Biblioteca Nacional da Áustria
(Wien Prunksaal Oesterreichische Nationalbibliothek)
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Biblioteca Nacional da Áustria
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A Biblioteca Nacional Austríaca, localizada em Viena, é a biblioteca nacional da República da Áustria. Fundada na Idade Média pelos Habsburgos, foi chamado de Biblioteca do Tribunal de Justiça (Hofbibliothek) até 1920. Ela está localizada no Hofburg, apesar de parte das coleções estarem localizadas no Palais Mollard-Clary.
Com mais de 7,4 milhões de registros, é uma das mais ricas bibliotecas da Áustria. Contém o depósito legal, a bibliografia nacional, o depósito de trabalhos acadêmicos, e também grandes coleções de incunábulos, mapas e atlas confeccionados em papiro e escritos em línguas artificiais, para alem de vários documentos iconográficos.
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Site Oficial: Biblioteca Nacional da Áustria
A Biblioteca do Mosteiro de Strahov – Praga, na República Checa
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Salão Teológico, da Biblioteca do Mosteiro de Strathov |
A história de Strahov e sua Biblioteca é muito longa e rica em episódios e não tenho aqui espaço para tanto. Vamos falar da Biblioteca e de suas duas Salas, a Teológica e a Filosófica. São obras-primas do barroco e seu acervo é invejável sob todos os aspectos.
Infelizmente, hoje em dia não se pode entrar e admirar essas magníficas salas: o visitante fica atrás de uma corda vermelha, o que, dizem, não impede que veja os belíssimos tetos, as estantes recheadas de livros e os demais objetos que adornam o ambiente. Nada mais justo depois de uma reforma que custou muito tempo e dinheiro do Estado.
A Sala Teológica, de meados do século XVI, recebeu as raridades que os monges abrigavam há mais de 4 séculos. Seu teto é coberto por afrescos que descrevem passagens da Bíblia, sobretudo o Livro dos Provérbios. Reparem no trabalho em estuque que emoldura os afrescos, é famoso por sua beleza.
Também na Sala Teológica a “roda da compilação”, encomendada pela biblioteca em 1678 e usada para compilar textos: o escriba distribuía os textos dos vários livros, manuscritos ou códices que lia ou copiava nas prateleiras que giravam conforme sua necessidade: eram feitas de tal modo que os papéis não escorregavam e com certeza poupavam muito trabalho.
No lado esquerdo da sala está a imagem em madeira de São João Evangelista, exemplo do gótico tardio. São notáveis também os globos terrestres.
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Salão Filosófica, da Biblioteca do Mosteiro de Strathov
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No final do século XVIII, foi decido que a biblioteca necessitava de mais espaço e ergueram a Sala Filosófica. O espantoso tamanho da sala (comprimento 32m, largura 22m e altura 14 m) é perfeito para o imenso afresco em seu teto, feito pelo pintor vienense Anton Maulbertsch que em 1794 levou seis meses para pintá-lo, com o auxílio de um único assistente.
O tema é “O Progresso Intelectual da Humanidade”: de um lado figuras como Moisés, a Arca da Aliança, Adão, Eva, Caim e Abel, Noé, Salomão e David. De outro, o desenvolvimento da civilização grega até Alexandre, O Grande, pintado ao lado de seu mestre Aristóteles.
Também se vê cenas do Novo Testamento, como São Paulo pregando diante do monumento a um deus desconhecido no Areópago de Atenas. A ciência é retratada nas figuras de Esculápio, Pitágoras e Sócrates.
Sobre os portões em ferro forjado que levam ao espaço que une as duas salas está escrito: Initium Sapientiae Timor Domini (O começo da sabedoria é o temor a Deus).
As estantes em nogueira abrigam um acervo de mais de 200.000 volumes, a maioria impressa entre 1501 e 1800; além de livros de e sobre filosofia, tratados de astronomia, matemática, história, filologia, etc.
A Biblioteca Strahov guarda também a primeira edição da Encyclopédie coordenada por Diderot e d’ Alembert, o que prova a mentalidade evoluida desses monges.
A coleção de manuscritos, mais de 1500, por seu imenso valor, é guardada numa sala especial.
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Localizado em
Praga, próximo do Castelo de Praga e da magnífica Colina Petrin, na República
Checa.
Mais informações sobre a biblioteca, seus salões - em inglês.
Biblioteca
da Abadia de St. Gallen - Suíça
(St. Gallen Abbey Church Library, Swiss)
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Biblioteca da Abadia de St. Gallen, Suíça
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Em 612
d.C, Gallo e Columba, dois missionários irlandeses que percorriam o continente
europeu para pregar sua fé, construíram um abrigo no Vale de Steinach, um belo
local com bosques e cachoeira, perto do Lago Constança, na Suiça.
Logo
receberam outros missionários que comungavam das mesmas idéias e criaram um
convento. Quando Gallo morreu, seu túmulo virou local de peregrinação (Gallo e
Columba foram canonizados).
