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Patrícia Galvão, a Pagú: musa antropofágica e visionária

Patrícia Galvão, a Pagú (c. 1930) 

"Sonhe. Tenha até pesadelos, se necessário for. Mas sonhe."
- Patricia Galvão (Pagú)

 Patrícia Rehder Galvão, a Pagú (São João da Boa Vista SP, 9 de junho de 1910 - Santos SP, 12 de dezembro de  1962). Escritora, jornalista tradutora e ativista política e cultural. Aos 3 anos, muda-se com a família para São Paulo e vai residir no bairro industrial do Brás. Conclui os estudos na Escola Normal em 1928, ao mesmo tempo que estuda literatura e arte dramática no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. No ano seguinte, aos 19 anos, conhece o escritor Oswald de Andrade (1890-1954) e a artista plástica Tarsila do Amaral (1886-1973), envolvidos com o movimento antropofágico, e tem um de seus desenhos publicado na Revista de Antropofagia. Em 1930, Pagu, nome criado pelo amigo e escritor Raul Bopp (1898-1984), casa-se com Oswald e realiza o sonho de emancipar-se definitivamente da família. A militância política inicia-se em 1931, quando ingressa no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e afasta-se de casa para seguir as atividades do partido. Com a ajuda financeira de Oswald, publica Parque Industrial, em 1933, o primeiro romance brasileiro a ter operários como protagonistas, assinado com o pseudônimo Mara Lobo. Pagú viaja por diversos países como correspondente dos jornais Correio da Manhã, Diário de Notícias e Diário da Noite. No Brasil, por causa de suas atividades políticas fica presa de 1935 a 1940, é vítima de torturas e tem problemas com a saúde. Ao sair da prisão, separada de Oswald, casa-se com o jornalista e escritor Geraldo Ferraz (1905-1979). Com ele, escreve o romance A Famosa Revista, publicado em 1945, e trabalha em diversos jornais, até ambos tomarem a frente do Suplemento Literário do Diário de S. Paulo, para o qual Pagú realiza traduções de autores estrangeiros e escreve crônicas na seção Cor Local. A partir de 1952, frequenta aulas na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/USP), envolvendo-se profundamente com o teatro. Ao mudar-se com o marido para Santos, em 1954, para trabalharem no jornal A Tribuna, inicia um intenso movimento pelo teatro amador na cidade, traduzindo e montando peças, lecionando e até mesmo fazendo campanha para a construção do Teatro Municipal. Morre em 1962 e deixa vários escritos inéditos, que começam a ser organizados e publicados posteriormente, como os contos policiais reunidos em Safra Macabra, originalmente escritos para a revista Detective, editada por Nelson Rodrigues (1912-1980), com o pseudônimo King Shelter.
:: Fonte: Enciclopédia de Literatura Brasileira/ Itaú Cultural (com atualizações e edições realizadas pelos editores deste site)

Patrícia Galvão, a Pagú - (fevereiro de 1941) - © foto: Acervo do 
Arquivo Edgard Leuenroth/Unicamp

"Eu procurava. Sem saber o quê. Sem nada esperar. Alguma coisa que me absorvesse com certeza. (...) Tinha momentos de grande enternecimento junto de meu filho. Mas eu repelia esses momentos. Eu sofria muito, desconhecendo a causa desse sofrimento. Uma noite, andei pelas ruas vazias, chorando; depois, muitas outras noites."
- Patrícia Galvão, em "Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão". [Organização Geraldo Galvão Ferraz]. 1ª ed., Rio de Janeiro: Agir, 2005.


