Mano dos jornais
Luanda onde está?
As casas antigas
o barro vermelho
as nossas cantigas
trator derrubou?

Meninos nas ruas
caçambulas
quigosas
brincadeiras minhas e tuas
asfalto matou?
– Manos
Rosa peixeira

quitandeira Maria
você também
Zefa mulata
dos brincos de lata
                       – Luanda onde está?

Sorrindo
as quindas no chão
laranjas e peixe
maboque docinho
a esperança nos olhos
a certeza nas mãos
mana Rosa peixeira

quitandeira Maria
Zefa mulata
– os panos pintados
garridos
caídos
mostraram o coração.
                         – Luanda está aqui!
- José Luandino Vieira (1957), em "Poesia angolana de revolta: antologia". [organização Giuseppe Mea]. Porto: Paisagem, 1975, p. 143-146.


José Luandino Vieira - foto: Cia das Letras

Estrada
Luanda Dondo vão,
cento e tal quilômetros
mangas e cajus
marcos brancos
meninos nus

Branco algodão
crescendo
corpos negros
na cacimba

O Lucala corre
confiante
indiferente à ponte que ignora

Verdes matas
Sangram vermelhas acácias
imbondeiros festejam
o minuto da flor anual

Na estrada
o rebanho alinha
pelo verde
verde capim

Adivinhados
caqui lacraus
de capacete giz

Meninos
se embalam
em mães velhas
de varizes:

Rios azuis
da longa estrada

E é fevereiro
sardões ao sol
Cassoalala

Eia Mucoso
tão vazio outrora
tão cheio agora
Adivinhados
permanecem
lacraus caqui
capacetes giz

Não param as colheitas 

Que razão seriam
fevereiro
acácias sangrando vermelho
verdes sisais
cantando o parto
da única flor?

Não param as colheitas!
- José Luandino Vieira (1963), em "No reino de Caliban: antologia panorâmica da literatura africana de expressão portuguesa II: Angola, São Tomé e Príncipe". Lisboa: Seara Nova, 1976, p. 243-244.


Girassóis
Tem girassóis amarelos
o meu quadrado de sol

a vida espancada passa
mas no quadrado de sol
aberto sobre o jardim
os girassóis amarelos
velhos
mostram o fim
- José Luandino Vieira (1962), em "No reino de Caliban: antologia panorâmica da literatura africana de expressão portuguesa II: Angola, São Tomé e Príncipe". Lisboa: Seara Nova, 1976, p. 241.


Sons
A guitarra
é som antepassado.

Partiram-se as cordas
esticadas pela vida.

Chorei fado.

Que importa hoje
se o recuso:

o ngoma é o som adivinhado!
José Luandino Vieira, em "No reino de Caliban: antologia panorâmica da literatura africana de expressão portuguesa II: Angola, São Tomé e Príncipe". Lisboa: Seara Nova, 1976, p. 238.


Luandino Vieira - foto:  JC Venancio (Festival Poesia Angolana - Foz Coa).

"Amigos e inimigos, tudo junto, esquecidos, só vêem o guardador de rebanhos da beleza."
- José Luandino Vieira, em "A cidade e a infância". Lisboa: Edições 70, 1997.


"Beleza toda eu não escoico. Eu digo: Luanda – e meu coração ri, meus olhos fecham, sôdade. Porque eu só estou cá, quando estou longe. De longe é que se ama." 
- José Luandino Vieira, em "João Vêncio: os seus amores. 2ª ed., Lisboa: Edições 70, 1987, p. 81.


"Dou o fio, o camarada companheiro dá a missanga – adiantamos fazer nosso colar de cores amigadas. Eu acho beleza é libelo, as alíneas em fila, com número e letra, nada de confusões macas, falar de gentio à toa."
- José Luandino Vieira, em "João Vêncio: os seus amores. 2ª ed., Lisboa: Edições 70, 1987, p. 107.


"Isto são, talvez, conversas à margem, mas podem dar a idéia de quão profundo foi o nosso envolvimento da nossa infância. Ao ponto de que há quem esteja contra a infância ou a favor da infância, contra esse sentimento que alguns já chamaram o “saudosismo da infância”, mas de que me não envergonho nada porque foi essa vivência que ditou valores como solidariedade, valores como amizade, o muito respeito pela vida e o medo nenhum que tenho pela morte, tudo isso aprendi na infância. Não posso calar isto, por causa da crítica de que os escritores estão sempre a lembrarse do paraíso... Não é paraíso nenhum, porque nós sabemos que aquela sociedade estava cheia de contradições e que a luta principal é entre oprimidos e opressores, explorados e exploradores. Creio que ninguém deixa de ter consciência disso, não estamos a pensar a infância como nostalgia, regresso a esse passado, mas como fonte donde tirar valores, e até uma certa energia, para confiarmos que somos capazes de criar, noutros termos, uma ambiência para as crianças que lhes dê depois também uma entrada na vida com uma carga de valores, de sentimentos, que as crianças não cheguem traumatizadas...!" 
- José Luandino Vieira, "trecho da entrevista concedida a Michel Laban em 1977". in: LABAN, Michel (Org.). Luandino: José Luandino Vieira e sua obra: estudos, testemunhos, entrevistas. Lisboa: Edições 70, 1977, p. 18, 19.  


José Luandino Vieira - foto: (...)

