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Música brasileira: documentários para assistir e estudar

Musicando, de Carybé

"Toda a música que não pinta nada é apenas um ruído."
- Jean Alembert, in: "Discours préliminaire de l'Encyclopédie".

 
DOCUMENTÁRIOS PARA VOCÊ ASSISTIR E UMA BREVE BIOGRAFIA DE COMPOSITORES, INTERPRETES E BANDAS
(Todos os "Documentários" aqui compartilhados, estão disponíveis na rede)


"Quando ouço música, a minha imaginação compraz-se muitas vezes com o pensamento de que a vida de todos os homens e a minha própria vida não são mais do que sonhos de um espírito eterno, bons e maus sonhos, de que cada morte é o despertar."
-Arthur Schopenhauer, em "'Dores do Mundo' - capítulo referente à arte".


BADEN POWELL
(violonista e compositor)

Documentário: Velho Amigo - O universo musical de Baden Powell 
Sinopse: Baden Powell foi um virtuoso do violão. Na história da música brasileira, ele se destaca como o músico que partiu em busca de suas raízes africanas, abrindo caminho para as novas gerações de cantores e violonistas. Como resultado do seu trabalho, inúmeros ritmos brasileiros foram catalogados e salvos do esquecimento. Na história da música ocidental, ele se destaca como músico ímpar, dominando a literatura do violão clássico, do folclore brasileiro na sua forma mais completa , da música barroca e do jazz. Este documentário permite compreender a trajetória incomun seguida por Baden Powell e, acima de tudo, conhecer o homem que ele foi.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 2003
Duração: 54 min.
Velho Amigo - O universo musical de Baden Powell 

Baden Powell de Aquino nasceu em Varre-Sai, no Norte fluminense, em 6 de agosto de 1937. Seu pai, Lilo de Aquino, militante do escotismo, deu-lhe o nome do general britânico fundador do movimento. Ainda em 1937, a família - Seu Lilo, Dona Adelina, Baden e a irmã, Vera (o irmão mais velho, Jackson, já havia morrido) - mudou-se para o Rio, indo morar primeiro em Vila Isabel, depois na Saúde e logo em São Cristóvão, onde Baden Powell passou toda a infância e a adolescência. Aos 8 anos, foi estudar violão com Jaime Florence, o Meira dos regionais de Benedito Lacerda e Canhoto. Na Escola Nacional de Música, estudou teoria musical, harmonia e composição. Aos 10 anos, havia vencido o programa Papel Carbono, de Renato Murce, porta de entrada para o rádio. Aos 15, munido de uma autorização do Juizado de Menores, era músico profissional. Em 1962, conhece Vinícius de Moraes, com quem formaria uma das mais importantes parcerias da música popular brasileira (outro parceiro fundamental seria Paulo César Pinheiro, co-autor de Lapinha, a música vencedora da I Bienal do Samba, em 1969). Naquele ano de 1962, Baden iria pela primeira vez à Europa, onde se tornaria o artista brasileiro de maior prestígio e chegaria a permanecer, às vezes, até cinco anos, apresentando-se e gravando em vários países. Faleceu em 26 de setembro de 2000.
:: Fonte: mpbnet
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Saiba mais em:
:: BADEN Powell - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: BADEN Powell - Sítio Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: BADEN Powell - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).




BEZERRA DA SILVA
(Cantor, compositor e instrumentista)

Documentário: Coruja
Sinopse: O sambista Bezerra da Silva cantava a dura realidade do morro e prestigiava compositores anônimos, que transformavam o dia a dia nas favelas em crônicas bem humoradas na voz de Bezerra.
País/ano: Brasil, 2001
Duração: 15 min.
Direção: Márcia Derraik e Simplício Neto


Coruja - Dir.: Márcia Derraik e Simplício Neto


"Gravo a realidade brasileira do povo faminto e marginalizado. Cada um entende de um jeito. O importante é vender. Artista bom é aquele que vende, segundo o mercado. Veja a frase "tem coca aí na geladeira", frase que todo mundo diz, mas como é o Bezerra que canta, então sujou."
- Bezerra da Silva, (Folha de S.Paulo, 08.out.2000).


Documentário: Onde a coruja dorme
Sinopse: O cantor Bezerra da Silva tornou-se uma estrela nacional nos anos 80 durante a chamada “explosão do pagode”. Classificado inicialmente pela crítica como sambandido, sua música encantou o público brasileiro com crônicas cáusticas e extremamente bem humoradas sobre o cotidiano das favelas cariocas e da Baixada Fluminense. Poucos sabem o segredo do sucesso de Bezerra da Silva: sua equipe de compositores – pedreiros, trocadores de ônibus, carteiros, técnicos de refrigeração e biscateiros em geral. Sambistas genuínos escolhidos a dedo por Bezerra. Trabalhadores anônimos que cantam como ninguém o universo da malandragem carioca.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2012
Duração: 1h12min.
Direção: Simplício Neto, Márcia Derraik
Produção executiva: Rodrigo Letier, Roberto Berliner e Marcia Derraik 
Coordenação de produção: Lorena Bondarovsky
Direção de fotografia: Mauro Pinheiro Jr. ABC
Som: Pedro Moreira / Luis Eduardo "Boom" 
Edição: Leonardo Domingues
Edição de som e mixagem: Denilson Campos
Produção: TvZERO e Antenna
Co-produção: Teleimage
Site do filme: Onde a coruja dorme


Onde a coruja dorme - Dir.: Simplício Neto, Márcia Derraik


José Bezerra da Silva (Recife, 23 de fevereiro de 1927 — Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2005) foi um cantor, compositor, violonista, percussionista e intérprete brasileiro dos gêneros musical coco e samba, em especial de partido-alto. No princípio, dedicava-se a gêneros nordestinos, principalmente o coco até se transformar em um dos principais expoentes do samba nos anos seguintes. Através do samba, cantou sobre os problemas sociais encontrados dentro das comunidades, se apresentando no limite da marginalidade e da indústria musical. Estudou violão clássico por oito anos e passou outros oito anos tocando na orquestra da Rede Globo, sendo um dos poucos partideiros que lia partituras.
Gravou seu primeiro compacto em 1969 e o primeiro disco em 1975, de um total de 28 álbuns lançados em toda a carreira que, somados, venderam mais de 3 milhões de cópias.3 Ganhou 11 discos de ouro, 3 de platina e 1 de platina duplo. Apesar de ter sido um dos artistas mais populares do Brasil, foi um artista bastante ignorado pelo "mainstream". 
:: Fonte: Wikipédia
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Saiba mais em:
:: ALMANAQUE. Bezerra da Silva. in: Almanaque Folha - banco de dados. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: BEZERRA da Silva - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.01.2015).
:: MATOS, Cláudia Neiva de. Bezerra da Silva, singular e plural. IPOTESI, JUIZ DE FORA, v.15, n.2, p. 99-114, jul./dez. 2011. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: VIANNA, Letícia C. R.. Bezerra da Silva, produto do morro: trajetória e obra de um sambista que não
é santo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. 165p.


CARTOLA
(Compositor, cantor e violonista)

Documentário: Cartola - Música para os olhos
Sinopse: A história do samba segundo um dos seus expoentes mais nobres. Utilizando linguagem fragmentada, o filme descreve um painel da formação cultural do Brasil.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2006
Duração: 85 min.
Direção e Roteiro: Lírio Ferreira e Hilton Lacerda

Cartola - Música para os olhos - Dir.: Lírio Ferreira e Hilton Lacerda

Cartola (Angenor de Oliveira) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de outubro de 1908. Passou sua infância no bairro de Laranjeiras. Só estudou o curso primário. Mudou-se para o Morro da Mangueira, onde começou a frequentar a vida boêmia e as rodas de samba. Tocava violão e cavaquinho. Com quinze anos trabalhou como tipógrafo e pedreiro. Durante esse período usava um chapéu, o que lhe valeu o apelido de Cartola. Em 1926, com dezoito anos é expulso de casa, pelo pai, vai morar sozinho num barraco e depois vai viver com Deolinda. Cartola foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, tendo sugerido o nome da escola e as cores verde e rosa. O primeiro samba da escola é de sua autoria "Chega de Demanda". Foi no morro da Mangueira que conheceu Carlos Cachaça, seu parceiro em vários sambas. Na década de 30, Carmem Miranda, Sílvio Caldas, Araci de Almeida e Francisco Alves, foram grandes interpretes de suas músicas. É impossível falar de samba sem falar em Cartola. Autor de sambas inesquecíveis como "As Rosas não Falam", "O Mundo é um Moinho", e "O Sol Nascente". Com a morte de Deolinda, Cartola deixa o morro da Mangueira e se afasta do meio musical. Passa sete anos vivendo como lavador de carro e vigia. Em 1956, resgatado pelo jornalista Sérgio Porto, Cartola volta a compor. Encontra Dona Zica e juntos abrem um restaurante, que era ponto de encontro de sambista no Morro da Mangueira, mas depois de dois anos fecha as portas.
Angenor de Oliveira morreu no Rio de Janeiro, no dia 30 de novembro de 1980.
:: Fonte: E-biografias
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Saiba mais em:
:: BLOG 100 anos de Cartola (2008). Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CARTOLA - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CARTOLA (biografia - Coleção Folha Raízes da MPB. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: CARTOLA - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.01.2015).
:: CASTRO, Maurício Barros de. Divino Cartola. in: Revista de História (online), 04 de outubro de 2008. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CENTRO Cultural Cartola. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CRUZ, Graziela Aparecida da. A construção biográfica no documentário cinematográfico: uma análise de Nelson Freire, Vinicius e Cartola Música para os olhos. (Dissertação Mestrado em Artes). Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, 2011. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: PEREIRA, Arley. Cartola: semente de amor sei que sou, desde nascença. São Paulo, SESC, 2008.
:: SILVA, Marília T. Barboza da; OLIVEIRA FILHO, Arthur L. de. Cartola: Os Tempos Idos. Rio de Janeiro: Gryphus, 2003.




CAZUZA
(Cantor, compositor, poeta e letrista)

Documentário: Cazuza, o tempo não para
Sinopse: Cinebiografia do cantor e compositor Cazuza, morto em 1990. Reproduz o ambiente da juventude dos anos 80 no Rio de Janeiro, com trilha sonora repleta de sucessos de Cazuza. Uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro nos últimos anos. Com Daniel Oliveira, Marieta Severo e Reginaldo Faria.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2004
Duração: 98 min.
Direção: Sandra Werneck e Walter Carvalho
Vídeo removido pelos proprietários. 




Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um cantor, compositor, poeta e escritor brasileiro. Ganhou fama como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".
Cazuza é considerado um dos maiores compositores da música brasileira. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Para" e "O Nosso Amor a Gente Inventa". Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo (termo usado para descrever a presença do vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS - no sangue) e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro.
:: Fonte: Wikipédia
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Saiba mais em:
:: ARAÚJO, Lucinha. Cazuza - Só as mães são felizes. São Paulo: Editora Globo, 1997. 
:: CAZUZA - Bibliografia- Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CAZUZA - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).




CHICO BUARQUE
(Compositor, cantor e escritor)

Documentários
:: Chico Buarque - Anos Dourados (2005). Disponível no link. (acessado em 25.1.2015).
:: Chico Buarque - Uma Palavra (2006). Disponível no link. (acessado em 25.1.2015).
:: Chico Buarque - Saltimbancos (2006). Disponível no link. (acessado em 25.1.2015).
:: Chico Buarque - Romance (2006). Disponível no link. (acessado em 25.1.2015).
:: Chico Buarque - Cinema (2006). Disponível no link. (acessado em 25.1.2015).


Musico, Portinari (1961)
Francisco Buarque de Hollanda, nasceu em 19 de junho de 1944, no Rio de Janeiro. Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e de Maria Amélia Buarque de Hollanda. Em 1946, aos dois anos de idade, mudou-se com sua família para São Paulo. Por ter nascido em uma família de intelectuais, afirmava que "as paredes lá de casa viviam cobertas de livros". Desde cedo conviveu com diversos artistas, amigos de seus pais e da irmã Heloísa, entre os quais, João Gilberto, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Tom Jobim, Alaíde Costa e Oscar Castro Neves. Em 1952, mudou-se com sua família para Roma onde o pai foi lecionar. Na capital italiana eram comuns os serões familiares em que sua mãe ou seu pai acompanhavam ao piano o diplomata Vinicius de Moraes, que cantava os sambas da época. Dois anos depois retornou ao Brasil, indo estudar no Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Leu muito durante a adolescência, desde os grandes escritores russos como Dostoievski e Tostoi, franceses, como Céline, Balzac, Zola e Roger Martin, aos brasileiros, como Guimarães Rosa, João Cabral, José Lins do Rego, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos. Aprendeu a tocar de ouvido, recebendo, da irmã Heloísa, as primeiras noções de violão. Convivendo com os amigos da irmã, que estavam iniciando a bossa nova, sofreu grande influência desse estilo, principalmente de João Gilberto, a quem procurava imitar. Ouvia muito no rádio as músicas de Ataulfo Alves, Ismael Silva, Noel Rosa e outros, além de chorinhos, sambas, marchas, modinhas, baiões e serestas. No Colégio Santa Cruz começou a envolver-se com o movimento estudantil e com organizações como a OAF (Organização de Auxílio Fraterno), que realizava campanhas para arrecadar agasalhos e alimentos para mendigos. Ainda durante o curso científico no Colégio Santa Cruz, começou a destacar-se entre os colegas pelo amor ao futebol, pelas crônicas, chamadas de "Verbâmidas", que escrevia para o jornalzinho da escola, e pela participação constante nas batucadas que ocorrriam no ambiente escolar. Por essa época, escreveu suas primeiras composições, "Canção dos olhos" e "Anjinho". Ainda no Colégio Santa Cruz, pisou num palco, pela primeira vez, num espetáculo no qual cantou a "Marcha para um dia de sol", de sua autoria. Em 1961, foi preso juntamente com um amigo, por "puxar" um carro para dar umas voltas, ocasião em que foi proibido pelos pais de sair à noite antes de completar 18 anos. Dois anos depois, ingressou na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), na qual somente ficaria até o 3º ano. Já no 2º ano da faculdade, tornou-se amigo de Francisco Maranhão e de outros adeptos das batucadas. Criou com alguns colegas o Sambafo, que se reunia após as aulas para cantar e batucar no grêmio escolar ou então no Quitanda, boteco da Rua Dr. Vila Nova. Em 1966, conheceu a atriz Marieta Severo com quem se casou pouco tempo depois e com quem teve três filhas. O casal veio a separar-se em meados dos anos 90, após mais de trinta anos de convivência, mantendo, contudo, assídua convivência.
:: Fonte: CHICO Buarque - Biografia - DicionarioMPB.
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Saiba mais em:
:: ACERVO Chico Buarque. Espaço onde você pode navegar pela vida e obra de Chico Buarque. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CHICO Buarque - Dicionário Cravo Albin da Música Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.01.2015).
:: CHICO Buarque - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CARVALHO, Gilberto de. Chico Buarque, análise poético-musical. Rio de Janeiro: Editora CODECRI, 1982.
:: FERNANDES, Rinaldo. Chico Buarque do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2004.
:: FONTES, Maria Helena Sansão. Sem Fantasia - Masculino e Feminino em Chico Buarque. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 2003.
:: HOMEM, Wagner. Histórias de canções - Chico Buarque. Rio de Janeiro: Saraiva, 2009.
:: MENESES, Adélia Bezerra de. Desenho mágico - poesia e política em Chico Buarque. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
:: MENESES, Adélia Bezerra de. Figuras do feminino na canção de Chico Buarque. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
:: SILVA, Anazildo Vasconcelos da. A poética de Chico Buarque. Rio de Janeiro: Editora Sophos, 1974.
:: SILVA, Fernando de Barros. Chico Buarque. [Coleção Folha explica]. São Paulo: Publifolha, 2004.
:: URICH, Silvia e ECHEPARE, Roberto. Chico Buarque. Argentina: Gray Edciones, 1985.
:: ZAPPA, Regina. Chico Buarque perfis do Rio. Rio de Janeiro: Editora Zumara, 1999.
:: ZAPPA, Regina. Para seguir minha jornada: Chico Buarque. [texto Regina Zappa: organização Julio Silveira]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2011.




CHIQUINHA GONZAGA
(Compositora e pianista)

Documentário: A maestrina Chiquinha Gonzaga 
Série 500 anos de História do Brasil
Sinopse: Apresentado pela atriz Carolina Ferraz. Além da participação da biógrafa da maestrina, Edinha Diniz, conta também com depoimentos da pianista Clara Sverner, do músico Paulo Moura, da atriz Rosamaria Murtinho, da escritora Maria Adeláide Amaral, do musicólogo Ary Vasconcelos, do ator Mário Lago, entre outros.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1999
Duração: 48 min.
Direção: ?
Produção: Guilherme Fontes Filmes - GNT



A maestrina Chiquinha Gonzaga 


Francisca Edwiges Neves GonzagaA compositora e maestrina carioca Chiquinha Gonzaga (1847-1935) destaca-se na história da cultura brasileira e da luta pelas liberdades no país pelo seu pioneirismo. A coragem com que enfrentou a opressora sociedade patriarcal e criou uma profissão inédita para a mulher, causou escândalo em seu tempo. Atuando no rico ambiente musical do Rio de Janeiro do Segundo Reinado, no qual imperavam polcas, tangos e valsas, Chiquinha Gonzaga não hesitou em incorporar ao seu piano toda a diversidade que encontrou, sem preconceitos. Assim, terminou por produzir uma obra fundamental para a formação da música brasileira, pela primeira vez apresentada ao grande público por meio do Acervo Digital Chiquinha Gonzaga.Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847, da união de José Basileu Neves Gonzaga, militar de ilustre linhagem no Império, com a forra Rosa, filha de escrava. A menina cresceu e se educou num período de grandes transformações na vida da cidade. Além de escrever, ler e fazer cálculos, estudar o catecismo, e outras prendas femininas, a jovem sinhazinha aprendeu a tocar piano.
Educada para ser dama de salão, aos 16 anos Chiquinha se casou com o promissor empresário Jacinto Ribeiro do Amaral, escolhido por seu pai. Continuou dedicando atenção ao piano, para desespero do marido, que não gostava de música e encarava o instrumento como seu rival. Inquieta e determinada, Chiquinha se rebelou e decidiu abandonar o casamento ao se apaixonar pelo engenheiro João Batista de Carvalho, com quem passou a viver.
Com 18 anos de idade, já Sra. Francisca Edwiges Gonzaga do Amaral.
O escândalo resultou em ação judicial de divórcio perpétuo movida pelo marido no Tribunal Eclesiástico, por abandono do lar e adultério. A Chiquinha Gonzaga que emerge no cenário musical do Rio de Janeiro em 1877, após desilusão amorosa, maldição familiar, condenações morais e desgostos pessoais é uma mulher que precisa sobreviver do que sabia fazer: tocar piano.
Ninguém ousara tanto. Praticar música ao piano, ou até mesmo compor e publicar, não era incomum às senhoras de então, mas sempre mantendo o respeito ao espaço feminino por excelência, o da vida privada. A profissionalização da mulher como músico (e ainda mais aquele tipo de música de dança para consumo nos salões!) era fato inédito na sociedade da época. A atividade exigia talento, determinação e coragem – qualidades que não faltavam a Chiquinha Gonzaga.
Sua estreia como compositora se deu com a polca Atraente, cujo sucesso foi mais um fardo para sua reputação. Mantinha-se como professora em casas particulares e pianista no conjunto do flautista Joaquim Callado. Passou a aperfeiçoar sua técnica com o pianista português Artur Napoleão, também seu editor, e a tentar escrever partituras para o teatro musicado. Em janeiro de 1885, Chiquinha Gonzaga estreou no teatro com a opereta A corte na roça, representada no Teatro Príncipe Imperial, ocasião em que a imprensa se embaraçou ao tratá-la – não existia feminino para a palavra maestro. Ao longo de sua carreira de maestrina, Chiquinha Gonzaga musicou dezenas de peças de teatro nos gêneros os mais variados.
Em 1889, regeu, no Imperial Teatro São Pedro de Alcântara, um original concerto de violões, promovendo este instrumento ainda estigmatizado. Era a mesma audácia que movia a militante política, participante de todas as grandes causas sociais do seu tempo, denunciando assim o preconceito e o atraso social. A abolicionista fervorosa passou a vender partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora e, com o dinheiro da venda de suas músicas, comprou a alforria de José Flauta, um escravo músico.
Na virada do século XIX para o XX, Chiquinha Gonzaga criou a marchinha carnavalesca, compondo a música que a popularizaria, Ó abre alas, e obtendo com isso um reconhecimento eterno, pois o carnaval jamais a esqueceu. Aos 52 anos de idade, já consagrada, Chiquinha conheceu aquele que iria se tornar seu companheiro até o final da vida, o jovem português de 16 anos João Batista Fernandes Lage, mais tarde João Batista Gonzaga.
O nome da compositora esteve também envolvido em escândalo, desta vez político, quando seu tango Corta-jaca foi executado no Palácio do Catete, em 1914. Como autora de músicas de sucesso, sobretudo pela divulgação nos palcos populares do teatro musicado, Chiquinha Gonzaga sofreu exploração abusiva de seu trabalho, o que fez com que tomasse a iniciativa de fundar, em 1917, a primeira sociedade protetora e arrecadadora de direitos autorais do país, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat).
Chiquinha Gonzaga teve seu trabalho reconhecido em vida, sendo festejada pelo público e pela crítica. Personalidade exuberante, ela foi dos compositores brasileiros a que trabalhou com maior intensidade a transição entre a música estrangeira e a nacional. Com isso, abriu o caminho e ajudou a definir os rumos da música propriamente brasileira, que se consolidaria nas primeiras décadas do século XX. Atravessou a velhice ao lado de Joãozinho, a quem a posteridade agradece a preservação do acervo da compositora.
Chiquinha Gonzaga faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1935, aos 87 anos de idade.
:: Fonte: DINIZ, Edinha (2011). In: Acervo Digital Chiquinha Gonzaga.
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Saiba mais em:
:: ACERVO Digital Chiquinha Gonzaga. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CHIQUINHA Gonzaga. Disponível no link. (acessado em 26.01.2015).
:: CHIQUINHA Gonzaga - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CHIQUINHA Gonzaga (biografia) - Coleção Folha Raízes da MPB. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: CHIQUINHA Gonzaga - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



ERNESTO NAZARETH
(Compositor e pianista)

Documentário: Ernesto Nazareth
Canal SESCTV
Ernesto Nazareth - documentário SESCTV


Ernesto Júlio de Nazareth (Rio de Janeiro, 20 de março de 1863 — 01 de Fevereiro de 1934). Desde menino, Ernesto Nazareth conviveu com a música nos saraus familiares. Com a mãe, Dona Carolina, aprendeu no piano os primeiros acordes de Chopin, Mozart e Beethoven, além das polcas, valsas e modinhas.
Após a morte da mãe, em 1873, ele passou a ser educado pelo pai, Vasco Lourenço da Silva Nazareth, que trabalhava como funcionário na Alfândega. Lourenço contratou Eduardo Madeira, um jovem pianista, para dar continuidade à educação musical do filho.
Aos 14 anos, Ernesto compôs sua primeira música, a polca "Você Bem Sabe", editada pela Casa Arthur Napoleão. Aos 17 anos, participou de um recital ao lado de vários músicos famosos, como o flautista Viriato Figueira da Silva. Compôs "Gentes! O imposto pegou?" e "Gracieta". Em 1878, compôs a valsa "O Nome Dela" e o tango "Cruz, Perigo!" .
Participando das rodas de choro, respondeu à polca do chorão Viriato, compondo "Não Caio Noutra". Em 1886, Ernesto Nazareth fez sua primeira apresentação em público no Club Rossini, em São Cristóvão. Na época, a polca, pelo seu aspecto brejeiro e alegre, fazia sucesso. Ernesto Nazareth dava a seus tangos um andamento de polca ou maxixe, recebendo por isso a denominação de "tango brasileiro".
Nazareth trabalhou como pianista da sala de espera do cinema Odeon, para o qual compôs o tango "Odeon", uma de suas peças mais célebres, que ganhou uma transcrição para violão. Por volta de 1920, Nazareth foi trabalhar na Casa Carlos Gomes. A função do pianista era executar músicas para que fossem vendidas as partituras (entre elas, as próprias composições de Nazareth).
Segundo os biógrafos, ele era muito exigente com as pessoas que executavam suas músicas, e freqüentemente mandava parar a execução antes do final. Ernesto Nazareth se apresentou em diversas cidades do Brasil com êxito, mas no final da década de 1920 já começava a dar sinais da surdez que se intensificou no fim de sua vida.
Os abalos que sofreu com as mortes de sua filha e da esposa contribuíram para a deterioração de seu estado mental, sendo internado em 1933. No dia 1º de fevereiro de 1934, Nazareth se perdeu nas matas de Jacarepaguá. Três dias depois, foi encontrado morto próximo à Cachoeira dos Ciganos.
Uma das primeiras composições que classifica como "choro" é a famosa "Apanhei-te Cavaquinho". Suas peças mais conhecidas são "Brejeiro", "Ameno Resedá", "Bambino", "Dengoso", "Travesso", "Fon Fon" e "Tenebroso".
:: Fonte: Educação.uol.

