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Jaime Diakara - uma viagem pelo universo indígena desana

Jaime Diakara Desana - professor, antropólogo, escritor e artista indígena | arquivo do autor


© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske
Por gentileza citar conforme consta no final desse trabalho.


Jaime Diakara. Indígena do povo Dessana do Grupo Wari Diputiro Porã, e também conhecido como Jaime Moura Fernandes. É graduado em Licenciatura em Pedagogia Intercultural Indígena pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), mestrando em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), agente cultural, escritor, professor indígena, conhecedor sobre cosmologia Dessana, contador de história e ilustrador. Foi vencedor da coleção PROARTE de Literatura de 2013 da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, vencedor do Prêmio de Tamoios de 2012 e recebeu menção de honra da Obra literária Indígena de 2012 da Feira Nacional de Literatura Infanto-Juvenil FNLIJ no Rio de Janeiro. É autor dos livros infanto-juvenis Yahi Puíro Ki’ti – A origem da Constelação da Garça, publicado pela Editora Valer, e Waímurã Ki’tiakã – Historinhas dos Animais, publicado pela Secretaria de Cultura do Amazonas. Participou da obra literária antologia LEETRAS na Universidade de São Carlos, lançou o Poema “Dessana” no Im Flug der Harpyie. No Voo da Harpia: Indigene Poesa Aus Dem Brasianischen Regenwald, publicado na Alemanha, e é autor de Calendário Lunar do povo Dessana.
 Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: povos indígenas, etnoastronomia, calendário lunar, etnoecologia e etnografia.
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fonte: Editora Autêntica (acessado em 27.1.2023)

Jaime Diakara. Indígena do povo Dessana do Grupo Wari Diputiro Porã | Arquivo do autor

De rosto pintado
Cocar na cabeça
Colar dentes no pescoço
Microfone e a flauta nas mãos
Assim que faço a minha história
E conto a história do meu povo.
Do povo Dessana.
- ©Jaime Diakara (julho, 2016).

Jaime Diakara Desana - professor, antropólogo, escritor e artista indígena


OBRA DE JAIME DIAKARA


Literatura infanto-juvenil
:: Waímurã Ki'tiakã: historinhas dos animaisJaime Diakara. Manaus: Edições Governo do Estado/ Secretaria de Estado da Cultura, 2014.
:: Yahi Puíro Ki’ti – A origem da constelação da garçaJaime Diakara. [ilustrações Thalles Alexandre]. Coleção Nheengatu, n. 2. Manaus: Editora Valer, 2016.

Em parceria - infanto-juvenil
:: Wahtirã: a lagoa dos mortos. Daniel Munduruku e Jaime Diakara. [ilustrações Mauricio Negro]. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2016. {Selo "Altamente Recomendável" – FNLIJ, Categoria Reconto/2017}.

Ensaio
:: Gaapi: Uma viagem por este e outros mundos - Estudo indígena desanaJaime Diakara. Manaus: Editora Valer, 2021.

Em Antologias nacionais
:: LEETRA Indígena. [editorial Maria Sílvia Cintra Martins; apresentação Daniel Mundurukuv]. 2, n. 2.  São Carlos: UFSCAR / Revista do Laboratório de Linguagens - LEETRA, 2013. {Olhares indígenas/ autores presentes: Ademário Payayá, Ailton Krenak, Aurilene Tabajara, Caimi Waiassé Xavante, Cristino Wapichana, Daniel Munduruku, Edson Kayapó, Edson Krenak, Eliane Potiguara, Elias Yaguakag, Jaime Diákara, Jerá Giselda, Lia Minapoty, Manoel Fernandes Moura, Naine Terena, Olivio Jekupé, Roni Wasiry Guará, Rosi Waikhon Severia Idoriê, Tiago Haki'y, Uziel Guaynê, Verônica Manauara, Yaguarê Yamã; Outros olhares: Antônio Fernandes Góes Neto, Raphael Crespo}. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023). 
:: Nós: uma antologia da literatura indígena. [organização e ilustrações Mauricio Negro]. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2019. {autores presentes: Lia Minápoty, Aline Ngrenhtabare L. Kayapó, Ariabo Kezo, Edson Krenak, Tiago Hakiy, Edson Kayapó, Estevão Carlos Taukane, Cristino Wapichana, Jera Poty Mirim, Rosi Waikhon, Jaguarê Yamã, e Jaime Diakara}.
:: (Entre Parentes): Narrativas Indígenas Ilustradas [curadoria Daniel Munduruku e Mauricio Negro]. Sesc Osasco/Sesc SP, 2022. {autores - textos: Rosi Waikhon, Kamuu Dan Wapichana, Kanátyo Pataxoop, Auritha Tabajara, Ariabo Kezo, Márcia Wayna Kambeba, Lucia Morais Tucuju, Jaime Diakara Dessana, Juvenal Payayá, Eliane Potiguara, Vãngri Kaingáng, Darlene Yaminalo Taukane // autores - ilustrações: Alexandra Tupi Krenak, Gustavo Caboco, Dona Liça Pataxoop, Carmézia Emiliano, Cleomar Myahu Tan Huare, Ibã Huni Kuin, Uziel Guaynê, Jonas Estevam Malakuiawá, Bu´u Kennedy, Denilson Baniwa, Moara Tupinambá, Arissana Pataxó, Naine Terena}. Disponível no link. (acessado em 28.1.2023).