CRONOLOGIA
1910 - Nasce em 9 de junho, em São João da Boa Vista, São Paulo;
1913 - Mudança da família para a cidade de São Paulo;
1925 - Usando o pseudônimo Patsy, colabora no Brás Jornal, publicado no bairro operário onde vive com a família. Estuda no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e entre seus professores está o escritor Mário de Andrade (1893 - 1945);
1928 - Conclui o curso de magistério na Escola Normal de São Paulo. Passa a frequentar reuniões na casa da artista plástica Tarsila do Amaral (1886 - 1973) e do escritor Oswald de Andrade (1890 - 1954). Tem um desenho publicado no segundo número da Revista de Antropofagia;
Patrícia Galvão (Pagú) e  Oswald Andrade
- casamento no cemitério (1930)
1930 - Casa-se com Oswald de Andrade;
1931 - Entra para o Partido Comunista Brasileiro - PCB. Edita, com Oswald, o jornal O Homem do Povo, e assina a coluna A Mulher do Povo, entre 27 de março e 13 de abril. É presa num comício de estivadores na cidade de Santos, São Paulo;
1932 - Seguindo orientação do Partido Comunista muda-se para vila operária Maria Zélia, bairro do Belenzinho, em São Paulo, e se dedica a vários trabalhos e ofícios como, por exemplo, o de tecelã;
1933 - Publica clandestinamente o primeiro romance brasileiro que tem operários como protagonistas, Parque Industrial, assinado com o pseudônimo Mara Lobo. Em dezembro, inicia viagem por diversos países do mundo e envia reportagens aos jornais Correio da Manhã, Diário de Notícias e Diário da Noite;
1934 - Instala-se em Paris, trabalha para o jornal L'Avant-Garde e entra para o Partido Comunista francês usando o nome Léonie. Na capital francesa, é presa três vezes;
1935/1940 - No Brasil, é presa após o levante comunista, e cumpre pena de quatro anos e meio. Ao ser libertada, separada de Oswald, casa-se com o jornalista e escritor Geraldo Ferraz (1905 - 1979);
1946/1948 - Edita com Ferraz o Suplemento Literário do Diário de S. Paulo, importante difusor das idéias e atitudes da geração concretista;
1950 - Lança-se candidata a deputada estadual pelo Partido Socialista Brasileiro - PSB. Publica o panfleto político Verdade e Liberdade;
1952 - Freqüenta a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo - EAD/USP;
1954 - Traduz, pela primeira vez no Brasil, a peça Cantora Careca, do dramaturgo romeno Eugène Ionesco (1909 - 1994). Fixa-se em Santos e passa a trabalhar para o jornal A Tribuna;
1959 - Colabora para a realização do 2º Festival Nacional de Teatro de Estudantes de Santos. Sai uma nova edição de A Famosa Revista, reunida ao romance Doramundo, de Ferraz, com o título Dois Romances;
1960 - Em Santos, traduz e dirige a peça A Filha de Rappaccini, do escritor mexicano Octavio Paz (1914 - 1998);
1962 - Morre em Santos, no dia 12 de dezembro;
Geraldo Ferraz e Patrícia Galvão © foto: Arquivo Rafael
Moraes - Fundação Arquivo e Memória de Santos
“Deu-se esta semana uma baixa nas fileiras de um agrupamento de raros combatentes. Ausência desde 12 de dezembro de 1962, que pede seu registro do companheiro humilde, que assina estas linhas. Patrícia Galvão morreu neste dia de primavera, nessa quarta-feira, às 16 horas (...) Morreu aqui em Santos, a cidade que mais amava, na casa dos seus, entre a Irmã e a Mãe que a acompanhavam, naquele momento e, felizmente, em poucos minutos, apenas sufocada pelo colapso que a impedia de respirar, pela última palavra que pedia ainda liberdade, ‘desabotoa-me esta gola’.” - Geraldo Ferraz, em “A Tribuna”, 16/12/1962.
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1994 - O romance Parque Industrial, publicado de forma artesanal e clandestina em 1933, ganha edição oficial;
1982 - É lançado o curta-metragem Eh, Pagu, Eh!,  dirigido por Ivo Branco;
2001 - Estréia o curta Pagu: Livre na Imaginação e no Tempo, dirigido pelo filho Rudá de Andrade (1930) e Marcelo Tassara;
2004 - É lançado o livro Croquis de Pagu, com desenhos produzidos entre 1929 e 1930.