FORTUNA CRÍTICA DE JOSÉ LUANDINO VIEIRA
[Estudos acadêmicos - teses, dissertações, ensaios, artigos e livros]
ANDRADE, Joelma Gomes dos Santos Cheng de. O Lugar de José Luandino Vieira na Tradição do Conto Angolano. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, 2014. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
ANDRADE, Joelma Gomes dos Santos Cheng de. O Narratário: um estudo de seu papel na construção de João Vêncio: os seus amores, de José Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, 2009.
ANDRADE, Joelma Gomes dos Santos Cheng de. Narratário: um estudo de seu papel na construção de João Vêncio os seus amores, de José Luandino Vieira. 1ª ed., Luanda: União dos Escritores Agolanos, 2009. v. 1000. 121p.
ANDRADE, Joelma Gomes dos Santos Cheng de. A Literatura se alimenta de literatura. ninguém pode chegar a escritor se não foi um grande leitor. [Entrevista de José Luandino Vieira]. Investigações (UFPE. Impresso), v. 21, p. 279-290, 2008.
ANDRADE, Joelma Gomes dos Santos Cheng de. A Mímesis em Marcha: perspectivas para a literatura angolana no século XXI. In: Sônia Lúcia Ramalho de Farias; Kleyton Ricardo Wanderley Pereira. (Org.). Mímesis e Ficção. 1ª ed., Recife: Pipa Comunicação, 2013, v. , p. 287-313.
ANDRADE, Joelma Gomes dos Santos Cheng de; SILVA, Patrícia Soares. "Eu não moro mais em Luanda e nem nunca mais poderia morar lá, porque o lugar onde morei já não existe mais": entrevista com José Luandino Vieira.. Eutomia (Recife), v. 2, p. 1-8, 2010.
ANDRADE, Joelma Gomes dos Santos Cheng de. De José Luandino Vieira: o verbo, a imagem e o gesto. In: VIII Encontro sobre o Ensino de Língua e Literatura e IV Congresso Nacional Sobre o Ensino de Língua e Literatura, 2010, Olinda - PE. Anais 2010 - VIII EELL e IV CONELL - A Intersemiose e a Multimodalidade no Ensino de Língua e de Literatura, 2010. p. 80-90.
ANDRADE, Júlia Parreira Zuza. Mia Couto e Luandino Vieira: a ficção de fronteira nas obras para o público infantojuvenil. (Dissertação Mestrado em Literatura de Língua Portuguesa: Investigação e Ensino). Universidade de Coimbra, UC, Portugal, 2014.
ANDRADE, Júlia Parreira Zuza. O fenômeno crossover fiction e as obras editadas para crianças e jovens de Mia Couto e Luandino Vieira: uma discussão sobre o público leitor. Revista Impossibilia, v. 8, p. 86-103, 2014.
ANDRADE, Maria das Graças Fonseca. Liame e liberdade nos entrelaços da língua de João Vêncio: Luandino Vieira à luz de Nietzsche. Revista do Centro de Estudos Portugueses Hélio Simões, Ilhéus, v. 1, p. 15-24, 1998.
ANDRADE, Meiriane Sales R. de; BOTELHO, Amara Cristina de Barros e Silva. Uma leitura dos aspectos socioculturais da obra de José Luandino Vieira. ComTexto, v. 1, p. 45-58, 2008.
ANDRADE, Meiriane Sales R. de; BOTELHO, Amara Cristina de Barros e Silva. Literatura Africana: Abordagem Sócio-Cultural na Obra de José Luandino Vieira, Luuanda. In: VI Encontro sobre Ensino de Língua e LIteratura e II Congresso Nacional sobre o Ensino de Língua e Literatura, 2008, Olinda. Anais do VI Encontro sobre Ensino de Língua e LIteratura. Olinda: FACHO, 2008. v. 1. p. 227-235.
ANTUNES, José Freire. O factor africano: 1890-1990. Venda Nova: Bertrand Editora, 1990.
ARANHA, Gervácio Batista . Da Literatura Africana de Língua Portuguesa: diversidade étnico-racial em Luandino Vieira (angolano) e Mia Couto (moçambicano).. In: José Luciano Queiroz Aires; Marcus Bessa de Meneses; Fabiano Custódio de Meneses. (Org.). Diversidades étnico-raciais e interdisciplinaridade. 1ª ed., Campina Grande - PB: Editora da Universidade Federal de Campina Grande, 2013, v. 1, p. 273-296.
ASSIS, Roberta Guimarães Franco Faria de. Memórias em trânsito: deslocamentos distópicos em três romances pós-coloniais. (Tese Doutorado em Literatura Comparada). Universidade Federal Fluminense, UFF, 2013.
ASSIS, Roberta Guimarães Franco Faria de. Descortinando a inocência - infância e violência em três obras da literatura angolana. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal Fluminense, UFF, 2008.
BARBOSA, Lilian. A oralidade em Luandino Vieira e Graciliano Ramos. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 2011. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
BARBOSA, Lilian. Luandino Vieira e os musseques de Luuanda. (Monografia Graduação em Letras). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 2006. 
BARBOSA, Lilian. Crítica e Leitura: O surgimento do gênero romance e a leitura de um romance de Luandino Vieira. Revista Digital Leitura Crítica (IMES), v. 3, p. 1-6, 2010.
BARBOSA, Lilian. Luandino Vieira e Mario Vargas Llosa: Trilhas e vozes. A viagem ao primitivo. O Marrare (Online) (Rio de Janeiro), v. 9, p. 87-91, 2008.
BARBOSA, Lilian. Turbilhão silencioso: Oralidade e Literatura em Luandino Vieira e Graciliano Ramos. 1ª ed., Rio de Janeiro: Oficina da Leitura, 2012. v. 1. 196p.
José Luandino Vieira - foto: (...)
BARBOSA, Lilian; LIEBIG, Sueli M.. Entre Bahias e Musseques: O Diálogo Além Mar de Jorge Amado e Luandino Vieira. In: Sudua Swarnakar; Edilene Figueiredo Lopes; Patrícia Gomes Germano. (Org.). Nova leitura crítica de Jorge Amado. 1ª ed., Campina grande: eduepb, 2014, v. 1, p. 227-248.
BARROS, Leila de Almeida. Nós, os do Makulusu e a perspectiva utópica de José Luandino Vieira. Abril (Niterói), v. 5, p. 291-303, 2013. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
BARROS, Leila de Almeida. A vida não é o tempo, é sua memória só: Tradição e modernidade em Nós, os do Makulusu, de José Luandino Vieira. In: XI SEL - Seminário de Estudos Literários, 2013, Assis. Anais do XI Seminário de Estudos Literários 50 anos do II Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária. Assis: UNESP Campus de Assis, 2013. p. 77-85.
BARROS, Liliane Batista. A perspectiva da modalização épica nos romances"Grande sertão: veredas" de Guimarães Rosa e "Nós os do Makulusu" de José Luandino Vieira. In: Agnaldo Rodrigues da Silva. (Org.). Diálogos literários: literatura, comparativismo e ensino. 1ª ed., São Paulo: Atelie Editorial, 2008, v. 1, p. 453-462.
BARROS, Liliane Batista. O sertão e o musseque: um estudo comparativo entre Sagarana" e "Luuanda". (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, 2002.
BARROS, Liliane Batista. Um estudo do romance na perspectiva espacial em 'Grande sertão: veredas' de João Guimarães Rosa, e 'Nós, os do Makuluso' de José Luandino Vieira. MOARA, Belém-PA, v. 23, p. 119-129, 2005.
BEBIANO, Deize Pereira. Língua portuguesa e identidade nacional em José Luandino Vieira. In: Ueangola. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
BERGAMO, Edvaldo Aparecido. Diálogos atlânticos: Jorge Amado e Luandino Vieira. História, Histórias Revista do Programa de Pós-Graduação em História da UnB, v. 1, p. 189-200, 2013.
BERGAMO, Edvaldo Aparecido. Nação e imagi(nação): a ficção de José Luandino Vieira e de José Eduardo Agualusa. In: Selma Pantoja; Estevam C. Thompson. (Org.). Em torno de Angola: narrativas, identidades e as conexões atlânticas. 1ª ed., São Paulo: Intermeios, 2014, v. 1, p. 169-176.
BETELLA, Gabriela Kvacek. Nós, os do Makulusu: memória reorganizadora da matéria abalada para sempre. Revista Fronteiraz, nº 4, Dezembro/2009. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
BEZERRA, Antony Cardoso. [Resenha] O Narratário: um estudo de seu papel na construção de João Vêncio: os seus amores, de José Luandino Vieira, de Joelma Gomes dos Santos.. Eutomia (Recife), v. 2, p. 1-6, 2010.
BOAVIDA, Américo. Angola: cinco séculos de exploração portuguesa. Lisboa: Edições 70, 1981. 
BUALA. O nacionalismo militante em o "Livro dos rios", de José Luandino Vieira. in: Buala. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
CAMARGO,  Patrícia. Luuanda e filhos da pátria: leituras em movimento. (Dissertação Mestrado em Letras - Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa). Universidade Federal Fluminense, UFF, 2010. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015)