Em Antologias estrangeiras
:: La Première Femme du Monde: Contes Indiens et Chamanes du Brésil. [tradução Florence Breton, Martha Gambini]. I Éditions, 2018 {autores presentes: Tiago Hakiy, Jaime Diakara, Aldair Marauáh, Uziel Guaynê, Roní Wasiry Guará, Yaguarê Yamã, Olívio Jekupê, Nilson Karaí, Marcos Tupã, Giselda Jerá e Fatima Kerexu}.

Cadernos SELVAGEM
:: Pamürí yuküsiru - A viagem da vida na canoa da transformação. Jaime Diakara. Cadernos SELVAGEM / Dantes Editora Biosfera, 2021. Disponível no link. (acessado em 28.1.2023).

Dissertação mestrado
FERNANDES
, Jaime Moura. Gaapi:Ʉmʉkohorimahsa a´ti pa´tire nirokahãse da´ri dihsepe ni´tito niratirã na sĩri´sehe | Gaapi: Elemento fundamental de acesso aos conhecimentos sobre esse mundo e outros mundos". (Dissertação Mestrado em Antropologia Social). Universidade Federal do Amazonas, UFAM, 2018. 
Disponível no link. / e publicado > Manaus: EDUA, 2022.  Disponível no link (acessado em 28.1.2023).

Artigos e ensaios
DESANA, Jaime Diakara. Gaapi, a bebida cósmica dos Desana (Um ensaio desenhístico). In: Cadernos do NEAI, Vol. 1, nº 4, jul. 2018 Disponível no link. (acessado em 28.1.2023).
DESANA, Jaime Diakara. As anthropogist among the Dihputiro Porã Desana of the Cucura River. In: Jounal de la Société des américanistes, p. 195 - 196, 3 jun. 2019. Disponível no link. (acessado em 28.1.2023).
DESANA, Jaime Diakara. Wame: Gaapi, a bebida cósmica dos Desana Wame: Gaapi, la bebida cósmica de los desana Wame: Gaapi, the cosmic drink of the Desana. In: Mundo Amazonico, vol. 10 - n. 1, 2019. Disponível no link. (acessado em 28.1.2023).
DESANA, Jaime Diakara. “Esse vírus me atacou.” Uma perspectiva desana em imagens sobre o Covid-19. In: InfoAmazonia, 14 junho de 2020. Disponível no link. (acessado em 28.1.2023).
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Imagem: @diakara_dessano / arquivo do autor.


Ilustrações 
:: O mundo em mim: uma teoria indígena e os cuidados sobre o corpo no Alto Rio Negro. João Paulo Lima Barreto [ilustração de capa Jaime Diakara; coordenação editorial Danú Gontijo]. Coleção Estudos de Povos Indígenas, nº 48. Editora Mil Folhas/IEB, 2022.


Exposição de Arte Indígena
:: 'Meu povo' - 1ª Mostra de Arte Indígena de Manaus | 23/9 - 25/10 - 2022 | Palácio Rio Branco

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FILMOGRAFIA

Filme "O Céu dos Índios Desâna e Tuiuca"
Documentário | Curta-metragem | 26 min | Cor | 2018 | Brasil
Sinopse: Sinopse: Uma aventura pelos rios amazônicos encontra os vestígios de um saber pouco conhecido pela cultura ocidental, a astronomia desenvolvida pelos povos indígenas. Os Desâna e os Tuiuca dominam o conhecimento do céu como saber complementar às suas vidas na terra. Diferentes constelações funcionam como ferramentas para plantar, migrar, caçar e pescar.
-ficha técnica-
Direção: Flávia Abtibol e Chicco Moreira
Elenco: Domingos Francis Filho, Domingos Vaz, Guilherme Tenório e Jaime Diákara
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CRUZ, Jorge. O Céu dos Índios Desâna e Tuiuca. A Ciência da Tradição. / Mostra Sesc de Cinema 2019. In: Vertentes do Cinema, 2.11.2019. Disponível no link. (acessado em 2.2.2023).

Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara (2015)


MIL GOTINHA D'ÁGUA
O velho sábio Diakuru que é meu pai, contava que água do rio tem grande mistério. Mil pingo de gota transforma água do rio. Rio não é fabrica que faz água. Rio é como veia do nosso corpo. Água é sangue que corre na veia. Por isso rio não é fundo é raso. Se uma pessoa cortar uma veia do seu corpo ele vai ficar fraco e vai morrer. Mesma coisa pode acontecer com rio se agente não cuidar.. vai secar e as gotinhas d'águas não vai conseguir sustentar o tamanho do rio ... O rio é uma vida, água é uma sangue que fortalece a vida ...
- ©Jaime Diakara  (2015).


Jaime Diakara. Indígena do povo Dessana do Grupo Wari Diputiro Porã | Arquivo do autor

JAIME DIAKARA DESANA - DIÁLOGOS, ENTREVISTAS E LIVES

AMAZÔNIA INTERATIVA - Cosmologia e etnoastronomia indígena / conversa com Gilton Mendes e Jaime Diakara. In: Portal Amazônia, 17 de maio de 2016. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
CONVERSA Selvagem - Jaime Diakara e Ailton Krenak / apresentação Anna Dantas. In: SELVAGEM ciclo de estudos sobre a vida, 20 de janeiro de 2021. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
DORRICO, Julie. A literatura indígena de Jaime Diákara. In: Literatura Indígena Contemporânea, 28 de abril de 2020. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
LITERATURA - PUC SP. Formas de convivência e diálogos com o mundo – pensamento indígena e saberes ancestrais - debatedores: Estevão Tukano – Liderança do Povo Tukano; Profa. Dra. Sheila Praxedes Pereira Campos (UFRR) e Escritor Jaime Diakara (Dessana) / mediação Flávio Pimentel (IFPA). In: Literatura PUC-SP, 18 de fevereiro de 2022. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
MUSA. "Teoria dessana sobre seres peçonhentos e a experiência cotidiana" com Jaime Diakara. In: MUSA - Museu da Amazônia, 12.2.2015. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
PPGAS/UFAM. Programação Cultural - Colegiado Negro e Mesa: Antropologia, engajamentos e novas epistemologias // Convidadas: Andréa Cardoso e Cardoso (PPGSA-UFPA), Cléia Alice Morais da Silva (Waiwai) / (PPGAS/UFAM), Diana Maria Teresa Brasilis Araújo da Silva (PPGAS-UFAM), Francisco Reginaldo da Silva Santos (Kanindé) / (PPGA-UNILAB), Jaime Diakara Moura Fernandes (Dessana) (PPGAS-UFAM) | Mediação: Eriki Aleixo de Melo (Wapichana) / (PPGAS-UFAM) | Seminário 10 anos de Ações Afirmativas PPGAS/UFAM. In: Wamon Revista Discente PPGAS-UFAM, 1 de outubro de 2021. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
SESC OSASCO. (entre parentes): narrativas indígenas ilustradas - com Jaime Diakara Dessana e Bu´u Kennedy. In: Sesc Osasco, 26 de outubro de 2022. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
UFRR. 2020.2.. Jaime Diakara Desana: GAAPI, elemento fundamental de saberes sobre esse mundo e outros mundos / apresentação Prof. Pablo de Castro Albernaz. In: Encontro de Saberes UFRR, 20 de março de 2021. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).