Crítica, por Vasco Mariz
Nazareth é uma unanimidade: todos o louvam. Para Francisco Mignone, ele “deve ser considerado um clássico da música brasileira nacionalista. Talvez um Glinka da nossa música”. Luciano Gallet apontou: “Apesar da clara influência de Chopin, nenhum compositor alcançou tal índice de brasilidade com tão escassos meios.” Villa-Lobos foi mais longe: “Nazareth é a verdadeira encarnação da alma brasileira.”
O compositor considerava a valsa como o estilo mais nobre, mas os seus “tangos brasileiros” constituem talvez a sua maior contribuição para a nossa música. Foi notável também nas polcas e chorinhos. Na verdade, Nazareth foi um compositor essencialmente carioca pela brejeirice e malícia, um precursor do maxixe. Ele aliava enorme “métier” a um hábil refinamento na composição, além de notável invenção melódica, riqueza harmônica e rítmica.
Nazareth retratou com muita graça e sabor o ambiente tranqüilo e gostoso do Rio Antigo, do início do século XX, época em que toda a gente andava de bonde, ia ao Centro da cidade assistir a uma sessão de cinema e depois tomar algo numa casa de chá da Cinelândia. Ele soube captar aquela atmosfera romântica das festinhas burguesas, das passeatas dos seresteiros e dos ranchos carnavalescos. Entre seus maiores sucessos, destaco “Apanhei-te, cavaquinho”! (1914), “Turuna” (1899) e “Brejeiro” (1893). Darius Milhaud, o famoso compositor francês que viveu no Rio de Janeiro no fim dos anos 10, bem o definiu: “Genial.”
Termino citando palavras felizes de Mário de Andrade: “Nazareth era um ‘virtuoso’ do piano. A síncopa nas suas mãos é como o jogo de bolas do pelotiqueiro. Faz dela o que quer. Ela se transfigura, move-se dentro do compasso, irrequieta e irregular, num saracoteio perpétuo. Ninguém melhor do que ele para representar o espiritamento achacoalhado e jovial do carioca.”
:: Fonte: MARIZ, Vasco. in: DicionarioMPB.
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Saiba mais em:
:: ERNESTO Nazareth - 150 anos. [acervo e biografia]/ IMS. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: ERNESTO Nazareth. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: ERNESTO Nazareth - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: ERNESTO Nazareth - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: ERNESTO Nazareth (biografia) - Coleção Folha Raízes da MPB. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).





FRANCISCO MIGNONE
(compositor e pianista)

Documentário: Lição de piano
Sinopse: O filme mostra o compositor Francisco Mignone (São Paulo, 3 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1986), que relata sua vivência musical, executando trechos de suas obras e de compositores como Ernesto Nazaré, Mario de Andrade e outros.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1978
Duração: 20 min.
Direção: João Carlos Horta 


Francisco Paula Mignone (São Paulo, 3 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1986). Considerado fundamental na chamada música erudita, mas com generosa participação na música popular, ocasiões em que quase sempre adotou o pseudônimo de Chico Bororó. Regente. Pianista. Professor. Filho do flautista italiano Alferio Mignone que imigrou para o Brasil em 1896. Começou seus estudos musicais ainda criança tendo aulas de flauta com o pai e de piano com o professor Silvio Motto. Cursou o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde estudou harmonia com o professor Savino de Benedictis, e harmonia, contraponto e composição com o professor Agostino Cantù. Nessa instituição de ensino foi colega do escritor Mário de Andrade. Com quinze anos de idade obteve o segundo lugar em um concurso de música popular realizado no conservatório com a valsa "Manon" e o tango "Não se impressione". Em 1917, diplomou-se em flauta, piano e composição. Mesmo depois de formado ainda continuou a ter aulas com o pai. Em 1920, foi para Milão na Itália estudar com o maestro Vicenzo Ferroni que o ajudou na composição da ópera em três atos "O contratador de diamantes". Em 1934, tornou-se professor de regência do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro. Em 1951, assumiu a direção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi membro da Academia Brasileira de Música e fundador do Conservatório Brasileiro de Música. Em 1967, aposentou-se da cátedra da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
:: Fonte: Francisco Mignone - Biografia. DicionárioMPB.
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Saiba mais em:
:: FRANCISCO Mignone - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: FRANCISCO Mignone. in: site Renato Cortezsica. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: FRANCISCO Mignone. Musica Brasilis. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: FRANCISCO Mignone - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



GAL COSTA
(Cantora)
Documentário: Meu nome é Gal
Sinopse: Clip precursor realizado em 1970 com a performance de Gal Costa em três canções que marcaram os momentos iniciais de sua divina e maravilhosa carreira.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1970
Duração: 12 min.
Direção: Antônio Carlos da Fontoura


Meu nome é Gal - Dir.: Antônio Carlos da Fontoura


Gal Costa, nome artístico de Maria da Graça Costa Penna Burgos, (Salvador, 26 de setembro de 1945) é uma cantora brasileira.Já vendeu cerca de 500 Milhões de discos ao longo de sua carreira.
Gal Costa é filha de Mariah Costa Pena, falecida em 1993 que foi sua grande incentivadora, e Arnaldo Burgos. Sua mãe contava que durante a gravidez passava horas concentrada ouvindo música clássica, como num ritual, com a intenção de que esse procedimento influísse na gestação e fizesse que a criança que estava por nascer fosse, de alguma forma, uma pessoa musical. Gal jamais conheceu o seu pai, que faleceu quando ela tinha por volta de 15 anos. Por volta de 1955 se torna amiga das irmãs Sandra e Dedé (Andréia) Gadelha, futuras esposas dos compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente. Em 1959 ouve pela primeira vez o cantor João Gilberto cantando Chega de saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais) no rádio; João também exerceu uma influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos. Em 1963 é apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, iniciando-se a partir daí uma grande amizade e profunda admiração mútua que perdura até hoje.
:: Fonte: Letras.
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Saiba mais em:
:: GAL Costa - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: GAL Costa - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: GAL Costa. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: GAL Costa - Biografia (Espanhol). Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: GAL Costa. Tropicália. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).




GERALDO PEREIRA
(Compositor e cantor)

Documentário: Geraldo Pereira, o rei do samba
Sinopse: É um filme musical que retrata parte da vida e da obra do compositor, cantor, ator, malandro e sambista Geraldo Pereira. Amigo de Cartola, o juiz-forano criou o samba sincopado, que influenciaria a bossa-nova anos mais tarde. Uma de suas mais conhecidas composições é “Falsa Baiana”, gravada por Gal Costa. Outros sambas importantes de sua autoria são: “Acertei no milhar”, “Escurinha”, “Sem compromisso”, “Pisei num despacho” e “Bolinha de Papel”.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1999
Duração: 1h12 min.
Direção e roteiro: José Sette


Geraldo Pereira, o rei do samba


A batida diferente dos sambas "Escurinho" e "Falsa Baiana" é obra de um mineiro de Juiz de Fora. Geraldo Teodoro Pereira, nascido no dia 23 de abril de 1918, é considerado o criador do estilo que passou a se chamar samba sincopado ou samba do telecoteco. Em 1938, oito anos depois de chegar ao Rio para trabalhar com o irmão mais velho, no morro de Santo Antônio, próximo à Mangueira, Geraldo Pereira compôs seu primeiro samba, "Farei Tudo", que foi barrado pela censura. O ocorrido adiou a primeira gravação de uma de suas músicas para o ano seguinte, quando o cantor Roberto Paiva gravou "Se Você Sair Chorando".
A convivência com os sambistas da Mangueira foi decisiva para a incursão do mineiro no mundo da música. Frequentava a casa de Alfredo Português, onde se reuniam sambistas mangueirenses como Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento e Cartola. Este último foi um de seus professores de violão, ao lado de Aloísio Dias.
Em 17 anos de carreira, findada com a morte precoce em 08 de maio de 1955, estima-se que Geraldo Pereira compôs cerca de 300 músicas, a maioria delas não gravadas, cujos temas preferidos eram o cotidiano do Rio, a boemia, as mulheres e até a política. É o caso de "Ministério da Economia", de 1951, samba no qual aborda a criação de um novo Ministério, o problema da inflação e a volta de Getúlio Vargas à Presidência. Pereira conciliava a música com o emprego de motorista de caminhões da limpeza urbana do Rio, que manteve até morrer.
"Acertei do Milhar", parceria com Wilson Batista, foi seu primeiro sucesso na voz de Moreira da Silva, em 1940. O cantor Cyro Monteiro, que acabou virando seu amigo e um dos maiores divulgadores de seus sambas, também gravou nesse mesmo ano "Acabou a Sopa". Nos anos seguintes, o intérprete gravou ainda "Ela Não Teve Paciência", "Quando Ela Samba", "Até Quarta-Feira", "Você Está Sumindo", "Voltei Mas Era Tarde" e "Falsa Baiana". Este último, em 1944, consolidou o nome de Geraldo Pereira como compositor de sucesso. O jornalista Okky de Souza, em artigo publicado no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira afirma: "Dois são os motivos que fazem de Geraldo Pereira um dos maiores sambistas de todos tempos. Primeiro: ele foi o mais brilhante cultor do samba sincopado. Segundo: em suas letras, atuou como um atilado cronista do Rio de Janeiro de sua época".
Sua primeira apresentação no rádio ocorreu também em 1944, na Rádio Tamoio do Rio de Janeiro, experiência que repetiu outras vezes na Rádio Nacional. Dois grandes sucessos de Pereira foram gravados na década de 40: "Bolinha de Papel", pelos Anjos do Inferno, em 1945; e "Pisei Num Despacho", em 1947, por Cyro Monteiro. Cantores do porte de Aracy de Almeida, Patrício Teixeira, Isaura Garcia, Dircinha Batista, Déo, Odete Amaral, Alcides Gerardi, Roberto Silva, Heleninha Costa e Marlene também descobriram o talento do compositor.
Como cantor, a primeira experiência de Geraldo Pereira ocorreu em 1945 quando gravou "Mais Um Milagre" e "Bonde Piedade", ambas de sua autoria. Voltou a atuar como intérprete cinco anos mais tarde, com "Pedro Pedregulho". Ao todo, foram cerca de 30 gravações em sua voz. A música "Eu Vou Partir", de sua autoria, gravada em 1954, profetizava a morte precoce meses depois.
Da mesma forma que lançou o primeiro grande sucesso de Geraldo Pereira, "Falsa Baiana", em 1944, o cantor Cyro Monteiro gravou, 11 anos mais tarde, o último sucesso do compositor: "Escurinho". Três meses depois, Pereira faleceu no Hospital dos Servidores, para onde foi levado após uma briga com o boêmio Madame Satã (João Francisco dos Santos), num bar da Lapa. A causa da morte até hoje não foi explicada de forma definitiva. Durante a briga, as testemunhas contam que Pereira caiu e bateu a cabeça no meio-fio depois de ter levado um soco de Satã. Outra versão para sua morte é a de que, há alguns meses, vinha padecendo de problemas intestinais, o que pode ter se agravado.
A obra de Pereira seguiu sendo gravada por gerações de artistas da MPB nas décadas seguintes, como Roberto Silva, que regravou "Pisei Num Despacho", em 1963; Paulinho da Viola, Com "Você Está Sumindo", em 1971; e João Gilberto, que regravou "Bolinha de Papel", nesse mesmo ano. Gal Costa regravou "Falsa Baiana", em 1974. No início da década de 80, Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto lançaram um disco só com músicas de Geraldo Pereira. Mais tarde, já nos anos 90, artistas como Chico Buarque e Zizi Possi também regravaram sucessos do compositor.
Em depoimento publicado no livro "Um Certo Geraldo Pereira", da escritora Alice Duarte Silva, João Gilberto afirmou: "o samba dele era leve e cheio de divisões rítmicas, isso sempre me chamou atenção. Ele não tinha consciência disso, mas foi um inovador na música popular brasileira na década de 1940". No mesmo livro, o compositor Cyro de Souza observa que a batida da bossa nova de João Gilberto pode ser encontrada nas síncopes do samba de Geraldo Pereira, criado duas décadas antes.
:: Fonte: Raízes da mpb - folha (coleção). Leia mais no link. (acessado em 26.1.2015). 
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Saiba mais em:
:: GERALDO Pereira - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: GERALDO Pereira - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: CAMPOS, Alice D. S. et al. Um certo Geraldo Pereira. Rio de Janeiro: Funarte; Instituto Nacional de Música, 1983. 245p.



HEITOR DOS PRAZERES
(Compositor, instrumentista e artista plástico)

Documentário:  Heitor dos Prazeres
Sinopse: Memórias do sambista popular e pintor naif Heitor dos Prazeres em seu atelier na Cidade Nova, bairro decadente do Rio de Janeiro. No fim da vida, Heitor sobrevivia de seus sambas, seus quadros e suas recordações.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1965
Duração: 13 min.
Direção e Roteiro: Antônio Carlos da Fontoura
Narração e música: Heitor dos Prazeres
Fotografia e Câmera: Affonso Beato
Montagem: Ruy Guerra
Produção: Canto Claro


Heitor dos Prazeres - Dir.: Antônio Carlos da Fontoura

Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro RJ 1898 - idem 1966). Compositor e artista plástico. Filho de um marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional e de uma costureira, fica órfão de pai aos 7 anos. Sobrinho do pioneiro dos ranchos cariocas, Hilário Jovino Ferreira, ganha do tio seu primeiro cavaquinho. Aos 12 anos, trabalha como engraxate, jornaleiro e lustrador, vive constantemente em companhia do tio Hilário e frequenta a casa das tias baianas (Tia Ciata e Tia Esther), onde tem contato com músicos como Donga, João da Baiana, Sinhô, Caninha, Getúlio Marinho "Amor", Pixinguinha, Paulo da Portela entre outros. Apesar dos trabalhos informais, o jovem Heitor é preso aos 13, por vadiagem, e passa algumas semanas na colônia correcional de Ilha Grande.
Aos 20, é conhecido como Mano Heitor do Cavaco e depois Mano Heitor do Estácio, sendo "Mano" uma denominação comum entre os sambistas. Quanto ao "Estácio", é uma referência aos companheiros que conhece no local: Ismael Silva, Bide (Alcebíades Barcelos), Nilton Bastos e Marçal. Com boa circulação entre os sambistas, firma relações com compositores da Mangueira, principalmente Cartola, e de Oswaldo Cruz, principalmente Paulo da Portela. Por meio dessas relações, Heitor dos Prazeres compõe sambas em parceria e participa do início dos trabalhos e da fundação de escolas de samba, que se tornam importantes referências: Mangueira, Portela e Deixar Falar (futura Estácio de Sá).
Samba, de Heitor dos Prazeres
Em 1927 vence, com A Tristeza Me Persegue, um concurso de samba organizado por José Espinguela. No mesmo ano envolve-se em polêmica com o compositor Sinhô, acusando-o de ter "roubado" partes de seus sambas Ora Vejam Só (1927) e Gosto que Me Enrosco (gravada como Cassino Maxixe, em 1927, por Francisco Alves). Consegue indenização e reconhecimento público da parceria. Os sambas Vai Mesmo e Deixaste Meu Lar, parceria com Francisco Alves, são gravados por Mário Reis, em 1929. Ainda em 1929, Alves registra És Feliz, e, em 1931, Riso Fingido. Entre gravações e polêmicas, Prazeres inicia um catálogo que reúne cerca de 300 composições. Cria, em 1930, um coro feminino como acompanhamento, Heitor dos Prazeres e Sua Gente, com o qual excursiona e se apresenta no Uruguai. Atua nas Rádios Cosmos e Cruzeiro do Sul, em que apresenta o programa A Voz do Morro, com Cartola e Paulo da Portela. Orestes Barbosa grava seu samba Nega, Meu Bem, em 1931. Prazeres forma o Grupo Carioca e torna-se ritmista da Rádio Nacional e do Cassino da Urca. Entre suas principais composições estão Cantar para Não Chorar, com Paulo Portela, lançada por Carlos Galhardo em 1938, regravada pelo Quinteto em Branco e Preto, em 2000, e Paulinho da Viola, em 2006; Carioca Boêmio, sucesso com Orlando Silva, em 1945; Consideração, parceria com Cartola, gravada por Arranco de Varsóvia, em 1997, e por Beth Carvalho, em 2003; Lá em Mangueira, com Herivelto Martins, lançada pelo Trio de Ouro, em 1943, gravada por Elizeth Cardoso, em 1967, Clementina de Jesus, em 1968, e Zeca Pagodinho e Raphael Rabello, em 1991; A Tristeza Me Persegue, com João da Gente, gravado pela Velha Guarda da Portela em 1970, e Zeca Pagodinho, em 1998. Em 1957, com o grupo Heitor dos Prazeres e Sua Gente, grava uma canção contra o rock'n'roll Nada de Rock Rock, regravada por Pedro Miranda em 2006.
Por volta de 1937 passa a dedicar-se também à pintura, tendo alcançado em 1951 o terceiro lugar para artistas nacionais na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, com o quadro Moenda. Ganha uma sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Cria ainda cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo, e, em 1965, Antônio Carlos Fontoura produz um documentário sobre sua obra. Em 1999, é realizada mostra retrospectiva no Espaço BNDES e no Museu Nacional de Belas Artes, em comemoração do centenário de seu nascimento.
:: Fonte: Heitor dos Prazeres - Enciclopédia Itaú Cultural.
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Saiba mais em:
:: HEITOR dos prazeres -  Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: HEITOR dos Prazeres - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: HEITOR dos Prazeres. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: LÍRIO, Alba (Org.). Heitor dos Prazeres: sua arte e seu tempo. Rio de Janeiro: ND Comunicação, 2003.



HEKEL TAVARES
(Compositor)


Documentário: Hekel Tavares
Direção: Humberto Mauro
País/ano: Brasil, 1941

Hekel Tavares - Humberto Mauro

Heckel Tavares (Satuba, Alagoas, 16 de junho de 1896 - Rio de Janeiro, 8 de agosto de 1969), foi um compositor que passou muitos anos na fronteira entre o erudito e o popular. Ficou famoso muito cedo, através de suas canções populares com espírito folclórico. Depois tentou penetrar no terreno da música clássica e encontrou resistência de seus colegas e sobretudo da crítica especializada. Retraiu-se e viveu à parte do movimento musical brasileiro, mas sempre em atividade criadora. Estudou, aperfeiçoou-se, editou sua própria música, gravou-a em discos, distribuiu-a aqui e no estrangeiro, vendeu-a com relativa facilidade e realizou esse ideal extraordinário do artista que é viver exclusivamente do produto de sua arte, sem recorrer a “bicos” ou ao ensino. Sua obra é volumosa e merece apreciação bem mais cuidadosa do que lhe foi concedida. Seus trabalhos apresentam falhas, que o compositor era o primeiro a reconhecer, mas nem por isso devemos fingir ignorá-los. O êxito inegável de suas canções, mais de cem, e de seu Concerto para Piano e Orquestra garantem sua permanência em nossa história da música. 
Nascido em 1896, em Satuba, Alagoas, estudou com a tia contra a vontade do pai, que preferia vê-lo dedicado à contabilidade. O pendor pela música venceu, mas nem por isso Heckel perdeu uma bem inspirada veia comercial. Veio para o Rio em 1921 e aqui se iniciou em orquestração com João Otaviano. Como compositor sempre foi autodidata: não tinha diploma algum e mostrava sua obra sinfônica a Souza Lima, que há anos o vinha orientando nesse terreno. Teve porém uma brilhante etapa de amplo sucesso no setor da música ligeira e popular, que examinaremos a seguir.
Fez teatro de revista e procurou criar um tipo especial de peças ligeiras para um público sofisticado, que infelizmente não era numeroso no Rio de Janeiro dos anos vinte. Seu primeiro grande sucesso foi Sussuarana, com letra de Luís Peixoto, depois ampliado pela valiosa interpretação de Gastão Formenti da sua Casa de Caboclo (1928). Famosos cantores da época divulgaram suas canções: Jorge Fernandes, Patrício Teixeira, Elsie Houston, Inesita Barroso, Clara Petraglia e, no exterior, Phyllis Curtin e Sarita Gloria. Dentre a obra vocal do compositor alagoano, saliento a inesquecível Favela, as delicadas Bia-tá-tá e Guacira, a expressiva Chove Chuva, a saborosa Bahia, a onomatopaica Banzo e o impressionante Funeral do Rei Nagô, tão divulgado nos últimos tempos, peça obrigatória de todo recital de um bom baixo. Não posso deixar de lembrar também a Oração do Guerreiro (1955), de fatura bem mais elevada, também para baixo, com valioso acompanhamento, ritmo atraente, e que requer considerável habilidade interpretativa e boa dicção. 
A canção de Heckel Tavares é, de um modo geral, direta, singela, romântica, de bom gosto. Na primeira audição sua obra agrada e encanta, embora mais de uma vez posteriormente venha a cansar. No final da vida fez uma revisão de sua obra antiga para nova edição. Geralmente escreveu para vozes médias ou graves, com bom conhecimento das tessituras e muita sonoridade. Por princípio, não usava temas folclóricos, nem harmonizava melodias populares e quase tudo o que fez foi com motivos próprios. Heckel Tavares
Sua etapa erudita iniciou-se com o poema sinfônico André de Leão e o Demônio de Cabelo Encarnado (1935) sobre história de Goeldi. Viajou pelo país em pesquisa folclórica e disso resultou outro poema sinfônico, Anhanguera, para orquestra, solistas e coro misto e infantil, baseado em temas dos índios do Alto Solimões. Seu Concerto para Piano e Orquestra agradou bastante, mais do que essas duas obras programáticas, que já chegavam um pouco tardias para o gosto da crítica. Concerto para Violino e Orquestra, sob formas brasileiras, confirma seu grande "métier" de músico, mas não trouxe novidades estéticas ou formais. Ao falecer, tinha já no papel parte de uma Rapsódia Nordestina para piano e orquestra.
Heckel Tavares é uma figura inesquecível, com sua basta cabeleira branca a esvoaçar ao vento, acentuando um temperamento agressivo, mas simpático. Faleceu no Rio em 1969.
:: Fonte: MARIZ, Mariz. História da Música no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1981.
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Saiba mais em:
:: HEKEL Tavares -  Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



HUMBERTO TEIXEIRA
(advogado, político e compositor)


Filme: O homem que engarrafava nuvens
Sinopse: Documentário musical sobre a vida e a obra do compositor, advogado, deputado federal e criador das leis de direito autoral, Humberto Teixeira. Teixeira foi um dos compositores mais prolíficos na música popular brasileira e precursor da criação de um dos estilos mais importantes, o baião. Ele foi responsável por clássicos como Adeus Maria Fulo e Asa Branca, a segunda canção mais popular no Brasil. Sua subida ao estrelato nos anos 50 foi meteórica, mas foi eclipsada pelo seu parceiro, Luiz Gonzaga, o ícone que imortalizou suas canções e tornou-as mais conhecidas na cultura brasileira. Com a chegada da bossa nova, o baião e Humberto Teixeira afundaram-se na obscuridade. Nas décadas seguintes, sua música só era ocasionalmente registrada, por exemplo, em resposta à ditadura militar de 1964.
O documentário acompanha a filha de Humberto Teixeira, Denise Dummont, em uma viagem para aprender mais sobre seu pai. 
Ficha técnica
Gênero: Documentário
País/ano: Brasil, 2008
Duração: 106 min.
Direção e Roteiro: Lírio Ferreira
Diretor de Fotografia: Walter Carvalho
Produção: Denise Dummont
Produção Executiva: Iafa Britz
Produção: Good Ju-Ju
Co-Produção: Total Entertainment & Asylum Films
Co- Produtores: Matthew Chapman e Daniel Filho
Distribuição: Biscoito Fino
Trilha Sonora: Guto Graça Mello
Site Oficial do filme: O homem que engarrafava nuvens 

Filme: O homem que engarrafava nuvens - Dir.: Lírio Ferreira (completo)

Humberto Teixeira, nascido em 05 de janeiro 1915 na cidade de Iguatu, localizada no interior do estado, foi um dos grandes parceiros de Luiz Gonzaga. Deu grande contribuição para o sucesso do ritmo Baião, que mudou a cara da música brasileira, inserindo o ritmo nordestino no cenário nacional.
Com 15 anos de idade, Humberto Teixeira deixou sua cidade natal e foi morar no Rio de Janeiro, o que contribuiu para sua formação cultural, mais urbana. Humberto Teixeira formou-se em direito, mas tinha uma grande paixão pela música, algo em comum com seu cunhado Lauro Maia, que o indicou a Luiz Gonzaga.
O grande encontro ocorrido entre Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira ocorreu em agosto de 1945, no escritório de advocacia de Humberto, localizado no centro do Rio de janeiro. Luiz Gonzaga apresentou sua idéia a Humberto Teixeira, demonstrando o interesse de representar a música de sua terra nos grandes centros do país.
Nesse dia – os dois compositores - já começaram a dar vida a Asa Branca, apresentada por Gonzaga, e No Meu Pé de Serra que também fazia parte do seu repertório musical. Então nesse momento o encontro começou a dar muitos frutos o que solidificou ainda mais a carreira de Luiz Gonzaga.
A partir daí o Baião ganha um lugar especial e de destaque na Música Popular Brasileira. O ritmo que até então era utilizado no Nordeste, pelos violeiros-repentistas, e com grande genialidade passaria a ser um gênero musical tocado em todo o país.
Após ser eleito deputado federal pelo seu estado, o Ceará, Humberto Teixeira dedicou-se às atividades jurídicas, políticas, e a sua brilhante parceria musical com Luiz Gonzaga. O Doutor do Baião, como era conhecido Humberto Teixeira, faleceu no dia 03 de outubro de 1979, deixando um legado cultural representado na voz do Rei do Baião.
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Saiba mais em:
:: HUMBERTO Teixeira - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015). 
:: HUMBERTO Teixeira - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015). 