CAMPOS, Maria do Carmo Sepúlveda. Estórias de angola: fios de aprendizagem em malhas de ficção. Niterói: EdUFF, 2002.
CARELLI, Fabiana Buitor. Ruína e construção: oralidade e escritura em João Guimarães Rosa e José Luandino Vieira. (Tese Doutorado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, 2003. 
CARELLI, Fabiana Buitor. De onde viemos, nada há para ver: aspectos da oralidade em Nós, os do Makulusu, de José Luandino Vieira. In: Rita Chaves; Tania Macêdo; Rejane Vecchia. (Org.). A kinda e a misanga: encontros brasileiros com a literatura angolana. 1ª ed., Luanda: Editorial Nzila, 2007, v. 1, p. 183-192.
CARELLI, Fabiana Buitor. Ruínas de mitos, sementes de sonhos: ditos e provérbios em Guimarães Rosa e Luandino Vieira. Via Atlântica (USP), v. 9, p. 45-61, 2006.
CARVALHO FILHO, Silvio de Almeida. Angola: Nação e Literatura (1975-1985).. (Tese Doutorado em História Econômica). Universidade de São Paulo, USP, 1994.
CARVALHO, Wellington Marçal de. Aquele canto sem razão: configuração espacial em contos de Guimarães Rosa, Luandino Vieira e Boaventura Cardoso. (Dissertação Mestrado em Letras). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, 2013.
CARVALHO, Wellington Marçal de. Aquele canto sem razão: espaços e espacialidades em contos de Guimarães Rosa, Luandino Vieira e Boaventura Cardoso. 1ª ed. Belo Horizonte: Nandyala, 2014. v. 1. 125p.
CERQUEIRA, Dorine Daisy Pedreira de. A prosa poética de Luandino Vieira em A vida verdadeira de Domingos Xavier. In: I Seminário das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, 1996, Rio de Janeiro. Anais do I Seminário das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. p. 52-56.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. A formação do romance angolano. São Paulo: Fblp, 1999.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. Angola e Moçambique. Experiência colonial e territórios literários. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2005.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. Entre intenção e gestos - a formação do romance angolano. (Tese Doutorado em Letras - Letras Clássicas). Universidade de São Paulo, USP, 1993.
CHAVES, Rita de Cássia Natal (Org.); VIEIRA, José Luandino (Org.); COUTO, MIa (Org.). Contos africanos de língua portuguesa. São Paulo: Ática, 2009. v. 1. 145p.
CHAVES, Rita de Cássia Natal (Org.)MACEDO, Tania Celestino de (Org.); VECCHIA, Rejane (Org.). A kinda e a misanga: encontros brasileiros com a literatura angolana. 1ª ed., Luanda: Editorial Nzila, 2007, v. 1.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. O percurso do romance angolano: de Assis Jr. a Luandino Vieira. Mar Além, Lisboa, v. 2, p. 1-156, 2002.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. José Luandino Vieira: consciência nacional e desassossego. Revista de Letras (São Paulo), São Paulo, v. 40, p. 77-97, 2000.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. Ruptura e subjetividade: memória, guerra e ficção na escrita de José Luandino Vieira. In: BRUGIONI; Elena; PASSOS; Joana; SARABANDO; Andreia; SILVA, Marie-Manuelle. (Org.). Itinerâncias: Percursos e Representações da Pós-Colonialidade. Braga: Humus, 2012, v. 1, p. 323-333.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. A propósito da narrativa contemporânea em Angola: notas sobre a noção de espaço em Luandino Vieira e Ruy Duarte de Carvalho. In: Carmen Tindó Secco; Maria Teresa Salgado; Sílvio Renato Jorge. (Org.). África, escritas literárias. 1ed.Rio de Janeiro / Luanda: Editora da UFRJ / União dos Escritores Angolano, 2010, v. 1, p. 13-21.
CHAVES, Rita de Cássia Natal. O livro dos rios, de Luandino Vieira: A contemporaneidade do passado e a força do presente. ÁFRICA 21, Luanda, p. 86 - 88, 25 jan. 2007.
COQUEIRO, Wilma dos Santos. História e Memória nos contos de José Luandino Vieira: um olhar sobre o herói. Revista de Literatura, História e Memória (Impresso), v. 1, p. 59-69, 2004.
COQUEIRO, Wilma dos Santos; CHIES, Débora Maria. O social na poética de José Luandino Vieira. Revista de Literatura, História e Memória (Impresso), v. 1, p. 70-75, 2004.
COQUEIRO, Wilma dos Santos. Poética e Política na ficção angolana: Uma leitura de A vida verdadeira de Domingos Xavier de José Luandino Vieira. In: CELLIP, 2003, Londrina. CELLIP - Centro de Estudos Linguísticos e Literários do Paraná, 2003. v. XVI. p. 1-6.
CORTINES, Paula de Oliveira. A cidade e a infância e Os da minha rua: Representações da infância em narrativas luandense em angolanas. (Dissertação Mestrado em Letras e Linguística). Universidade Federal de Goiás, UFG, 2012. Disponível no link. (acessado em 17.5.2015).
COSME, Leonel. O regresso de Luandino. Jornal da Página da Educação, ano 12, nº 126, Agosto / Setembro de 2003. 
COSTA, Eliane Gonçalves da. Luuanda reinventada. (Dissertação Mestrado em Literatura e Crítica Literária). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, 2007.
CUNHA, Jaqueline Rosa da. Narrativas contemporâneas de língua Portuguesa: a influência de Guimarães Rosa nas obras de Luandino Vieira e Mia Couto. Letras de Hoje (Impresso), v. 1, p. 167-173, 2012.
José Luandino Vieira - foto: Graciosa Reis
DAVID, Débora Leite. Dois cárceres, uma certeza: a morte. Um estudo comparado entre A vida verdadeira de Domingos Xavier de Luandino Vieira e Memórias do cárcere de Graciliano Ramos. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, 2006.
DAVID, Débora Leite. Resenha: Nosso musseque, por José Luandino Vieira. Lisboa: Caminho, 2003, 191 p.. África (USP), v. 26, p. 349-352, 2009.
DAVID, Débora Leite; VENTURA, Susana Ramos. Entrevista: Conversa com o escritor angolano José Luandino Vieira. África (USP), v. 27/28, p. 175-197, 2006.
DAVID, Débora Leite. Luandino Vieira: o entrecruzamento de identidade e papéis. In: MARTIN, Vima Lia. (Org.). Diálogos críticos: literatura e sociedade nos países de língua portuguesa. São Paulo: Arte & Ciência, 2005, v. n. 8, p. 27-38.
DAVID, Débora Leite. O processo identitário do sujeito em A vida verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira e Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos. In: ABRALIC, 2005, Rio de Janeiro. Caderno de Resumos. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2005. p. 198-199.
DIAS, Maria Heloisa Martins. Narratividade mitopoética: Guimarães Rosa e Luandino Vieira. Jornal de Letras Artes e Idéias, Lisboa/PT, v. 645, p. 42-43, 1995.
DOSSIER. 50 anos de Luuanda. diacrítico. Revista do Centro de Estudos Humanísticos - série literatura 28/03, 2014. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
DUARTE, Marcelo de Andrade. Literatura e Experiência Histórica em De rios velhos e guerrilheiros: o livro dos guerrilheiros, de José Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal de Pelotas, UFPEL, 2015.
DUTRA, Ivan Cupertino. Linguagem e Identidade: de alguns confrontos lingüísticos em "Luuanda", de José Luandino Vieira. Cadernos CESPUC de Pesquisa, Belo Horizonte, v. C122, 1996.
FAZZINI, Luca. Esperienze marginali: la Luuanda di Luandino Vieira. In: Letteratura di frontiera e di esilio, Perugia: Culture Territori Linguaggi collana dell'Università di Perugia, 2014. p. 241-249.
FELÍCIO, Marco Castilho. Sentidos da Guerra na Literatura Infantil Angolana - Um Diálogo entre José Luandino Vieira e Ondjaki. In: Mulemba - Revista de Estudos de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, v. 13, p. 42-56, 2021. Disponível no link. (acessado em 2.2.2023).
FERREIRA, Manuel. Literaturas africanas de expressão portuguesa. Lisboa: Instituto de cultura portuguesa, 1977. 
FERREIRA, Ruy Matos e.. Aspectos inovadores em Nós os do Makulusu de José Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, 1992.