Rudá  e Pagú na Praia de Santos

"Por que dar tanta importância à minha vida? Mas meu amor: eu a ponho em suas mãos. É só o que tenho intocado e puro. Aí você tem minhas taras, meus preconceitos de julgamento, o contágio e os micróbios. Seria bom se eu tivesse o poder de ver as coisas com simplicidade, mas minha vocação grandguignolesca me fornece apenas a forma trágica de sondagem. É a única que permite o gosto amargo de novo. Sofra comigo."
- Patrícia Galvão, em "Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão". [Organização Geraldo Galvão Ferraz]. 1ª ed., Rio de Janeiro: Agir, 2005, p.52


OBRA
Romance
Capa da 1ª edição do "Parque Industrial", Mara Lobo
 pseudônima de Patrícia Galvão
Parque industrial. [publicado sob o pseudônimo de Mara Lobo]. Edição do Autor, 1933; Reeditado em fac-símile, salvo a capa, com apresentação de Geraldo Galvão Ferraz. Editora Alternativa: São Paulo, 1981; 3ª ed., Porto Alegre: Mercado Aberto; São Paulo: EDUFSCar, 1994. (Novelas Exemplares).
A famosa revista. [Patrícia Galvão e Geraldo Ferraz]. Editora Americ-Edit , 1945.


Conto
Safra macabra. [contos policiais, escritos sob o pseudônimo King Shelter, publicados originalmente na revista Detective, dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues]. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1998.


Panfleto político
Verdade e Liberdade. Edição do Autor, 1950.


Jornal
O homem do povo. {Oswald Andrade e Patrícia Galvão}.. [Coleção Completa - fac- similar do jornal criado e dirigido por Patrícia Galvão, a Págu e Oswald de Andrade - Março/Abril 1931], esta edição foi feita a partir do microfilme da coleção de O Homem do Povo que pertenceu a Astrojildo Pereira.. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1ª ed., 1955; 2ª ed.,1985; 3ª ed., São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Globo editora, 2009, 180p.
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:: O semanário (jornal) "O Homem do Povo", produzido por Oswald de Andrade e Patrícia Galvão (Pagú), foi publicado entre março e abril de 1931. Edição nº 1 de 'O Homem do Povo', disponível ONLINE. (acessado 21.04.2014).


Biografia
O "Álbum de Pagu" ou Pagu - nascimento, vida, paixão e morte (1929). Publicado nas revistas Código nº 2, Salvador, 1975 e Através nº 2, Duas Cidades; São Paulo, 1978.
Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão. [Organização Geraldo Galvão Ferraz]. Rio de Janeiro: Agir/Ediouro, 2005.


Desenho
Patrícia Galvão (Pagú), por Cândido Portinari (1933)
Croquis de Pagu - e outros momentos felizes que foram devorados reunidos. [Organização Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz]. Santos: Unisanta; São Paulo: Cortez; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.


Traduções e edições estrangeiras
Inglês
Industrial Park: A Proletarian Novel [Parque Industrial]. Tradução Elizabeth e K. David Jackson. Lincoln: University of Nebraska Press, 1993.


Traduziu
James Joyce, Eugène Ionesco, Arrabal e Octavio Paz


"Talvez eu não devesse começar meu relatório hoje. Com olhos de sol. Que preguiça de pensar. A longa história cansa. Não será ainda uma modalidade de fuga? Uma justificativa contra o conhecimento? Quero rolar na areia e esquecer... Se eu tivesse a certeza de que não me custaria nada falar, eu não falaria. Escrever já é um desvio favorável ao esconderijo. No fundo, eu penso na defesa dos detalhes, porque sei que os detalhes justificarão em parte minha maneira de ser. A minúcia será o castigo de minha covardia. Minha humilhação está na minúcia."
- Patrícia Galvão, em "Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão". [Organização Geraldo Galvão Ferraz]. 1ª ed., Rio de Janeiro: Agir, 2005, p.51 e 52.



PATRÍCIA GALVÃO, A PAGÚ, É A PRIMEIRA MULHER PRESA POLÍTICA DO BRASIL
Passaporte de Patrícia Galvão, a Pagú (1929) © Acervo DEOPS/SP
 - Arquivo Público Estadual São Paulo
A Patrícia Galvão jovem não só era uma mulher atraente como revolucionária, ativista, ligada às vanguardas de seu tempo, que não perdeu a dignidade nem mesmo quando submetida a torturas físicas e psicológicas pela ditadura do Estado Novo (1937-1945).