Em 719,
Otmar, um padre alemão, tomou a si a liderança da comunidade e ampliou o
convento original transformando-o em um monastério que de 747 em diante adotou
as Regras de São Bento. Não demorou muito para que a abadia adquirisse fama
como local apropriado para quem queria seguir as severas regras beneditinas.
Eis uma
delas: “A ociosidade é inimiga da alma; por isso, em certas horas devem
ocupar-se os irmãos com o trabalho manual, e em outras horas com a leitura
espiritual” (do capitulo 48 das Regras de São Bento).
Não é
por outro motivo que todos os mosteiros beneditinos têm bibliotecas, algumas
mais valiosas que outras, mas todos cultivam os livros. A primeira indicação
que no Vale de Steinach existia uma biblioteca é datada de 820, numa “planta
para a abadia” que descreve com detalhes uma construção de dois andares, com
uma biblioteca e um “scriptorium” no térreo, parede colada na igreja.
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Mosteiro Beneditino St. Gallen, Suíça |
A abadia
cresceu rapidamente e se tornou um centro cultural e espiritual famoso pelos
manuscritos e pelas iluminuras que seus monges faziam. Entre os monges de St.
Gallen muitos iluministas, poetas e músicos foram célebres em vida e recebiam
muitas encomendas.
O acervo
cresceu de tal modo que em 1553 teve que ser transferido para um novo prédio,
que também ficou pequeno. Entre 1758 e 1767, foi decidido que seria erguido o
magnífico salão barroco decorado pelos mais brilhantes artesãos da região, e
que hoje é considerado um dos mais belos no gênero.
As
estantes em madeira trabalhada e a luz que penetra pelas 34 janelas tornam o
ambiente acolhedor. No teto, afrescos falam dos quatro primeiros Concílios da
Igreja; o trabalho em estuque maravilha os visitantes.
Sendo a
mais antiga biblioteca da Suíça, e uma das primeiras e mais importantes
bibliotecas monásticas, sua extraordinária coleção de livros revela o
desenvolvimento da cultura na Europa e guarda documentos que comprovam as
realizações culturais da abadia do século VIII até a dissolução do monastério,
em 1805.
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Real Biblioteca del Monastério de San Lorenzo de El Escorial
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Real Biblioteca del Monastério de San Lorenzo de El Escorial |
"Uma
biblioteca é uma das mais belas paisagens do mundo."
- Jacques Sternberg (1923-2006)
O Monastério de San Lorenzo de El Escorial é, sem dúvida nenhuma, uma das edificações renascentistas de maior beleza arquitetônica em todo o mundo. A 50 km de Madrid, ao pé do Monte Abantos, na Serra de Guadarrama, e a 1028m de altitude, quando nos aproximamos, impressiona aquele gigante num local que devia ser ermo à época de sua construção. Ocupa uma área de 33.327m²!
Idealizado por Felipe II na segunda metade do século XVI como um grande complexo monacal e palaciano, desde o fim do século em que nasceu já era considerado a oitava maravilha do mundo.
O que lhe deu essa fama não foram apenas sua beleza e tamanho, mas seu valor como símbolo e guardião da História da Espanha. El Escorial é a cristalização dos sonhos e da determinação de seu criador, um verdadeiro príncipe renascentista.
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Monasterio de San Lorenzo del Escorial, Madrid |
A construção foi iniciada em 23 de abril de 1563 e completada em 13 de setembro de 1584. Lá dentro estão magníficos exemplos de todas as Artes Plásticas ornando a belíssima Basílica, os salões e as escadarias do palácio, a Cripta dos reis espanhóis, as salas capitulares do Mosteiro e o teto e as paredes que ornam as salas da Real Biblioteca, que é o que nos move hoje.
Felipe II doou sua coleção particular de valiosos códices para essa estupenda biblioteca; além disso, ele adquiriu bibliotecas completas, estrangeiras e espanholas, o que fez com que seu acervo seja, até hoje, dos mais respeitados entre os pesquisadores e bibliófilos. Numa nave de 54 m de comprimento, 9m de largura e 10 m de altura, estão abrigados 40.000 volumes de altíssimo valor histórico.
Pelo conteúdo de mapas, cartas, crônicas, verdadeiros tratados antropológicos e etnográficos relacionados ao estudo das culturas indígenas da América espanhola, a Real Biblioteca é um verdadeiro tesouro, não tanto pela quantidade como pela qualidade dos documentos chamados “Americanistas”.
Por ter sido a biblioteca real durante os reinados dos Habsburgos aos Bourbons, ela conserva peças de valor excepcional, sempre sob os cuidados dos monges agostinianos, a quem o Mosteiro foi entregue por Felipe II.
Seu teto em abóboda está decorado com afrescos que representam as sete artes liberais, i.e., Retórica, Dialética, Música, Gramática, Aritmética, Geometria e Astrologia.