FERREIRA, Ruy Matos e.. Experimentalismo linguístico como crítica ao colonialismo em 'Nós os do Makulusu' de José Luandino Vieira. Revista do CHLA, Maceió (CHLA/UFAL), v. 8, p. 45, 1994.
GALHEGO, Vilma Aparecida. O Sítio em Sambizanga: mitos e tradições entre Monteiro Lobato e Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Literatura e Crítica Literária). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, 2009.
GAMA, Angela Patricia Felipe; BARBOSA, L.; SOUZA, Fábio Marques de. Língua, discurso e poder: a construção da identidade em Luuanda, de José Luandino Vieira. In: XIII Encontro da ABRALIC, 2012, Campina Grande. Anais do XIII Encontro da ABRALIC. Campina Grande: Realize Editora, 2012. v. 1. p. 1-7.
GODOY, Heleno. Dizer/não-Dizer: Por que é verdadeira a vida de Domingos Xavier?. Signótica, 8, p. 25-34, dez. 1996. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
GONÇALVES, Virgínia Maria. Os Arquétipos e a ruptura dos estereótipos na produção literária de Luandino Vieira. (Tese Doutorado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, 1987.
GUIMARÃES, Rogério da Silva. Musseques luandenses: o estar vulnerável. Dialogos (Rio de Janeiro), v. 1, p. 169-180, 2012.
GUIMARÃES, Rogério da Silva. Luandino Vieira: a resistência nos musseques (1962). Rio de Janeiro: Revista Eletrônica Boletim do Tempo, ano 4, nº 19, Rio, 2009. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
GUIMARÃES, Rogério da Silva. Musseques luandenses: o estar vulnerável. In: VI Semana de História Política e do III Seminário Nacional de História: Política, Cultura e Sociedade, 2011, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos da VI Semana de História Política e do III Seminário Nacional de História: Política, Cultura e Sociedade, 2011. p. 1616-1625.
GUIMARÃES, Rogério da Silva. Da vulnerabilidade à resistência possível: os musseques de luanda e a guerra colonial.. In: Anais eletrônicos do III Seminário Leddes, 2011. p. 384-398.
GUIMARÃES, Rogério da Silva. As vulnerabilidades nos musseques luandenses na década de 1960. In: Anais Complementares do XIV Encontro Regional de História Anpuh-Rio: Memória e Patrimônio. Rio de Janeiro, 2010. p. 2-9.
GUIMARÃES, Rogério da Silva. Conscientização e resistência em malhas de ficção: os musseques em A vida verdadeira de Domingos Xavier. In: V Semana de História Política - II Seminário Nacional de História: Política e Cultura & política e Sociedade, Rio de Janeiro, 2010. p. 178-187.
GUIMARÃES, Rogério da Silva. Musseques de Luanda: Duplos Olhares. Luandino Vieira e Ladeiro Monteiro (década de 1960).. (Dissertação Mestrado em História Comparada). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, 2012.
GUIMARÃES, Rogério da Silva. Representações sociais dos musseques luandenses em Vidas Novas, de José Luandino Vieira (1962).. (Monografia Graduação em História). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, 2008.
HAMILTON, Russel G.. Literatura africana, literatura necessária. Lisboa: Edições 70, 1984. 
LABAN, Michel (Org.). Luandino: José Luandino Vieira e sua obra: estudos, testemunhos, entrevistas. Signos, n. 32., Lisboa: Edições 70, 1977. 
José Luandino Vieira - foto: (...)
LARANJEIRA, Pires. Luandino Vieira: apresentação da vida verdadeira. In: Revista de Cultura Vozes, ano 73. Vol. LXXIII, 1979. p.5-16.
LARANJEIRA, Pires. Simbologia do (n)ovo numa estória de José Luandino Vieira. África (São Paulo), v. 8, p. 151-155, 1985.
LARANJEIRA, Pires. Literaturas africanas de expressão portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta, 1995. 
LEITE, Ana Mafalda. Oralidades e escritas nas literaturas africanas. Lisboa: Colibri, 1998.
LEITE, Ana Mafalda. Literaturas africanas e formulações pós-coloniais. Lisboa: Colibri, 2003.
MACEDO, Tania Celestino de. Da fronteira do asfalto aos caminhos da liberdade(imagens de Luanda na literatura angolana contemporânea).. (Tese Doutorado em Letras - Literatura Portuguesa). Universidade de São Paulo, USP, 1990.
MACEDO, Tania Celestino de. Da Inconfidência à revolução: trajetória do trabalho artístico de José Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, 1984.
MACEDO, Tania Celestino de. Os rios e seus (dis)cursos em Guimarães Rosa, Luandino Vieira e Mia Couto. In: Lelia Parreira Duarte et al. (Org.). Seminário Internacional Guimarães Rosa - Veredas de Rosa. 01ed.Belo Horizonte: CESPUC, 2000, v. 1, p. 671-675.
MACEDO, Tania Celestino de. Malandragens transoceânicas: uma leitura de narrativas de João Antônio e Luandino Vieira. In: Elza Miné; Benilde Justo Caniato. (Org.). Abrindo caminhos - Homenagem a Maria Aparecida Santilli. 1ª ed., São Paulo: Via Atlântica, 2002, v., p. 542-548.
MACEDO, Tania Celestino de. O 'pretoguês' e a literatura de José Luandino Vieira. Alfa, São Paulo. 36: 171-176, 1992. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
MADRUGA DANTAS, Elisalva de Fátima. Nas Trilhas da Descoberta. A repercussão do modernismo brasileiro na literatura angolana. (Tese Doutorado em Letras - Teoria Literária e Literatura Comparada). Universidade de São Paulo, USP, 1995.
MADRUGA DANTAS, Elisalva de Fátima. José Lins do Rego e José Luandino Vieira: Uma relação transoceânica. (Dissertação Mestrado em Letras). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, 1982.
MADRUGA DANTAS, Elisalva de Fátima. José Lins do Rego e Luandino Vieira. Revista Arquivos do Centro de Estudos Portugueses da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, v. 3, n.5, p. 41-44, 1980.
MADRUGA DANTAS, Elisalva de Fátima. O ethos revolucionário da obra de Luandino Vieira. In: EPA – Estudos Portugueses e Africanos. Campinas: UNICAMP, n. 4, 1984. p. 159-168.
MADRUGA DANTAS, Elisalva de Fátima.  O retorno às origens nas obras de José Lins do Rego e José Luandino Vieira. O Fenômeno Literário nos Países Lusofonos. Revista Internacional de Lusofonia, Pontevedra - Braga, n.2-3-4, p. 65-73, 1987.
MAQUÊA, Vera Lúcia da Rocha; SILVA, Agnaldo Rodrigues. Pelas ruas do passado: notas sobre Luandino Vieira e Ondjaki. Revista Ecos (Cáceres), v. 8, p. 69-74, 2010.
MARTIN, Vima Lia de Rossi. A evocação da marginalidade: um estudo sobre Malagueta, Perus e Bacanaço, de João Antônio, e Luuanda, de Luandino Vieira. (Tese Doutorado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, 2004.
MARTINVima Lia de Rossi. Luandino Vieira: engajamento e utopia. ZUNÁI - Revista de poesia & debates. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
MARTINVima Lia de Rossi. Luandino Vieira: engajamento e utopia. In: África & Brasil: Letras em laços/org. Maria do Carmo Sepúlvida Campos, Maria Teresa Salgado. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2006. p. 211-229.
MARTINVima Lia de Rossi. Notas sobre os contos de João Antônio e Luandino Vieira. Cultura Crítica, v. 5, p. 98-108, 2008.
MARTINVima Lia de Rossi. Exclusão social e composição de personagens na ficção de João Antônio e de Luandino Vieira. Via Atlântica (USP), São Paulo, v. 7, p. 183-189, 2004.
Integridade e transgressão em Dina, de Luandino Vieira. Cadernos CESPUC de pesquisa, Belo Horizonte, v. 11, p. 201-206, 2003.
MARTINVima Lia de Rossi; CASTRILLON-MENDES, O. M.. Guimarães Rosa, Luandino Vieira e a transculturação narrativa. In: PINTO, A. J. A.; ABDALA JÚNIOR, B.; SILVA, A. R.. (Org.). Esse entre-lugar da literatura: concepção estética e fronteiras. 1ª ed., São Paulo: Arte e Ciência, 2013, v. 1, p. 83-102.
MATOS, Domingos Hélder António de. A enunciação cultural na tradução de Nós, os do Makulusu de Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Estudos Franceses). Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, Portugal, 2008. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
MATTOS, Marcelo Brandão. Um banho de rio nos escritos e sobrescritos de Luandino Vieira. 1ª ed., Niterói - RJ: Editora da UFF, 2012. 126p.