Prontuário de Patrícia Galvão (Págu) no Acervo do DEOPS/SP: A pasta traz informações sobre a militância da escritora, como recortes de jornais, registros de prisões, fotos e o passaporte de 1929.

Prontuário nº 001053 - Patrícia Galvão (Pagú), © Acervo DEOPS/SP 
Arquivo Público Estadual São Paulo

"Fomos encerradas em celas contíguas, as celas conhecidas da cadeia de Santos. Havia um buraco no centro e era preciso escancarar as pernas para não mergulhar na imundície. Tinha o pescoço dolorido, a garganta ardendo, muita vontade de me atirar num chão e dormir. Mas não podia sequer encostar nas paredes da cela. A instalação elétrica. O esguicho imundo e o que era pior, o barulho que me enlouquecia a cada cinco minutos, como o intervalo que me fazia ouvi-lo cada vez antes de começar. Quantas horas cantei ali. Quando fui conduzida da cela para o xadrez, não percebia mais nada. Não pude perceber quando perdi os sentidos.
Lembro me apenas da dor intensa que sentia na garganta e da minha falta de voz, quando não pude mais cantar."
- Patrícia Galvão, em "Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão". [Organização Geraldo Galvão Ferraz]. 1ª ed., Rio de Janeiro: Agir, 2005, p. 90.

A prisão de Patrícia Galvão (Pagú). Brasil, 1931 - © foto: Acervo do
Arquivo Edgard Leuenroth/Unicamp
  
"[...] Outros se mataram. Outros foram mortos. Também passei por essa prova. Também tentaram me esganar em muito boas condições.
Agora, saio de um túnel.
Tenho várias cicatrizes, mas estou viva."
- Patrícia Galvão, em "Verdade e Liberdade” (1950).


“Patrícia Galvão é um universo caleidoscópico que vai além de simplesmente Pagu. Paulo Francis, mestre de minha geração que completaria 80 anos em setembro, dizia que certos ícones, como Billie Holliday, Ana Magnani ou Callas, são mais que mulheres: representam ―força da natureza‖. Assim vejo Pagu: ela se naturaliza amalgamada ao mar, à cultura, à arte visceral e epidermicamente. Paixão Pagu, livro que reúne cartas a Geraldo Ferraz, me deixou em êxtase semelhante à minha descoberta muito jovem de Clarice Lispector: Pagu desnuda-se de maneira que universaliza sentimentos preciosos: busca de sabedoria, prática intelectual extremo desejo de ser amada. Me vi refletido em muito que essa personagem digna de Brecht e Gorki, mas com ares de Tennessee Williams, inspira: Pagu era Rosa Luxemburgo com excesso de lúcida sensibilidade de Blanche Dubois: ―Um bonde chamado desejo. Libertária, não seguia ortodoxias; modernista, admirava Vicente de Carvalho; contraditória, múltipla: ela continha galáxias. Para o Brasil, para o teatro, para Santos, para a cultura seus 52 anos representam milênios que a escritora Lúcia ousou de modo exegético adentrar e esmiuçar como ourives do pensamento: intelecção com emoção. Pagu sempre me pareceu uma Antígona: a mulher que, em nome da liberdade e sacrificando por momentos valores como família, convenções e candura atribuídos a uma mãe, esposa e companheira, fez valer uma coragem que só a ―anima mítica‖ é capaz para uma sociedade realmente humana!”
- Flávio Amoreira Viegas, em “Pagu, eterna, internamente”, A Tribuna, 2010.



“Toda a vida eu quis dar. Dar até a anulação. Só dá dissolução poderia surgir a verdadeira personalidade. Sem determinação de sacrifício. Essa noção desaparecia na voluptuosidade da dádiva integral. Ser possuída ao máximo. Sempre quis isto Ninguém alcançou a imensidade da minha oferta. E eu nunca pude atingir o máximo do êxtase-aniquilamento: o silêncio das zonas sensitivas. Talvez eu tenha a expressão confusa. Há uma intoxicação de vida. Parece que a paralisia começa desta vez. É difícil a procura de termos para expor o resultado da sondagem. É muito difícil levar as palavras usadas lá dentro de mim. Geraldo,  compreenda, por favor. “
- Patrícia Galvão, em "Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão". 1ª ed.,  Rio de Janeiro: Agir, 2005, p. 52.