O piso é todo em mármore; os globos e a esfera armilar são peças que foram usadas para o estudo das viagens de descoberta a serem feitas e para o relato das viagens já empreendidas. A esfera armilar é de madeira, datada de 1536, e foi feita em Florença por Antonio Santucci. (foto abaixo). As cinco mesas retangulares, em mármore, são do século XVII.
No portal de entrada, uma inscrição ameaça com a pena da excomunhão todo aquele que retirar um livro ou um objeto da sala. Nas estantes vemos miniaturas do século XIII, encadernações em couro gravadas a ouro, assim como incunábulos de valor literalmente incalculável. Há mil manuscritos em árabe, dois mil e novecentos em latim e línguas vernaculares, setenta e dois em hebreu e quinhentos e oitenta em grego.
Em 2 de Novembro de
1984 a UNESCO declarou El Real Sítio de San Lorenzo de El Escorial como Patrimônio
da Humanidade.
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Serviço: Avda. D. Juan de Borbón y Battenberg, 1
28200 – San Lorenzo de El Escorial - Madrid,
Espanha
Site Oficial: Biblioteca Real
Biblioteca do Trinity
College, Dublin – Irlanda
(Trinity College Library Dublin)
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Biblioteca do Trinity College, Dublin, Irlanda |
"Há livros de que apenas é preciso provar, outros
que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis,
por assim dizer, mastigar e digerir."
-
Francis Bacon
A Universidade da Irlanda, mais conhecida como Trinity College, foi fundada em 1592 por Elizabeth I. De início só eram admitidos alunos anglicanos para os cursos de graduação, mestrado, doutoramento; também para as congregações de docentes e para a obtenção de bolsas. Mas, em 1873, essas exigências religiosas foram eliminadas.
A Biblioteca do Trinity College, localizado em Dublin, é a maior biblioteca na Irlanda. Tem direitos de depósito legais do material publicado na República da Irlanda. A biblioteca tem mais de 4,5 milhões de volumes de livros.
As suas maiores atrações são a Old Library, biblioteca com 200.000 volumes decorada com bustos de acadêmicos, a harpa mais antiga da Irlanda e o Livro de Kells.
Guardiã de iluminuras, manuscritos, códices, in-folios e livros que são parte importante da herança ocidental, ela contém hoje, 5 milhões de volumes impressos, inclusive uma impressionante colecção de jornais, mapas e partituras que nos ajudam a percorrer mais de 500 anos do desenvolvimento acadêmico europeu.
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Trinity College Library
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O prédio original, conhecido como Biblioteca
Antiga, localizado no coração de Dublin, leva os visitantes de volta ao século
XVIII, quando a maravilhosa edificação estava sendo erguida. Em 12 de Maio
último, comemorou-se o seu tricentenário.
O salão principal, chamado de Long Room, com quase
65 metros de comprimento, guarda os mais antigos livros do acervo da biblioteca,
cerca de 200.000.
Quando foi construído, entre 1712 e 1732, as
prateleiras ocupavam o andar térreo apenas. Em 1850 essas prateleiras estavam
completamente ocupadas e em 1860 o telhado foi levantado para permitir a
construção de um teto abobadado e de uma galeria com mais prateleiras.
Ao longo do salão, ficam os bustos de mármore que
são uma das marcas da biblioteca. Coleção iniciada em 1743, inclui bustos de
filósofos, escritores ocidentais e de personalidades de algum modo ligadas ao
Trinity College, sendo que o mais valioso é o de Jonathan Swift, feito pelo
escultor Louis François Roubiliac.
Outros tesouros incluem uma das poucas cópias da
Proclamação da República da Irlanda, de 1916, e uma harpa irlandesa que é a
mais antiga de seu tempo, provavelmente do século XV, feita em carvalho e
salgueiro, com 29 cordas. Essa harpa foi o modelo para o emblema da Irlanda.
Mas a sua maior riqueza é o Livro de Kells (em
inglês: Book of Kells; em irlandês: Leabhar Cheanannais), também conhecido como
Grande Evangeliário de São Columba, um manuscrito ilustrado com motivos
ornamentais, feito por monges celtas por volta do ano 800 DC, no estilo
conhecido por arte insular.
Por sua grande beleza e pelo primoroso acabamento,
o manuscrito é considerado por historiadores e especialistas como um dos mais
importantes vestígios da arte religiosa medieval, além de ter a importância de
ser a peça principal do cristianismo irlandês. Povo, como sabemos, extremamente
religioso.
Escrito em latim, o Livro de Kells contém os quatro
Evangelhos do Novo Testamento, além de notas preliminares e explicativas, e
numerosas ilustrações e iluminuras coloridas.
Apesar de instituição secular, a biblioteca emprega
métodos modernos para facilitar a pesquisa, o aprendizado e o ensino.