MATTOS, Marcelo Brandão. Um banho de rio nos escritos e sobrescritos de Luandino Vieira: Uma leitura de... (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal Fluminense, UFF, 2008. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).

MATTOS, Marcelo Brandão. Uns e outros, memórias dos guerrilheiros em luta: Resenha de O livro dos guerrilheiros, de Luandino Vieira. Abril (Niterói), v. 5, p. 177-184, 2010.
MELONI, Otávio Henrique Rodrigues (Org.); ASSIS, Roberta Guimarães Franco Faria de(Org.); KANO, Ivan Takashi (Org.). A mesma palavra outra: Ensaios de literatura portuguesa e literaturas africanas de língua portuguesa. 1ª ed., Niterói: Vício de Leitura, 2011. v. 1. 221p.
MELCHIADES, Aline Souza. O relato de si em João Vêncio: os seus amores de Luandino Vieira – do narrador à sociedade luandense. (Dissertação Mestrado em Letras).  Universidade Federal da Paraíba, UFPB, 2021. Disponível no link. (acessado em 2.2.2023).
José Luandino Vieira - foto: (...)
MENDES, Marli Maria. Imagens da alteridade em João Vêncio: os seus amores, de Luandino Vieira. In: VI Semana de Letras do ICHS/UFOP, 1997, Ouro Preto. Cadernos de Pesquisa do CELLB, 1997. v. 2. p. 11-14.
MENEGUCI, Sebastiana Rodrigues da Cruz. A Representação do intelectual na personagem Mais Velho de Nós, Os do Mukulusu, de Luandino Vieira. Um pouco acima do chão: entre ciência e arte. 1ª ed., Tangará da Serra-MT: Diário da Serra Editora,, 2012, v. 1, p. 193-206.
MENEGUCI, Sebastiana Rodrigues da Cruz. Representações da guerra e o intelectual em nós, os do Makulusu. (Dissertação Mestrado em Estudos Literários). Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, 2012.
MIRANDA, Helio Rosa de. Vavó, Inácia e Bina: aspectos da representação do feminino em Luuanda, de Luandino Vieira. In: Caderno de resumos do II Encontro de Professores de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. São Paulo: Centro de Estudos Portugueses, FFLCH-USP, 2003. p. 48-49.
MONTEIRO, Ramiro Ladeiro. A família nos Musseques de Luanda. Luanda: F.A.S.T.A. 1973.
MONTEIRO, Valcêmia Freire. Poesia africana de língua portuguesa: estudo de poemas e vivência em sala de aula. (Dissertação Mestrado em Literatura e Ensino). Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, 2011.
MORAES, Anita Martins Rodrigues de. A ficção pela nação: investigando formas de controle do imaginário em Luandino Vieira e sua recepção crítica. Cerrados (UnB. Impresso), v. 30, p. 107-121, 2010.
MORAES, Anita Martins Rodrigues de. A ficção pela nação: investigando formas de controle do imaginário em Luandino Vieira (2010). In: LEITE, A. M.; OWEN H.; CHAVES R.; APA, L.. (Org.). Nação e narrativa pós-colonial I. 1ª ed., Lisboa: Colibri, 2012, v. 1, p. 339-352.
MUNHOZ, Solange Chagas do Nascimento. Espaços de violência em Dina, de Luandino Vieira, e Mariazinha Tiro a Esmo, de João Antônio. Diadorim (Rio de Janeiro), v. 1, p. 205-212, 2006.
OLIVEIRA, Eris Antonio. Voz da África (texto sobre José Luandino Vieira). Jornal O Popular, Goiânia, p. 7-7, 12 fev. 2008.
OLIVEIRA, Fabiana de Paula Lessa; PEDRO, Fabiana Rodrigues de Souza. Silêncio, vozes, opressão e liberdade (através da escrita): reflexões sobre 'Zito Makoa, da 4ª classe', de Luandino Vieira e 'O menino que escrevia versos' de Mia Couto. In: XVII Congresso Nacional de Linguística e Filologia, 2013, Rio de Janeiro - RJ. v. XVII. p. 813-828.
OLIVEIRA, Janete Barbosa de. Vou pôr uma história: estratégias narrativas em Nosso Musseque, de Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de L. Portuguesa). Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo, USP, 2014.
OLIVEIRA, Jurema. O fenômeno da reinvenção linguística na narrativa africana. e-scrita Revista do Curso de Letras da UNIABEU Nilópolis, v. 2, Número 5, Mai. -Ago. 2011. Disponível no link. (acessado em 3.5.2015).
OLIVEIRA, Maura Eustáquia de. Vida nova em velhas histórias- o desanoitecer da linguagem em Luandino Vieira e Mia Couto. (Tese Doutorado em Letras). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, 2004.
OLIVEIRA, Rosa de Souza. Olhares epifânicos: a epifania nos contos "Amor", de Clarice Lispector e "À Sexta-Feira", de Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Letras - Estudos Comparados de Literatura de Língua Portuguesa). Universidade de São Paulo, USP, 2000.
OLIVEIRA, Rosa de Souza. Da epifania à alteridade: Clarice Lispector e Luandino Vieira. (Tese Doutorado em Estudos Comparados). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP, FFLCH - USP, 2007.
OLIVEIRA, Rosa de Souza. Da epifania à alteridade: Clarice Lispector e Luandino Vieira. In: Benilde Justo Caniato. (Org.). Travessias Atlânticas - Literatura nos países de Língua Portuguesa. 1ª ed., São Paulo: Coleção Via Atlântica, 2007, v. , p. 145-154.
PADILHA, Laura Cavalcante. Entre voz e letra: o lugar da ancestralidade na ficção angolana do século XX. (Tese Doutorado em Letras - Letras Vernáculas). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, 1988.
PADILHA, Laura Cavalcante. Luandino, sua 'Luuanda' e os 'sonoros corações da [sua] terra'. Colóquio. Letras, v. 1, p. 130-140, 2015.
PADILHA, Laura Cavalcante. De Rios Velhos e Guerrilheiros - O Livros dos Rios, de José Luandino Vieira. Metamorfoses. Revista da Cátedra Jorge de Sena da Faculdade de Letras da UFRJ, v. 8, p. 319-323, 2008.
PAULA, Julio Cesar Machado de. O que ajunta espalha: Tempo e paradoxo em Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, e Nós, os do Makulusu, de José Luandino Vieira. (Tese Doutorado em Estudos Literários). Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, 2010.
PAULA, Julio Cesar Machado de. Luandino Vieira e as encruzilhadas do Makulusu. Nau Literária (UFRGS), v. 7, p. 1-16, 2011.
PAULA, Julio Cesar Machado de. O que ajunta espalha: tempo e paradoxo em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e Nós, os do Makulusu, de Luandino Vieira. Em Tese (Belo Horizonte. Online), v. 17, p. 1-21, 2011.
PAULA, Júlio Cesar Machado de. Luandino Vieira e as encruzilhadas do Makulusu. Nau Literária, seer.ufrgs.br, Vol. 7, Nº 1 - Jan/Jun 2011. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
José Luandino Vieira - foto: (...)
PEICY, Carlos. A vida verdadeira de Domingos Xavier: trajetória, arte e revolução. Revista África e Africanidades, ano 3, nº 10, agosto. 2010. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
PEREIRA, Giulianna Souza. Imagens dos tempos: figurações do novo na escrita literária de Luandino Vieira da fase colonial. (Dissertação Mestrado em Letras). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, 2009. 
PEREIRA, Rogério Silva. Estrela ou libelo: o narrador em João Vêncio: Os seus amores, de Luandino Vieira. Caderno CESPUC de Pesquisa. Série Ensaios, Belo Horizonte, v. n.6, p. 59-66, 1996.
PINHEIRO, Layss Helena Teodoro. João Vêncio: os seus Amores: Escritura Neo-Picaresca e Angolanidade. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 2003.
PINHEIRO, Layss Helena Teodoro. Luandino Vieira e Guimarães Rosa: uma leitura de Velhas Estórias e Estas Estórias. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 1997.
PINTO, Renato dos Santos. Projetos e balanços entre João Vêncio: os seus amores, de Luandino Vieira, e Quantas madrugadas têm a noite, de Ondjaki. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal Fluminense, UFF, 2021. 
PINTO, Renato dos Santos. Narrativas angolanas: buscando conexões entre João Vêncio: os seus amores, de Luandino Vieira e Quantas madrugadas tem a noite, de Ondjaki. In: Anais do IX Sappil – Estudos de Literatura, UFF, nº 1, 2018. Disponível no link. (acessado em 2.2.2023).  
PINTO, Renato dos Santos. Luandino, João Vêncio e suas memórias emprestadas. In: Abril (Niterói), v. 11, p. 77-86, 2019. Disponível no link. (acessado em 2.2.2023). 
POZZATO, Sara Ferreira Marcenes. De conta ao conto. (Dissertação Mestrado em Teoria Literaria e Critica da Cultura). Universidade Federal de São João Del-Rei, UFSJ, 2013. Disponível no link. (acessado em 8.5.2015).
POZZATO, Sara Ferreira Marcenes. De conta em conta: Luandino Vieira (em) contra cena. Revista ContraPonto, v. 2, p. 2012-95, 2012.
RAFAEL, Maria Teresa Rabelo. Campo editorial e circulação da literatura de autoria africana de língua francesa no Brasil: um estudo de caso das estratégias de tradução em Alá e as crianças-soldados, de Ahmadou Kourouma. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal da Paraíba, UFPB, João Pessoa, 2019. Disponível no link. (acessado em 9.12.2022).
RIBEIRO, Luciane Oliveira. A solidariedade resistente desvendando a Vida Verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira. (Monografia Graduação em Literatura Comparada). Universidade Federal de Pelotas, UFPel, 2011. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
RIBEIRO, Margarida Carlafate; SILVA, Mónica V.; VECCHI, Roberto. “Papéis da Prisão”, de José Luandino Vieira: uma “biografia”. in:Jornal de Letras, 5 Janeiro 2016/ Buala. Disponível no link. (acessado em 5.1.2016).
ROCHA, Edmundo. Angola: contribuição ao estudo da génese do nacionalismo moderno angolano. Lisboa: 2003.
RÜCKERT, Gustavo Henrique. Transcriando o(s) ponto(s) de vista do Musseque: a(s) vida(s) verdadeira(s) de Domingos de Xavier. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL, Londrina, n. 13, p. 35-47, jan-jul 2012. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