Geraldo Ferraz e Patrícia Galvão em A Tribuna, nos anos 50  © foto: Arquivo
 Rafael Moraes - Fundação Arquivo e Memória de Santos


PAGÚ JORNALISTA
Artigos 
:: No jornal O Homem do Povo: 7 artigos publicados entre 27 de março e 1931 a 13 de abril de 1931 na seção “A mulher do Povo”. 
:: No jornal Vanguarda Socialista: 25 artigos publicados entre 31 de agosto de 1945 e nove de agosto de 1946 nas seções “Crítica Literária” e “Crônica Literária”. 
:: No jornal A Tribuna: 34 artigos escritos entre sete de abril de 1957 e 26 de março de 1961 na seção “Literatura”.  
:: Panfleto Político Verdade & Liberdade, 1950. 
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Fonte: HIGA, Larissa Satico Ribeiro. Estética e Política: Leituras de Parque Industrial e A Famosa Revista. (Dissertação Mestrado em Teoria e História Literária). Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 2011. Disponível no link. (acessado 21.4.2014).
:: Patrícia Galvão Jornalista. Conheça alguns dos seus textos, de várias épocas e publicados em vários veículos. Disponível no link. (acessado em 20.4.2014).
  
Máquina de escrever usada por Patrícia Galvão (Pagú),
em exposição no Museu do Café em Santos

"É preciso tornar o teatro uma realidade"
- Patrícia Galvão, em "A Tribuna".


Em reunião de teatro, Patrícia Galvão, ao centro, ao lado de Paschoal Carlos Magno.
 Abaixo, de óculos, Maurice Lègeard. De bigode, Evêncio da Quinta,
ao lado de Plínio Marcos - foto: Arquivo Cinemateca de Santos


“O fim é a libertação do homem desde as suas bases de pão e de abrigo, de amor e de sonho, de aspiração e criação, até que se transformem as relações de semelhante a semelhante, e se estabeleça em toda a plenitude a dignidade de uma paz e de uma solidariedade contritamente vividas.”
- Patrícia Galvão, a Pagú, em "Verdade e Liberdade", trecho extraído da página 216 do livro 'Viva Pagu - Fotobiografia de Patrícia Galvão', de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz.


CINEMA
Patrícia Galvão (Pagú), por Max
Filme: Eternamente Pagu
Sinopse: A história de Patricia Galvão, ativista política, literária e artística, que escandalizou a sociedade burguesa brasileira na primeira metade do século. Torna-se musa da poesia modernista, vive um romance com Oswald de Andrade, filia-se ao Partido Comunista e quase é deportada para a Alemanha nazista. Depois de uma viagem ao exterior, volta ao Brasil, é presa e, ao sair, rompe com o partido e se dedica ao teatro de vanguarda.
Ficha Técnica
Título Original: Eternamente Pagú 
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Ano: 1988/ Brasil
Direção: Norma Bengell
Roteiro: Márcia de Almeida, Geraldo Carneiro, Norma Bengell
Trilha sonora: Turíbio Santos, Roberto Gnatalli
Fotografia: Antonio Luis Mendes
Elenco: Antônio Pitanga; Ariel Coelho; Beth Goulart; Breno Moron; Breno Moroni; Carla Camurati; Carlos Gregório; Eduardo Lago; Esther Goes; Kito Junqueira; Marcelo Pichi; Maria Sílvia; Nina de Pádua; Norma Benguell; Otávio Augusto; Patrícia Galvão; Paulo Villaça e Suzana Faíni
Produção: Embrafilme, Flai Cinematográfica, Maksoud Plaza, Sky Light
Distribuição: Embrafilme e Riofilme


Eternamente Pagu, direção Norma Bengell



Filme: Pagu: livre na imaginação e no tempo
Sinopse: [...]
Ficha técnica
videodocumentário - curta-metragem
Ano: 2001
Direção: Rudá de Andrade e Marcelo Tassara
Texto e narração: Lúcia Maria Teixeira Furlani
Produção executiva: Rudá de Andrade 
Edição: Eduvaldo Mathias de Oliveira
Assistente de produção: Rudá Kocubej de Andrade
Consultoria: Gilson de Melo Barros
Fotografias: Araquém Alcântara
Produção: Unisanta (Universidade Santa Cecília - Santos)
Áudio: Carlos Andrade, Paulo Andrade e José Carlos dos Santos
Técnica: Emerson Nizzolli e José Carlos dos Santos. 