Cocar - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara 


FORTUNA CRÍTICA DE JAIME DIAKARA


AFONSO, Germanno Bruno; FERNANDES, Jaime Moura; NADAL, Thaísa Maria; SILVA, Paulo
Souza da.. Constelação do Escorpião na Mitologia Indígena. In: Ciência Hoje, nº 28. vol. 47, Abril 2011. Disponível no link. (acessado em 1.2.2023).
BARBOSA, Ludimilla Dourado. As representações do indígena na literatura infantil e juvenil brasileira e seu protagonismo na produção literária. (TCC - especialização em m Estudos Literários e Ensino de Literatura). Universidade Federal de Goiás, UFGO, 2020. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
BELLA, Gabi Di. Indígenas recorrem à medicina tradicional no tratamento contra a covid-19. [fotografias de Christian Braga]. In: National Geographic Brasil, 3 de agosto de 2020. Disponível no link. (acessado em 2.2.2023).
BELOTA, Juliana Mitoso. Nekaturu: um estudo de vivências do calendário Desâna no Tupé. (Dissertação Mestrado em Sociologia). Universidade Federal do Amazonas, UFAM - Manaus, 2012. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
LANA, Firmiano Arantes (Umusi Pãrõkumu); LANA, Luiz Gomes (Tõrãmú Kehíri). Antes o mundo não existia. Mitologia dos antigos Desana-Kehíripõrã. Coleção Narradores Indígenas do Rio Negro, v. 1. São João Batista do Rio Tiquié: UNIRT / São Gabriel da Cachoeira: FOIRN, 1995. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
NONATO, Cristóvão. Povos dessana, tukano e baré, do Alto Rio Negro, participam da 2ª Mostra Indígena da Prefeitura de Manaus. In: Prefeitura de Manaus, 27/10/2022. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
ROCHA, Jade Garcia. Quando a gente lê com o coração aberto, a magia acontece: a leitura do mito indígena “Wuhu Sirubu, Peneira de Arumã” como experiência humana. (TCC - Graduação em Letras). Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, 2021. Disponível no link. (acessado em 1.2.2023).
ROLON, Renata Beatriz B.; SANTOS, Francisco Bezerra dos.. Narrativas da floresta: a literatura indígena no Amazonas. In: Revista Ecos, vol.29, Ano 17, n° 2, 2020. Disponível no link. (acessado em 31.1.2023).
SANTOS, Izabel. Indígena usa arte e conhecimento ancestral contra coronavírus. In: InfoAmazonia, 22 de dezembro de 2021. Disponível no link. (acessado em 28.1.2023).
SICSÚ, Delma Pacheco. O imaginário em narrativas da literatura infantojuvenil amazonense. (Dissertação Mestrado em Letras e Artes). Universidade do Estado do Amazonas, UEA, 2013. Disponível no link. (acessado em 8.2.2023).

Hoje me acordei assim "A volta ao musa do Largo de leite" Sempre olhando "Mūīpū Sãrõpe". 
©Jaime Diakara (6.7.2017)


ERRADO É DESISTIR, CERTO É ACREDITAR O DESTINO E VENCER!
Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez. O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha. Não é algo pelo que se espera, mas algo a alcançar.
- ©Jaime Diakara, 6 de fevereiro 2018.


Arte Diakara - Jaime Diakara

ARTE DAIAKARA DE JAIME DAIAKARA

Desenho - Arte Diakara - ©Jaime Diakara

Arte DIAKARA, brincando com lápis...pensando e construindo - ©Jaime Diakara

Desenho - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara

Desenho - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara 

Desenho 'Simbologia do conhecimento indígena desana' | "Faça leitura na sua imaginação interpretativa."
 - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara 

Desenho - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara

Desenho em artes imaginária do Diakara 2018 - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara

Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara (2017)

Continuo remando ..
Não preciso parar ...
Preciso chegar onde sol põe ..
Estou quase chegando ...
Mais vou chegar ...
Antes do temporal ...
Me atingir ...

A vida é assim
Precisa saber remar ..
E saber conduzir ..
A sua própria canoa ..
Remando sem parar ...
 - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara (2017)

Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara 

"À nossa conquista foi apenas uma conquista. 
Que chamamos de identidade à ser cidadão. 
Tornamos escravos após de recebermos o batismo" 
- ©Jaime Diakara (maio, 2017).

Personagem imaginária - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara

"Nem sei onde estava na hora que produzi essa arte. Eu acho que estava no mundo imaginário do Jaider Esbel do grande artista e escritor" 
- Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara (2018)

Inspirações ancestrais Dessana - Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara  

Simbologia do ÜMŪKORI MAHSA do artes imaginária do Diakara.
- Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara 

Arte DIAKARA em estampas (camisetas, máscaras ...)  - ©Jaime Diakara 

Arte DIAKARA em estampas - ©Jaime Diakara 

Grafismos corporal são meu escudo de identidade de ser eu "DIAKARA DESSANO" 
Arte DIAKARA - ©Jaime Diakara 

Meu pai Diakuru dizia: "Nos dias atuais todos nós falamos, se não a mesma língua, uma espécie de linguagem universal. Não existe um único centro e o tempo perdeu sua coerência. Leste e Oeste, passado e futuro se misturam dentro de nós. Diferentes tempos e espaços se combinam aqui, agora, tudo de uma vez só". Agora faço minha arte viver de uma maneira oblíqua de dizer as coisas, buscando zonas obscuras, a dos naufrágios. A realidade é importante, o filtro da arte é muito mais ... 
- ©Jaime Diakara (Escritor de literatura Dessana do Grupo Wahari Dihputiro Porâ). 27.5.2013.