INEZITA BARROSO
(Cantora, instrumentista, violonista, violeira, arranjadora e folclorista)

Documentário: Inezita Barroso, a voz e a viola
Sinopse: Um passeio pela história da cantora, a primeira-dama da música caipira brasileira. Inezita acompanhou os dias de glória do Teatro Brasileiro de Comédia, o surgimento da companhia de cinema Vera Cruz, a época de ouro do rádio e a chegada da televisão. A voz de graves potentes já entoou quase todos os ritmos que servem de base à música popular brasileira.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2009
Duração: 63 min.
Direção: Guilherme Alpendre


Inezita Barroso, a voz e a viola - Dir.: Guilherme Alpendre

Inezita, ou Inês Madalena Aranha de Lima (nasceu 04 de março de 1925, em São Paulo/SP), começou a cantar e estudar violão aos sete anos. Aos 11 iniciou seu aprendizado de piano. Estreou profissionalmente em 1950, na Rádio Bandeirantes.
Participou da transmissão inaugural da TV Tupi, canal 3, e trabalhou como cantora da Rádio Nacional, de São Paulo, transferindo-se mais tarde para a Record. Ainda em 1950 participou do filme "Ângela" e realizou recitais no Teatro Brasileiro de Comédia, no Teatro de Cultura Artística e no Teatro Colombo.
Na década de 50 ganhou prêmios de melhor cantora do rádio e fez sucesso com "Moda da Pinga" e "Lampião de Gás", além de atuar nos filmes "Destino em Apuros", "Mulher de Verdade", "É Proibido Beijar" e "O Craque".
Em 1953 gravou na RCA Victor, "Canto do Mar" e "Marvada Pinga", entre outras.
A partir de 1954 passou a apresentar-se na TV Record, em programas folclóricos, tema ao qual se dedicou definitivamente e que a consagraria. Em 1955 atuou no filme "Carnaval em Lá Maior" e lançou o seu primeiro LP, "Inezita Barroso", pela Copacabana, que incluía "Banzo", "Funeral dum Rei Nagô" e "Viola Quebrada".
O sucesso não parou mais. Lançou: "Canta Inezita", "Coisas do Meu Brasil", "Lá Vem o Brasil", "Vamos Falar de Brasil" e "Inezita". Em 1956 publicou seu livro "Roteiro de um violão".
Nos anos 60, lançou "Eu Me Agarro na Viola", "Inezita Barroso" e "O Melhor de Inezita", com Lampião de Gás e Moda da Pinga. Depois foi a vez de "Clássicos da Música Caipira"(volume 1), com as canções Chico Mineiro e Pingo-d'agua.
Para representar o Brasil na Expo70, no Japão, Inezita produziu um documentário. Em 1972 saiu o volume 2 de "Clássicos da Música Caipira", com Rio de Lágrimas. Em 1975 "Inezita em Todos os Cantos" trazia Negrinho do pastoreio e Asa Branca.
Inezita realizou programas especiais para diversos países. Na década de 80, gravou o LP "Jóias da Música Sertaneja" e "Inezita Barroso, a Incomparável".
Desde os anos 80 ela comanda o programa "Viola, Minha Viola", na TV Cultura de São Paulo. E desde 1990 faz a apresentação e a direção musical e folclórica do programa "Estrela da Manhã", da Rádio Cultura AM, de São Paulo.
Professora de folclore, com mais de 70 discos gravados, produziu documentários e programas de televisão, viajando por todo o mundo com seu repertório folclórico, ou "de raiz", como prefere chamá-lo, para realçar o caráter original, as raízes da musicalidade popular brasileira.
:: Fonte: uol-educação.
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Saiba mais em:
:: INEZITA Barroso - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015). 
:: INEZITA Barroso. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: OLIVEIRA, Carlos Eduardo. Inezita Barroso - rainha da música caipira. São Paulo: Editora Kelps, 2014.
:: PEREIRA, Arley. Inezita Barroso — a história de uma brasileira. São Paulo: Editora 34, 2013, 208p.


JARDS MACALÉ
(Compositor, cantor, violonista, arranjador, produtor musical e ator)

Documentário: Jards Macalé, um morcego na porta principal
Sinopse: Uma luz sobre a trajetória nada linear deste artista contestador e personagem controverso da cultura brasileira nas últimas quatro décadas. Autor de Vapor barato e Movimento dos barcos, violonista, arranjador, ator e autor de trilhas de Nelson Pereira dos Santos, amigo pessoal de Lygia Clark e Hélio Oiticica.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 2008
Duração: 71 min.
Direção: Marco Abujamra e João Pimentel


Jards Macalé, um morcego na porta principal - Dir.: Marco Abujamra e João Pimentel

Jards Macalé, compositor, intérprete, violonista, produtor e diretor musical, orquestrador e ator, nasceu no Rio de Janeiro em 03 de março de 1943.
Há quase 35 anos no cenário musical, JARDS transita nas várias formas da arte: no Cinema (trilhas sonoras, compositor, instrumentista e ator); Poesia (compositor, autor); Teatro (instrumentista, compositor e diretor musical); Artes Plásticas (produziu trilhas para exposições de alguns dos mais signifi-cativos e importantes artistas plásticos brasileiros); Televisão (instrumentista, ator); Shows & Gravações (produtor, orquestrador, diretor musical, instrumentista, cantor).
Jards Macalé atuou e atua tanto na música popular como na música erudita, do folclore a vanguarda, fazendo parcerias com John Cage, Erik Satie, Ezra Pound, Bertold Brecht, Maiakovsky; com os cineastas brasileiros Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade; escritores Jorge Amado, Mario de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos; artistas plásticos Lygia Clark, Hélio Oiticica, Rubens Guershman, Roberto Magalhães, Xico Chaves.
Em concertos tocou, gravou, produziu, orquestrou, fez direção musical de vários musicos e artistas: Maria Bethânia, Gal Costa, Naná Vasconcelos, Vagner Tiso, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Egberto Gismonti, Hermeto Paschoal, Paulinho da Viola, Luis Melodia, entre outros.
Aliado as novas gerações, atua e compõe com vários artistas, tais quais: Tato Taborda (compositor de musica de invenção), Vulgue Tostoi e Mumismata (grupos de musica eletrônica), Itamar Assunção, Zeca Baleiro, Ana de Hollanda (com quem é parceiro de "Um Filme", uma de suas mas recentes composições).
Sua mais recente colaboração com o teatro são algumas musicas para a peça "Os Sertões" de Euclides da Cunha, a pedido do diretor José Celso Martinez Corrêa.
Jards Macalé compôs musicas com seus parceiros poetas José Carlos Capinan, Torquato Neto, Carlos Eduardo Machado (Duda), Xico Chaves, Waly Salomão, Vinicius de Moraes, Abel Silva; além de temas puramente Instrumentais dedicados a grandes musicos brasileiros: João Gilberto, Garoto, Radamés Gnatalli, Tom Jobim, Severino Araujo (Orquestra Tabajara), Dorival Caymmi.
:: Fonte: JARDS Macalé. Site Oficial
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Saiba mais em:
:: JARDS Macalé -  Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: JARDS Macalé - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: JARDS Macalé - Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



JOÃO DA BAIANA
(Compositor e pandeirista)

Documentário: Conversa de botequim
Sinopse: João da Baiana é o personagem principal deste documentário, mostrado em sua intimidade, lembrando as origens do samba, as perseguições e os preconceitos sofridos no passado. Participação especial de Donga e Pixinguinha.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1972
Duração: 10 min.
Direção: Luiz Carlos Lacerda

Conversa de botequim com João da Baiana - Dir.: Luiz Carlos Lacerda


João Machado Guedes (Rio de Janeiro RJ. 17 de maio de 1887 - idem, 12 de janeiro de 1974). João da Baiana, compositor e pandeirista. Neto de ex-escravos, filho de Félix José Guedes e Perciliana Maria Constança, é o caçula de 11 irmãos. Seus avós mantêm tradicional quitanda de artigos afro-brasileiros e sua mãe, Tia Perciliana (ou Prisciliana), também quituteira, forma com Ciata e Amélia as conhecidas Tias Baianas que habitam os bairros cariocas da Cidade Nova e Saúde. Deriva desse fato seu apelido "João da Baiana".
A situação familiar e comunitária facilita a participação desde cedo nas rodas de candomblé, de samba e de outras tradições culturais afro-brasileiras. Nesses encontros aprende a tocar pandeiro − que se torna seu principal instrumento − e outros instrumentos de percussão. Inicia a vida de instrumentista nos blocos e ranchos carnavalescos, mas é com o grupo de jovens que frequentam a casa das Tias Baianas − como Pixinguinha e Donga − que começa a trajetória artística. Tem seu pandeiro (considerado um instrumento de marginal, na época) apreendido pela polícia, porém, o político Pinheiro Machado, seu admirador, faz uma dedicatória num de seus pandeiros e isso lhe dá salvo-conduto. Após trabalhar no circo e atuar como pandeirista em conjuntos, é convidado por Pixinguinha para compor o grupo Oito Batutas, em 1922, mas recusa a oferta com temor de perder o emprego fixo no cais do porto.
No fim da década de 1920, inicia carreira de percussionista em várias emissoras de rádio cariocas, tocando pandeiro e o prato-e-faca, típico do samba de roda do Recôncavo Baiano. Começa a vida de compositor nessa década, com Pelo Amor da Mulata, de 1923, gravada por Patrício Teixeira em 1930, que também lança Beijo de Moça e Casado na Orgia, em 1933, e Mulher Cruel, em 1924. Sua produção é bem limitada e as canções mais conhecidas são Cabide de Molambo, 1928, e Batuque na Cozinha, 1968. Nos anos 1930 faz parte dos conjuntos Guarda Velha e Diabos do Céu, e na década seguinte participa da gravação da coleção Native Brazilian Music, com o maestro Leopold Stokowski, organizada por Heitor Villa-Lobos. Na década de 1950, é convidado por Almirante a formar, com Pixinguinha e Donga, o conjunto Velha Guarda.
Ele é um dos primeiros a gravar os então chamados pontos de macumba à frente do grupo João da Baiana e Seu Terreiro. Paralelamente à vida artística, trabalha desde criança como aprendiz na Marinha e no Exército, e depois desenvolve carreira no cais do porto, onde se aposenta como fiscal. Casa-se e tem dois filhos, que falecem ainda na infância. Em 1972, esquecido pelo grande público, passa a viver na Casa do Artista, onde morre, dois anos depois.
:: Fonte: JOÃO da Baiana - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia  mais no link. (acessado em 26.1.2015).
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Saiba mais em:
:: JOÃO da Baiana - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).




JOÃO DO VALE
(Cantor e compositor)

Documentário: João do Vale, muita gente desconhece
Sinopse: Documentário sobre João Batista do Vale, o poeta do povo, compositor de pérolas da MPB como Carcará, Carolina, Na asa do vento, entre outras. O filme mostra João em seus últimos anos de vida, vivendo em sua terra natal.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2005
Duração: 25 min.
Direção: Werinton Kermes e Francisca Alencar



João do Vale, muita gente desconhece - Dir.: Werinton Kermes e Francisca Alencar

João Batista do Vale nasceu em Pedreiras MA em 11 de Outubro de 1934. Desde pequeno gostava muito de música, mas logo teve de trabalhar, para ajudar a família. Aos 13 anos foi para São Luís MA, onde participou de um grupo de bumba-meu-boi, o Linda Noite, como "amo" (pessoa que faz os versos). Dois anos depois, começou sua viagem para o Sul, sempre em boléias de caminhões: em Fortaleza CE, foi ajudante de caminhão; em Teófilo Otoni MG, trabalhou no garimpo; e no Rio de Janeiro RJ, onde chegou em dezembro de 1950, empregou- se como ajudante de pedreiro numa obra no bairro de Ipanema. Passou a freqüentar programas de rádio, para conhecer os artistas e apresentar suas composições, em maioria baiões. Depois de dois meses de tentativas, teve uma música de sua autoria gravada por Zé Gonzaga, Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste. Em 1953, Marlene lançou em disco Estrela miúda, que também teve êxito; outros cantores, como Luís Vieira e Dolores Duran, gravaram então músicas de sua autoria. Em 1964 estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a idéia do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, que foi apresentado no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Dele participou, ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará (com José Cândido), a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora. Como compositor, em 1969 fez a trilha sonora de Meu nome é Lampião (Mozael Silveira). Depois de se afastar do meio musical por quase dez anos, lançou em 1973 Se eu tivesse o meu mundo (com Paulinho Guimarães) e em 1975 participou da remontagem do show Opinião, no Rio de Janeiro. Tem dezenas de músicas gravadas e algumas delas deram popularidade a muitos cantores: Peba na pimenta (com João Batista e Adelino Rivera), gravada por Ari Toledo, e Pisa na fulo (com Ernesto Pires e Silveira Júnior), baião de 1957, gravado por ele mesmo. Em 1982 gravou seu segundo disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale convida, com participações de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho, entre outros. Em 1994, Chico Buarque voltou a reverenciar o amigo, reunindo artistas para gravar o disco João Batista do Vale, prêmio Sharp de melhor disco regional. Faleceu em São Luís MA no dia 06 de Dezembro de 1996, sendo sepultado em sua cidade natal, Pedreiras.
:: Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira. Art Editora; PubliFolha. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
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Saiba mais em:
:: JOÃO do Vale - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: JOÃO do Vale - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



JOÃO GILBERTO
(Compositor, cantor e violonista)

Documentário: Brasil
Sinopse: Captado durante a gravação do décimo disco de João Gilberto, no cinquentenário de seu nascimento. A execução do disco em diferentes fases e distâncias, registradas em contraponto com flashes de personalidades da vida nacional, representa uma situação limite e indaga: o que é o Brasil? O que é o brasileiro?
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1981
Duração: 13 min.
Direção: Rogério Sganzerla



Brasil - Dir.: Rogério Sganzerla



João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (Juazeiro BA, 10 de junho de 1931). Compositor, cantor e violonista. Filho de pai comerciante e músico amador de Juazeiro, João Gilberto é enviado para um colégio interno de Aracaju, onde inicia o estudo do violão, como autodidata, aos 14 anos. Após concluir os estudos secundários, atua como cantor em estações de rádio de Salvador até ser convidado a integrar o conjunto vocal carioca Os Garotos da Lua, e muda-se para o Rio de Janeiro em 1949. Depois de um ano é expulso do conjunto em razão dos constantes atrasos e faltas aos ensaios.
Influenciado pela voz de Orlando Silva, João Gilberto adota um estilo que explora sua potência vocal. Grava o primeiro disco solo, em 78 rpm, em 1952, com as canções Quando Ela Sai (Alberto Jesus e Roberto Penteado) e Meia Luz (Hianto de Almeida e João Luiz). Integra esporadicamente outros grupos, como o Quitandinha Serenaders e Anjos do Inferno, entre 1953 e 1954.
Em 1953, João Gilberto tem a composição Você Esteve com o Meu Bem (parceria com Russo do Pandeiro) gravada por Marisa Gata Mansa, cantora que ele namora. Nesse período, circula pelo ambiente musical carioca e entra em contato com artistas considerados precursores da bossa nova, como Newton Mendonça, Tom Jobim, Billy Blanco, Lúcio Alves, Dick Farney, Dolores Duran, Sylvia Telles e Maysa. Interessa-se especialmente pela música dos pianistas Johnny Alf e João Donato e do violonista Luiz Bonfá, cuja forma de execução do samba em seus respectivos instrumentos influencia João Gilberto na construção do estilo singular de interpretação que desenvolve entre 1955 e 1957, época em que reside em Porto Alegre e na cidade mineira de Diamantina.
De volta ao Rio de Janeiro, participa em 1958 da gravação do LP Canção do Amor Demais, de Elizeth Cardoso, em que mostra pela primeira vez uma batida de violão que se torna característica da bossa nova. No mesmo ano, lança um disco em 78 rpm, com o baião Bim Bom, de sua autoria, e Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que dá nome ao seu primeiro LP, de 1959, considerado um dos marcos da fundação da bossa nova.
Depois de lançar os LPs O Amor, o Sorriso e a Flor, 1960, e João Gilberto, 1961, apresenta-se, em 1962, ao lado de Tom Jobim, Vinicius de Moraes e o grupo vocal Os Cariocas no histórico show Encontro, produzido por Aloysio de Oliveira. Ainda em 1962, realiza show no Carnegie Hall, em Nova York, com Tom Jobim, Roberto Menescal e Carlos Lyra.
Em seguida João Gilberto muda-se para os Estados Unidos e grava com o saxofonista Stan Getz o LP Getz/ Gilberto, em 1964, com o piano de Tom Jobim, voz de Astrud Gilberto (esposa de João Gilberto), na faixa Garota de Ipanema, e o baixo de Tião Neto. A bateria é executada por Milton Banana, instrumentista convidado por João Gilberto para fazer, como na gravação de Bim Bom, de 1958, a transposição da batida da bossa nova, tarefa que dificilmente algum baterista norte-americano pode realizar nessa época.
Durante quase 20 anos vivendo fora do Brasil, lança os LPs João Gilberto, em 1973, e Amoroso, em 1977. Retorna ao país no início dos anos 1980, e produz os álbuns Brasil - João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, este coma participação de sua filha Bebel Gilberto e de Rita Lee. Desde então se apresenta no Brasil e no exterior e lança discos como o Live at Montreaux, 1986, e João, Voz e Violão, 2003, produzido por Caetano Veloso. Em 2008 realiza uma turnê pelo Brasil e Nova York em comemoração dos 50 anos da bossa nova. Prepara-se para gravar três canções para o filme O Gerente, de Paulo César Saraceni, em 2010.
Como compositor, João Gilberto tem canções interpretadas por dezenas de artistas: Minha Saudade, por Alaíde Costa, João Donato, Rosinha de Valença e Lula Galvão; Bim Bom, por Adriana Calcanhotto, Caetano Veloso e Bebel; Hô-Bá-Lá-Lá, por Sylvia Telles, João Donato, Jorge Bem e Baden Powell; Um Abraço no Bonfá, por Pepeu Gomes e Marco Pereira; e Valsa (Como São Lindos os Youguis/ Bebel), pelos Novos Baianos. Em 2009, Itamara Koorax e Juarez Moreira gravam um CD com toda a obra autoral de João Gilberto.
:: Fonte: JOÃO Gilberto – Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 26.1.2015).
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Saiba mais em:
:: JOÃO Gilberto – o papa da bossa nova: mito e criador. Visite AQUI.
:: JOÃO Gilberto – Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).




LENINE
(Compositor, cantor, violonista, arranjador e produtor)

Documentário: Lenine - Isto é só o começo
Sinopse: O documentário conta a história do cantor pernambucano de raiz e carioca de coração. "Lenine -- isto é só o começo" traz o cantor em momentos de lazer pelo Rio de Janeiro contando histórias da infância, juventude, carreira e família. Além do personagem principal, outros nomes que cruzaram o caminho do cantor também fazem os seus depoimentos e contribuem para o documentário como Marcos Suzano, Lula Queiroga, Moska, Pedro Luís, o filho João Cavalcanti e mais.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2013
Duração:
Direção e roteiro: Bruno Levinson


Lenine - Isto é só o começo - Dir.: Bruno Levinson


Osvaldo Lenine Macedo Pimentel (Recife PE 1959). Compositor, cantor, violonista, arranjador, produtor. Quando criança, inicia seus estudos musicais com o violão emprestado de sua irmã e com o Pai ouvia música que variava entre folclore russo e Tchaikovsky a Dorival Caymmi e Jackson do Pandeiro. Mais tarde, na adolescência, Torna-se fã do rock, ouvindo Led Zeppelin a Zappa e The Police. Outra escuta que marca fortemente sua formação musical é a sonoridade do Clube da Esquina. Começa a compor aos 17 anos e, no final dos anos 1970, pouco antes de muda-se para o Rio de Janeiro para se dedicar a carreira de compositor, frequenta o Conservatório Pernambucano. Participa do festival MPB 81, promovido pela TV Globo, com a música Prova de Fogo, em parceria com Zé Rocha, e lança um compacto com essa canção. Em 1983 lança o seu primeiro LP Baque Solto com o compositor e letrista Lula Queiroga. Classifica em terceiro lugar a composição Virou Areia (com Bráulio Tavares) no festival 8º FAMPOP, participando do disco homônimo do evento, gravado ao vivo em 1990.
A Roda do Tempo, em parceria com Bráulio Tavares é gravada por Elba Ramalho em 1989. No ano seguinte, a canção As Voltas que o Mundo Dá, parceria com Dudu Falcão, integra a trilha da novela da Rede Manchete A História de Ana Raio e Zé Trovão. Dez anos depois de seu disco de estreia lança Olho de Peixe (1993) em parceria com o percussionista Marcos Suzano. Seu primeiro disco solo, lançado em 1997, O Dia em que Faremos Contato, ganha o prêmio Sharp 98, e tem três de suas faixas escolhidas para trilhas de novelas e minisséries de TV. Em seguida lança o disco Na Pressão (1999) com composições em parceria com Lula Queiroga, Dudu Falcão, Bráulio Tavares, Sergio Natureza, Arnaldo Antunes, Carlos Rennó e Paulinho Moska.
Em 2002 Lenine grava Falange Canibal com participações do músico norte americano Will Calhoun, baterista do grupo Living Colour, e da compositora americana Ani Di Franco (1970). No ano de 2004, grava o álbum Lenine In Cité (2004), com a cantora e contrabaixista cubana Yusa e o percussionista argentino radicado no Brasil, Ramiro Musotto. Lança o Acústico MTV - Lenine em 2006. Em 2007 compõe a trilha sonora de A Centelha, espetáculo do Grupo Corpo, e, em seguida, a trilha para Breu, do mesmo grupo. Em 2008 grava o disco Labiata, cujo nome é em homenagem a uma das espécies de orquídeas, das quais é colecionador. Este trabalho contempla uma parceria póstuma com o conterrâneo Chico Science, Samba e Leveza.
Sua participação em trilhas rende a compilação do disco Lenine.doc/Trilhas (2010), com canções que não constavam em nenhum dos discos do compositor. No ano seguinte lança Chão (2011), utilizando combinação de sons musicais e ruídos cotidianos com programações eletrônicas, e não utiliza bateria ou percussão. Dos interpretes de suas canções destacam-se Fernanda Abreu (Jack Soul Brasileiro, 1997), Milton Nascimento (Paciência, 2010), Maria Rita (Lavadeira do Rio, 2008) Maria Bethânia (Nem Sol, Nem Lua, Nem Eu, 2001), Tim Maia e os Cariocas (Amigos do Rei, com Braulio Tavares, 1997), Elba Ramalho (Leão do Norte, com Paulo Cesar Pinheiro, 1996). Participa do CD Balaio do Sampaio em homenagem ao cantor e compositor Sérgio Sampaio, interpretando a canção inédita Pavio do Destino, e compõe a partir de poemas de Geraldo Carneiro, para o disco Por mares nunca dantes (2004).
Produz diversos discos, entre eles o de Maria Rita (Segundo, 2005), Chico César (De Uns Tempos Pra Cá, 2005) e Pedro Luís e a Parede (Ponto Enredo, 2008). Na televisão faz a direção musical de Caramuru, a invenção do Brasil de Guel Arraes e Jorge Furtado e participa também da direção do musical Cambaio, de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo.Osvaldo Lenine Macedo Pimentel (Recife PE 1959). Compositor, cantor, violonista, arranjador, produtor. Quando criança, inicia seus estudos musicais com o violão emprestado de sua irmã e com o Pai ouvia música que variava entre folclore russo e Tchaikovsky a Dorival Caymmi e Jackson do Pandeiro. Mais tarde, na adolescência, Torna-se fã do rock, ouvindo Led Zeppelin a Zappa e The Police. Outra escuta que marca fortemente sua formação musical é a sonoridade do Clube da Esquina. Começa a compor aos 17 anos e, no final dos anos 1970, pouco antes de muda-se para o Rio de Janeiro para se dedicar a carreira de compositor, frequenta o Conservatório Pernambucano. Participa do festival MPB 81, promovido pela TV Globo, com a música Prova de Fogo, em parceria com Zé Rocha, e lança um compacto com essa canção. Em 1983 lança o seu primeiro LP Baque Solto com o compositor e letrista Lula Queiroga. Classifica em terceiro lugar a composição Virou Areia (com Bráulio Tavares) no festival 8º FAMPOP, participando do disco homônimo do evento, gravado ao vivo em 1990.
A Roda do Tempo, em parceria com Bráulio Tavares é gravada por Elba Ramalho em 1989. No ano seguinte, a canção As Voltas que o Mundo Dá, parceria com Dudu Falcão, integra a trilha da novela da Rede Manchete A História de Ana Raio e Zé Trovão. Dez anos depois de seu disco de estreia lança Olho de Peixe (1993) em parceria com o percussionista Marcos Suzano. Seu primeiro disco solo, lançado em 1997, O Dia em que Faremos Contato, ganha o prêmio Sharp 98, e tem três de suas faixas escolhidas para trilhas de novelas e minisséries de TV. Em seguida lança o disco Na Pressão (1999) com composições em parceria com Lula Queiroga, Dudu Falcão, Bráulio Tavares, Sergio Natureza, Arnaldo Antunes, Carlos Rennó e Paulinho Moska.
Em 2002 Lenine grava Falange Canibal com participações do músico norte americano Will Calhoun, baterista do grupo Living Colour, e da compositora americana Ani Di Franco (1970). No ano de 2004, grava o álbum Lenine In Cité (2004), com a cantora e contrabaixista cubana Yusa e o percussionista argentino radicado no Brasil, Ramiro Musotto. Lança o Acústico MTV - Lenine em 2006. Em 2007 compõe a trilha sonora de A Centelha, espetáculo do Grupo Corpo, e, em seguida, a trilha para Breu, do mesmo grupo. Em 2008 grava o disco Labiata, cujo nome é em homenagem a uma das espécies de orquídeas, das quais é colecionador. Este trabalho contempla uma parceria póstuma com o conterrâneo Chico Science, Samba e Leveza.
Sua participação em trilhas rende a compilação do disco Lenine.doc/Trilhas (2010), com canções que não constavam em nenhum dos discos do compositor. No ano seguinte lança Chão (2011), utilizando combinação de sons musicais e ruídos cotidianos com programações eletrônicas, e não utiliza bateria ou percussão. Dos interpretes de suas canções destacam-se Fernanda Abreu (Jack Soul Brasileiro, 1997), Milton Nascimento (Paciência, 2010), Maria Rita (Lavadeira do Rio, 2008) Maria Bethânia (Nem Sol, Nem Lua, Nem Eu, 2001), Tim Maia e os Cariocas (Amigos do Rei, com Braulio Tavares, 1997), Elba Ramalho (Leão do Norte, com Paulo Cesar Pinheiro, 1996). Participa do CD Balaio do Sampaio em homenagem ao cantor e compositor Sérgio Sampaio, interpretando a canção inédita Pavio do Destino, e compõe a partir de poemas de Geraldo Carneiro, para o disco Por mares nunca dantes (2004).
Produz diversos discos, entre eles o de Maria Rita (Segundo, 2005), Chico César (De Uns Tempos Pra Cá, 2005) e Pedro Luís e a Parede (Ponto Enredo, 2008). Na televisão faz a direção musical de Caramuru, a invenção do Brasil de Guel Arraes e Jorge Furtado e participa também da direção do musical Cambaio, de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo.
:: Fonte: LENINE - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 26.1.2015).
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Saiba mais em:
:: LENINE - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: LENINE. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