Curta-metrage: Pagu: livre na imaginação e no tempo, 
direção: Rudá de Andrade e Marcelo Tassara


Documentário: Eh, Pagu!, Eh!
Direção e roteiro: Ivo Branco
Curta-metragem
Ano: 1982


Filme: O Homem do Pau Brasil
Direção e roteiro: Joaquim Pedro de Andrade
Longa-metragem
Ano: 1981

Filme: Macunaíma
Direção e roteiro: Joaquim Pedro de Andrade
Longa-metragem
Ano: 1969


"Dentro desta mulher, longe de condicionamentos e repressões estéticas, literárias, sexuais, sociais e culturais, topamos com a leveza dos traços, quase infantis, característicos de uma Arte Moderna, que retratam a sensibilidade de sua alma."
- Maria Lúcia Teixeira Furlani


Geraldo Ferraz e Pagú, nos traços de Accindino de Andrade, o Dino


Coco de Pagu
Pagu tem os olhos moles
uns olhos de fazer doer.
Bate-côco quando passa.
Coração pega a bater.

Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.

Patrícia Galvão (Pagú), por Cândido Portinari (1933)
Passa e me puxa com os olhos
provocantissimamente.
Mexe-mexe bamboleia
pra mexer com toda a gente.

Eli Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.

Toda a gente fica olhando
o seu corpinho de vai-e-vem
umbilical e molengo
de não-sei-o-que-é-que-tem.

Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.

Quero porque te quero
Nas formas do bem-querer.
Querzinho de ficar junto
que é bom de fazer doer.

Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.
- Raul Bopp, em “Bopp passado a limpo por ele mesmo”. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1972, pp. 74-5.




POEMAS
Um peixe
Um pedaço de trapo que fosse
Atirado numa estrada
Em que todos pisam
Um pouco de brisa
Uma gota de chuva
Uma lágrima
Um pedaço de livro
Uma letra ou um número
Um nada, pelo menos
Desesperadamente nada.
Patricia Galvão (Pagú)


Canal
Nada mais sou que um canal
Seria verde se fosse o caso
Mas estão mortas todas as esperanças
Sou um canal
Sabem vocês o que é ser um canal?
Apenas um canal?

Evidentemente um canal tem as suas nervuras
As suas nebulosidades
As suas algas
Nereidazinhas verdes, às vezes amarelas
Mas por favor
Não pensem que estou pretendendo falar
Em bandeiras
Isso não

Patrícia Galvão (Pagú)
Gosto de bandeiras alastradas ao vento
Bandeiras de navio
As ruas são as mesmas.
O asfalto com os mesmos buracos,
Os inferninhos acesos,
O que está acontecendo?
É verdade que está ventando noroeste,
Há garotos nos bares
Há, não sei mais o que há.
Digamos que seja a lua nova
Que seja esta plantinha voacejando na minha frente.
Lembranças dos meus amigos que morreram
Lembranças de todas as coisas ocorridas
Há coisas no ar…
Digamos que seja a lua nova
Iluminando o canal
Seria verde se fosse o caso
Mas estão mortas todas as esperanças
Sou um canal.
Patricia Galvão (Pagú), Publicado n’A Tribuna, Santos/SP, em 27-11-1960.


Natureza morta
Os livros são dorsos de estantes distantes quebradas.
Estou dependurada na parede feita um quadro.
Ninguém me segurou pelos cabelos.
Puseram um prego em meu coração para que eu não me mova
Espetaram, hein? a ave na parede
Mas conservaram os meus olhos
É verdade que eles estão parados.
Como os meus dedos, na mesma frase.
Espicharam-se em coágulos azuis.
Que monótono o mar!