Perutü: um elemento que guarda o líquido que anima no dia de ritual de dança.


ASTRONOMIA

A visão do DIAKARA quanto à astronomia é diferente em relação à dos cientistas atuais, mas semelhante a dos cientistas de séculos passados que estudavam o céu no sentido de contemplação e auxílio para sobrevivência. O meu Pai Diakaru, na sua existência sempre dizia que: “Nós Dessana Ʉmũrĩ Masa (Gente do Universo), não tinham escrita, até hoje somos regulados pelas constelações, como o sol e a lua. Esse universo ajuda a determinar a época das larvas comestíveis, dos animais para caçar e das festas religiosas. Tudo é coordenado pelo céu. “Para nós Dessana Ʉmũrĩ Masa (Gente do Universo) do Grupo Wahari Diputiro Porã, A TERRA É O REFLEXO DO CÉU”. Essa filosofia o meu pai repassava aos filhos olhando para universo. (Jaime Diakara – Escritor de Literatura Indígena do povo Dessana do Grupo Wahari Diputiro Porã).




Desana: Autodenominam-se Umukomasã. Habitam principalmente o Rio Tiquié e seus afluentes Cucura, Umari e Castanha; o Rio Papuri (especialmente em Piracuara e Monfort) e seus afluentes Turi e Urucu; além de trechos do Rio Uaupés e Negro (inclusive cidades da região). Existem aproximadamente 30 divisões entre os Desana, entre chefes, mestres de cerimônia, rezadores e ajudantes. Este número pode variar segundo a fonte. Os Desana são especialistas em certos tipos de cestos trançados, como apás grandes (balaios com aros internos de cipó) e cumatás.
Saiba mais: pib.socioambiental.



JAIME DIAKARA NA REDE

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© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros

© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske


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Trabalhos sobre o autor:
Caso, você tenha algum trabalho não citado e queira que ele seja incluído - exemplo: livro, tese, dissertação, ensaio, artigo - envie os dados para o nosso "e-mail de contato", para que possamos incluir as referências do seu trabalho nesta pagina. 


COMO CITAR:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Jaime Diakara - uma viagem pelo universo indígena desana. In: Templo Cultural Delfos, fevereiro/2023. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 7.2.2023.
** Página original FEVEREIRO/2023.






Direitos Reservados © 2023 Templo Cultural Delfos

Roni Wasiry Guará - 'Sou como o suave canto do vento'

Roni Wasiry Guará - foto: Eduardo Fujise e Gideoni Junior/Itaú Cultural


© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske
Por gentileza citar conforme consta no final desse trabalho.


Roni Wasiry Guará  
Sou como o suave canto do vento.
Pertenço ao Povo Indígena Maraguá, um dos poucos de origem Aruak no Baixo Amazonas.
Sou natural do Paraná do Ramos, no Amazonas. Moro na pequena cidade de Boa Vista do Ramos-AM. Nosso povo habita a pequena área indígena Maraguapajy, o País dos Maraguás, no município de Nova Holinda do Norte. A área abriga pessoas de três etnias: Saterê-mawé, Parintintin e Maraguá.
Sou professor da escola CFR – Casa Familiar Rural, que trabalha com questões voltadas ao Desenvolvimento Sustentável, à Preservação do Meio Ambiente, ao Manejo Florestal e a Técnicas Agrícolas, um ensino diferenciado. Sou formando em Pedagogia Intercultural Indígena. Palestrante sobre temas indígenas, também trabalho como radiologista na cidade onde moro.

"Tão importante e mágico é saber que o mundo é um grande círculo, que a vida gira a cada segundo para que vivamos, passos longos, pequenos, que cada respirar é uma dádiva. Temos a cada dia que fazer o melhor de nós, até no pensar devemos ser positivos, pois isso fará um bem gigantesco em nosso viver, em nosso pertencer. Nem tudo que plantarmos dará flores ou frutos, pois existem terras que não se permitem florir, “espíritos frios”. Assim são os corações de muitas pessoas, a solução é plantar em outros lugares, em outros olhares, em outros sorrisos. E com o girar desse mundão temos a certeza de que em algum momento da caminhada nos encontraremos, desse lado da vida ou do outro, em matéria ou espírito, pois devemos todos sentir que existe uma sabedoria que equilibra a harmonia do universo!"
- Roni Wasiry Guará, "Olhar o rio", da estória "Caminho do Porto". In: Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia e ativismo. [organização Julie Dorrico, Fernando Danner, Leno Francisco Danner].  Porto Alegre/RS: Editora Fi, 2020.