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Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, Portugal
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Biblioteca Joanina de Coimbra |
O Conde Athanasius Raczinsky, embaixador da Prússia em Lisboa, homem muito culto e colecionador de raridades bibliográficas que guardava em seus palácios, um dos quais viria a ser o célebre Reichstag de Berlim, foi um dos mais conceituados críticos de arte do século XIX. Em suas notas sobre o tempo que viveu em Portugal e as obras de arte que lá encontrou, deixou registrado sobre a Biblioteca Joanina: "la bibliothèque la plus richement ornée que j'aie jamais visitée".
Não há exagero algum nas palavras do conde. É uma joia magnífica da qual a Universidade de Coimbra muito se orgulha e da qual cuida com enorme carinho.
Seu início foi semelhante ao de outras bibliotecas universitárias. No século XV, sua sede era em Lisboa. Enviada para o Paço Real de Coimbra, onde o então chamado Estudo iria se instalar, ocupa a sala do guarda-roupa, vizinha à Sala Grande (hoje Sala dos Capelos), passa a ser chamada de Casa do Livro e é confirmada como biblioteca pública.
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Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra
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O que não dura muito: com a Reforma Católica do Concílio de Trento, a biblioteca deixa de ser pública, apesar dos sucessivos estatutos assim insistirem.
Durante muito tempo, as bibliotecas importantes eram as dos colégios universitários, como o da Companhia de Jesus ou o de São Pedro, onde os autores e pesquisadores estudavam e se alojavam.
Foi só no final do século XVII, com a criação dos chamados Gerais Universitários, que a existência da biblioteca de Coimbra seria consagrada.
Mas era preciso reformar e ampliar a sala onde se encontrava, em um palácio já com 700 anos! Os livros foram então recolhidos ao segundo andar, à espera do término das obras e nisso se passaram muitos anos até que, em 1716, o reitor se dirige ao rei D. João V e lhe faz ver que ao contrário do que os Estatutos da Universidade rezavam, Coimbra não tinha uma sala à altura do acervo acumulado.
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Biblioteca Joanina |
Obtida a autorização do rei, foi nesse ano que começou a construção dessa que é, sob todos os aspectos, uma das mais importantes bibliotecas do mundo,no Largo da Porta Férrea, Coimbra.
Em seu riquíssimo acervo encontram-se “A Bíblia Latina de 48 linhas”, editada em 1462; o “Livro das Horas”, manuscrito com iluminuras, de meados do século XV; “Mensagem”, único livro de Fernando Pessoa a ser editado em vida do poeta, em 1934 (o exemplar é conservado na brochura original e tem dedicatória manuscrita do Autor); “Paesi novamente retrovatti”, organizado por Francesco de Montalboddo, impresso em 1507, compila relatos de viagens de descoberta (ou redescoberta) empreendidas por portugueses, espanhóis e italianos.
Trata-se da primeira vez que se editou em italiano a terceira viagem de Américo Vespúcio. Inclui um dos primeiros relatos publicados sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Despertou grande interesse e com a presteza possível naquele tempo, foi editado também em latim e em alemão.
Panorâmica da Universidade de Coimbra acesse o link aqui.
Biblioteca do Convento
de Mafra - Portugal
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Biblioteca do Convento de Mafra, Portugal |
O maior tesouro de Mafra é sua
biblioteca (c.1730) que, juntamente com a biblioteca de Coimbra, representam o
que de mais belo e elegante há nesse tipo de arquitetura em Portugal.
As prateleiras,
feitas em madeira brasileira, medem, ao todo, 83 metros de extensão. Entalhadas
em estilo rococó, as estantes abrigam mais de 40 mil obras; entre elas vemos
verdadeiras raridades bibliográficas, como os incunábulos.
Todas as
encadernações em couro marroquino gravado a ouro, são prova viva de que as
bibliotecas antigas são, na verdade, porta-jóias que guardam jóias.
A sala imensa, com
88 m de comprimento, 9,5m de largura e 13m de altura, recebe iluminação natural
que até hoje impressiona pela perfeição com que a luz do dia foi aproveitada,
invadindo o salão e iluminando o piso principal e a galeria, através de enormes
janelas que além de funcionais, são muito belas.
A biblioteca tem
planta em cruz; na parte mais a sul, ficam os livros religiosos, com
manuscritos religiosos ainda em pergaminho. Prática habitual nas bibliotecas
antigas, os códices e incunábulos eram acorrentados, como podemos ver na foto à
esquerda.
No centro,
encontramos os livros sobre os quais a inquisição tinha reservas, que vão da
filosofia à anatomia, e entre eles uma preciosa relíquia: o manuscrito do “Auto
da Barca do Inferno”, de Gil Vicente.
Na parte a norte da
cruz, perto da entrada, estão os livros de arquitetura, direito, medicina e
música. Ali fica uma primeira edição de "Os Lusíadas", impressa em
1572.
Na foto abaixo uma
mesa especial para o estudo e desenho de mapas; não consegui descobrir seu
nome, e olhem que já fui a Mafra algumas vezes... E quantas mais pudesse ir,
iria: tudo lá é um verdadeiro deslumbramento!