LUIZ GONZAGA
(Cantor, compositor e sanfoneiro)


Filme: Gonzaga, de pai para filho 
Sinopse: Um pai e um filho, dois artistas, dois sucessos. Um do sertão nordestino, o outro carioca do Morro de São Carlos; um de direita, o outro de esquerda. Encontros, desencontros e uma trilha sonora que emocionou o Brasil. Esta é a história de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, e de um amor que venceu o medo e o preconceito e resistiu à distância e ao esquecimento.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2012
Gênero: Drama
Duração: 120 min. 
Diretor: Breno Silveira
Elenco: Adelio Lima, Chambinho do Acordeon, Land Vieira, Julio Andrade, Giancarlo di Tomazzio, Alison Santos, Nanda Costa, Silvia Buarque, Luciano Quirino, Claudio Jaborandy, Cyria Coentro, Olivia Araújo, Zezé Motta, João Miguel.
Produção: Breno Silveira, Marcia Braga, Eliana Soárez
Roteiro: Patricia Andrade
Fotografia: Adrian Teijido
Trilha Sonora: Berna Ceppas
Cor: Colorido
Distribuidora: Downtown Filmes, Paris Filmes, RioFilme
Estúdio: Conspiração Filmes / Globo Filmes / Teleimage 
Calssificação indicativa: 12 anos.
Site oficial do filme: Gonzaga, de Pai para Filho 


Filme: Gonzaga de pai pra filho - Dir.:  Breno Silveira (completo)



Documentário: Luiz Gonzaga, a luz dos sertões
Sinopse: A história e a obra do Rei do Baião através de depoimentos, com locações no sertão de Pernambuco, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1999
Duração: 38 min.
Direção: Rose Maria

Documentário: Luiz Gonzaga - A luz dos Sertões



"Meu nome é Luiz Gonzaga, não sei se sou fraco ou forte, só sei que, graças a Deus, té pra nascer tive sorte, apois nasci em Pernambuco, o famoso Leão do Norte. Nas terras do novo Exu, da fazenda Caiçara, em novecentos e doze, viu o mundo a minha cara. No dia de Santa Luzia, por isso é que sou Luiz, no mês que Cristo nasceu, por isso é que sou feliz."
- Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi músico brasileiro. Sanfoneiro, cantor e compositor, recebeu o título de "Rei do Baião". Foi responsável pela valorização dos ritmos nordestinos, levou o baião, o xote e o xaxado, para todo o país. A música "Asa Branca" feita em parceria com Humberto Teixeira, gravada por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947, virou hino do nordeste brasileiro.
Luiz Gonzaga (1912-1989) nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Filho de Januário José dos Santos, o mestre Januário, "sanfoneiro de 8 baixos" e Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos. Luiz Gonzaga desde menino já tocava sanfona. Aos 13 anos, com dinheiro emprestado compra sua primeira sanfona.
Em 1929, por causa de um namoro, proibido pela família da moça, Luiz Gonzaga foge para a cidade de Crato no Ceará. Em 1930 vai para Fortaleza, onde entra para o exército. Com a Revolução de 30 viaja pelo país. Em 1933, servindo em Minas Gerais, é reprovado num concurso de músico para o exército, passa a ser o corneteiro da tropa. Tem aulas de sanfona com o soldado Domingos Ambrósio.
Luiz Gonzaga deixa o exército, depois de nove anos sem dar notícias à família. Foi para o Rio de Janeiro e passou a se apresentar em bares, cabarés e programas de calouros. Em 1940 participa do programa de Calouros da Rádio Tupi e ganha o primeiro lugar, com a música "Vira e Mexe".
Tocando como sanfoneiro da dupla Genésio Arruda e Januário, é descoberto e levado pela gravadora RCA Vitor, a gravar seu primeiro disco. O sucesso foi rápido, vários outro discos foram gravados, mas só em 11 de abril de 1945 grava seu primeiro disco como sanfoneiro e cantor, com a música "Dança Mariquinha". Em 23 de setembro nasce seu filho Gonzaguinha, fruto do relacionamento com a cantora Odaléia Guedes. Nesse mesmo ano conhece o parceiro Humberto Teixeira.
Depois de 16 anos Luiz volta para sua terra natal. Vai ao Recife e se apresenta em vários programas de rádio. Em 1947 grava "Asa Branca", feita em parceria com Humberto Teixeira. Em 1948 casa-se com a cantora Helena Cavalcanti. Em 1949 leva sua família para morar no Rio de Janeiro. As parcerias com Humberto Teixeira e com Zédantas rendeu muitas músicas. Gonzaga e seu conjunto se apresentam em várias partes do país.
Em 1980, Luiz Gonzaga canta para o Papa Paulo II, em Fortaleza. Canta em París a convite da cantora amazonense Nazaré Pereira. Recebe o prêmio Nipper de ouro e dois discos de ouro pelo disco "Sanfoneiro Macho". Em 1988 se separa de Helena e assume o relacionamento com Edelzita Rabelo.
Luiz Gonzaga é internado no Recife, no Hospital Santa Joana, no dia 21 de junho de 1989, e no dia 2 de agosto falece.
:: Fonte: E-Biografias.
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Saiba mais em:
:: LUIZ Gonzaga - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: LUIZ Lua Gonzaga - Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: LUIZ Gonzaga (biografia) - Coleção Folha Raízes da MPB. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: GONZAGÃO. Site. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



MARIA BETHÂNIA
(Cantora)

Documentário: Bethânia bem de perto - a propósito de um show
Sinopse: Maria Bethânia entrou para o rol das grandes cantoras brasileiras em 1965, no show teatral Opinião, apresentando-se ao lado de Zé Ketti e João do Vale. O filme registra o primeiro show da cantora no Rio, realizado na boite Cangaceiro, após sua consagração como intérprete da música Carcará. Intercaladas aos números musicais, documenta cenas do cotidiano da cantora e encontros com Caetano Veloso, Jards Macalé, Anecy Rocha, Wanda Sá, Rosinha de Valença, Silvinha Teles, entre outros.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1966
Duração: 33 min.
Direção: Eduardo Escorel e Julio Bressane  
Roteiro: David Neves Eduardo Escorel e Julio Bressane



Bethânia bem de perto - a propósito de um show -
Dir.: Eduardo Escorel e Julio Bressane  

Maria Bethânia Viana Teles Veloso nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no dia 18 de junho de 1946. É a sexta filha do funcionário público dos Correios, José Teles Veloso e de Claudionor Viana, a dona Canô.
Ela se chama Maria Bethânia porque seu irmão, Caetano Veloso, gostava muito de uma canção do mesmo nome, interpretada por Nelson Gonçalves: "...tu és para mim a senhora do engenho e em sonhos te vejo, Maria Bethânia és tudo o que tenho...".
Quando criança, queria ser atriz.
Mas, porque Nara Leão ficou gripada, ela teve seu primeiro sucesso, como cantora, nos palcos do antológico show "Opinião", substituindo Nara, em 13 de fevereiro de 1965.
De lá para cá, foi apenas sucesso. É a cantora da música brasileira com mais discos vendidos: 26 milhões.
No começo da carreira participou de shows amadores com Tom Ze, Gal Costa, Caetano e Gil, que estavam todos tentando se profissionalizar.
Em 1963, cantou na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues.
Mas a data oficial de sua estréia é mesmo no Opinião, substituindo Nara, em fevereiro de 1965. Neste mesmo ano gravou seu primeiro disco e estourou com a música Cárcara.
Vieram inúmeros discos e sucessos e Bethânia inovou nos palcos, fazendo shows entremeados com poemas e trechos de textos da literatura, uma fórmula que agradou muito ao público e, quase sempre, se transformou em discos gravados ao vivo.
Foi ela quem inventou o grupo Doces Bárbaros, em 1976, do qual fazia parte ao lado de Gil, Caetano e Gal. O disco do grupo acabou virando tema de filme, DVD, enredo da Mangueira em 1994 e até uma apresentação especial para a rainha da Inglaterra.
Em 1978 foi a primeira cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias de um único disco: Álibi.
Repetiu a façanha em 1993, com o disco As Canções que Você Fez pra Mim, onde canta composições da dupla Roberto e Erasmo Carlos.
Alguns de seus shows estão entre os mais importantes da história da nossa música, como Rosa dos Ventos, de 1971.
Chico Buarque, Caetano, Gil, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Noel Rosa, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Jorge Portugal, Roberto Mendes e Roberto e Erasmo Carlos são os compositores que ela mais gravou. Roberto Carlos a chama de "minha rainha".
Em 2001, quando já vendera quase 20 milhões de discos, Bethânia deixou as grandes gravadoras, onde sempre atuara, para ir para a independente Biscoito Fino, de Olivia Hime.
Em 2003, monta sua própria gravadora - Quitanda - para poder gravar, sem se preocupar com os aspectos comerciais, o que realmente deseja cantar e, ainda, lançar novos artistas.
Bethânia é também diretora, já tendo dirigido espetáculos com Caetano e com Alcione.
Em 2005, foi tema de filme documentário: Música É Perfume.
Em 2006, ganhou, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio Tim de música, com três prêmios: Melhor cantora, melhor DVD (Tempo Tempo Tempo Tempo) e melhor disco (Que Falta Você me Faz, uma homenagem a Vincius).
Seus dois últimos discos foram lançados simultaneamente: Pirata, onde canta os rios do interior e Mar de Sophia, onde canta o mar em versos da poeta portuguesa Shopia Breyner. O espetáculo de lançamento tem o título Dentro do Mar Tem Rio, com direção de Bia Lessa e roteiro de Fauzi Arap, que acompanha a cantora desde o show Rosa dos Ventos, de 1971.
:: Fonte: webletras
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Saiba mais em:
:: MARIA Bethânia -  Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: MARIA Bethânia - Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: MARIA Bethânia - Fã Clube Rosa dos Ventos. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: BLOG Maria Bethânia Re(Verso). Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: BLOG Tropicália. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



MILTINHO
(Cantor e pandeirista)

Documentário: No tempo de Miltinho
Sinopse: Investigação musical. Miltinho, cantor atuante desde os anos 40, empresta sua peculiaríssima voz para falar. O inconfundível estilo do Rei do Ritmo é dissecado em entrevistas, apresentações musicais e imagens de arquivo. 
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2008
Duração: 17 min.
Direção e roteiro: André Weller
Produção: Napressão 
Fotografia: David Pacheco, Marcelo Guru, Nonato Estrela 
Edição: André Weller, Pedro Amorim 
Som Direto: Felipe Cavalca, Leandro Lima 
Edição de som: Lucas Marcier, Rodrigo Cabelo 
Finalização: Bernardo Varela, Daniel Canela 
Locução: Luis Carlos Miéle 
Programação visual: Juliana Davies, Luke Bosshard, Marcelo Pereira 


No tempo de Miltinho - Dir.: André Weller



Milton Santos de Almeida (Rio de Janeiro, RJ, 31 de janeiro de 1928 - idem, 07 de setembro de 2014). Cantor e pandeirista. Inicia sua carreira na década de 1940, integrando o conjunto amador Cancioneiros do Ar, com o qual participa do programa de calouros de Ari Barroso na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Em 1946, passa a integrar a segunda formação do conjunto vocal Namorados da Lua, atuando também como pandeirista, ao lado do cantor Lúcio Alves. Com esse conjunto acompanha a cantora Isaura Garcia na gravação do samba De Conversa em Conversa, de Lúcio Alves e Haroldo Barbosa, realizada pela gravadora Victor.
Em 1948, compõe o conjunto Anjos do Inferno, com o qual viaja pelo Brasil e pelo exterior, passando pela Bolívia, Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e México, onde permanece por dois anos, gravando e atuando em um programa de rádio dedicado ao Brasil. Com esse conjunto, viaja ainda pelos Estados Unidos, acompanhando a cantora Carmem Miranda. Volta ao Brasil em 1951, e é aprovado em um concurso para o Ministério da Fazenda, em razão do qual fica impossibilitado de excursionar durante muito tempo. Ingressa então no conjunto Quatro Ases e um Coringa, como cantor e pandeirista. Atua ainda como crooner na Orquestra Tabajara de Severino Araújo, em boates no beco das garrafas, na boate Vogue e no conjunto Milionários do Ritmo, do pianista Djalma Ferreira, com o qual se apresenta em boates como a Monte Carlo no Hotel Plaza e na boate Drink.
É com os Milionários do Ritmo que faz suas primeiras gravações como crooner, lançadas em 1958, pelo selo Drink, também do líder do conjunto Djalma Ferreira. Interpreta canções de Djalma Ferreira e Luis Antonio como Lamento, Recado e Nosso Samba. Desses discos de 78 rpm surge o convite para lançar seu primeiro LP solo, Um Novo Astro, pela gravadora Sideral. Nesse trabalho é acompanhado pelo Sexteto Sideral, formado por Celso Pereira no piano, Damásio no contrabaixo, Jorginho no saxofone alto, Néco na guitarra, Maurício na bateria, Humberto no ritmo e participação de Baden Powell no violão, na faixa Eu e o Rio. No mesmo ano interpreta a canção o Poema do Adeus no filme O Vendedor de Linguiça produzido por Amacio Mazzaropi e dirigido G. M. Laurelli. A gravadora Sideral entra em falência, e Miltinho passa pela RCA, lançando Samba em Tu, e posteriormente, é contratado pela RGE, pela qual lança em 1961 o LP Miltinho é Samba.
Em 1966 é contratado pela Odeon, onde grava, entre 1967 e 1969, três LPs ao lado de Elza Soares e mais quatro, entre 1970 e 1973, ao lado de Dóris Monteiro. Entre seus discos solos destacam-se Samba + Samba = Miltinho (1966), Samba & Cia (1969), Novo Recado (1971) e Miltinho (1974). Após longo hiato de gravações, é lançado o CD Em Tempo de BoleroI, pela Movieplay, em 1996, e Miltinho Convida, pela Globo/Columbia, em 1997, com participações de artistas como João Bosco, Luis Melodia, João Nogueira e Chico Buarque.
:: Fonte: MILTINHO - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais link. (acessado em 28.01.2015).
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Saiba mais em:
:: MILTINHO. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: MILTINHO - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).




MORAES MOREIRA
(Cantor e compositor)

Documentário: Moreira da Silva
Sinopse: O compositor e cantor carioca Antônio Moreira da Silva, o popular Kid Morengueira, inventor do samba de breque, em plena forma aos setenta anos, de terno de linho branco e chapéu panamá, interpretando seus sucessos nos locais frequentados pela antiga malandragem, como o Morro de São Carlos, o cinema Íris e a gafieira Elite.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 1973
Duração: 10 min.
Direção: Ivan Cardoso


Moreira da Silva - Dir.: Ivan Cardoso

Antônio Carlos Moreira Pires, (Ituaçu/BA, 8 de julho de 1947), mais conhecido como Moraes Moreira. Começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João, batizados e casamentos em Ituaçu (BA), onde nasceu. Na adolescência aprendeu violão e após concluir o científico mudou-se para Salvador. Lá conheceu Tom Zé e inscreveu-se no Seminário de Música, entrando em contato também com o rock'n'roll e com Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, com quem formaria mais tarde os Novos Baianos na companhia de Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Jorginho, Baixinho, Bolacha e Dadi. Deixou os Novos Baianos em 1975 e seguiu carreira solo, se dedicando principalmente ao carnaval da Bahia. 
Tendo como referências Braguinha, Zé Kéti e Lamartine Babo, entre outros, passou a estudar os ritmos que compunham o carnaval: samba, marcha, marcha-rancho, frevo. Foi cantor do Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar e lançou em 1978 o sucesso "Pombo Correio", música instrumental da dupla que ele colocou letra. Nos anos 80, depois de estourar nas rádios e nos carnavais com "Festa do Interior" na voz de Gal Costa, se afastou um pouco do meio carnavalesco, por acreditar que a festa popular estava perdendo sua essência em favor da comercialização. 
Compôs o disco "O Brasil Tem Concerto", com influências da música erudita orquestral. Em seguida, o CD "Moraes Moreira Acústico", com versões acústicas de seus maiores sucessos, teve boas vendagens. Em 1997 lançou dois CDs: o comemorativo "50 Carnavais" e "Infinito Circular". Com mais de 30 discos gravados, suas composições que mais fizeram sucesso são "Acabou Chorare", "Preta Pretinha", "É Ferro na Boneca", "Dê um Rolê" (todas com Galvão), "Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira" (com Pepeu Gomes), "Pão e Poesia", "Meninas do Brasil", "Bloco do Prazer", "Coisa Acesa" (todas com Fausto Nilo), "E Assim Pintou Moçambique" (com Antônio Risério) e "Forró do ABC" (com Patinhas). 
Em comemoração aos 34 anos de carreira, Moraes lança em 2003 o álbum “Meu nome é Brasil”. O disco encerra uma trilogia de trabalhos que tem o Brasil como tema, os primeiros foram “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira” (1979) e “O Brasil Tem Concerto" (1994). O cd conta com sete músicas inéditas, duas regravações além de quatro clássicos re-arranjados e incorporados por ele de forma peculiar. O disco tem ainda as participações especiais de Arnaldo Antunes (“Trem das Onze”), Ari Moraes e Davi Moraes (“Eu Sou O Caso Deles”) e Anderson Leonardo (“Tô Fazendo”).
:: Fonte: MORAES MOREIRA. in: CliqueMusic. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
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Saiba mais em:
:: MORAES Moreira. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: MORAES Moreira - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: MORAES Moreira Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



NELSON CAVAQUINHO
(Compositor, cantor e instrumentista)

Documentário: Nelson Cavaquinho
Sinopse: Nelson em sua casa, no bar, na vizinhança, cantando e dedilhando o violão; Hirszman captou o compositor na sua rotina simples de poeta do povo. Um retrato afetivo para ser apreciado pelos fãs da música brasileira.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1969
Duração:13 min.
Direção: Leon Hirszman


Nelson Cavaquinho - Dir.: Leon Hirszman



Nelson Antônio da Silva - Nelson Cavaquinho (Rio de Janeiro RJ, 29 de outubro de 1911 - idem, 18 de fevereiro de 1986). Compositor, violonista, cantor. Seu primeiro contato com a música se dá nos saraus organizados pelo pai, contramestre da banda da Polícia Militar e tocador de tuba. Aprende a tocar cavaquinho por observação e acompanha o tio, violinista, com um rudimentar cavaquinho, feito com uma caixa de charutos e cordas de arame. De origem humilde, abandona o curso primário para ajudar no orçamento familiar. Muda-se, aos 8 anos, para as imediações da Lapa e, em 1928, para a vila operária, na Gávea, onde trabalha numa fábrica de tecidos e participa das rodas de choro dos empregados.
Aos 20 anos, seu pai altera a data de sua certidão para 1910, para que possa ingressar na cavalaria da Polícia Militar, em 1932. Patrulhando o Morro da Mangueira conhece os sambistas Zé da Zilda, Carlos Cachaça e Cartola. É detido mais de uma vez ao trocar a ronda pelo samba. Seu estilo de vida boêmio o afasta da polícia aos 27 anos. Trabalha como pedreiro e passa a vender parcerias em sambas, gênero ao qual mais se dedica. Substitui o cavaquinho pelo violão, o qual toca usando apenas o polegar e o indicador.
Apesar da vasta produção não se promove em rádios e gravadoras: seu palco são bares como o Cabaré dos Bandidos, no centro da cidade. Tem seu primeiro samba, Não Faça Vontade a Ela (parceria com Rubens Campos e Henricão), lançado em 1939, por Alcides Gerardi. A partir 1943, ganha mais publicidade na voz do cantor Ciro Monteiro, que canta Apresenta-me Aquela Mulher (com Augusto Garcez e Gustavo de Oliveira), Não Te Dói a Consciência (Ari Monteiro), Aquele Bilhetinho (Augusto Garcez e Arnô Canegal, 1945), e Rugas (Augusto Garcez e Ari Monteiro, 1946). Mais tarde, a cantora Dalva de Oliveira grava Palhaço, 1952 (com Osvaldo Martins e Washington Fernandes) e Elizeth Cardoso, Amor que Morreu, 1953 (Roldão Lima e Gilberto Teixeira). Inicia em 1955 a duradoura parceria com Guilherme de Brito, com quem compõe Garça e Cinzas (com R. Gaetani), Pranto de Poeta, 1957, A Flor e o Espinho, 1957 (Alcides Caminha), Folhas Secas e Quando Eu Me Chamar Saudade, 1973.
Faz apresentações no Zicartola (1963), restaurante de Cartola e Dona Zica. Ao lado de Zé Kéti, Elton Medeiros, Jorge Santana, Cartola e Nuno Veloso, forma o grupo A Voz do Morro, que faz única apresentação em um programa de televisão. Com Clementina de Jesus, Cartola e Carlos Cachaça, grava o LP Fala Mangueira. É protagonista e tema do curta-metragem Nelson Cavaquinho, de Leon Hirszman, em 1969. No ano seguinte, lança o LP Depoimento de Poeta, dois anos mais tarde, Nelson Cavaquinho - da série Documentos, pela RCA, e, em 1973, Nelson Cavaquinho, com a participação de Guilherme de Brito.
Sua obra é difundida, entre os anos 1950 e 1970, pela interpretação de artistas como Elizeth Cardoso, Paulinho da Viola, Nora Ney, Beth Carvalho, Nara Leão, Elza Soares, Elis Regina, Thelma Soares, Clara Nunes e Paulo César Pinheiro. Em 1977 grava, com Guilherme de Brito, Candeia e Elton Medeiros, o álbum Quatro Grandes do Samba. Apesar de ser um poeta marginal durante muitos anos, tem seu talento reconhecido em vida: em 1985 é lançado o álbum Flores em Vida, no qual Nelson Cavaquinho executa algumas de suas canções e é homenageado por intérpretes como Chico Buarque, Beth Carvalho, João Bosco e Toquinho.
:: Fonte: NELSON CAVAQUINHO  - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 28.1.2015).
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Saiba mais em:
:: NELSON Cavaquinho - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: NELSON Cavaquinho (biografia) - Coleção Folha Raízes da MPB. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: COSTA, Flávio Moreira da. Nelson Cavaquinho: enxugue os olhos e me dê um abraço. [Coleção Perfis do Rio]. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Secretaria Municipal de Cultura, 2000.
:: A MÚSICA brasileira deste século por seus autores e intérpretes. Nelson Cavaquinho. São Paulo: SESC, 2000. 1 CD de música.
:: MATOS, Cláudia Neiva de. O lirismo no samba. O eu poético e seus parceiros na obra de Nelson Cavaquinho. In: ULHÔA, Martha e OCHOA, Ana Maria (orgs.). Música Popular na América Latina. Pontos de Escuta. Rio Grande do Sul: Editora da UFRGS, 2005. pp. 112-133.
:: SOUZA, Tárik; ANDREATO, Elifas. Nelson Cavaquinho. In: Rostos e gostos da música popular brasileira. Porto Alegre: L & PM Editores, 1979; pp. 185-187.