Roni Wasiry Guará e sua obra - livros infantis

OBRA DE RONI WASIRY GUARÁ

Literatura infanto-juvenil
:: O caso da cobra que foi pega pelos pés. Roni Wasiry Guará. [ilustrações Ana Luiza Mello; coordenador Yaguare Yama]. Editora Imperial Novo Milênio, 2009.
:: Çaiçu indé: o primeiro grande amor do mundo. Roni Wasiry Guará. [ilustrações Humberto Rodrigues]. Coleção Nheengatu. Manaus: Editora Valer, 2011.
:: Mondagará – traição dos encantados. Roni Wasiry Guará. [ilustrações Janaina Tokitaka]. São Paulo: Formato Editorial, 2011
:: Olho d'água – O caminho dos sonhos. Roni Wasiry Guará. [ilustrações Walther Moreira Santos]. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012. {Vencedor do 8º Concurso FNLIJ Tamoios de Textos de Escritores Indígenas}.
:: A árvore da vida. Roni Wasiry Guará. [ilustrações Carla Irusta]. Editora Leya, 2014.

Organização - produção coletiva
:: Maraguápéyára. [organização Yaguarê Yamã, Elias Yaguakãg, Uziel Guaynê e Roni Wasiry Guará]. Manaus: Editora Valer, 2014. 

Em Antologias
:: Antologia indígena. [organização Daniel Munduruku e Cristino Wapichana]. Cuiabá: Secretaria de Estado de Cultura: NEARIN, 2009. {autores participantes: Ailton Krenak, Aurilene Tabajara (Auritha), Cristino Wapichana, Estevão Carlos Taukane, Carlos Tiago Saterê Mawé (Tiago Hakiy), Daniel Matenho Cabixi, Daniel Munduruku, Edson Kayapó, Eliane Potiguara, Graça Graúna, Luciana Kaingang, Manoel Moura Tukano, Márcio Bororo, Roni Wasiry Guará, Rosi Whaikon, Severiá Idiorê e Verônica Manauara}.
:: Escritos indígenas: uma antologia. São Paulo: Cintra, 2013.. E-book. {autores presentes: Aldair Marauáh, Giselda Jerá, Graça Graúna, Guaynê Maraguá, Jaime Diakara, Lia Minápoty, Nilson Karaí, Olívio Jekupé, Roní Wasiry Guará, Tiago Hakiy e Yaguarê Yamã}.
:: LEETRA Indígena. [editorial Maria Sílvia Cintra Martins; apresentação Daniel Mundurukuv]. 2, n. 2.  São Carlos: UFSCAR / Revista do Laboratório de Linguagens - LEETRA, 2013. {Olhares indígenas/ autores presentes: Ademário Payayá, Ailton Krenak, Aurilene Tabajara, Caimi Waiassé Xavante, Cristino Wapichana, Daniel Munduruku, Edson Kayapó, Edson Krenak, Eliane Potiguara, Elias Yaguakag, Jaime Diákara, Jerá Giselda, Lia Minapoty, Manoel Fernandes Moura, Naine Terena, Olivio Jekupé, Roni Wasiry Guará, Rosi Waikhon Severia Idoriê, Tiago Haki'y, Uziel Guaynê, Verônica Manauara, Yaguarê Yamã; Outros olhares: Antônio Fernandes Góes Neto, Raphael Crespo}. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023). 
::  Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia e ativismo. [organização Julie Dorrico, Fernando Danner, Leno Francisco Danner].  Porto Alegre/RS: Editora Fi, 2020 | GUARÁ, Roni. Wasiry. Caminho do Porto p. 119-128. Disponível no link e link(acessado em 23.1.2023).

Em Antologias estrangeiras
:: La Première Femme du Monde: Contes Indiens et Chamanes du Brésil. [tradução Florence Breton, Martha Gambini]. I Éditions, 2018 {autores presentes: Tiago Hakiy, Jaime Diakara, Aldair Marauáh, Uziel Guaynê, Roní Wasiry Guará, Yaguarê Yamã, Olívio Jekupê, Nilson Karaí, Marcos Tupã, Giselda Jerá e Fatima Kerexu}.