Tertúlia
Bibliófila
"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás
paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns
erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se
delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais
satisfeito"
- Bento Morganti -
Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»
O Palácio
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Convento de Mafra, Portugal |
Dom João V fez o
voto de construir um convento, voto que cumpriu em 1711, ao mandar erguer, na
Vila de Mafra, o convento dedicado a Nossa Senhora e a Santo Antonio, para ser
entregue à Ordem dos Frades Arrábidos.
O convento,
originalmente, estava destinado a abrigar 13 frades, mas ao longo dos anos
cresceu e tornou-se um palácio-mosteiro com capacidade para 300 monges.
Conhecido como o
Palácio Nacional de Mafra, sua construção, com exceção da bela pedra branca de
Lioz, típica de Portugal, foi quase toda feita com material importado da
Itália, Holanda, França, Antuérpia e Brasil. Daqui foram todas
as madeiras utilizadas e o nosso ouro pagou por tudo o mais: mármores,
cristais, baixelas, sinos, órgão, imagens, alfaias, artistas, artesãos, e um
imenso e longo etc.
Todo o palácio é
belíssimo. Chamam a atenção a Basílica e seus dois carrilhões com um total de
92 sinos que pesam mais de 200 toneladas e são considerados os maiores e
melhores do mundo; as dependências para abrigar os doentes, sobretudo os que
sofriam de doenças mentais; as escadarias; a proporção de seus ambientes; e o
lavrado das pedras, realmente primoroso.
A 22 de Outubro de
1730, embora as obras ainda estivessem atrasadas, decidiu El-Rei que se
celebrasse a cerimônia de Sagração da Basílica, presidida pelo Cardeal
Patriarca D. Tomás de Almeida, participando toda a Família Real, Corte e
representantes de todas as Ordens.
O
Convento
O
convento dos Premonstratenses (ordem religiosa fundada por São Norberto no ano
1120 d.C. em Prémontré, França) do qual faz parte a Biblioteca Strahov, foi
criado em Praga, em 1143, pelo Bispo de Olomuc com apoio do arcebispado de
Praga e do Príncipe da Bohemia (depois Rei) Vladislav e sua mulher Gertrude. A
origem do acervo da biblioteca data da fundação do mosteiro.
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Biblioteca do Castelo de
Chantilly - França
(Bibliothèque et Archives du Château de Chantilly)
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Biblioteca do Castelo de Chantilly |
A Biblioteca do
Castelo de Chantilly, no Petit Château, abriga mais de 1300 manuscritos e
12.500 obras impressas, incluindo a Bíblia de Gutenberg e cerca de 200
manuscritos medievais. Essa Biblioteca é
parte de uma propriedade de franceses que também inclui uma das mais
importantes galerias de arte da França.
Castelo de Chantilly
O Castelo de Chantilly (em francês: Château de Chantilly) é um palácio
localizado em Chantilly, Oise, no Norte da França, no vale do rio Nonette,
afluente do rio Oise.
Monumento histórico ligado à personagem de François Vatel (1631-1671),
que aqui teria criado a receita culinária do creme de chantilly, compreende
dois edifícios principais: o Grand Château e o Petit Château. Mais tarde, em
1781, a seu respeito, Louis-Sébastien Mercier referirá:
"Nunca encontrei nada comparável a Chantilly nos arredores da
capital. (...) Trinta viagens neste lugar encantado não diminuiram a minha
admiração. É o melhor casamento feito entre a arte e a natureza".
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Castelo de Chantilly |
O palácio ocupa o lugar de um castelo medieval. As grandes cavalariças,
construídas entre 1719 e 1740, são uma obra prima do arquitecto Jean Aubert e
abrigam, atualmente, o Musée vivant du cheval (Museu vivo do cavalo). Os
jardins são uma das mais notáveis criações de André Le Nôtre.
À exceção do Petit Château, construído por volta de 1560 por Jean
Bullant para Anne de Montmorency, o palácio foi destruído durante a Revolução
Francesa e reconstruído na década de 1870, segundo planos do arquitecto Honoré
Daumet, para o último filho do Rei Luís Filipe I, Henrique de Orleães, Duque
d'Aumale (1822-1897), herdeiro do domínio de Chantilly, que aqui instalou as
suas coleções de pintura, desenhos e livros antigos. Este proprietário viria a
legar o conjunto ao Instituto de França, sob o nome de Museu Condé. A cidade de
Chantilly desenvolveu-se para Oeste do palácio durante e depois da Revolução
Francesa.
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Biblioteca
Bodleian da Universidade de Oxford
(Duke of Humfrey’s Library,
Bodleian, Oxford University, England)
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Biblioteca Bodleian da Universidade de Oxford |
A
biblioteca da Universidade de Oxford (1602), uma das mais antigas da Europa, na
Inglaterra só perde em tamanho para a famosa British Library do Museu
Britânico, Londres. Seu nome é Bodleian Library, mas o mundo acadêmico de
Oxford a chama de Bodley ou simplesmente pelo apelido, the Bod.