NELSON FREIRE
(Pianista)

Documentário: Nelson Freire, um filme sobre um homem e sua música
Sinopse: A história de um menino-prodígio do interior de Minas que se tornou unanimidade internacional. Filmado no Brasil, França, Bélgica e Rússia, o documentário acompanha a rotina do pianista Nelson Freire em concertos e recitais.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 2003
Duração: 102 min.
Direção: João Moreira Salles


Nelson Freire, um filme sobre um homem e sua música - Dir.: João Moreira Salles



Nelson Pinto Freire (Boa Esperança/MG, 18 de outubro de 1944), pianista reconhecido internacionalmente, começou a tocar piano quando tinha três anos, surpreendendo a todos ao tocar de memória peças que haviam sido executadas pela sua irmã. Seus principais professores no Brasil foram Nise Obino e Lúcia Branco, que havia estudado com um aluno de Franz Liszt. Em seu primeiro recital, aos 5 anos de idade, Nelson escolheu a Sonata em Lá maior, K. 331 de Mozart.
Em 1957, aos 12 anos de idade, Nelson Freire foi o sétimo colocado no Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro, cujo vencedor foi o austríaco Alexander Jenner, e na prova final executou o Concerto para piano No 5 "Imperador", de Beethoven. O júri do Concurso era composto por Marguerite Long, Guiomar Novaes e Lili Kraus. Ganhou do então Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, uma bolsa de estudos para ir a Viena aprender com Bruno Sidelhofer, que também ensinou Friedrich Gulda.
Em 1964, Nelson Freire conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano Vianna da Motta em Lisboa e em Londres recebeu as medalhas de ouro Dinu Lipatti e Harriet Cohen.
Nelson Freire embarcou em sua carreira internacional em 1959, dando recitais e concertos nas maiores cidades da Europa, Estados Unidos, América Central e do América do Sul, Japão e Israel. Trabalhou também com muitos dos mais prestigiados regentes, incluindo Pierre Boulez, Eugen Jochum, Lorin Maazel, Charles Dutoit, Kurt Masur, André Previn, David Zinman, Vaclav Neumann, Valery Gergiev, Rudolf Kempe (com quem realizou diversas turnês pelos Estados Unidos e Alemanha com a Royal Philharmonic Orchestra), Gennady Rozhdestvensky, Hans Graf, Hugh Wolff, Roberto Carnevale, John Nelson, Seiji Ozawa e Isaac Karabtchevsky.
Apresentou-se como convidado de orquestras de prestígio, tais como: Berliner Philharmoniker, Münchner Philharmoniker, Bayerische Rundfunk Orchester, Royal Concertgebouw Orchester, Rotterdam Philharmonic Orchestra, Tonhalle Orchester Zurich, Wiener Symphoniker, Czech Philharmonic, Orchestre de la Suisse Romande, London Symphony Orchestra, Royal Philharmonic Orchestra, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC,Orquestra Sinfônica do Paraná, Israel Philharmonic, Orchestre de Paris, Orchestre National de France, Orchestre National des Pays de la Loire, Philharmonique de Radio France, Orchestre de Monte Carlo e outras orquestras de Baltimore, Boston, Chicago, Cleveland, Los Angeles, Montreal, Nova York e Filadélfia.
Em Varsóvia (1999), Nelson Freire realizou um triunfo genuíno com sua interpretação do Concerto para Piano e Orquestra N.º 2 de Chopin, marcando os 150 anos de aniversário da morte do compositor. Em dezembro de 2001, presidiu o júri do Concurso de Piano Marguerite Long em Paris.
Nelson Freire tem realizado performances no Carnegie Hall em Nova York acompanhado da Orquestra Filarmônica de Saint Petersburg, no Festival Internacional de Música Prague Spring com a Orchestre National de France e com as principais orquestras de Baltimore, Boston, Montreal, Nova York e Utah. Também tem se apresentado com a English Chamber Orchestra (na França e Portugal), Orchestre de la Radio Suisse Italienne e realizado recitais em Bruxelas, Paris, Roma, Munique, Lisboa, Luxemburgo e Zurique. Em 2002/2003, Nelson Freire realizou duas turnês de concertos sob a direção de Riccardo Chailly, com a Royal Concertgebouw Orchestra de Amsterdã e Orchestra Sinfònica di Milano Giuseppe Verdi. Ele também se apresentou com a Tonhalle Orchester Zurich e a Orquestra Sinfônica NHK de Tóquio.
Nelson Freire gravou para a Sony/CBS, Teldec, Philips e Deutsche Grammophon. Ainda, gravou os concertos para piano e orquestra de Liszt com a Dresden Philharmonic sob a regência de Michel Plasson para a Berlin Classics. Sua gravação dos 24 Prelúdios de Chopin recebeu o Edison Award.
Ele tem contrato de exclusividade assinado com a Decca e o primeiro CD produzido foi dedicado às obras de Chopin, que ganhou aclamação unânime da crítica musical internacional. A gravação recebeu o Diapason d’Or e um prêmio “Choc” do Monde de la Musique. Também ficou como 10.º no ranking da revista Répertoire e foi recomendado pela revista Clássica. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
No Ano Chopin 2010, Nelson Freire abre o concerto de inauguração na Sala São Paulo.
Discografia
Gravou para a Sony/CBS, Teldec, Philips e Deutsche Grammophon. Recentemente gravou os concertos para piano e orquestra de Liszt com a Dresden Philharmonic sob regência de Michel Plasson para a Berlin Classics. Sua gravação dos 24 Prelúdios de Chopin recebeu o Edison Award. E seu álbum Chopin The Nocturnes lançado em 2010, foi seu primeiro certificado no Brasil com Disco de Ouro pela ABPD devida as mais de 40 mil cópias vendidas.
Prêmios
Em 1964, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano Vianna da Motta em Lisboa e em Londres recebeu as medalhas de ouro Dinu Lipatti e Harriet Cohen.
Sua gravação dos 24 Prelúdios de Chopin recebeu o Edison Award.
Ganhou o prêmio Classic FM Gramophone Awards (2007), pela Gravação do Ano, com o CD Brahms Pianos Concertos.
:: Fonte: Lastfm - Biografia Nelson Freire
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Saiba mais em:
:: CAMPOS, Theresa Catharina de Góes. Nelson Freire. in: Arte e Cultura News. Brasília, 19 de setembro de 2003. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: CRUZ, Graziela Aparecida da. A construção biográfica no documentário cinematográfico: uma análise de Nelson Freire, Vinicius e Cartola Música para os olhos. (Dissertação Mestrado em Artes). Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, 2011. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: NELSON Freire. Decca. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: MARTINS, Sérgio. O pianista. Veja on-line, ed. 1800, 30 de abril de 2003. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: TIRADO, Abgar Antônio Campos. Pianista Nelson Freire. Revista da Academia de Letras de São João del-Rei. Ano VI, nº 6 – 2012/ Ano VII. nº 7 – 2013. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: BIOGRAFÍA del pianista brasileño Nelson Freire. in: Pianored. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).




NOEL ROSA 

(Compositor, cantor e violonista)

Documentário: Noel Rosa o poeta da vila
Sinopse: A trajetória de Noel Rosa, um dos maiores compositores da história da MPB, que trocou a faculdade de Medicina pelo samba e pela boemia carioca, na década de 20, tornando-se ídolo do rádio, aos 19 anos, com o enorme sucesso alcançado com a canção Com Que Roupa. O filme acompanha não apenas a carreira musical de Noel, como também sua vida afetiva que, até morrer prematuramente de tuberculose, dividiu-se entre dois grandes amores: Lindaura, jovem operária com quem se casou, e Ceci, dançarina com quem manteve um caso tempestuoso.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2006
Duração: 100 min.
Direção: Ricardo Van Steen
Roteiro: Pedro Vicente
Elenco: Camila Pitanga, Flavio Bauraqui, Jonathan Haagensen, Paulo César Peréio, Rafael Raposo, Roberta Rodrigues, Supla
Produção: Paulo Dantas
Fotografia: Paulo Vainer
Trilha Sonora: Arto Lindsay
Classificação indicativa: 14 anos


Documentário: Noel Rosa - o poeta da vila


Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro RJ, 11 de dezembro de 1910 - idem, 04 de maio de 1937). Compositor, violonista, intérprete. Filho de Manuel de Medeiros Rosa e Marta de Azevedo, nasce em 11 de dezembro de 1910. O parto difícil exige o uso de fórceps, fato que lhe provoca problemas permanentes no maxilar. Cresce em Vila Isabel, bairro carioca de classe média. É alfabetizado pela mãe, professora, com quem também aprende a tocar bandolim e, com o pai, violão. Ingressa na escola regular e se forma em 1928. Em 1931 entra na faculdade de medicina, mas abandona o curso no ano seguinte, pois é incompatível com a carreira artística em evolução.
A vida artística começa no conjunto amador Flor do Tempo, que se transforma em Bando dos Tangarás (1929), formado, entre outros, por João de Barro e Almirante, seu primeiro biógrafo. Para o conjunto, compõe e grava. Ao mesmo tempo começa a frequentar com assiduidade a boêmia de Vila Isabel e da Lapa. Em 1930 inicia a carreira individual com a gravação e o sucesso de Com que Roupa?. No ano seguinte começa a compor de maneira sistemática e em quantidade, como as canções Cordiais Saudações, Quem Dá Mais? e Gago Apaixonado, sendo que algumas delas acabam utilizadas no teatro musicado.
O relativo sucesso individual e com o conjunto colaboram para a assinatura de contratos com algumas emissoras de rádio. Em 1932 é contratado pela Rádio Philips como contrarregra no programa do Casé, apresentando-se também como cantor. A partir desse momento seu universo profissional e artístico se expande, revelando-se nas várias parcerias (Lamartine Babo, Ismael Silva, Orestes Barbosa, Francisco Alves) e nas excursões por São Paulo e sul do Brasil. Nesse contexto conhece Vadico, com quem estabelece marcante parceria, iniciada com Feitio de Oração (1933) seguida por Pra que Mentir (1934), Feitiço da Vila (1934) e Conversa de Botequim (1935). O ano de 1933 dá início a um período criativo e produtivo, com dezenas de canções gravadas por ele e outros intérpretes, tais como Positivismo (com Orestes Barbosa), O Orvalho Vem Caindo, Três Apitos, Não Tem Tradução, Filosofia (com André Filho), entre outras. É nesse ano também que ocorre a conhecida polêmica com o compositor Wilson Batista que redunda em canções como Rapaz Folgado (1933), Feitiço da Vila, Palpite Infeliz (1935).
Uma fase repleta de problemas se inicia em 1934. Apesar da reconhecida paixão por Ceci, nesse ano casa-se com Lindaura, grávida, que perde a criança. Mesmo apresentando sintomas de tuberculose e casado, continua no mesmo ritmo de boêmia e de trabalho, gravando e compondo bastante para o rádio e teatro musicado. No ano seguinte é obrigado a viajar para Belo Horizonte com o objetivo de curar a doença. Enfraquecido, em 1936, faz poucas músicas, entre elas Você Vai se Quiser e Xis do Problema. Mesmo com o agravamento da doença, em 1937 ele compõe Pra que Mentir e O Último Desejo. No início desse ano viaja novamente em tratamento para as cidades fluminenses de Nova Friburgo e depois Barra do Piraí, onde passa mal. É obrigado a retornar com urgência para a capital e morre no dia 4 de maio de 1937.
:: Fonte: NOEL ROSA - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 28.1.2015).
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Saiba mais em:
:: ALMIRANTE. No tempo de Noel Rosa. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
:: BRASILEIRINHO. Noel Rosa. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015). 
:: DIDIER, Carlos; MAXIMO, João. Noel Rosa. Uma biografia. Brasília: Editora UnB, 1990.
:: MEMÓRIA VIVA - Noel Rosa. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: NOEL Rosa - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: NOEL Rosa (Biografia) - Coleção Folha Raízes da MPB. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: NOEL Rosa Sempre (Blog). Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: SANDRONI, Carlos. Feitiço decente. Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed./Ed.UFRJ, 2001.
:: TOTA, Antônio Pedro. Cultura, política e modernidade em Noel Rosa. São Paulo em Perspectiva, 15(3), 2001. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



PAULINHO DA VIOLA
(Compositor, cantor e instrumentista)

Documentário: Paulinho da Viola – meu tempo é hoje
Sinopse: O cantor, compositor e instrumentista Paulinho da Viola apresenta seus mestres e amigos, suas influências musicais e percorre sua rotina peculiar e discreta, apresentando hábitos e costumes desconhecidos do grande público. 
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2003
Duração: 83 min.
Direção: Izabel Jaguaribe
Roteiro: Izabel Jaguaribe, Joana Ventura, Zuenir Ventura
Elenco: Elton Medeiros, Marina Lima, Marisa Monte, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho
Produção: Beto Bruno
Fotografia: Flávio Zangrandi


Paulinho da Viola – Meu tempo é hoje - Dir.: Izabel Jaguaribe

Paulo César Baptista de Faria (Rio de Janeiro RJ, 12 de novembro de 1942). Compositor, cantor e instrumentista. Filho mais velho do violonista César Faria, um dos integrantes do conjunto Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim. Paulinho da Viola inicia-se ao violão com 15 anos, influenciado pelo pai. Tem aulas com Zé Maria, violonista amigo de César Faria, que ensina com o método de Mateo Carcassi. Paralelamente ao estudo, frequenta as reuniões promovidas pelo pai em sua casa, com músicos do choro e do samba do Rio de Janeiro, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Dino 7 cordas. Participa também dos saraus promovidos por Jacob do Bandolim.
Com 17 anos ingressa na ala de compositores da escola de samba União de Jacarepaguá, atuando como instrumentista. Ali conhece Catoni e Jorge Mexeu, compositores de quem grava sambas. Compõe o samba Pode Ser Ilusão. Aos 19 anos trabalha no Banco Nacional das Minas Gerais e, na agência onde trabalha, reencontra o compositor e produtor Hermínio Bello de Carvalho, um conhecido dos saraus do Jacob do bandolim, de quem se torna amigo e inicia uma parceria com a canção Duvide-o-dó, gravada em 1970 por Isaurinha Garcia e Noite Ilustrada, pelo próprio Paulinho no disco Sinal Aberto (1999), e por Roberta Sá em 2004, e Valsa da Solidão, gravada por Elizete Cardoso em 1985.
Frequenta o restaurante Zicartola e lá apresenta algumas de suas composições. É neste local que ganha de Zé Kéti e Sérgio Cabral de "Paulinho da Viola". Em 1964 muda-se para uma casa nova em Botafogo e Oscar Bigode, um amigo de infância, diretor de bateria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, leva Paulinho para conhecer a ala de compositores da agremiação, que conta com sambista como Monarco, Candeia, Alvaiade e Ventura.
Integrado à ala dos compositores da Portela, em 1966 apresenta Memórias de Um Sargento de Milícias, escolhido para ser o samba enredo daquele ano. Ainda nesse ano, estreia com o disco Samba na Madrugada, dividido com o parceiro Elton Madeiros. Ganha o primeiro lugar, com Sinal Fechado, no festival de MPB da TV Record de 1969 e é gravado por Martinho da Vila em 1971. Com Bebadosamba ganha o Prêmio Shell de 1992; o prêmio Sharp e a comenda da Ordem do Mérito Cultural, em 2001, e o título dado pelo governo francês de Chevalier de L'ordre des Art et des Lettres, em 1985. Em 1994, Marisa Monte grava sua canção Dança da Solidão no disco Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão, com participação de Gilberto Gil. Em 1998, lança o álbum Bebadochama - Ao Vivo e, em 2007, o Acústico MTV. Em 2003, o documentário Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje, dirigido por Izabel Jaguaribe, traça um perfil do compositor, com participação de  Marina Lima, Elton Medeiros, Zeca Pagodinho, Marisa Monte, Nelson Sargento, Monarco e a Velha Guarda da Portela.
:: Fonte: PAULINHO da Viola - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 28.1.2015).
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Saiba mais em:
:: PAULINHO da Viola. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: PAULINHO da Viola - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: COUTINHO, Eduardo Granja. Velhas histórias, memórias futuras: o sentido da tradição na obra de Paulinho da Viola. Rio de Janeiro: Eduerj, 2002.
:: MÁXIMO, João. Paulinho da Viola: sambista e chorão. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Rioarte, 2002.
:: NEGREIROS, Eliete. Ensaiando a canção: Paulinho da Viola e outros escritos. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.
:: PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. O mar que me navega: sintonias filosóficas em Paulinho da Viola. (Tese Doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, USP, 2011. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



PAULO MOURA
(Compositor, arranjador e instrumentista)

Documentário: Paulo Moura
Sinopse: Filmado no Morro da Mangueira, RJ; o saxofonista, clarinetista, maestro e arranjador Paulo Moura conta fatos da sua vida e apresenta algumas músicas.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1978
Duração: 13 min.
Direção e fotografia: Paulo Martins
Produção: Flávio Tambellini


Paulo Moura - Dir.: Paulo Martins


Paulo Moura (São José do Rio Preto, 17 de fevereiro de 1932 - Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2010). Instrumentista (saxofonista e clarinetista). Arranjador. Compositor. Filho do clarinetista e mestre de banda Pedro Moura. Irmão dos trompetistas José e Alberico e do trombonista Valdemar. Aos nove anos de idade, começou a estudar piano e na adolescência já atuava em bailes, com o conjunto do pai. Mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro na época de cursar o científico. Ingressou na Escola Nacional de Música, onde obteve o diploma de clarinetista. Estudou com Paulo Silva e Lincoln Pádua (teoria, contraponto e música), Guerra Peixe e José Siqueira (harmonia, contraponto e fuga), Moacir Santos (orquestração) e com o Maestro Cipó (arranjos populares).
:: Fonte: DicionarioMPB.
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Saiba mais em:
:: ACERVO Paulo Moura. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: PAULO Moura. Site Oficial Instituto Paulo Moura. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: PAULO Moura - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: GRYMBERT, Halina. Paulo Moura: um solo brasileiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012.



PAULO VANZOLINI
(Compositor e zoólogo)

Documentário: Paulo Vanzolini um homem de moral
Sinopse: Documentário musical sobre o compositor Paulo Vanzolini. O diretor Ricardo Dias, de "Os Calangos do Boiaçu" e "No Rio das Amazonas", que contaram com a participação de Vanzolini, apresenta desta vez um outro compositor: seus sambas, seus amigos e a cidade de São Paulo, tema permanente de sua obra musical.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 2009
Duração: 84 min.
Direção e roteiro: Ricardo Dias
Classificação: 7 anos
:: Documentário removido pelos proprietários.


Paulo Emílio Vanzolini (São Paulo, 25 de abril de 1924 — São Paulo, 28 de abril de 2013). Representante do samba de São Paulo, ao lado de Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini deixou para a música brasileira cerca de 60 composições. Duas delas viraram clássicos do nosso cancioneiro - "Ronda" e "Volta por Cima". Esta última criou a expressão utilizada pelos brasileiros quando querem falar sobre a superação de uma crise, principalmente as amorosa: "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima".
Em 2003, quando lançou a caixa com quatro CDs "Acerto de Contas", anunciou que havia parado de compor. "Perdi o gosto", disse o sambista e zoólogo - esta última considerada por ele sua verdadeira profissão. Mesmo não estando mais na ativa como sambista, sua contribuição para a música popular brasileira, em cerca de 50 anos como compositor, já valeu a pena.. Como zoologista, também produziu trabalhos de pesquisa na área da herpetologia (com répteis) e foi diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) por 30 anos, de 1963 a 1993. Mas continuou por lá mesmo depois de aposentado.
Hoje com 85 anos, Paulo Emílio Vanzolini nasceu no dia 24 de abril de 1924, em São Paulo, onde se criou. Passou apenas dois anos vivendo no Rio durante a infância, dos quatro aos seis anos, quando o pai, o engenheiro Alberto Vanzolini, participou da construção do Instituto de Educação, no bairro da Tijuca. Com a Revolução de 1930, a família decidiu voltar para São Paulo.
Não tinha nenhuma formação musical. Para compor, Vanzolini cantarolava as letras e os amigos músicos as colocavam em partituras. Na década 40, quando decidiu morar sozinho no Centro de São Paulo e cursava Medicina, fez suas primeiras incursões como compositor. Também chegou a fazer bicos na Rádio América, no programa "Consultório Sentimental", apresentado pela atriz Cacilda Becker, falando sobre receitas para emagrecer.
Mas foi somente em 1951, quando voltou do doutorado em Zoologia, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que compôs seu primeiro sucesso, "Ronda". Dois anos mais tarde, foi gravado pela cantora Inezita Barroso, mas só veio emplacar na voz de Márcia, na década de 60. Nessa mesma época, trabalhou na produção dos programas musicais da cantora Aracy de Almeida, na TV Record, onde fez seus primeiros contatos com Adoniran Barbosa.
"À noite eu rondo a cidade, a te procurar, sem encontrar". Os primeiros versos de "Ronda" mostram a forma singular de Vanzolini criar suas músicas, retratando fatos do cotidiano que ele observava na metrópole, em especial nas noites de boemia. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele contou: "Cansei de ver mulher chegar na frente do bar, olhar para dentro como se procurasse alguém e ir embora. Não foi uma só que vi. Escrevi sobre isso". O crítico musical Antônio Cândido afirmou, no encarte do box "Acerto de Contas": ''Como autor de letra e música ele é o oposto da loquacidade, porque não espalha, concentra... tem a capacidade de achados verbais que fazem a palavra render o máximo. Vanzolini é um mestre de muitas faces''.
Em sua lista de composições, além de "Ronda" e "Volta por Cima", esta gravada pela primeira vez em 1962 pelo cantor Noite Ilustrada, figuram clássicos do samba paulista. Por muitos anos, suas músicas eram conhecidas apenas pelos frequentadores do bar Jogral, seu preferido na época, onde dava umas poucas canjas. Foi aí que o proprietário do bar e amigo Luís Carlos Paraná, juntamente com Marcus Pereira, decidiu, em 1967, produzir o disco "Paulo Vanzolini: Onze Sambas e uma Capoeira". Lá começava a despontar sucessos como "Praça Clóvis", "Samba Erudito" e "Capoeira do Arnaldo".
"No Fim Não se Perde Nada", "Noite Longa" e "Boba" foram, em 1969, gravadas por Toquinho, um de seus poucos parceiros nas composições. ao lado Vanzolini também fez parcerias musicais com Eduardo Gudin, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira. Na década de 70, Cristina Buarque gravou "Cara Limpa". A gravadora Marcus Pereira lançou, em 1974, o disco "A Música de Paulo Vanzolini", com canções interpretadas por Carmem Costa e Paulo Marquês, entre elas "Mulher Não Dá Samba", "Falta de Mim", "Inveja", "Samba Abstrato", "Sorrisos", "Teima Quem Quer", "Maria que Ninguém Queria", "Menina o que Foi o Baque", "Mulher Toma Juízo" e "Choro das Mulatas". O parceiro Eduardo Gudin gravou, em 1978, os sambas "Mente" e "Longe de Casa".
Foi só em 1981 que Vanzolini lançou seu primeiro disco individual "Paulo Vanzolini por Ele Mesmo", no qual cantou alguns de seus clássicos como "Bandeira de Guerra", "Tempo e Espaço", "Amor de Trapo e Farrapo", "Alberto", "O Rato Roeu a Roupa do Rei de Roma" e "Cravo Branco". No ano passado, o documentário "Um Homem de Moral" foi lançado pelo cineasta Ricardo Dias, enfocando a arte de Vanzolini.
:: Fonte: PAULO Vanzolini (biografia) - Coleção Folha Raízes da MPB. Leia mais no link. (acessado em 28.1.2015).
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Saiba mais em:
:: PAULO Vanzolini - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: VARELLA, Drauzio. Paulo Vanzolini: brilhante na ciência e na música. [entrevista]. in: site Drauzio Varella. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