"- Na vida, filho, o mais importante é ter um lugar para chamar de casa, você pode ir onde quiser, não importa a distância, mas ter uma casa para voltar sempre será “encontrar” pouso certo, é um presente bom da vida. Pode ser casa abrigo, casa pessoa, casa abraço, sendo casa te fará bem."
- Roni Wasiry Guará, "Olhar o rio", da estória "Caminho do Porto". In: Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia e ativismo. [organização Julie Dorrico, Fernando Danner, Leno Francisco Danner].  Porto Alegre/RS: Editora Fi, 2020.

Roni Wasiry Guará - foto: acervo do autor

DOCUMENTÁRIOS E VÍDEOS/DEPOIMENTOS


Filme: Roni Wasiry Guará - Marguá
Documentário | 33min | 2011 | Amazonas
Sinopse: Rony e do povo Marauá, indígenas que vivem na região do rio Abacaxis, nos municípios amazonenses de Nova Olinda do Norte. No filme, Rony Wasiry conta a formação de um Marauá que ocorre desde criança por meio de brincadeiras e pesca, assim como por exemplo e espelhamento das atitudes vista nos adultos. O desenho, o grafismo e a contação de histórias pelos mais velhos também são elementos importantes na formação do caráter das crianças Marauá. O filme e uma ode à educação pratica, vivida no cotidiano e nas ações comuns, mas coberto de significados.
- ficha técnica -
Direção: Antônio Carlos Banavita
Produção: F3 Vídeo Produções - Carlos Banavita
Disponível online: youtube - Vimeo

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Vídeo/depoimento: Roni Waisiry – culturas indígenas (2016)
Sinopse: Escritor de origem Maraguá, povo localizado no Amazonas, Roni Waisiry conta de onde veio seu nome e qual é seu significado. O nome carrega grande importância para ele, que faz parte da linha de pescadores do povo Maraguá. Roni fala sobre o mito de origem, a sociedade maraguá e as relações com outros povos. {Depoimento gravado durante o evento Mekukradjá – Círculo de Saberes de Escritores e Realizadores Indígenas, em setembro de 2016, em São Paulo/SP}.
-ficha técnica -
Entrevista: Duanne Ribeiro
Gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura: Claudiney Ferreira
Coordenadora de conteúdo audiovisual: Kety Fernandes Nassar
Produção audiovisual: Ana Paula Fiorotto e Caroline Rodrigues
Captação: Bela Baderna
Edição: Anna Lucchesi 
Roteiro: Rosani Madeira 
Músicas: “Krikok Tondon” e “Nak Inhauit”, do CD GRI Kandhan – Músicas do Povo Krenak
Produção: Itaú Cultural
Disponível online: Canal Itaú Cultural.


 
Roni Wasiry Guará - foto: acervo do autor


FORTUNA CRÍTICA DE RONI WASIRY GUARÁ


ANIMAÇÃO. Tatá murugawa (A origem do fogo) - Povo Maraguá. organizada nas aulas de artes visuais no ano de 2022 com as produções visuais de estudantes do 3º ano (Turmas 1301 e 1302) da escola municipal Waldemiro Potsch. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
DIÁLOGO. A literatura indígena de Roni Wasiry Guará! / apresentação Julie Dorrico. In: Literatura Indígena Contemporânea, 13 de abril de 2020. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
DIÁLOGO. Roni Wasiry Guará e Roni Wasiry Guará em diálogo / apresentação Lívia Biasotto. In: Goethe-Institut Porto Alegre, 12 de novembro de 2020. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
ENTREVISTA. Roni Wasiry Guará - Uma nova roupagem para o 19 de abril. In: Blog da Letrinhas, 18 de abril de 2019. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
ENTREVISTARoni Wasiry Guará. In: Olhar Indígena, 14 de nov. de 2013. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
MOURA, Ana Karolina Miranda de.. A literatura nativa e o ensino das relações étnico-raciais nos anos iniciais do ensino fundamental. (Dissertação Mestrado Profissional em Educação Escolar). Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 2021. Disponível no link. (acessado em 24.1.2023).
PEREIRA, Alex Viana. Reescrevendo a terra à vista: a literatura de autoria indígena amazonense em destaque. [prefácio Maria Inês de Almeida; capa Wenderson Macedo de Lima; arte grafismo/imagem de capa  Yaguarê Yamã]. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2022. Disponível no link e link. (acessado em 23.1.2023).
SANTOS, Francisco Bezerra dos. Uma poética da floresta: a narrativa indígena no Amazonas. (Dissertação Mestrado em Letras e Artes). Universidade do Estado do Amazonas, UEA, 2020. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
SANTOS, Francisco Bezerra dos. A narrativa indígena ilustrada: considerações sobre o livro Caíçú´indé, de Roní Wasiry Guará. In: Alex Viana Pereira. (Org.). Reescrevendo a terra à vista: a literatura de autoria indígena amazonense em destaque. 1ª ed., Porto Alegre: Editora Fi, 2022, v. , p. 126-143. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
SANTOS, Francisco Bezerra dos. A literatura indígena dos Maraguá: da produção à publicação. In: Tabuleiro de Letras, v. 16, n. 1, p. 45-58, 23 jun. 2022. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023).
SANTOS, Marcos Antônio Fernandes dos; MONTEIRO, Abílio Neiva (Orgs.). Estudos de literatura brasileira contemporânea: múltiplos diálogos. vol.2. Tutóia/MA: Diálogos, 2022. Disponível no link. (acessado em 24.1.2023).
SICSÚ, Delma Pacheco. O imaginário em narrativas da literatura infantojuvenil amazonense. (Dissertação Mestrado em Letras e Artes). Universidade do Estado do Amazonas, UEA, 2013. Disponível no link. (acessado em 8.2.2023).
SICSÚ, Delma Pacheco. O percurso da identidade em ‘Olho d’água: o caminho dos sonhos’ de Roni Wasiry Guará. In: Literaturas de autoria indígena. organização Danglei de Castro Pereira e Luzia Aparecida Oliva. Brasília: Universidade de Brasília, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2022. Disponível no link. (acessado em 23.1.2023). 
STACCIARINI, Letícia Santana. Estudo do espaço narrativo em obras de autores indígenas brasileiros para o público infantil. (Tese Doutorado em Estudos Literários). Universidade Federal de Uberlândia, UFU, 2022. Disponível no link. (acessado em 25.1.2023).