SALES, Marcio Santos. Vozes do atlântico literário: um estudo comparativo entre Jorge Amado e José Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Estudo de Linguagens). Universidade do Estado da Bahia, UNEB, 2012. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
SAMPAIO, Neide Aparecida de Freitas. Por uma poética da voz africana: transculturações em romances e contos africanos e cantos afro-brasileiros. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, 2008.
SANTILLI, Maria Aparecida de Campos Brando. Africanidade. São Paulo: Ática, 1986.
SANTILLI, Maria Aparecida de Campos Brando. Estórias africanas: Estórias africanas história e antologia. São Paulo: Ática, 1985.
SANTILLI, Maria Aparecida de Campos Brando. Prosa de ficção e apelos teatrais: Manuel da Fonseca, José Luandino Vieira, Mia Couto e Guimarães Rosa. Via Atlântica (USP), v. 9, p. 63-70, 2006.
SANTILLI, Maria Aparecida de Campos Brando. João Guimarães Rosa e José Luandino Vieira, criadores de linguagem. Scripta (PUCMG), Belo Horizonte, v. 1, p. 221-233, 1998.
SANTILLI, Maria Aparecida de Campos Brando. A Luanda de Luandino Vieira. In: Editora 70. (Org.). Luandino Vieira e sua obra - Ensaios. Lisboa: Editora 70, 1980, v. 1, p. -.
SANTOS, Rubens Pereira dos. Luandino e Gorki: relações literárias. Cultura - Jornal Angolano de Letras & Artes, Luanda (Angola), p. 9 - 12, 19 jan. 2015.
SANTOS, Rubens Pereira dos. Encontros periféricos Rússia/Angola: Gorki e Luandino Vieira. In: Anais do XIII Encontro Internacional da Abralic. Campina Grande: Editora da UEPB, 2013. v. 1. p. 375-381.
SANTOS, Valci Vieira dos. A construção da identidade angolana na arquitetura textual de João Vêncio: os seus amores, de José Luandino Vieira. Caderno CESPUC de Pesquisa. Série Ensaios, v. 11, p. 189-200, 2003.
SECCO, Carmen Lucia Tindó Ribeiro. Presença de Guimarães Rosa em Luandino Vieira e Mia Couto: as margens do inefável. In: Congresso Nacional do Cinqüentenário de Grande Sertão:Veredas & Corpo de Baile, 2006, Rio de Janeiro. João Guimarães Rosa: Atas do Congresso Nacional do Cinqüentenário de Grande Sertão:Veredas & Corpo de Baile. Rio de Janeiro: Edição da Pós Graduação em Letras Vernáculas, 2006. v. 1. p. 133-139.
SECCO, Carmen Lucia Tindó Ribeiro. No Ranger da Memória e Nas Redes do Poético: O Processo de Reinvenção Verbal em Guimarães Rosa, Luandino Vieira e Mia Couto. Revista da Faculdade de Letras. Línguas e Literaturas (Universidade do Porto), Rio de Janeiro, v. 2, n.2, p. 50-60, 1996.
SECCO, Carmen Lucia Tindó Ribeiro. As magias das letras africanas: ensaios escolhidos sobre as literaturas de Angola e Moçambique e alguns outros diálogos. Rio de janeiro: ABE Graph Editora/ Barroso Produções Editoriais, 2003. 
SECCO, Carmen Lúcia Tindó Ribeiro. A Androginia do Poético em Luandino Vieira e Guimarães Rosa. Boletim do Centro de Estudos Portugueses, Universidade Federal de Minas Gerais, v. 14, n. 17, p. 71-81, Jan./Jul. 1994. Disponível no link. (acessado em 05.05.2015).
SEPÚLVEDA, Maria do Carmo; SALGADO, Maria Teresa (Orgs.). África & Brasil: letras em laços. Rio de Janeiro: Editora Atlântica, 2000. 
SILVA, Cristiane Santana. A palavra reinventada: pelos caminhos da harmonia e da violência (uma leitura de estórias de João Guimarães Rosa e José Luandino Vieira).. (Dissertação Mestrado em Letras - Estudos Comparados de Literatura de Língua Portuguesa). Universidade de São Paulo, USP, 2010.
SILVA, Cristiane Santana. A palavra reinventada: recriação e resistência em estórias de João Guimarães Rosa e José Luandino Vieira. (Monografia Graduação em Letras). Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP, 2005.
SILVA, Lenirce Sepulvida da. Luandino Vieira: Paixão e a arte de escreviver. África Brasil Letras Em Laços, Rio de Janeiro, v. 1, p. 209-225, 2000.
SILVA, Maria Teresa Salgado Guimaraes da. A presença do cômico na ficção angolana contemporânea: a tarefa de conciliar o inconciliável. (Tese Doutorado em Letras Vernáculas). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, 1997.
SILVA, Maria Teresa Salgado Guimaraes da. Imagens da Felicidade em três momentos da ficção angolana ou agonia e felicidade em Luandino Vieira, Pepetela e Manuel Rui. In: Maria Nazareth Fonseca e Maria Zilda Cury. (Org.). África:dinâmicas culturais e literárias. 1ª ed., Belo Horizonte: CESPUC, 2012, v. 1, p. 25-30.
SILVA, Maurício. A tradição da transgressão: língua portuguesa e identidade cultural em Luandino Vieira. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, nº 34, p. 225-236, 2008. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
SILVA, Maurício. A tradição da transgressão: língua portuguesa e identidade cultural em Luandino Vieira. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 11, n. 20, p.167-176, 1º sem. 2007. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
SILVA, Norma Maria Jacinto da. Os fios da memória e da história, em de Rios Velhos e Guerrilheiros: o livro dos Rios. (Dissertação Mestrado em Letras Vernáculas). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, 2009. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
SILVA, Zoraide Portela. José Luandino Vieira: Memórias e Guerras entrelaçadas com a escrita. (Tese Doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa). Universidade de São Paulo, USP, 2013.
SINDRA, Angélica Gherardi. Configurações do intelectual em obras de Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Literaturas de Língua Portuguesa). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, 2007. Disponível no link e link. (acessado em 6.5.2015).
SKEIKA, Jhony Adelio. Por uma literatura menor: a estória da galinha e do ovo como marca sutil de protesto de  José Luandino Vieira. Revista e-scrita: revista do curso de etras da UNIABEU, v. 5, p. 66-77, 2014.
TOPA, Francisco José de Jesus. Luuanda há 50 anos: críticas, prémios, protestos e silenciamento. 1ª ed., Porto: Sombra pela cintura, 2014. v. 1. 324p. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
TOPA, Francisco José de Jesus. Águas profundas são as palavras dos poetas: Luuanda e Luandino. As Artes entre as Letras, Porto, p. 5 - 5, 29 out. 2014.
TRIGO, Salvato. Luandino Vieira – o Logoteta. Porto: Brasília Editora, 1981.
TRIGO, Salvato. Do logotetismo ao genotetismo; José Luandino Vieira — o percurso duma escrita. (Dissertação Doutoramento em Literatura de Expressão Portuguesa - Literatura Africana). Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 1981. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
VEIGA, Luiz Maria. Retratos do colonizador e do colono: a representação da minoria branca em algumas obras da literatura angolana. (Dissertação Mestrado em Letras). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, USP, 2010. Disponível no link. (acessado em 6.5.2015).
VEIGA, Luiz Maria. Os rios, as torrentes de imagens, os jogos de adivinhas de Luandino. Revista Crioula (USP), FFLCH - USP - São Paulo SP, p. 1 - 7, 30 nov. 2009. 
VENTURA, Susana Ramos. Guimarães Rosa e Luandino Vieira: diálogos entre campo e musseque. Claretiano (Batatais), v. 5, p. 33-39, 2005.
VENTURASusana Ramos. Violência colonial: uma leitura de dois contos de José Luandino Vieira. Scripta (PUCMG), Belo Horizonte, v. 7, p. 328-340, 2003.
VIEIRA, J. L.; TOPA, Francisco José de Jesus. Luandino por (re)conhecer: uma entrevista, estórias dispersas, bibliografia. 1ª ed., Porto: Sombra pela cintura, 2014. v. 1. 172p.
VIEIRA, Maria Agripina Ferreira Carriço Lopes. Construção da identidade na ficção de Luandino, Pepetela e Agualusa. (Tese Doutorado em Estudos Literários e Literatura Comparada). Universidade de Lisboa, Lisboa, 2011. Disponível no link. (acessado em 9.5.2015).
José Luandino Vieira - foto: (...)
VIEIRA, Maria José Blaskovski. Linguagem e identidade em Luuanda, de Luandino Vieira. In: Maria Luíza Ritzel Remédios; Regina da Costa da Silveira. (Org.). Redes e capalunas: identidade, cultura e história nas literaturas lusófonas. Porto Alegre: Editora do UniRitter, 2009, v., p. 173-184.
VIEIRA, Maria José Blaskovski. A expressão lingüística em Luuanda de Luandino Vieira. In: II SEPesq - Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação, 2006, Porto Alegre. II SEPesq - Semana e Extensão, Pesquisa e Pós-Gradução. Porto Alegre: Editora UniRitter, 2006. v. 1.
XAVIER, Carmen Luiza Rabelo. Apropriação do Código Linguístico do outro: A Escrita Literária de Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Letras). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, 1997.
ZORTEA, Claudia Eliane. Estudos sobre o registro literário de Luandino Vieira em "Nosso Musseque". (Monografia Graduação em Letras). Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, 2009.
ZORTEA, Claudia Eliane. O estilo tardio na obra Nós, os do Makulusu de Luandino Vieira. (Dissertação Mestrado em Estudos Literários). Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, 2014.
ZORTEA, Claudia Eliane. O estilo tardio na obra 'Nós, os do Makulusu', de Luandino Vieira. Revista Crioula (USP), v. 14, p. 1-9, 2014. Disponível no link. (acessado em 5.5.2015).
ZORTEA, Claudia Eliane. Um estudo comparado da memória em 'Nosso Musseque' e 'Nós, os do Makulusu', de Luandino Vieira. Revista Athena, v. 4, p. 25-34, 2013.