PIXINGUINHA
(Instrumentista, compositor, orquestrador e maestro)

Documentário: Pixinguinha e a Velha Guarda do samba
Sinopse: Em abril de 1954, nos festejos do 4º Centenário de São Paulo, Thomaz Farkas filmou uma apresentação de Pixinguinha com a Velha Guarda do samba. O filme recupera esse material perdido por cinquenta anos.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 2007
Duração: 10 min.
Direção: Ricardo Dias e Thomaz Farkas



Pixinguinha e a Velha Guarda do samba - Dir.: Ricardo Dias e Thomaz Farkas



Documentário: Pixinguinha
Sinopse: Depoimento intimista. O compositor fala de sua iniciação musical, dos velhos amigos e de seu ambiente caseiro - o piano, as partituras, os remédios. Na varanda, os cascos de bebidas vazios, resultado de reuniões com amigos. Começou no cavaquinho, tocou flauta e saxofone. Os antigos sucessos são relembrados no saxofone que Paulo Bitttencourt lhe deu de presente. Pixinguinha toca Carinhoso.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1969
Duração: 13 min.
Direção e roteiro: João Carlos Horta
Técnico de som: Gianni Amico
Montagem: Gianni Amico e Geraldo Veloso
Produtora: Tekla Filmes Ltda



Pixinguinha - Dir.: João Carlos Horta



Alfredo da Rocha Vianna Filho, "Pixinguinha" (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973). Instrumentista, compositor, orquestrador e maestro. Caçula, entre doze irmãos, aos 11 anos, aprende a tocar cavaquinho, mas sua arte se manifesta na flauta e, depois, no saxofone. Passa a infância num ambiente artístico em que o pai é hábil flautista, os irmãos também são músicos, e na casa são comuns as rodas de choro. Sua formação inclui o estudo formal da música, o que lhe possibilita ler e escrever partituras, fato pouco habitual entre os músicos populares. Posteriormente, obtém certificado no curso de teoria musical no Instituto Nacional de Música. Nos anos 1930, torna-se funcionário da prefeitura e leciona música em várias escolas cariocas.
Ainda muito jovem, frequenta a casa da baiana tia Ciata, um dos pontos de encontro de músicos como João da Bahiana, Donga, Sinhô, Caninha e Heitor dos Prazeres, intelectuais como João do Rio, Manuel Bandeira e Francisco Guimarães, e um dos lugares de gestação do samba no Rio de Janeiro no início do século XX. Pelo Telefone (Donga e Mauro de Almeida), reconhecido oficialmente como o primeiro samba a ser gravado, em 1917, tem o endereço de origem nas rodas musicais da casa da baiana tia Ciata. Com 14 anos, Pixinguinha participa da orquestra do rancho carnavalesco Filhas da Jardineira, e conhece Donga e João da Baiana, parceiros importantes em toda sua trajetória. Toca em diversos cabarés do bairro boêmio da Lapa e na orquestra do Cine-Teatro Rio Branco.
Edita pela primeira vez, em 1914, uma composição de sua autoria, Dominante, e passa a integrar o Grupo do Caxangá. Nesse momento, é reconhecido como talentoso compositor e flautista, genial em sua criatividade e interpretação. Duas composições suas, o choro Sofres porque Queres e a valsa Rosa, são gravadas pelo grupo Choro do Pixinguinha em 1917. O ano de 1918 tem importância singular em sua carreira, é quando Pixinguinha e Donga organizam o conjunto musical os Oito Batutas. Além de excursionar pelo Brasil, o grupo se apresenta em Paris, no Dancing Shéhérazade, e em Buenos Aires, em 1922.
Nos anos 1920, compõe e faz arranjos para o teatro de revista, a exemplo da peça Tudo Preto, produzida por João Cândido Ferreira e encenada pela Companhia Negra de Revista no Rio de Janeiro. A peça, reeditada em setembro de 1926 com o nome Preto no Branco, conta no elenco com a participação do então jovem ator Grande Otelo. Além dos arranjos para o teatro, Pixinguinha trabalha como orquestrador na indústria fonográfica. Grava diversos discos como instrumentista e várias músicas de sua autoria na década de 1930. Em 1937, duas composições suas tornam-se grande sucesso de público na voz de Orlando Silva - Rosa (letra de Otávio de Souza) e Carinhoso (letra de João de Barro). Essas músicas são repetidamente gravadas, tanto pelos intérpretes da velha guarda quanto pelos mais contemporâneos, como Caetano Veloso e Marisa Monte.
Pixinguinha troca a flauta pelo saxofone nos anos 1940 e, como saxofonista, grava dezenas de choros com o flautista Benedito Lacerda. Nessa época, participa do programa O Pessoal da Velha Guarda do radialista Almirante. Lança seu primeiro LP, o disco Carnaval da Velha Guarda, em 1955, com a participação de seus músicos e de Almirante. Três anos depois, o grupo Velha Guarda é escolhido para recepcionar os jogadores brasileiros vitoriosos na Copa do Mundo, conquistada na Suécia. No início dos anos 1960, cria a trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Viany, lançado em 1963. Seis composições do filme têm a letra escrita por Vinicius de Moraes, entre elas, Lamento e Mundo Melhor.
:: Fonte: PIXINGUINHA - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 28.1.2015).
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Saiba mais em:
:: PIXINGUINHA - o mestre do Catumbi. Disponível AQUI!
:: PIXINGUINHA (biografia) - Coleção Folha Raízes da MPB. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: PIXINGUINHA - (Site oficial). Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: PIXINGUINHA - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: CABRAL, Sergio. Pixinguinha: vida e obra. São Paulo: Lumiar,1997.
:: EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro,1982.
:: SILVA, Marília Trindade Barboza da; OLIVEIRA FILHO, Arthur L. de. Pixinguinha, filho de Ogum bexiguento. Rio de Janeiro: Gryphus, 1998.



RADAMÉS GNATTALI

(Compositor, arranjador, regente e pianista) 

Documentário: Nosso amigo Radamés Gnattali
Sinopse: O homem, o pianista, o compositor, o arranjador. Um trabalhador da música, um músico total, culto e urbano. A música como seu universo. Seus amigos, Tom, Dorival, Pixinguinha... Sua vida é um estúdio, suas histórias todas giram em torno de músicas e músicos. Uma biografia sem incidentes mas cheia de surpresas. Dos primeiros tempos em Porto Alegre ao crescimento numa família de músicos. Por fim, o Rio, a conquista da cidade grande. Uma longa vida escrita sobre um pentagrama.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1991
Duração: 45 min.
Direção: Moisés Kendler e Aluísio Didier


Nosso amigo Radamés Gnattali - Dir.: Moisés Kendler e Aluísio Didier

Radamés Gnattali (Porto Alegre RS, 27 de janeiro de 1906 - Rio de Janeiro RJ, 03 de fevereiro de 1988). Compositor, arranjador, maestro, pianista. Sua proximidade com a música tem origem no ambiente doméstico. Filho mais velho de um casal de melômanos, seu nome incomum é inspirado em personagem da ópera Aída, de Giuseppe Verdi. Na infância vê o pai, o imigrante italiano Alessandro Gnattali, trocar a profissão de operário pela de músico. Da mãe, Adélia Fossati, recebe as primeiras lições de piano, aos 6 anos de idade, e tem aulas de violino com sua prima Olga Fossati.
Aos 14, ingressa no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre, e se forma pianista em 1924, com a orientação de Guilherme Fontainha. Adolescente, ganha a vida tocando piano em cinemas e bailes da capital gaúcha. Participa de serestas e blocos carnavalescos, empunhando cavaquinho e violão. Dedica-se ainda ao violino, que troca pela viola em 1925 para integrar o quarteto de cordas Henrique Oswald, em que atua durante quatro anos.
No fim da década de 1920, decide tentar a sorte no Rio de Janeiro, onde é conhecido como virtuose do teclado. Sem recursos para dedicar-se exclusivamente à carreira de concertista, toca viola e piano em orquestras de teatro e da Rádio Clube do Brasil, além de integrar o quarteto do Hotel Central. Em 1929, executa o Concerto nº 1 de Tchaikovsky no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência de Arnold Glüchman, e no ano seguinte apresenta ao público carioca suas primeiras composições, todas do repertório erudito.
A partir de 1932, recém-casado e procurando meios de subsistência, aproxima-se da música popular. Começa a trabalhar como arranjador, transportando para o pentagrama o jeito de tocar dos pianeiros da editora musical Casa Vieira Machado. Nessa época, passa a reger e compor para o teatro musicado e grava seus primeiros choros, com o pseudônimo Vero (uma homenagem a Vera, sua esposa, e uma forma de ocultar sua relação com a música popular). Atua nas recém-criadas rádios comerciais e na indústria fonográfica, inicialmente como pianista e depois como orquestrador e regente. Seus arranjos são cobiçados pelos principais cantores da época. Por causa das novas demandas profissionais, desiste da carreira de concertista. Mas segue compondo música erudita nas horas vagas e a dar concertos de suas próprias obras.
Em 1936, torna-se maestro e arranjador na Rádio Nacional, onde permanece por cerca de 30 anos. Ali cria a Orquestra Carioca, a primeira rádio a dedicar-se exclusivamente à música brasileira. Acrescida de dois violões, cavaquinho e vasta percussão, dá origem em 1943 à Orquestra Brasileira de Radamés Gnattali, do programa Um Milhão de Melodias. Sua proposta é dar um ar mais "brasileiro" às orquestrações, embora a base do conjunto permaneça de big band. Na década de 1950, no programa Quando os Maestros se Encontram, dirige uma orquestra sinfônica completa, que executa músicas do repertório nacional e internacional. Compõe a trilha sonora de mais de 35 filmes, como Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman, Perdoa-Me por Me Traíres (1983), de Braz Chediack, O Homem do Sputnik (1959), de Carlos Manga, Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos.
Em 1949, ao lado de Zé Menezes (guitarra), Pedro Vidal Ramos (contrabaixo) e Luciano Perrone (bateria), forma o Quarteto Continental, ampliado para sexteto em 1960, com a inclusão de sua irmã Aída Gnattali (piano) e Chiquinho do Acordeon. O conjunto viaja pela Europa e tem grande importância na divulgação da música popular brasileira. Como pianista solo, destaca-se como intérprete de Ernesto Nazareth, de quem grava em disco uma série de oito obras, em 1953.
Nas décadas de 1960 e 1970, com a substituição do rádio pela televisão como principal meio de comunicação de massa, as orquestras radiofônicas desaparecem, e Gnattali passa a se dedicar mais à música erudita. Trabalha na TV Excelsior e TV Globo, como maestro e arranjador, entre 1968 e 1979. Ainda na década de 1970, com o renascimento do choro, suas obras são executadas pelos jovens músicos da Camerata Carioca e volta a se apresentar em público.
:: Fonte: RADAMÉS Gnattali - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 26.1.2015). 
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Saiba mais em:
:: RADAMÉS Gnattali. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: RADAMÉS Gnattali - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).
:: BARBOSA, Valdinha; DEVOS, Anne Marie. Radamés Gnattali: o eterno experimentador. [Coleção MPB, 15].Rio de Janeiro: Funarte/Instituto Nacional de Música/Divisão de Música Popular, 1985. 
:: DIDIER, Aluisio. Radamés Gnattali. Rio de Janeiro: Brasiliana Produções, 1996.
:: GNATTALI, Radamés. Depoimento a Lourival Marques. Collectors. (Série Depoimentos).



RAUL SEIXAS
(Cantor, guitarrista, compositor e produtor)

Documentário: Raul - o início, o fim e o meio
Sinopse: A trajetória da lenda do rock Raul Seixas por meio de imagens raras de arquivo, encontros com familiares, conversas com artistas, produtores e amigos. Mostra como o compositor e cantor "Maluco Beleza" se tornou um dos pioneiros desse ritmo musical no país, com 21 discos lançados e grandes músicas de sucesso que, até hoje, continuam a ser tocadas e relançadas.
Ficha técnica
Gênero: Documentário
País/ano: Brasil, 2010
Duração: 115 min.
Cor: Colorido
Direção: Walter Carvalho
Roteiro: Leonardo Gudel
Produção: Pablo Torrecillas, Rodrigo Castelar
Fotografia: Lula Carvalho
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Classificação: 12 anos
:: Documentário removido pelos proprietários.


Raul dos Santos Seixas (Salvador BA, 28 de junho de 1945 — São Paulo SP, 21 de agosto de 1989). Cantor, guitarrista, letrista, compositor, produtor. Criado em Salvador, é ao final dos anos 1950 que Raul Seixas conhece o rock norte-americano de Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richard e, em 1959, com o amigo Waldir Serrão, funda o fã-clube Elvis Rock Club. Em 1962, integra o primeiro conjunto a utilizar guitarra elétrica na Bahia, que se apresenta no ano seguinte - com o nome The Panthers - no programa Escada do Sucesso, da TV Itapoã. Com o sucesso da Jovem Guarda no país, em meados de 1965, o grupo ganha renome local como a expressão baiana deste movimento, e em 1967, após excursionarem com Jerry Adriani, são convidados por ele a gravar um LP no Rio de Janeiro - intitulado Raulzito e os Panteras (1968).
Raul Seixas retorna ao Rio em 1970, empregado como produtor na gravadora CBS. Produz, entre outros, o próprio Jerry Adriani e Sérgio Sampaio. Com o objetivo de captar os desdobramentos da cultura hippie no Brasil, lança o disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta sessão das 101 (1971), que além de Raul reúne Sérgio Sampaio, Míriam Batucada e Edy Star - o LP é ignorado quando do seu lançamento, tornando-se o álbum cult de sua carreira. Em 1972, lança o seu primeiro compacto individual, após participar do VII Festival Internacional da Canção com uma fusão de rock com baião na canção Let me Sing, Let me Sing, inspirada em Elvis Presley e Luiz Gonzaga.  
A popularidade chega em 1973, com o LP Krig-há, bandolo!, que dá início à parceria com Paulo Coelho. No mesmo ano, Raul produz e participa da coletânea Os 24 maiores sucessos da era do rock, com versões de rocks norte-americanos dos anos 1950 e da Jovem Guarda. O segundo álbum com Paulo Coelho é Gita (1974). A distribuição nos shows de um manifesto em forma de gibi - explicativo das letras das canções de Gita e contendo alusões à formação de uma comunidade alternativa no interior do país - rende-lhes problemas com o governo militar, que os levam a deixar o Brasil rumo aos Estados Unidos. De volta ao Rio de Janeiro, lançam Novo Aeon (1975) e Eu nasci há dez mil anos atrás (1976), após o que a parceria é interrompida. Raul grava mais quatro discos até o final da década de 70: Raul Rock Seixas (1977), O dia em que a Terra parou (1977) - com novo parceiro, Claudio Roberto -, Mata virgem (1978) - que conta com a colaboração de Paulo Coelho - e Por quem os sinos dobram (1979).
Lança em 1980 o disco Abre-te Sésamo, e após quatro anos, Raul Seixas, impulsionado pelo sucesso da música Carimbador maluco em programa infantil de TV. Em 1984 sai Metrô linha 743. Após uma pausa de três anos, grava Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!, seguido de A pedra do Gênesis (1988). Em 1989, realiza shows em companhia do roqueiro Marcelo Nova, com quem grava o seu último trabalho, com repertório de ambos: A panela do diabo. Em 21 de agosto de 1989, dois dias após o álbum chegar às lojas, Raul é encontrado morto em seu apartamento, em São Paulo. O artista alcança um sucesso póstumo ainda maior do que em vida, sendo um dos músicos com maior número de fã-clubes no país. 
:: Fonte: RAUL Seixas - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 28.1.2015).
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Saiba mais em:
:: RAUL Seixas - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: RAUL Seixas Oficial Fã-Clube/Raul Rock Club. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015). 



RIACHÃO
(Cantor, compositor e ator)

Documentário: Samba Riachão
Sinopse: Aos 80 anos de idade Riachão é o cronista musical da cidade de Salvador, tendo vivenciado todas as transformações pelas quais passou a música popular brasileira e os meios de comunicação no decorrer do século XX. É através das histórias deste cronista que o filme apresenta um relato histórico da MPB.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2001.
Duração: 80 min.
Direção e roteiro: Jorge Alfredo
Produção: Moisés Augusto Por Truq Cine Tv Vídeo e Braskem
Direção de fotografia: Pedro Semanovschi
Direção de arte: Joses Araripe
Montagem: Tina Saphira 
Som direto: Beto Neves, Eduardo Ayrosa e Nicola Rallet
Edição sonora: Miriam Biderman
Mixagem: José Luiz Sasso
Trilha sonora: Riachão
:: Documentário removido pelos proprietários.


Riachão (Clementino Rodrigues). Cantor. Compositor. Ator. Nasceu na rua Língua de Vaca, no bairro de Fazenda Garcia/ Salvador BA, em 14 de novembro de 1921. Trabalhou como alfaiate, contínuo de banco, vendedor de cachorro-quente e por 20 anos trabalhou na Rádio Sociedade da Bahia. O apelido "Riachão" lhe foi dado quando ainda era adolescente: "Eu fazia uma pose de brigão e ganhei a fama de Riachão, termo que os baianos usam para falar de gente difícil". Segundo depoimento do próprio compositor ao extinto jornal Diário de Notícias: "Quando menino, eu gostava muito de brigar. Mal acabava uma peleja, já estava eu disputando outra. E aí chegavam os mais velhos para apartar, empregando aquele ditado popular: você é algum riachão que não se possa atravessar".   Considerado um dos mais importantes sambistas da Bahia, ao lado de Batatinha, Panela, Walmir Lima, Ederaldo Gentil, Nélson Rufino, Garrafão, Goiabinha, J. Luna, Roque Ferreira e Edil Pacheco.
:: Fonte: DicionarioMPB.
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Saiba mais em:
:: RIACHÃO - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).


ROBERTO CARLOS
(Cantor e compositor)

Documentário: Roberto Carlos em ritmo de aventura
Sinopse: Inspirados nos filmes dos Beatles, nossos astros da Jovem Guarda também estrelaram filmes com muita música, aventura e romantismo. O disco com a trilha sonora deste filme foi um campeão de vendas na época.
País/ano: Brasil, 1967
Duração: 90 min.
Direção: Roberto Farias
:: Documentário removido pelos proprietários.


Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim ES, 19 de abril de 1941). Cantor e compositor. Aprende as primeiras notas no violão com a mãe, a costureira Laura. Estreia como cantor com apenas nove anos no Programa Infantil da ZYL-9 da Rádio Cachoeiro, em sua cidade natal. Dois anos depois ganha seu próprio programa. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1956, com o objetivo de ser contratado por uma grande emissora. Mora por um curto período na casa de uma tia, em Niterói, e logo vai com a família para o subúrbio carioca de Lins de Vasconcelos. No bairro da Tijuca, zona norte da cidade, onde conhece os músicos Erasmo Carlos, Tim Maia e Jorge Ben.
Integra The Sputniks, conjunto liderado por Tim Maia, com o qual, em 1957, estreia na TV Tupi, no programa Clube do Rock, de Carlos Imperial, um dos principais agitadores culturais do Rio de Janeiro e responsável pela promoção de vários artistas, inclusive da cantora Elis Regina. Imperial aposta no talento do jovem cantor, intitulando-o o Elvis Presley Brasileiro, por conta de suas imitações. Contudo, influenciado por João Gilberto, Roberto Carlos se envereda por um repertório de bossa nova, com apresentações na boate do Hotel Plaza, em Copacabana, e lancamento de seu primeiro 78 rpm, em 1958, com as músicas João e Maria, parceria com Carlos Imperial, e Fora do Tom, só de  Imperial. Seguindo repertório, o LP Louco Por Você (1961), produzido por Imperial, não tem repercussão e não agrada o próprio cantor. Após esse disco, rompe com Imperial e, por orientação do produtor Evandro Ribeiro, deixa o estilo bossa nova para se dedicar ao rock, substituindo o cantor Sergio Murilo o astro da gravadora Columbia. Seus primeiros compactos do gênero incluem as músicas de Erasmo Carlos, Splish Splash (1963), versão da música de Bobby Darin e Jean Murray, Parei na Contra-Mão e Terror dos Namorados.
Em 1963, alcança grande sucesso com Calhambeque (Road Hog, de Gwen e John D. Loudermilk), versão para português de Erasmo Carlos, música incluída no LP É Proibido Fumar, pela gravadora CBS. Em setembro de 1965, apresenta, ao lado de Erasmo Carlos e da cantora Wanderléa, o programa Jovem Guarda na TV Record, São Paulo. Seu disco seguinte, também batizado Jovem Guarda, traz a música Quero Que Vá Tudo Pro Inferno (com Erasmo), que o projeta definitivamente no cenário musical.
Protagoniza três filmes no cinema, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1967), Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa (1969) e Roberto Carlos a 300 km Por Hora (1971), todos dirigidos por Roberto Farias. Apresenta-se no Festival de San Remo, na Itália, vencendo com a música Canzone Per Te (Endrigo e Bardotti).
Em 1970, estreia no Canecão, no Rio de Janeiro, o show Roberto Carlos a 200 km Por Hora, momento em que deixa a imagem de ídolo rebelde dos adolescentes para um artista mais sofisticado, passando a fazer canções com temas românticos, sensuais, religiosos e ecológicos. Nesse show, sua banda RC-7, formada pelo guitarrista José Provetti, o Gato, tecladista Antonio Wanderley, baixista Bruno Pascoal, baterista Anderson Marquez, Dedé, trombonista Raul de Souza, saxofonista Ernesto Neto, o Nestico, e o trompetista Magno D'Alcântara Pereira, o Maguinho, era acompanhada por uma big-band comandada inicialmente pelo maestro Chiquinho de Morais e depois por Eduardo Lages. Em 1977, grava Amigo, canção que, dois anos mais tarde, é cantada por um coral infantil no México, por ocasião da visita do Papa João Paulo II e, no Maracanã, é tocada em 1993 na despedida do jogador de futebol e idolo vascaíno Roberto Dinamite.
Em 2006 é lançado o livro Roberto Carlos Em Detalhes, de Paulo Cesar de Araújo, publicação que o biografado, recorrendo à justiça, proíbe de circular. Lança em 2008 um CD e DVD gravado ao lado de Caetano Veloso em homenagem a Tom Jobim. No ano seguinte, inicia as comemorações pelos 50 anos de carreira, incluindo uma série de shows que começa em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim, e a inauguração da exposição 50 Anos de Música, na Oca, em São Paulo. Desde 1974, realiza uma apresentação de dim de ano, Roberto Carlos Especial, na TV Globo.
:: Fonte: ROBERTO Carlos Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
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:: ROBERTO Carlos - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: ROBERTO Carlos - Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



TIM MAIA
(Cantor, compositor, produtor, maestro, multi-instrumentista e empresário)

Documentário: Tim Maia
Sinopse: Genial, controvertido, maluco, Tim Maia era uma figura especial, renovadora e talentosa da música brasileira. O filme, numa linguagem antiacadêmica, mistura seu papo com sua música, deixando a montagem fluir no swing de Tim.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 1986
Duração: 14 min.
Direção: Flávio R. Tambellini


Tim Maia - Dir.: Flávio R. Tambellini

Tim Maia, nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia (Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942 — Niterói, 15 de março de 1998).
Carioca da gema, o ícone Tim Maia nasceu e cresceu na Tijuca, onde fez parte de um grupo de amigos que iria mudar para sempre a cara da MPB. Dessa turma faziam parte: Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor. Durante décadas, Tim colecionou sucessos, conquistou seu lugar no coração do povo brasileiro e se consolidou como um ídolo eterno.
A voz potente, o senso rítmico aguçado e o carisma inigualável foram os elementos que marcaram o estilo inconfundível do Síndico do Brasil, que influenciou artistas como Roberto Carlos, Jorge Ben Jor, Marisa Monte, Jota Quest, Ivete Sangalo, Racionais MC's e mais uma legião de craques da MPB. Pai da Soul Music brasileira morou por cinco anos nos EUA, bebendo na fonte sendo influenciado pelo Funk e Soul. Uma overdose à la Motown. Foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil o 9º maior artista da música brasileira (Fonte: Rolling Stone Brasil).
Indomável, foi o primeiro artista brasileiro completamente independente das grandes gravadoras. Para conseguir total liberdade artística e controle financeiro do seu trabalho, fundou a editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos.
Após se consolidar como um empresário de sucesso na indústria fonográfica, continou emplacando grandes hits até a sua morte em 1998.
Tim Maia deixou um gigantesco legado que marcou profundamente a história da música brasileira e mundial.
:: Fonte: Tim Maia. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
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:: TIM Maia. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: TIM Maia Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).