Ventos estranhos
Época de primavera. No horizonte, o Sol caminha, dando adeus para mais um dia. No cair da tarde, um velho índio, viajando em seus pensamentos, observa lá embaixo, perto do rio. Hoje são dois os olhos d'água que, iluminados pelos últimos raios de Sol, refletem um raio de luz em direção ao norte. Seu nome: Waykana.
Quando ele ergue a cabeça e firma o olhar no horizonte, as árvores da outra margem do río já escondem aquele que até alguns segundos atrás tinham tido por companheiro durante o dia todo.
Waykana tem andado tristonho nos últimos dias, lembrando que, muitas luas atrás, havia sido cravada a flecha da dor em seu coração, quando se viu em meio a uma invasão no lugar onde mora.
Conversando com os seres invisíveis de sua floresta interior, ele se lembra dos tempos em que podia correr de um lado a outro, estufando no peito o amigo vento.
Hoje não pode mais. Em nome do progresso, vieram os Arigawa com suas ideias e máquinas, cortando as árvores, abrindo campos, represando as águas, construindo suas cercas, como que querendo ficar isolados, como se eles fossem donos da teia da vida.
Vieram os garimpos, o inferno de muitos pelo paraíso de poucos.
Os animais fugiram, os pássaros voaram pra longe, o clima mudou.
Novas culturas surgiram, mas o respeito desapareceu.
Pela manhã, as gigantes árvores centenárias estão de pé. A tarde, milhares delas estão no chão, sem vida, suas folhas são bilhetes jogados ao vento.
Máquinas e fogo lhes dão um destino sem volta. No lugar da floresta, novas plantações. O clima também mudou, o ar ficou poluído, e por todos os lados o que se vê é fumaça.
Para o nativo que sempre viveu ali, não há mais onde morar e não há terra pra plantar.
Na alma, um pensamento em forma de fala: Nossa terra está queimando e em pó e cinzas se tornando.
Para o Arigawa, plantar significa destruir para ter poder; para os indígenas, plantar nada mais é do que dar e receber.
Dando seu conhecimento à mãe terra, ela lhes dá tudo que necessitam.
Na época dos plantios, o pajé ia até a mata e pedia permissão para plantar, tratando com respeito sua parenta floresta.
Ouvindo os espíritos que a protegem, podiam fazer seus plantios.
E assim tinha-se as melhores colheitas para a alimentação de todo o povo.
- "Ventos estranhos", do livro "Olho d'água – O caminho dos sonhos". Roni Wasiry Guará. [ilustrações Walther Moreira Santos]. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.


Roni Wasiry Guará - foto: acervo do autor


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COMO CITAR:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Roni Wasiry Guará - 'Sou como o suave canto do vento'. In: Templo Cultural Delfos, janeiro/2023. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 27.1.2023.
** Página original JANEIRO/2023.






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