"Talvez agora com as coisas que os anos e a vida mostraram, vindas de muitas pessoas diferentes, eu possa pôr bem a história do Xoxombo. Se não conseguir, a culpa não é dele nem da confusão que lhe pôs a alcunha. É minha, que meti literatura aí onde tinha vida e substituí calor humano por anedota. Mas vou contar na mesma." 
- José Luandino Vieira, em "Nosso musseque". Lisboa: Editorial Caminho, 2003, p. 17.


José Luandino Vieira - foto: (...)
FILMOGRAFIA
Filme: Monangambé 
Curta-metragem baseado no conto “O fato completo de Lucas Matesso”, de Luandino Vieira (1962).
Ficha técnica
Ano/país: 1971 - Angola
Duração: 17 min.
Formato: 35 mm., pb. 
Direção: Sarah Maldoror
Adaptação/roteiro: Sarah Maldoror, Mário Pinto de Andrade e Serge Michel


Filme: Sambizanga
Baseado no romance A Vida Verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira.
Sinopse: O filme se passa em Angola em 1961. Domingos Xavier, um militante revolucionário angolano, foi preso pela polícia secreta portuguesa. Xavier foi levado para a cadeia no Sambizanga onde foi submetido a interrogatório e tortura para extrair os nomes de seu contato independência. O filme a partir do ponto de vista de Maria, a esposa de Xavier, que vai em busca de seu marido da prisão para prisão sem entender exatamente o que está acontecendo, enquanto Xavier foi torturado e espancado até a morte.
Ficha técnica
Ano/país: 1972 - Angola, República do Congo e França
Duração: 102 min.
Formato: 35 mm.
Direção: Sarah Maldoror
Roteiro: Sarah Maldoror; Claude Agostini, Maurice Pons; e Mário Pinto de Andrade
Direção de fotografia: Claude Agostini
Editor: Georges Klotz
Estúdio de produção: Isabelle Filmes
Distribuição: New Yorker Films, Animatógrafo
Classificação indicativa: 16 anos.