TOM JOBIM
(Compositor, arranjador e instrumentista)

Documentário: A Música segundo Tom Jobim
Sinopse: O extraordinário universo da música de Antonio Carlos Jobim não cabe em palavras. Foi com essa ideia em mente e a sensibilidade aguçada que o diretor Nelson Pereira dos Santos, ao lado de Dora Jobim, se dispôs a encarar o desafio de desvendar em filme a trajetória musical do grande compositor brasileiro, autor de uma obra eterna, de alcance internacional. Escolheram o caminho sensorial da imagem e do som para exibir o trabalho do músico considerado, ao lado de Heitor Villa-Lobos, um dos maiores expoentes de todos os tempos da música brasileira. 
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 2011
Duração: 88 min.
Direção: Dora Jobim, Nelson Pereira dos Santos
Roteiro: Nelson Pereira dos Santos, Miúcha
Trilha Sonora: Paulo Jobim
A Música segundo Tom Jobim - Dir.: Dora Jobim e Nelson Pereira dos Santos


Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 1927 - Nova York, EUA, 1994). Compositor, pianista, arranjador, cantor, violonista. Seu interesse pela música surge por influência de dois tios, um violonista erudito, outro popular, universos que se fundem em sua obra. Já toca violão e gaita quando, com cerca de catorze anos, tem suas primeiras aulas de piano com o compositor alemão Hans Joachim Koellreutter, que lecionava no Colégio Brasileiro de Almeida, propriedade de sua mãe, dona Nilza Jobim. Órfão de pai muito cedo, recebe do padrasto Celso Frota Pessoa grande incentivo para estudar música, evoluindo rapidamente.
Em 1946, alterna o primeiro ano da faculdade de arquitetura com o trabalho de pianista em boates de Copacabana e Ipanema, mas logo abandona os estudos universitários em prol da música. Aperfeiçoa-se no piano com Lúcia Branco e Tomás Terán, além de estudar orquestração, harmonia e composição. Trabalha na noite até 1952, quando é contratado como pianista e arranjador na gravadora Continental, acompanhando artistas como Dalva de Oliveira, Orlando Silva, Dick Farney. Em 1953, tem suas primeiras composições gravadas: Pensando em você e Faz uma semana, por Ernâni Filho, e Incerteza, parceria com Newton Mendonça, por Mauricy Moura. Em 1955, rege na Rádio Nacional sua primeira composição sinfônica, Lenda. No ano seguinte, inicia duradoura parceria com o poeta Vinicius de Morais, orquestrando, regendo e compondo parte da trilha da peça Orfeu da Conceição.
Em 1958, produz o LP Canção do amor demais, de Eliseth Cardoso. Além da faixa-título, parceria com Vinícius de Moraes, o disco traz entre outras duas composições de Jobim: Chega de saudade, também com letra de Vinícius, e Outra vez, que registram pela primeira vez a "batida característica" do violão de João Gilberto. Este, no mesmo ano, regrava Chega de saudade em voz e violão, num 78 RPM que contém Bim bom na face e é considerado o marco inicial da Bossa Nova. A canção Desafinado, parceria de Jobim com Newton Mendonça, é incluída no primeiro LP do cantor baiano, Chega de saudade (1959). O álbum seguinte, O amor, o sorriso e a flor (1960) traz diversas canções suas, entre elas o Samba de uma nota só. Em 1960, por ocasião dos festejos de inauguração da capital, compõe Brasília, Sinfonia da Alvorada. No mesmo ano, Orphée noir (Marcel Camus, 1959), versão cinematográfica de Orfeu da Conceição,ganha Palma de Ouro em Cannes e vence o Oscar de filme estrangeiro.
Em 1962, escreve com Vinícius de Moraes Garota de Ipanema, que logo alcança grande sucesso nos Estados Unidos. No mesmo ano, a versão instrumental de Stan Getz e Charlie Byrd para Desafinado leva a gravadora Audio Fidelity, com apoio do Itamaraty, a promover um concerto de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York, onde Jobim passa alguns meses. Ali lança seu primeiro álbum solo, The Composer of Desafinado Plays, em 1963. A partir de então, divide-se entre o Brasil e os Estados Unidos, num trânsito que lhe rende a gravação de oito LP's, incluindo Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (1967), contratos para atuar no cinema e na TV, além de diversos Grammys. Muitas de suas composições, traduzidas para o inglês, integram o repertório de importantes artistas do universo pop e do jazz.
Fixa-se no Brasil em 1968, ano em que sua canção Sabiá, parceria com Chico Buarque, vence o 3º Festival Internacional da Canção. Lança os álbuns Matita Perê (1973), Urubu (1975) e Terra Brasilis (1980). Em 1984, funda a Banda Nova, formada por amigos e parentes, com a qual excursiona por diversos países até o fim da vida. Com ela grava seus últimos discos: Passarim (1987) e Antonio Brasileiro (1994).
Ao longo da carreira, recebe inúmeras homenagens e honrarias. Compõe a trilha de filmes nacionais (Porto das caixas, 1961; Tempo de mar, 1970; A casa assassinada, 1971; Eu te amo, 1981; Gabriela, 1983, Fonte da saudade, 1984; Para Viver um grande amor, 1983) e estrangeiros (Orphée noir, 1959; The adventurers,1970), bem como da minissérie O tempo e o vento (1985). Além de Vinícius de Moraes, com quem escreve cerca de 50 canções, tem parcerias com grandes nomes da música brasileira, como Dolores Duran (Estrada do Sol, Por causa de você, Se é por falta de adeus), Chico Buarque (Sabiá, Retrato em branco e preto, Anos dourados, entre outras) e Billy Blanco (Sinfonia do Rio de Janeiro, Teresa da praia, entre outras).
:: Fonte: TOM Jobim - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link. (acessado em 29.1.2015).
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Saiba mais em:
:: ANTONIO Carlos Jobim (Tom Jobim) - entrevistado por Clarice Lispector. Acesse AQUI!
:: ANTONIO Carlos Jobim (Tom Jobim) – a última entrevista. Acesse AQUI!
:: TOM Jobim - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: TOM Jobim - Site Oficial Instituto Antônio Carlos Jobim. Disponível no link.(acessado em 29.1.2015).
:: TOM Jobim - Coleção Folha 50 Anos de Bossa Nova. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: TOM Jobim - Site Oficial UOL Personalidades. Disponível no link.(acessado em 29.1.2015).
:: ANTONIO Carlos Jobim: Clube do Tom. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: CABRAL, Sérgio. Antônio Carlos Jobim: uma biografia. Rio de Janeiro: Lumiar, 1997.
:: CAMPOS, Augusto de (org.). Balanço da Bossa e outras bossas. 5ª ed., São Paulo: Perspectiva, 2005.
:: CASTRO, Ruy. Chega de saudade. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
:: GAVA, José Estevam. A linguagem harmônica da Bossa Nova. São Paulo: Ed. Unesp, 2002.
:: JOBIM, Antonio Carlos. A vida de Tom Jobim: depoimento. Rio de Janeiro: Rio Cultura, Faculdades Integradas Estácio de Sá, 1983.
:: JOBIM, Paulo (org.). Cancioneiro Jobim: Obras completas. Rio de Janeiro: Jobim Music, Casa da Palavra, 2000.
:: MACHADO, Cacá. Tom Jobim. [Coleção Folha Explica, 77]. São Paulo: Publifolha, 1998. 
:: SÁNCHEZ, J. L.. Tom Jobim: a simplicidade do gênio. Rio de Janeiro : Record, 1995.



TOM ZÉ
(Compositor, cantor, arranjador e instrumentista)

Documentário: Fabricando Tom Zé
Sinopse: Nascido em Irará, no interior da Bahia, Tom Zé integrou o movimento tropicalista, mas passou anos no esquecimento, sendo redescoberto nos anos 80 pelo músico britânico David Byrne. Desde então, Tom Zé tem uma carreira sólida no exterior, onde se tornou mais popular do que no Brasil.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 2007
Duração: 90 min.
Direção: Décio Matos Jr.


Fabricando Tom Zé - Dir.: Décio Matos Jr.


Antônio José Santana Martins (Irará BA, 11 de outubro de 1936). Compositor, cantor, arranjador e instrumentista. Vai para Salvador, em 1949, para cursar o ginasial e, influenciado pela cultura popular nordestina, desenvolve o interesse pela música iniciando a prática do violão, do canto e da composição. Em 1960, apresenta uma canção própria, Rampa para o Fracasso, no programa de televisão Escada para o Sucesso, transmitido pela TV Itapoã. Em seguida, trabalha como diretor musical do Centro Popular de Cultura (CPC), órgão ligado à União Nacional dos Estudantes (UNE) de Salvador. Perde o emprego depois do fechamento do CPC pelo regime militar, que se estabelece no Brasil em 1964. Nesse momento, estuda na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e tem aulas de história da música com J.H. Koellreutter, estética, com Ernst Widmer, composição, com Walter Smetak, contraponto, com Tulo Brandão, violoncelo, com Piero Bastianelli, harmonia, com Mary Oliveira, instrumentação, com Lindemberg Cardoso, e orquestração, com Sérgio Magnani.
Em 1965 participa do musical Arena Canta Bahia, que inclui a sua música Cachorro do Inglês (com Chico Assis), apresentado em São Paulo com direção de Augusto Boal. O elenco conta com alguns artistas baianos conhecidos de Tom Zé, como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Com estes e outros músicos e poetas, ele integra o movimento tropicalista. Vence o 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, em 1968, com a canção São, São Paulo, Meu Amor, gravada no mesmo ano no seu primeiro LP, Tom Zé. Nesse festival ele também conquista o quarto lugar com a composição 2001 (parceria de Rita Lee).
Lança os discos Todos os Olhos, em 1973, e Estudando o Samba, em 1976, que trazem um estilo de composição muito diferente do que é produzido no Brasil. Por esse motivo sua obra não tem grande repercussão, fato que contribui para um isolamento que se prolonga por 17 anos. Tom Zé trata desse período como "morte", dizendo-se "enterrado" por Caetano Veloso e Gilberto Gil para que estes possam herdar sozinhos o legado tropicalista. É "redescoberto" pelo ex-integrante da banda norte-americana Talking Heads e produtor David Byrne, em 1990. Com o apoio de Byrne, ele se torna conhecido na Europa e nos Estados Unidos, onde lança os discos The Best of Tom Zé, em 1990, e The Hips of Tradition, em 1992, divulgados pelo selo Luaka Bop. A partir desse momento, realiza turnês nacionais e internacionais e grava os discos Com Defeito de Fabricação, em 1998, e Jogos de Armar, em 2000, e a trilha sonora de Parabelo, espetáculo de dança do Grupo Corpo, em parceria com José Miguel Wisnik, em 1997, e Santagustin, com Gilberto Assis, em 2002.
Lança, em 2008, Estudando a Bossa, com composições suas sobre a história da bossa nova e dos anos 1950 no Brasil. É lançado Pirulito da Ciência, CD e DVD gravados ao vivo e nos quais faz uma retrospectiva musical de sua carreira, com produção de Charles Gavin. No mesmo ano, é divulgada nos Estados Unidos a caixa Studies of Tom Zé - Explaining Things So I Can Confuse You, com reedições dos discos Estudando o Samba e Estudando o Pagode (em vinil), Estudando a Bossa (em CD) e Tom Zé with Tortoise Live at the Barbican (em compacto de 45 rpm). Suas canções são gravadas por vários artistas, como Namorinho de Portão, por Gal Costa; 2001 (parceria com Rita Lee), por Gilberto Gil, Os Mutantes e Ná Ozzeti; Tô (com Elton Medeiros), por Zélia Duncan; Sapo Antunes (com Beto) e Conto de Fraldas, por Tianastácia; e Vai (Menina Amanhã de Manhã - parceria com Perna), por Mônica Salmaso e, em conjunto, por Jussara Silveira, Rita Ribeiro e Teresa Cristina.
:: Fonte: TOM Zé. Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link.(acessado em 29.1.2015).
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Saiba mais em: 
:: TOM Zé - Site Oficial. Disponível no link.(acessado em 29.1.2015).
:: TOM Zé - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: BLOG do Tom Zé - UOL Blog. Disponível no link.(acessado em 29.1.2015).
:: CALADO, Carlos. Tropicália: a história de uma revolução musical. [Coleção Todos os Cantos] 1ª ed., São Paulo: Ed. 34, 1997. 336p.
:: SILVA, Graccho Silvio Braz Peixoto da. Tom Zé: O defeito como potência; a canção, o corpo, a mídia. (Dissertação Mestrado em Comunicação e Semiótica). Pontifícia Universitária Católica de São Paulo, PUC, São Paulo, 2005. Disponível no link.(acessado em 29.1.2015).
:: , Tom. Tropicalismo lenta luta. 2ª ed., São Paulo: Publifolha, 2009. 311p.



VILLA-LOBOS
(Compositor, maestro e violoncelista)

Documentário: Heitor Villa Lobos: Índio de Casaca
Sinopse: Imagens raras de Villa-Lobos e depoimentos valiosos. Documentário resgata a biografia de Villa-Lobos, com depoimentos de Guerra Peixe, Arthur Rubinstein, Hermínio Bello de Carvalho, Tom Jobim, Andrés Segovia, Castro Filho, Ana Stella Schic, Mercedes Pequeno, Walter Burle Marx, Turíbio Santos, Vasco Mariz, Maria Augusta Machado, Henry Barraud, entre outros.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1987
Direção: Roberto Feith
Apresentação: Paulo José
Realização: Rede Manchete


Heitor Villa Lobos: Índio de Casaca


Documentário: Villa-Lobos, um vida de paixão
Sinopse: A vida do mais importante compositor e maestro brasileiro, desde a sua infância até os últimos anos de vida, já consagrado em sua carreira. Antônio Fagundes e Marcos Palmeira interpretam Villa-Lobos na maturidade e na juventude, respectivamente. Com Letícia Spiller e Ana Beatriz Nogueira.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2000
Duração: 130 min.
Direção: Zelito Viana


Villa-Lobos, uma vida - Dir.: paixão, de Zelito Viana



Heitor Villa-Lobos nasceu a 5 de março de 1887, no Rio de Janeiro. Filho de Noêmia Villa-Lobos e Raul Villa-Lobos, funcionário da Biblioteca Nacional e músico amador. Recebeu sua primeira instrução musical aos seis anos, vinda do pai, que adaptou uma viola para que o filho pudesse estudar violoncelo.
Sua formação musical foi muito inflenciada pelas noites de sábado da casa dos Villa-Lobos que recebiam grandes nomes da época para cantar e tocar até de madrugada. Sua tia Fifinha lhe apresentou os Prelúdios e Fugas do Cravo bem temperado de J. S. Bach, compositor que lhe serviu como fonte de inspiração para a criação das nove Bachianas Brasileiras.
Seus biógrafos afirmam que ele estudou no Instituto Nacional de Música, mas o próprio Villa-Lobos disse que detestava tal escola. Autodidata, viajou pelo interior do Brasil pesquisando seu folclore e entrando em contato com uma música diferente da que estava acostumado a ouvir: modas caipiras, tocadores de viola e outros tipos que mais tarde viriam a universalizar-se através de suas obras.
Villa-Lobos passa a apresentar-se oficialmente como compositor a partir de 1915, com uma série de concertos no Rio de Janeiro. Foi duramente criticado pela imprensa pela “modernidade de sua música”. Em fevereiro de l922, participou da Semana de Arte Moderna apresentando, dentre outras obras, as Danças características africanas.
Começa a ganhar a Europa em l923. No seu retorno de Paris, no ano seguinte, Manuel Bandeira saudava-o da seguinte maneira: “Villa-Lobos acaba de chegar de Paris. Quem chega de Paris espera-se que chegue cheio de Paris. Entretanto, Villa-Lobos chegou cheio de Villa-Lobos”.
Retorna à Paris em l927, para organizar concertos e publicar várias obras. No segundo semestre de 1930, volta provisoriamente ao Brasil para a realização de um concerto em São Paulo. Apresenta um revolucionário plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e, com a aprovação do mesmo, acaba mudando-se definitivamente para o Brasil.
Após dois anos de trabalho em São Paulo, Villa-Lobos foi convidado pelo Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro - Anísio Teixeira - para organizar e dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística (Sema), que introduzia o ensino da Música e o Canto Coral nas escolas. Apoiado pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas, organizou Concentrações Orfeônicas, chegando a reunir, sob sua regência, até 40 mil escolares. Em 1942, criou o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico.
Convencido pelo Maestro Leopold Stokowski, seu amigo desde Paris, aceitou, em 1944, o convite do Maestro norte-americano Werner Janssen para uma turnê pelos EUA, para onde voltou várias vezes.
Heitor Villa-Lobos morreu de câncer em 17 de novembro de 1959, no Rio de Janeiro.
:: Fonte: MEMÓRIA Viva de Heitor Villa-Lobos. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
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Saiba mais em:
:: VILLA-Lobos - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: MUSEU Villa-Lobos. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: UNIRIO Instituto Villa-Lobos — Centro de Letras e Artes. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: ESCOLA de Música Villa-Lobos. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: ESCOLA de Música Villa-Lobos - Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior/Fundação Cultural de Joinville. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: NÚCLEO Villa-Lobos de Educação Musical. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).


VINICIUS DE MORAES
(Poeta, compositor, cronista e crítico de cinema)

Documento: Vinícius de Moraes, um rapaz de família
Sinopse:  Memórias e depoimentos diversos de Vinicius de Moraes. O média-metragem apresenta Vinicius na companhia de ACJ, Caetano Veloso, Ferreira Gullar, João Donato, Maria Rosa Oliver, Oscar Niemeyer, Miúcha, Maria Gladys, Toquinho, Lygia de Moraes, Pedro de Moraes, Susana de Moraes, Luciana de Moraes e amigos. A trilha sonora é composta pelas músicas: "Singin' in the rain", "Dream of you", "As time goes by", "Além do amor", "Crazy he calls me", "I fall in love too easily", "Para viver um grande amor", "Valsa de Eurídice" e "Ela é carioca".
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1983
Duração: 30 min.
Direção: Susana de Moraes
Fotógrafo: Pedro de Moraes
:: Documentário removido pelos proprietários.


Documentário: Vinícius
Sinopse: Amigos e familiares prestam uma comovente homenagem a Vinícius de Morais, lembrando suas canções, poemas e histórias. O ponto de partida é um show com grandes nomes da MPB como Zeca Pagodinho, Adriana Calcanhoto e Mart’Nália.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2005
Duração: 122 min.
Direção: Miguel Faria Jr.
:: Documentário removido pelos proprietários.


Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes (Rio de Janeiro RJ, 19 de outubro de 1913 - idem, 09 de julho de 1980). Poeta, compositor de música popular, cronista e crítico de cinema. Pertencente a uma família de intelectuais, com formação católica. Faz no colégio jesuíta Santo Inácio o curso secundário e participa do coro nas missas de domingo. Os estudos musicais lhe rendem, em 1928, o primeiro sucesso, com composição realizada em parceria dos amigos Paulo e Haroldo Tapajós. Ingressa na faculdade de direito e adere ao grupo católico formado pelo escritor Otávio de Faria, o pensador San Thiago Dantas e o jurista Américo Jacobina Lacombe, entre outros. Conclui o curso em 1933, ano em que lança o primeiro livro, Forma e Exegese. Estuda língua e literatura inglesa na Universidade de Oxford, Inglaterra, até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, quando, de volta ao Brasil, escreve regularmente crítica de cinema para jornais e revistas. A partir de 1943, ingressa na carreira diplomática e presta serviços consulares em diversos países, até 1968, quando em virtude de oposições à ditadura militar é exonerado do cargo. A década de 1950 marca o início de sua dedicação à música popular, da composição de seus primeiros sambas e de sua participação na criação da bossa nova, ao lado de Antônio Carlos Jobim (1927 - 1994), com o lançamento do disco Canção do Amor Demais, em 1958, interpretado por Elizeth Cardoso. A lírica de Vinicius torna-se mundialmente conhecida, em 1959, quando o filme Orfeu Negro, uma adaptação de sua peça Orfeu da Conceição, realizada pelo diretor francês Marcel Camus, é premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e recebe o Oscar de melhor filme estrangeiro. Os últimos anos do poeta são dedicados principalmente à música, período que ele vive entre turnês nacionais e internacionais, acompanhado de Toquinho (1946), seu parceiro mais constante. 
:: Fonte: VINICIUS de Moraes - Enciclopédia Itaú Cultural. Leia mais no link.(acessado em 29.1.2015).
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Saiba mais em:
:: CRUZ, Graziela Aparecida da. A construção biográfica no documentário cinematográfico: uma análise de Nelson Freire, Vinicius e Cartola Música para os olhos. (Dissertação Mestrado em Artes). Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, 2011. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).
:: VINICIUS de Moraes. Site Oficial. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: VINICIUS de Moraes - Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível no link.(acessado em 29.1.2015).
:: VINICIUS de Moraes - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: VINICIUS de Moraes - Coleção Folha 50 Anos de Bossa Nova. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: VINICIUS de Moraes - MPBNet. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: VINICIUS de Moraes - Releituras. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: POEMASVinicius de Moraes - o poeta não tem fim. Acesse AQUI!
:: VINICIUS de Moraes – o poetinha. Acesse AQUI!
:: VINICIUS de Moraes - a última entrevista. Acesse AQUI!



WALDICK SORIANO
(Cantor e compositor)

Documentário: Waldick, sempre no meu coração
Sinopse: Saindo de Caitité, no sertão baiano, Waldick Soriano encarou uma dura trajetória de vida até o estrelato. Lavrador, garimpeiro e engraxate, tornou-se ídolo popular nos anos 60 e 70. Autor de mais de 700 canções, Waldick assina uma obra que se confunde com sua própria vida.
País/ ano: Brasil, 2007
Douração: 58 min.
Direção: Patrícia Pillar


Waldick, sempre no meu coração - Dir.: Patrícia Pillar

Eurípedes Waldick Soriano cantor e compositor. Nascido em 13 de maio de 1933, no sertão da Bahia, ainda criança, trabalhou como lavrador. Foi peão, motorista de caminhão e garimpeiro de ametista até os 25 anos de idade. Nesse período, assistindo a filmes de faroeste, tornou-se admirador do personagem Durango Kid, do qual incorpou, em suas apresentações, a imagem de chapéu preto e da roupa preta, que adaptou para o paletó, à moda dos malandros de cabaré, complementando com o eterno óculos escuros. Foi para São Paulo em 1958, para tentar a a carreira de cantor, ou de artista de cinema, outro sonho que acalentava. Enquanto buscava oportunidades nas rádios, trabalhava como faxineiro, servente de pedreiro, motorista de caminhão e engraxate. Assim gravou seu primeiro LP "Quem és tu". Viveu seus últimos anos em um apartamento alugado em Fortaleza, (CE), mudando-se para o Rio de Janeiro em abril de 2008, vindo a falecer alguns meses depois, em 04 de setembro, no Hospital do Câncer de Vila Isabel, na zona norte carioca, em função de um câncer de próstata.
:: Fonte: DicionárioMPB.
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Saiba mais em:
:: WALDICK Soriano - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).





WILSON SIMONAL
(Cantor)

Documentário: Simonal - Ninguém sabe o duro que eu dei
Sinopse: “Simonal - Ninguém sabe o duro que dei” traça a trajetória impressionante do ex-cabo de exército, que reinou soberano e acabou condenado ao ostracismo por um delito que jurava inocência. Através de depoimentos de amigos, inimigos e, principalmente, de imagens das exuberantes performances do grande artista, o filme mostra também as respostas que nunca apareceram. Simonal era informante da ditadura? Era favorável aos militantes? Ou seu maior crime foi ser negro, milionário, símbolo sexual num país e numa época em que existia muito racismo?.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2009
Duração: 86 min.
Direção: Micael Langer, Claudio Manoel, Calvito Leal
Produtores associados: Raul Schmidt e Roberto Berliner
Produção executiva: Manfredo G. Barretto e Rodrigo Letier
Coordenadora de produção: Lorena Bondarovsky 
Direção de fotografia: Gustavo Hadba
Direção de arte: Eduardo Souza e Rodrigo Lima / Pavê
Trilha sonora original: Berna Ceppas 
Montagem: Pedro Duran e Karen Akerman
Produção: Jaya, TvZERO e Zohar
Co-produção: Globo Filmes
Distribuição: Riofilme e MovieMobz
Site oficial do filme. Simonal

Simonal - Ninguém sabe o duro que eu dei - Dir.: Micael Langer, 
Claudio Manoel, Calvito Leal

O cantor Wilson Simonal, ou Wilson Simonal de Castro, nasceu em 26 de fevereiro de 1939, no Rio. Ele começou a cantar nas festas do 8º Grupo de Artilharia de Costa do Rio, durante o serviço militar obrigatório, que durou três anos. Ao sair das Forças Armadas, passou a cantar em clubes e bares da noite carioca.
Foi crooner do Conjunto Dry Boys e também fez parte do grupo Os Guaranis. Em 1961, começou a apresentar-se o programa "Os Brotos Comandam", de Carlos Imperial.
No começo, cantava rock em inglês e chegou a cantar chá-chá-chá no Top Club, uma boate da praça do Lido, em Copacabana. Com o surgimento da bossa nova, se aproximou do movimento e passou a cantar músicas do novo estilo.
No começo dos anos 60, passou a cantar no Beco das Garrafas, em Copacabana, atraído por Ronaldo Bôscoli e Miéle. Além de músicas da bossa nova, ele também cantava jazz. Com sua voz forte, Simonal abriu o caminho para que cantores de vozeirão pudessem cantar também bossa nova.
Em 1966, voltou ao gênero mais popular e a Carlos Imperial, cantando "Mamãe Passou Açúcar Em Mim". Depois, fez grande sucesso com "Meu Limão, Meu Limoeiro", música cantada por 15 mil pessoas no Marcanãzinho no encerramento do 4º Festival Internacional da Canção. Emplacou outros sucessos como "Sá Marina".
Em 1972, no auge do sucesso, sua carreira caiu em desgraça, depois de ter sido acusado de espionar artistas para o regime militar. O cantor viveu no ostracismo até sua morte, em 25 de junho de 2000, em São Paulo, onde vivia.
Apenas em 2003, se comprovou não haver evidências que levassem à acusação que Simonal foi submetido e ele foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil. Simonal teve os filhos Max de Castro e Wilson Simoninha, que são cantores também.
:: Fonte: Wilson Simonal - Coleção Folha 50 Anos de Bossa Nova. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
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Saiba mais em:
:: WILSON Simonal - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
:: WILSON Simonal (Biografia) - Site Doniltão . Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).