É uma
das cinco bibliotecas inglesas encarregadas do depósito legal de obras
publicadas no Reino Unido e sob a Lei Irlandesa lhe é permitido requisitar uma
cópia de livros publicados na República da Irlanda. A Bodleian é uma biblioteca
de referência e pesquisa e seus documentos não podem ser removidos das salas de
leitura.
Ela é
composta por um grupo de cinco prédios nas proximidades da Broad Street: vão do
mais antigo, que data da Idade Média tardia, conhecido como Biblioteca do Duque
de Humphrey, ao mais moderno, a Nova Bodleian, de 1930.
Um dos
prédios mais lindos é esse da imagem à esquerda, o Radcliffe.
Além dos
cinco acima mencionados, fazem parte do conjunto cerca de 30 unidades que
respondem pelo funcionamento do grupo, entre bibliotecas de faculdades e
departamentos.
No
século XIV o bispo de Worcester criou uma biblioteca situada na Igreja de Saint
Mary Virgin, na principal rua de Oxford, a High Street.
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Bodleian-Library |
A
coleção cresceu muito, mas foi só entre 1435 e 1437, quando Humphrey, Duque de
Gloucester, fez a doação de sua grande coleção de manuscritos para a Escola de
Teologia que o espaço finalmente foi oficialmente considerado
insuficiente, e a necessidade de um novo
prédio ficou aparente. Esse também ficou pequeno...
No
século XVII, Thomas Bodley ofereceu ao vice-chanceler da Universidade a reforma
da biblioteca original e a construção de um novo prédio, que ficou pronto em
1602 e recebeu o nome do mecenas, além de herdar sua grandiosa biblioteca
particular.
Foi
quando a Bodleian passou a ser uma biblioteca aberta a todos os membros da
comunidade acadêmica.
Seus
números são impressionantes: o grupo Bodleian cuida de mais de 11 milhões de
itens em 188 quilômetros de prateleiras e tem uma equipe de mais de 400
funcionários. Seu contínuo crescimento fez com que cerca de 1 milhão e meio de
itens fossem armazenados em depósitos fora de Oxford, inclusive numa mina de
sal desativada, no Cheshire.
O acervo
é muito rico: manuscritos valiosíssimos; códices cuja importância é
desnecessário enfatizar, bastando citar o mais antigo manuscrito dos quatro
Evangelhos, em cóptico, antigo idioma egípcio; a Bíblia de Gutemberg, de
ca.1455, uma das únicas cópias completas que ainda existem; um primeiro
in-fólio de Shakespeare, de 1623 e muitas outras raridades. Acima e abaixo,
iluminuras que fazem parte do acervo da the Bod.
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Site Oficial:
Biblioteca Bodleian
Biblioteca da Abadia de Waldsassen, Baviera - Alemanha
(Stiftsbibliothek Waldsassen)
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Biblioteca da Abadia de Waldsassen, Baviera, Alemanha. |
A Biblioteca Waldsassen Abbey, uma abadia cisterciense é uma das bibliotecas mais importantes no sul da Alemanha.
A construção da abadia começou em 1133 e sua biblioteca em 1433, mas só entrou em uso com o Abade Eugen Schmidt (1724-1726).
Dez imagens esculpidas magistralmente em madeira em tamanho natural, na galeria salão principal da biblioteca. Estas representam as diferentes facetas de orgulho na forma de loucura, escárnio, hipocrisia e ignorância. Também tem bustos esculpidos no espaço de pessoas famosas do mundo antigo, como Sófocles, Platão, Sócrates e do imperador Nero.
Em quatro grandes afrescos do teto e fenômenos místicos são representadas cenas da vida do monge cisterciense São Bernardo de Claraval. Os medalhões de dez retratos mostram o grande Doutor da Igreja.
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Site Oficial (Alemão): Biblioteca da Abadia de Waldsassen
Biblioteca
do Congresso Americano - Washington, EUA
( Library of Congress, Washington, DC, USA)
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Biblioteca do Congresso Americano, Washington, EUA. |
A
Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, é a instituição
cultural mais antiga do país e a biblioteca mais completa do mundo. Criada em
1800 pelo então presidente John Adams, possui atualmente cerca de cento e
quarenta milhões de obras em pelo menos quatrocentos e setenta idiomas, muitas
das quais verdadeiros tesouros - por exemplo, os diários manuscritos de George
Washington ou um exemplar da bíblia de Gutenberg. Com o advento das novas
tecnologias, parte do seu patrimônio já está a ser digitalizado e, portanto,
tornar-se-á acessível a qualquer leitor.
O centro
de Washington abriga um dos grandes tesouros norte-americanos: a Biblioteca do
Congresso. Considerada a maior e mais completa biblioteca do mundo, já resistiu
a dois incêndios e à conseqüente perda de milhares de livros. No entanto, a sua
coleção – que foi sendo reposta ao longo dos tempos - distribui-se atualmente
por mil quilômetros de estantes e está a ser digitalizada com o objetivo de se
tornar acessível a todos.