Os meus pés não dão mais um passo.
O meu sangue chorando
As crianças gritando,
Os homens morrendo
O tempo andando
As luzes fulgindo,
As casas subindo,
O dinheiro circulando,
O dinheiro caindo.
Os namorados passando, passeando,
O lixo aumentando,
Que monótono o mar!

Procurei acender de novo o cigarro.
Por que o poeta não morre?
Por que o coração engorda?
Por que as crianças crescem?
Por que este mar idiota não cobre o telhado das casas?
Por que existem telhados e avenidas?
Por que se escrevem cartas e existe o jornal?
Que monótono o mar!

Estou espichada na tela como um monte de frutas apodrecendo.
Si eu ainda tivesse unhas
Enterraria os meus dedos nesse espaço branco
Vertem os meus olhos uma fumaça salgada
Este mar, este mar não escorre por minhas faces.
Estou com tanto frio, e não tenho ninguém ...
Nem a presença dos corvos.
- Patrícia Galvão, em "Patrícia Galvão Pagu: vida-obra", de Augusto de Campos. Brasiliense, São Paulo, 1987, p. 169. [Publicado originalmente no Suplemento Literário do Diário de São Paulo, em 15-8-1948, assinado pela pseudônima Solange Sohl (Patrícia Galvão)].


Nothing
Nada nada nada
Nada mais do que nada
Porque vocês querem que exista apenas o nada
Pois existe o só nada
Um pára-brisa partido uma perna quebrada
O nada
Fisionomias massacradas
Patrícia Galvão (Pagú)
Tipóias em meus amigos
Portas arrombadas
Abertas para o nada
Um choro de criança
Uma lágrima de mulher à-toa
Que quer dizer nada
Um quarto meio escuro
Com um abajur quebrado
Meninas que dançavam
Que conversavam
Nada
Um copo de conhaque
Um teatro
Um precipício
Talvez o precipício queira dizer nada
Uma carteirinha de travel’s check
Uma partida for two nada
Trouxeram-me camélias brancas e vermelhas
Uma linda criança sorriu-me quando eu a abraçava
Um cão rosnava na minha estrada
Um papagaio falava coisas tão engraçadas
Pastorinhas entraram em meu caminho
Num samba morenamente cadenciado
Abri o meu abraço aos amigos de sempre
Poetas compareceram
Alguns escritores
Gente de teatro
Birutas no aeroporto
E nada.
Patricia Galvão (Pagú), Publicado n’A Tribuna, Santos/SP, em 23/09/1962.



FORTUNA CRÍTICA DE PATRÍCIA GALVÃO - A PAGÚ
Patrícia Galvão (Déc. 1930)
ACERVO. Pagu - Patrícia Rehder Galvão 9/6/1910, São João da Boa Vista (SP) – 12/12/1962, Santos (SP). Acervo Estadão. Disponível no link. (acessado 21.4.2014).
ADONIAS FILHO. Modernos ficcionistas brasileiros. Rio de Janeiro: Edições O Cruzeiro, 1958, pp. 92-96.
ALMEIDA, Nizael Flores. Influência de Patrícia Galvão na estréia do dramaturgo Plínio Marcos. Disponível no link. (acessado em 20.4.2014).
AMARAL, Maria Adelaide; NOGUEIRA, Alcides. Um Só Coração. Direção geral de Carlos Araújo e direção de núcleo de Carlos Manga. São Paulo: Som Livre, distribuidora. DVD (120 min.): DVD, Ntscc, son., color, 2004. 
ANDRADE, Gênese. A escritura estilhaçada de Pagu. Revista da Biblioteca Mário de Andrade. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, v. 65, p. 158-187, nov. de 2009. 
ANDRADE, Gênese. Patrícia Galvão: Entre la persona y el personaje. In: Mujeres que escriben en América Latina. CEMHAL, 2007. 
AZEVEDO, Luciene Almeida; RODRIGUES, Juliana Borges. Pagu: mulher e intelectual. XI Congresso Internacional da ABRALIC, USP – São Paulo, 13 a 17 de julho de 2008. Disponível no link. (acessado 21.4.2014).
BARBOSA, Adriana Maria de Abreu. Pagu: Antropofagia e Pós-feminismo. In: VIII Seminário Nacional Mulher e Literatura, 1999, Salvador. VIII Seminário Nacional Mulher e Literatura. Salvador: ufba, 1999. p. 45-45.
BASTOS, Marcus Vinicius Fainer. Totem e Pagu. Uma análise intersemiótica da Revista de Antropofagia. (Monografia Graduação em Comunicação Social Jornalismo). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 1995.
BENGELL, Norma. Eternamente Pagú. Produção de Embrafilme, Flai, roteiro de Márcia de Almeida, Geraldo Carneiro e Norma Bengell. São Paulo: Embrafilme e Riofilme  distribuidora, 1988.1 Videocassete (100min.): VHS, Ntscc, son., color, 1987.
BILINSKI, Deise. Eternamente Pagú, Leila, Olga e Zuzu Angel - a mulher como protagonista. (Dissertação Mestrado em Comunicação e Linguagens). Universidade Tuiuti do Paraná, UTP, 2008. Disponível no link. (acessado 21.4.2014).
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Da esquerda para a direita: Patrícia Galvão (a Pagú), Anita Malfatti
Benjamin Peret, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Elsie Houston, 
Álvaro Moreyra, Eugênia Moreira e Maximilien Gauthier 
- foto: Estação Central do Brasil - durante a exposição de Tarsila do 
Amaral no Rio de Janeiro, em 1929 (Amaral, Aracy. Tarsila 
sua obra seu tempo, vol. I. São Paulo: Perspectiva, 
Edusp, 1975, p. 280).