ZÉ CÔCO DO RIACHÃO
(Instrumentista, compositor, acordeonista e fabricante de rabecas)

Documentário: Minha viola e eu: Zé Côco do Riachão
Sinopse: A vida e a obra do violeiro, rabequeiro e luthier mineiro Zé Côco do Riachão. O próprio artista dá seu depoimento, lembrando a vida na roça.
País/ano: Brasil, 2003
Duração: 15 min.
Direção: Waldir de Pina

Minha viola e eu: Zé Côco do Riachão - Dir.: Waldir de Pina

Zé Coco do Riachão (José dos Reis Barbosa dos Santos).  Brasília de Minas, MG, 1912 - Montes Claros, MG, 13/9/1998. Instrumentista. Compositor. Acordeonista. Fabricante de rabecas.  Criado na localidade de Riachão, onde nasceu, às margens do rio que leva o mesmo nome, na confluência dos municípios de Mirabela e Brasília de Minas, no Vale do São Francisco. O pai era fazedor e tocador de violas. No momento de seu nascimento, passava uma folia-de-reis e ele foi consagrado pela mãe aos santos Reis; por isso "dos Reis" registrado em cartório. Zé Coco deixava claro sua devoção aos Santos Reis, e sempre se apresentava como José Reis Barbosa dos Santos. 
Ouvindo seu pai tocar desde que nasceu, aos 8 anos, já tocava viola que ele mesmo ia aprendendo a fazer. Foi marceneiro, carpinteiro, ferreiro, sapateiro, fazedor de cancelas, de engenho, de carro de boi, curral de tira, roda de rolar mandioca, mas o que o tornou conhecido, inclusive internacionalmente, foi a excelência dos instrumentos que fabricava e tocava: viola, violão, cavaquinho e rebeca. Aos vinte anos, assumiu a pequena fábrica de instrumentos de seu pai. 
Iniciou a vida artística acompanhando seus pais nas folias-de-reis. A carreira em discos começou em1980 através do violeiro, compositor e produtor cultural Teo Azevedo, que lhe deu o apelido de Riachão. Foi o jornalista Carlos Felipe que conseguiu patrocínio para lançar os dois primeiros discos de Zé Coco: "Brasil puro" e "Zé Coco do Riachão". 
No lançamento de "Brasil puro" a crítica foi unânime em considerar que o trabalho do violeiro era um verdadeiro achado como expressão da nossa cultura popular. José Ramos Tinhorão considerou o trabalho como o melhor do ano na categoria autenticidade. O conhecido crítico dedicou-lhe calorosa crítica no Jornal do Brasil, na qual dizia: "Artista do povo da maior importância Zé Coco tem uma técnica de execução à viola tão desenvolvida que lhe permite tocar certas peças fazendo solo e acompanhamento ao mesmo tempo, e seus talentos são tantos que em uma das faixas do disco - a intitulada "Guaiano em oitava"- ele aparece não apenas na viola solo e fazendo a viola base, mas ainda tocando rabeca, caixa de folia e pandeiro". Daquele disco destacou-se a música "No terreiro da fazenda". 
O segundo disco também chamou a atenção dos violeiros e dos críticos para seu estilo próprio, de solar e acompanhar ao mesmo tempo. O terceiro disco "Vôo das garças" saiu seis anos depois, através do projeto Trem da História. O título foi em homenagem a São Pedro das Garças, onde Zé Coco viveu durante vinte anos, e foi editado posteriormente em CD, com acréscimo de três músicas inéditas: "Moda pra João de Irene", "Amanhecendo" e "Minha viola e eu". 
No ano em que veio a falecer, Zé Coco fez show no Sesc-Pompéia em São Paulo, durante o lançamento do CD "Violeiros do Brasil", do qual participou com uma faixa. 
Em 1986, o violeiro participou do vídeo "Viola caipira", produzido pela UnB - Universidade Nacional de Brasília, ao lado dos violeiros Paulo Freire e Roberto Corrêa. Calangos, valseados, dobrados deram o tom do repertório do artista que foi, segundo a crítica, um dos maiores representantes da tradição da viola. Homem do povo, de poucas palavras, Zé Coco expressou a possibilidade da união do popular ao erudito, sem que um ou outro estilo perdesse suas características básicas. Autodidata, deixou discípulos espalhados em várias partes do país, especialmente em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, onde a viola faz escola. Entre essa nova geração de violeiros e rabequeiros, estão Marimbondo Chapéu, Sinval de Gameleira, Paulo Freire, Roberto Corrêa e Chico Lobo. Artesão de sons, ele viveu 68 anos praticamente no anonimato, ocupado do ofício de construir e consertar instrumentos, além de animar bailes, compor melodias, muitas das quais se perderam por falta de registro. Não sabia ler nem escrever, e toda a habilidade desenvolvida com os instrumentos veio do convívio com eles sem nenhum estudo formal. 
Afirmava que a única ajuda que recebeu foi através de uma "simpatia" tradicional entre os violeiros do Vale do São Francisco: pegar uma cobra e passar entre os dedos. O resultado é a facilidade que o violeiro terá em tocar seu instrumento. O músico tocou em mais de 50 folias-de-reis, sua paixão, onde aprendeu a ouvir os sons que se escondem em cada pedaço de folha, em cada centímetro do chão de Minas Gerais, como ele afirmava. 
Na Alemanha, a partir de um filme com Téo Azevedo sobre cantigas de vaqueiro produzido por Dr. Ralf do 1º Canal de Baden Baden, foi afirmado que Zé Coco do Riachão seria o "Beethoven do sertão". 
Em 2003, "Amanhecendo no sertão" e "Folia de Reis do Alto do Baeta",de sua autoria, faixas de seu 1º CD foi incluída no CD Violeiros do Brasil. O CD foi um projeto da gravadora Revivendo que reuniu importantes artistas da viola caipira de diversas regiões do Brasil, entre os quais, Almir Sater, Adelmo Arcoverde,Zé Gomes, Renato Correa, , Paulo Freire, Ivan Vilela, Pereira da Viola, Josias Dos Santos, Angelino de Oliveira, Renato Andrade, Tavinho Moura, Heitor Villa-lobos e Zé Mulato e Cassiano.A capa do CD apresenta o trabalho fotográfico de Angélica Del Nery no Urucuia, sertão de Minas Gerais, importante cenário da viola caipira e da obra de Guimarães Rosa. A produtora Myriam Taubkin idealizou o projeto. A gravação do disco foi sugerida pelo músico e produtor Benjamim Taubkin. 
:: Fonte:   Coco do Riachão - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).
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Saiba mais em:
:: SAUDADE Zé Coco do Riachão, por Elizabeth Akemi.  Revista Tempo, nº 75, maio 2012. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).


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Documentário: Álbum de música
Sinopse: Nara Leão, Gilberto Gil, Jards Macalé e Nelson Motta falam sobre a música popular brasileira, do choro ao surgimento da propositada mistura sugerida pelo Tropicalismo e da primeira geração pós-bossa nova. Músicas de Pixinguinha, Almirante, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho e Cartola.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1974
Duração: 14 min.
Direção: Sérgio Sanz


Álbum de música - Dir.: Sérgio Sanz




Documentário: Alquimistas do som
Sinopse: Documentário sobre a experimentação na música popular brasileira, com Egberto Gismonti, Tom Zé, Arrigo Barnabé, Carlos Rennó, Júlio Medaglia, Lenine e Arnaldo Antunes.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2003
Duração: 26 min.
Direção: Renato Levi




Filme: Milagre de santa luzia - uma viagem pelo brasil que toca sanfona
Sinopse: O filme é uma viagem pelo Brasil que toca sanfona, conduzida por Dominguinhos, conhecido sanfoneiro do país. Entre encontros acompanhados de muita música e reunindo depoimentos de diversos sanfoneiros brasileiros, o filme guarda registros de personalidades da música popular brasileira, como o poeta Patativa do Assaré, Sivuca e Mário Zan, falecidos pouco tempo depois de sua participação no filme.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2008
Duração: 104 min.
Direção: Sérgio Roizenblit
Classificação indicativa: livre
:: O Milagre de Santa Luzia. Site do filme.

Milagre de santa luzia - uma viagem pelo brasil que toca sanfona






FESTIVAIS DE MÚSICA

Documentário: Uma noite em 67
Sinopse: Um convite para viver a final do Festival da Record que mudou os rumos da MPB. No palco, os jovens Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo. E só um deles sairia vencedor.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2010
Duração: 93 min.
Direção: Renato Terra e Ricardo Calil


Uma noite em 67 - Dir.: Renato Terra e Ricardo Calil


Documentário: Cultura Gaúcha: A história e a importância dos festivais nativistas no RS
Sinopse: Documentário especial sobre a história dos festivais de música nativista no Rio Grande do Sul.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2013
Duração: 40 min.
Direção geral: Paulo Roberto Keitel
Apresentação: Zéca Amaral
Produção e reportagens: Leonardo Bonesso
Apoio de produção: Viviane Lara 
Videografismo: Pedro Henrique Keitel
Produção executiva: Foccus Comunicação Audiovisual

Cultura Gaúcha: A história e a importância dos festivais nativistas no RS

Bibliografia sobre a Era dos Festivais
:: Festivais de Música Popular. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 2.2.2015).
:: Festival Califórnia da Canção. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 2.2.2015).
:: MELLO, Zuza Homem de. A era dos festivais: uma parábola. São Paulo: ED. 34, 2003.



SÉRIE "POR TODA MINHA VIDA" (MÚSICA)
Produção e realização: Rede Globo
Documentário: Adoniran Barbosa. Disponível no link. (acessado em 25.1.2015).
Documentário: Cartola. Disponível no link(acessado em 25.1.2015).
Documentário: CazuzaDisponível no link(acessado em 25.1.2015).
Documentário: Dolores DuranDisponível: Parte I - Parte II - Parte III - Parte IV e Parte V(acessado em 25.1.2015).
Documentário: Elis ReginaDisponível no link(acessado em 25.1.2015).
Documentário: Nara Leão. Disponível no link(acessado em 25.1.2015).
Documentário: Raul Seixas. Disponível no link(acessado em 25.1.2015).
Documentário: Tim MaiaDisponível no link(acessado em 25.1.2015).
* Direitos reservados a Rede Globo


Banda de Brodowski, Portinari, 1956


BANDAS DE MÚSICA

OS NOVOS BAIANOS

Documentário: Filhos de João - O admirável mundo novo baiano
Sinopse: Documentário que propõe traçar um panorama da música popular brasileira por meio da trajetória do grupo Novos Baianos. As décadas de 60 e 70 ambientam o estilo de vida dos músicos influenciados pelo compositor João Gilberto. O longa-metragem evidencia também o reflexo da ditadura militar nas referências musicais da época. Cultura e contracultura, carnaval, futebol e tropicalismo são alguns dos temas pelos quais passeia a narrativa, dirigida por Henrique Dantas.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2009
Duração: 74 min.
Direção: Henrique Dantas 


Filhos de João - O admirável mundo novo baiano - Dir.: Henrique Dantas

Os Novos Baianos, grupo vocal e instrumental formado por Galvão (letrista), Moraes Moreira (vocal e violão), Paulinho Boca de Cantor (vocal e pandeiro), Baby Consuelo (vocal e percussão), hoje Baby do Brasil, Pepeu Gomes (guitarra, viola, violão e bandolim), Dadi (baixo e violão), Jorginho (bateria, guitarra, cavaquinho, uculelê e bongô), Baixinho (bateria e bumbo) e Bolacha (bongô e percussão). 
O grupo ingressou no cenário artístico em 1968, com o espetáculo "Desembarque dos bichos depois do dilúvio", realizado em Salvador, apresentado por Galvão, pelos cantores Paulinho Boca de Cantor, Moraes Moreira, Baby Consuelo e pelo guitarrista Pepeu Gomes. 
No ano seguinte, participou do V Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP) com a canção "De Vera" (Moraes e Galvão), incluída no repertório de seu primeiro LP, "Ferro na boneca". 
Em 1972, o conjunto incorporou o baixista carioca Dadi e os percussionistas Jorginho, Baixinho e Bolacha. 
Redirecionado musicalmente pela influência de João Gilberto, gravou seu segundo LP, "Acabou chorare", com destaque para a canção-título (Moraes e Galvão) e para uma releitura de "Brasil pandeiro" (Assis Valente). Nessa época, seus integrantes passaram a morar comunitariamente em um sítio localizado em Vargem Grande (RJ), onde ensaiavam, compunham e jogavam futebol, paixão que motivou o título de seu quarto LP, "Os Novos Baianos Futebol Clube". Neste disco, destacam-se uma versão contemporânea de "Samba da minha terra" (Dorival Caymmi) e outras parcerias de Moraes e Galvão, como "Sorrir e cantar como Bahia" e "Só se não for brasileiro nesta hora". 
O conjunto lançou, ainda, os LPs "Linguagem do Alunte" (1974), "Vamos pro mundo" (1975), "Praga de baiano" (1976), "Caia na estrada e periga ver" (1977), "O melhor dos Novos Baianos" (1978) e "Farol da Barra" (1979), dissolvendo-se, em seguida, depois de várias apresentações. Moreira, Paulinho, Baby e Pepeu iniciaram suas carreiras solo. O baixista Dadi formou, com o irmão Mu, Armandinho, Gustavo e Ary, o conjunto A Cor do Som. 
Em 1997, Galvão publicou o livro "Anos 70: Novos e baianos" pela Editora 34 (SP), relatando a trajetória do conjunto. Ainda nesse ano, o grupo voltou a se reunir para a gravação do CD "Infinito circular", apresentando-se em show no Metropolitan (RJ).
Em 2007, o clássico “Acabou Chorare”, disco lançado em 1972, encabeçou a lista dos 100 melhores discos de música brasileira de todos os tempos, segundo votação realizada pela publicação “Rolling Stone”. Nesse mesmo ano, Moraes Moreira lançou, em linguagem de cordel, o livro “A história dos Novos Baianos e outros versos” (Língua Geral Editora). Em 2011, foi lançado no circuito comercial o documentário “Filhos de João: o admirável mundo Novo Baiano”, dirigido e roteirizado por Henrique Dantas. 
:: Fonte: OS NOVOS BAIANOS - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



DOCES BÁRBAROS

Documentário: Os Doces Bárbaros
Sinopse: Em 1976, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Gal Costa e Caetano Veloso se juntaram para se apresentar nas principais cidades brasileiras. Além do show, o filme mostra os ensaios, os fãs, a intimidade dos camarins e a repercussão que um incidente policial com os músicos causou na imprensa.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 1978
Duração: 100 min.
Direção: Jom Tob Azulay


Os Doces Bárbaros - Dir.: Jom Tob Azulay


Doces Bárbaros, nome pelo qual ficou conhecido o quarteto baiano de estrelas da MPB (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia) após o show "Doces Bárbaros", que teve estréia no dia 24 de junho de 1976, no Anhembi (SP). O espetáculo saiu em turnê, até o dia 7 de julho, quando Gilberto Gil e o baterista Chiquinho Azevedo foram presos por porte de maconha em Florianópolis. Em seguida, o show foi apresentado no Canecão (RJ), onde permaneceu em cartaz durante dois meses, batendo o recorde de bilheteria da época. A turnê do grupo foi registrada no documentário "Os Doces Bárbaros", de Jom Tob Azulay. Ainda nesse ano, foi lançado o LP "Doces Bárbaros ao vivo", pela PolyGram. 
Em 1994, o grupo foi novamente reunido para uma homenagem prestada pela escola de samba carioca Mangueira, onde realizou o show "Doces Bárbaros na Mangueira", em comemoração aos 18 anos do show de estréia. Nesse mesmo ano, a Escola de Samba homenageou o quarteto com o samba-enredo "Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu", parafraseando a composição "Atrás do trio elétrico", de Caetano Veloso. Caetano, Gal, Gil e Bethânia desfilaram em carro alegórico sendo muito aplaudidos pelo público presente. No dia primeiro de junho do mesmo ano de 1994, os quatro artistas voltaram a se reunir no Royal Albert Hall, em Londres, com a participação da bateria da Mangueira. 
No dia 8 de dezembro de 2002, o grupo apresentou-se para cerca de 100.000 pessoas na Praia de Copacabana (RJ), no encerramento do projeto "Pão Music", abrindo o espetáculo com "Fé cega, faca amolada" (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos). O show prosseguiu com apresentações solo e em dupla, com destaque para "Outros bárbaros", composição inédita de Gilberto Gil, "Asa branca" (Luiz Gonzaga), "Chuckberry fields forever", "Drão", "O seu amor" e "Esotérico", todas de Gilberto Gil, "Os mais doces bárbaros", "Um índio" e "A luz de Tieta", todas de Caetano Veloso, e "Lanterna dos afogados" (Herbert Vianna). Aclamado para o bis, o quarteto improvisou "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brittes da Silva e Aloísio Augusto da Costa).
Em 2004, o documentário "Os Doces Bárbaros" (1976), de Tom Job Azulay foi relançado nos cinemas, com cópia remasterizada. Nesse mesmo ano, foi lançado pela gravadora Biscoito Fino, em co-produção com a Conspiração Filmes, o DVD "Outros (doces) Bárbaros". Com direção de Andrucha Waddington, e entrevistas e roteiro coordenados pelo sociólogo Hermano Viana, o DVD registrou o reencontro dos quatro baianos, dentro da série Pão Music, do grupo Pão de Açúcar, realizada em São Paulo e no Rio de Janeiro no final de 2002.
:: Fonte: Doces Bábaros - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 26.1.2015).



OS MUTANTES

Documentário: Os Mutantes
Sinopse: O filme acompanha a espontaneidade e a irreverência de Arnaldo Baptista, Sérgio Dias e Rita Lee num passeio pela cidade de São Paulo. Na trilha, os sucessos da banda.
Ficha técnica
Ano/país: Brasil, 1970
Duração: 7 min.
Direção: Antônio Carlos da Fontoura


Os Mutantes - Dir.: Antônio Carlos da Fontoura


Os Mutantes, esta banda paulista foi formada inicialmente em 1966 pelo baixista, pianista, cantor e compositor Arnaldo Baptista (1948); por seu irmão, o guitarrista, violonista e compositor Sérgio Dias (1951); e pela cantora e compositora Rita Lee Jones (1947). Após os nomes The Wooden Faces e O Conjunto, a banda foi finalmente batizada de Mutantes (1966). 
O envolvimento dos Mutantes com o Tropicalismo veio no ano seguinte de seu batismo, a partir de um convite para acompanhar Gilberto Gil na apresentação de sua canção “Domingo no parque”, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967. A verve, a guitarra e o baixo elétrico dos mutantes, somados aos arranjos inventivos do maestro Rogério Duprat, tornaram-se a síntese sonora do Tropicalismo.
Ao aderir ao Tropicalismo, o conjunto tornou-se o grande nome do rock de vanguarda da música brasileira dos anos 60. Participou de forma decisiva do disco coletivo Tropicália ou Panis et Circensis e dos LPs de Gilberto Gil e Caetano Veloso, de 1968, e fez três álbuns próprios com Duprat, entre 1968 e 1970. Além disso, participou do disco A Banda Tropicalista de Rogério Duprat (1968), e acompanhou Caetano Veloso em sua histórica apresentação de “É Proibido Proibir”, no III FIC (Festival Internacional da Canção), da TV Globo, em 1968.
Em 1970, os Mutantes concorreram ao V FIC com uma música de Arnaldo, Rita e Sérgio, “Ando Meio Desligado”, um dos maiores sucessos do grupo. Nos dois anos seguintes, os Mutantes emplacaram mais dois discos fiéis ao espírito tropicalista (Jardim Elétrico, de 1971, e Os Mutantes no país dos Baurets, de 1972). E, paralelamente, Rita Lee lançou o disco Hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas, de 1972. Em seguida, ela optou definitivamente pela carreira solo, e deixou o grupo que, com os irmãos Baptista, tomou um rumo sonoro calcado no rock progressivo. A banda duraria ainda até 1977, com distintas formações e tendo em sua composição apenas Sérgio Dias como fundador.
“eu juro que é melhor não ser um normal se eu posso pensar que deus sou eu"
- Arnaldo Baptista e Rita Lee
Em 2005, os irmãos Baptista retomaram o fôlego e investiram na reformulação e reunião dos Mutantes, tendo como grande aliado o baterista Dinho, da formação original. Como Rita Lee não aceitou o convite para voltar, Sérgio Dias chamou a cantora carioca Zélia Duncan. Em 2006, os Mutantes iniciaram uma série de shows com grande sucesso de público e crítica, retomando a carreira da banda.
:: Fonte: MUTANTES. Tropicália. Disponível no link. (acessado em 28.1.2015).



TITÃS

Documentário: Titãs, a vida até parece uma festa
Sinopse: Os músicos dos Titãs apresentam a história da banda utilizando linguagem não-cronológica e musical. Cenas inéditas de viagens, camarins, discussões, ensaios, shows, programas de TV, videoclipes etc. Artistas e amigos que conviveram com os músicos também marcam presença.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2009
Duração: 100 min.
Direção: Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves


Titãs, a vida até parece uma festa - Dir.: Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves

Titãs é uma banda de rock brasileira formada em São Paulo, em 1982. Ativa há 32 anos, tornou-se uma das quatro maiores bandas do BRock, ao lado de Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. Algumas de suas músicas de maior sucesso são "Sonífera Ilha", "Flores", "Polícia", "Família", "Comida", "O Pulso", "Go Back", "Domingo", "Enquanto Houver Sol", "Homem Primata", "Bichos Escrotos", "Cabeça Dinossauro", "Pra Dizer Adeus", "Marvin"," É preciso saber viver, Epitáfio, Diversão, Porque Eu Sei Que é Amor" e "Televisão".

:: Fonte: Wikipédia
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Saiba mais em:
:: TITÃS - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível no link. (acessado em 29.1.2015).



GÊNEROS MUSICAIS


MAXIXE
Documentário: Maxixe, a dança perdida
Sinopse: Popularíssimo nos anos 10 e 20, o maxixe sofreu preconceitos por ser muito ousado para a época. Mas, depois da popularização do samba, o gênero acabou por cair no esquecimento.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 1979
Duração: 33 min.
Direção: Alex Viany


Maxixe, a dança perdida - Dir.: Alex Viany



CHORO E CHORÕES

:: Documentários sobre o choro e seus chorões. Acesse AQUI!



SAMBA - SAMBISTAS - CARNAVAL

:: Documentários sobre o Samba e Sambistas. Acesse AQUI!

:: Documentários sobre Carnaval - Samba-enredo e velha Guarda. Acesse AQUI!



BOSSA NOVA

Documentário: Coisa mais linda
sinopse: Painel histórico, musical e informativo sobre o nascimento da bossa nova nos anos 50. O movimento musical atingiu o ápice em 1962, quando se internacionalizou definitivamente em um concerto do Carnegie Hall, em Nova York. Entrevistas e apresentações exclusivas de Roberto Menescal, Carlos Lyra, João Donato, Alaíde Costa, Johnny Alf e Billy Blanco.
Ficha técnica
País/ano: Brasil, 2005
Duração: 129 min.
Direção: Paulo Thiago
:: Filme removido pelos proprietários.


Bibliografia sobre Bossa Nova
KUEHN, Frank Michael Carlos. Antonio Carlos Jobim, a sinfonia do Rio de Janeiro e a bossa nova: caminho para a construção de uma nova linguagem musical. (Dissertação Mestrado em Música). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, 2004.
KUEHN, Frank Michael Carlos. Samba, sol, serra, mar: a Sinfonia do Rio de Janeiro de Tom Jobim, Billy Blanco e Radamés Gnattali. Revista Brasileira de Musica (Rio de Janeiro. 1934), v. 25, p. 103-129, 2012.



Teclado piano (Henrique Oswald), Portinari (1935)
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Música brasileira: documentários para assistir e estudar. Templo Cultural Delfos, Janeiro/2015. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
____
** Página atualizada em 21.9.2016.



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