A
Biblioteca foi criada a 24 de Abril de 1800 através de um decreto oficial
assinado pelo então presidente John Adams. O “Ato do Congresso” transferia,
assim, a sede do governo de Filadélfia para Washington. Na nova capital, o
governo destinou cinco mil dólares para a compra de livros necessários ao
funcionamento do Congresso, e a um espaço que fosse capaz de armazená-los.
Inicialmente
a biblioteca fica instalada no Capitólio. Porém, quando as tropas inglesas
invadem o território em 1814, um primeiro incêndio destrói não só o edifício
como também os três mil exemplares que este continha até à data. Num golpe de
sorte, em menos de um ano a sua coleção ganha 6.487 livros: o ex-presidente
Thomas Jefferson, com várias dívidas para pagar, vende a sua biblioteca
pessoal. Passara mais de cinqüenta anos a colecionar obras sobre os Estados
Unidos e referentes a todos os temas científicos.
Em
Dezembro de 1851, um segundo incêndio põe fim a trinta e cinco mil livros e
raridades como os retratos dos cinco primeiros presidentes norte-americanos
pintados por Gilbert Stuart, um retrato original de Cristóvão Colombo e
estátuas de George Washington, Thomas Jefferson e Marquês de la Fayette.
Atualmente,
a biblioteca é gerida por quatro mil bibliotecários que, para além da
organização e preservação do seu patrimônio, se dedicam a manter a filosofia
iniciada por Thomas Jefferson: o caráter universal do conhecimento só é
possível se acreditarmos na importância de todos os temas. Foi nessa base que
Rand Spofford, bibliotecário entre 1864 e 1897, a transformou numa instituição
nacional, estabelecendo a lei dos direitos autorais pela qual todos os que
publicassem teriam de enviar à biblioteca dois exemplares do seu trabalho. Por
conseguinte, houve uma entrega massiva de livros, mapas, folhetos, fotografias
e músicas e, claro, uma escassez de estantes para os guardar.
Em 1873,
o Congresso autoriza então um concurso para novas propostas a fim de alargar a
biblioteca. Em 1886, o projeto de Washington John e J. Paul Pelz é posto em
prática e constrói-se um impressionante edifício baseado na arquitetura
renascentista. O seu interior começa a ser decorado com esculturas e pinturas
de vários artistas norte-americanos. A 1 de Novembro de 1897, a Biblioteca do
Congresso abre oficialmente as suas portas ao público.
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Site
Oficial: Biblioteca do Congresso Americano
Biblioteca do Castelo de Beloeil - Bélgica
Bibliothèque du Chateau du Beloeil - Belgium
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Biblioteca do Castelo de Beloeil - Bélgica |
A biblioteca abriga mais de 20.000 livros e manuscritos preciosos Beloeil, algumas das quais são raras, como o "Liber passionis" braços de Henrique VII de Inglaterra. Um retrato de Albert Henry, segundo Príncipe de Ligne (1609-1641), lembra que o homem de estudo foi o criador deste conjunto único. A história e a invenção da imprensa até o presente.
A importância da biblioteca sobre os interesses de ambos os livros sobre a qualidade de ligantes, assinados pelos maiores mestres neste domínio. Junto à biblioteca, uma sala pequena contém livros, encadernadas em rosa, o marechal Charles-Joseph de Ligne e mais de 3.500 cartas de autógrafos, correspondência trocada entre os homens preciosos e famoso com príncipes soberanos de Ligne.
Castelo de Beloeil (Château de Beloeil)
O Castelo de Beloeil está situado na municipalidade de Beloeil, na província de Hainaut, Bélgica. Desde o século XIV, tem sido a residência do Príncipe de Ligne. O castelo está no meio de um magnífico jardim barroco projetado em 1664. Beloeil tornou-se possessão da família Ligne em 1394. No começo do século XV, o castelo local foi escolhido como residência principal da família nobre. O castelo era uma construção retangular fortificada com um fosso em volta e tinha quatro torres redondas em cada canto. Esta estrutura básica ainda está conservada, mas as fachadas e os interiores foram grandemente alterados com o decorrer dos séculos.
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Sala de Jantar do Castelo de Beloeil |
Nos séculos XVII e XVIII, o castelo fortificado foi transformado em uma luxuosa casa campestre, seguindo o exemplo francês. A partir de 1664 foi criado o magnífico parque, com os seus pequenos lagos geométricos, as suas alamedas rectas e as suas perspectivas grandiosas. Os típicos "bosquets" - jardins fechados por altos sebes - foram preservados, apesar da preferência por jardins ingleses durante os séculos XVIII e XIX. Um pequeno jardim de paisagem com uma ruína foi exposto na direta vizinhança do castelo pelo célebre Charles Joseph, Príncipe de Ligne. Um lago artificial retangular possui estátuas clássicas em cada ponta.