Estória do ladrão e do papagaio
"[...] É assim como um cajueiro, um pau velho e bom, quando dá sombra e cajus inchados de sumo e os troncos grossos, tortos, recurvados, misturam-se, crescem uns para cima dos outros, nascem-lhes filhotes mais novos, estes fabricam uma teia de aranha em cima dos mais grossos e aí é que as folhas, largas e verdes, ficam depois colocadas, parece são moscas mexendo-se, presas, o vento é que faz. E os frutos vermelhos e amarelos são bocados de sol pendurados. As pessoas passam lá, não lhe ligam, vêem lhe ali anos e anos, bebem fresco da sombra, comem o maduro das frutas, os monandengues roubam as folhas a nascer para ferrar suas linhas de pescar e ninguém pensa: como começou este pau? Olhem-lhe bem, tirem as folhas todas: o pau vive. 
Quem sabe diz o sol dá-lhe comida por ali, mas o pau vive sem folhas. Subam nele, partam-lhe os paus novos, aqueles em vê, bons para paus-de-fisga, cortem-lhe mesmo todos: a árvore vive sempre com os outros grossos filhos dos troncos mais velhos
agarrados ao pai gordo e espetado na terra. Fiquem malucos, chamem o trator ou arranjem as catanas, cortem, serrem, partam, tirem todos os filhos grossos do tronco pai e depois saiam embora, satisfeitos: o pau de cajus acabou, descobriram o princípio dele. Mas chove a chuva, vem o calor, e um dia de manhã, quando vocês passam no caminho do cajueiro, uns verdes pequenos e envergonhados estão espreitar em todos os lados, em cima do bocado grosso, do tronco-pai. E nessa hora com a vossa raiva toda de não lhe encontrarem o princípio, vocês vêm e cortam, rasgam, derrubam, arrancam-lhe pela raiz, tiram todas as raízes, sacodem-lhes, destroem, secam, queimam-lhes mesmo e vêem tudo fugir para o ar feito muitos fumos, preto, cinzento escuro, cinzento-rola, cinzento-sujo, branco, cor de marfim, não adiantem ficar vaidosos com a mania que partiram o fio da vida, descobriram o princípio do cajueiro...
Sentem perto do fogo da fogueira ou na mesa de tábua de caixote, em frente do candeeiro; deixem cair a cabeça no balcão da quitanda, cheia de peso do vinho ou enchem o peito de sal do mar que vem no vento; pensem só uma vez, um momento, um pequeno bocado, no cajueiro. Então, em vez de continuar descer no caminho da raiz, na vossa cabeça vai aparecer a castanha antiga, mãe escondida desse pau de cajus que derrubaram mas filha enterrada doutro pau. Nessa hora o trabalho tem de ser o mesmo: derrubar outro cajueiro e outro e outro... É assim o fio da vida. Mas as pessoas que lhe vivem não podem ainda fugir sempre para trás, derrubando os cajueiros todos; nem correr sempre muito já na frente, fazendo nascer mais paus de cajus. É preciso dizer um princípio que se escolhe: costuma se começar, para ser mais fácil, na raiz dos paus, na raiz das coisas, na raiz dos casos, das conversas."
- Xica Futa, em “Estória do ladrão e do papagaio”. in: "Luuanda" de José Luandino Vieira. São Paulo: Ática, 1982, p.53-54.



"E é isso que nenhuma fotografia pode me dar, nem assim nesta hora, batida no sol, esquecida do Maninho morto lá dentro, essa maneira o pai que tem de explicar as coisas e eu quero lembrar hoje, aqui, ouvir, dar encontro, porque esses sons só, essa sabedoria ao contrário explicam o homem que era e que, pouco-pouco, vou construindo e agora custa menos porque o sorriso dele já não existe no seu último sorrir: os lábios de Maninho." 
- José Luandino Vieira, em "Nós, os do Makulusu". São Paulo: Ática, 1991, p. 59.

Ilustração de José Rodrigues, no livro "À Espera do Luar", de Luandino Vieira

"Era o tempo dos catetes no capim e das fogueiras no cacimbo. Das celestes
viúvas em gaiolas de bordão à porta de casas de pau-a-pique. As
buganvílias floriam e havia no céu um azul tão arrogante que não se podia
olhar.
Era o tempo da paz e do silêncio entre cubatas à sombra de mulembas."
- José Luandino Vieira, em "A cidade e a infância".Lisboa: Edições 70, 1997, p. 63.


José Luandino Vieira - foto: (...)

ESCRITORES AFRICANOS NESTE SITE
:: Alda Espírito Santo (São Tomé e Príncipe)
:: Amélia Dalomba (Angola)
:: Amílcar Cabral (Guiné-Bissau)
:: Ana Paula Tavares (Angola)
:: António Agostinho Neto (Angola)
:: António Mendes Cardoso (Angola)
:: Fernando Costa Andrade (Angola)
:: Fernando Leite Couto (Moçambique)
:: João Maimona (Angola)
:: José Craveirinha (Moçambique)
:: José Eduardo Agualusa (Angola)
:: José Luandino Vieira (Angola)
:: Mia Couto /+ fortuna crítica+  Poemas (Moçambique)
:: Noémia de Sousa (Moçambique)
:: Ondjaki (Angola)
:: Orlanda Amarílis (Cabo Verde)
:: Paulina Chiziane (Moçambique)
:: Pepetela (Angola)

:: Raúl Alves Calane da Silva (Moçambique)
:: Ruy Duarte de Carvalho (Angola) 



REFERÊNCIAS E FONTES DE PESQUISA
:: Cátedra Português (Universidade Eduardo Mondlane e Instituto Camões)
:: Fundação Mário Soares  
:: Literatura Colonial Portuguesa 
:: Memorias d'África e d'Oriente 
:: Rede Angola
:: Tertúlia Bibliófila 
:: União dos Escritores Angolanos - UEA


"...ser só não chega; é preciso que queiras, que estejas sendo diariamente, que não
nos deixemos ser. Ser é passado logo na hora que és." 
- José Luandino Vieira.



© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros

© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske

=== === ===
Trabalhos sobre o autor:
Caso, você tenha algum trabalho não citado e queira que ele seja incluído - exemplo: livro, tese, dissertação, ensaio, artigo - envie os dados para o nosso "e-mail de contato", para que possamos incluir as referências do seu trabalho nesta pagina. 

Conteúdo, textos, fotos, caricaturas, charges, imagens e afins
:: Sem identificação: nos ajude a identificar o autor, fontes e afins.
:: Autor(a): caso não concorde com a utilização do seu trabalho entre em contato.

COMO CITAR:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). José Luandino Vieira - fios de memória e estórias. Templo Cultural Delfos, fevereiro/
2023. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
____
** Página atualizada em 5.1.2016.
* Página original MAIO/2015.



Direitos Reservados © 2023 Templo Cultural Delfos

2 comentários:

  1. O maior escritor angolano . . . . autêntico . . . contador das lendas e realidades da terra e do povo . . .

    ResponderExcluir

  2. west coast gummies
    Thank you for this fantastic read! Keep it up!

    ResponderExcluir

Agradecemos a visita. Deixe seu comentário!

COMPARTILHE NAS SUAS REDES