Os interiores foram luxuosamente decorados com finas mobílias e com coleções de arte da família. No Ano Novo de 1900, um desastre atingiu o castelo. Um incêndio queimou-o completamente, mas a maioria de suas mobílias, incluindo a biblioteca, que contém mais de vinte mil preciosos volumes, e a coleção de arte foram salvos. O castelo então foi reconstruído nos anos seguintes pelo arquiteto francês Samson. Os interiores foram suntuosamente redecorados com as melhores peças da coleção dos Ligne, lembrando o Palácio de Versalhes.
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Site Oficial: Chateaudebeloeil
Biblioteca Nazionale Marciana, Venice, Italy
(National Library of St Mark's)
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Biblioteca Nazionale Marciana, Venice, Italy |
A Biblioteca Nazionale Marciana (ou seja, a biblioteca de São Marcos, padroeiro de Veneza) é a mais importante biblioteca de Veneza e uma das maiores de Itália. Contém uma das mais ricas colecções de manuscritos do mundo.
É conhecida em italiano sob os nomes alternativos de Biblioteca di San Marco, Libreria Marciana, Libreria Sansoviniana, Libreria Vecchia, Libreria di San Marco ou simplesmente La Marciana.
Ocupa parte dos edifícios da praça de São Marcos na piazzetta dei Leoncini, na margem do Grande Canal de Veneza.
A História da Biblioteca
Em 1362 Petrarca propôs que fosse criada uma biblioteca pública em Veneza. O projecto não se realizou, mas o poeta legou a sua biblioteca pessoal à cidade (hoje está conservada na "Marciana").
O primeiro passo para a biblioteca pública data da doação do cardeal Bessarion, que entregou os seus livros à República de Veneza ad communem hominum utilitatem (em 31 de Maio de 1468): 746 manuscritos dos quais 482 em grego e 246 em latim, aos quais se juntaram 250 outros manuscritos após a morte do doador.
A biblioteca viu as suas coleções enriquecerem graças a inúmeras doações e legados, bem como por incorporação de outras bibliotecas da cidade e da República. Uma importante parte das obras provém de Constantinopla, depois da cidade ter sido tomada pelos otomanos: isto fez de Veneza o principal centro de estudo dos clássicos gregos, o que atraiu numerosos humanistas. Um certo número reunia-se em volta de Alde Manuce na Academia Aldina.
Em 1603, uma lei entrou em vigor, impondo a todos os impressores de Veneza o depósito de uma cópia de cada obra à Marciana. Esta última torna-se assim a biblioteca central da República.
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“Sala d’Oro", no Palazzo della libreria/Biblioteca Marciana (afrescos, by Paolo Veronese) |
Depois da queda da República, as coleções dos estabelecimentos religiosos, suprimidas por Napoleão foram para a Marciana.
Bessarion colocara uma condição aquando do legado dos seus livros: que eles fossem conservados num lugar apropriado. Veneza não respondeu de imediato a esta exigência do cardeal. A biblioteca foi primeiro instalada num edifício da Riva degli schiavoni, e depois na Basílica de São Marcos, e por fim ao Palácio dos Doges.
Foi apenas em 1537 que se determinou a construção de um palazzo della libreria (palácio da biblioteca), na praça de São Marcos. O projeto foi confiado a Jacopo Sansovino. Os trabalhos continuaram até 1546 e a biblioteca foi transferida em 1553. O edifício não terminou, no entanto, senão em 1588: os últimos trabalhos foram conduzidos por Vincenzo Scamozzi, depois da morte de Sansovino em 1582.
Contribuíram entre outros na decoração Tiziano, Veronese, Alessandro Vittoria, Battista Franco, Giuseppe Porta, Bartolomeo Ammannati e Tintoretto.
Em 1811 a biblioteca foi transferida para o Palácio dos Doges e não voltou à sede histórica senão em 1924. Os edifícios ficaram demasiado pequenos, e a biblioteca ocupa hoje a fabbrica della Zecca, além do palazzo della libreria.
A biblioteca hoje
A biblioteca tem hoje o estatuto de biblioteca pública do Estado. As suas coleções incluem:
- 1.000 000 de obras impressas antigas e modernas
- 2.283 incunábulos
- 13.000 manuscritos
- 24.055 livros do século XVI
As obras mais conhecidas são dois códices da Ilíada, o Homerus Venetus A (século X) e o Homerus Venetus B (século XI). Encontra-se igualmente na Marciana a Chronologia magna de Fra Paolino, manuscrito de Plínio, cópia de 1481 que pertenceu a Giovanni Pico della Mirandola, um exemplar do primeiro livro impresso em Veneza, numerosas edições aldinas, uma rica coleção de cartas e de atlas (incluindo uma cópia do mapa-múndi de Fra Mauro), etc.
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Site Oficial: Biblioteca Marciana/Veneza