CADERNOS PAGU - NÚCLEO DE ESTUDOS DE GÊNERO (UNICAMP)
Criado em 1993, Cadernos Pagu, um dos principais periódicos brasileiros centrados na problemática de gênero, divulga reflexões teórico-metodológicas, resultados de pesquisa, documentos e resenhas, abordados a partir de diferentes perspectivas teóricas  A produção sobre os principais temas contemplados pela publicação – trabalho, educação, violência, sexualidade, raça, família, literatura, teorias feministas e teorias de gênero – tem oferecido significativa contribuição para as discussões no âmbito acadêmico e fundamentais subsídios para a atuação de organizações não governamentais e governamentais, incluindo a formulação de políticas públicas.
Apresentação
Patrícia Galvão, a Pagú
O Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, da Universidade Estadual de Campinas, é um centro interdisciplinar de pesquisa voltado para a produção e disseminação do conhecimento em torno da problemática de gênero. As atividades de pesquisa, de natureza acadêmica , congregam especialistas que desenvolvem estudos no âmbito de diferentes tradições disciplinares, contemplando temas variados, abordados a partir de diversas perspectivas teóricas.
Linhas de pesquisa:
:: sexualidade
:: história das ciências
:: curso da vida - educação
:: distribuição de justiça
:: mídia
:: teorias feministas e perspectivas disciplinares
:: demografia da família
:: difusão de conhecimentos associados à problemática do gênero
A disseminação de conhecimento é viabilizada através de conferências seminários, debates e publicações Periódicas. O Núcleo conta com grupos permanentes de discussão de pesquisa e um acervo bibliográfico especializado aberto à comunidade.
:: Saiba mais no site oficial: Cadernos Pagu



Patrícia Galvão (Pagú), por Ulisses
CENTRO DE ESTUDOS PAGU UNISANTA
O Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos, reúne cerca de três mil arquivos originais e digitalizados sobre Patrícia Galvão, a grande maioria inédita. Colabora assim para difundir para todo o País essa memória, da qual é o depositário.
O Centro foi fundado em 2005, pela escritora e presidente da Unisanta, Lúcia Maria Teixeira Furlani.
Serviço
Sede: Universidade Santa Cecília – CEP Unisanta- Biblioteca Central. Rua Oswaldo Cruz, 277, 1º andar, Santos – SP. Telefone: (13) 3202.7180 / siga: @100anosdepagu



Detalhe do livro "Viva Pagu, Fotobiografia de Patricia Galvão"


AGÊNCIA PATRÍCIA GALVÃO
A Agência Patrícia Galvão é uma iniciativa do Instituto Patrícia Galvão, criada em 2009 para atuar na produção de notícias e conteúdos sobre os direitos das mulheres brasileiras.
Trata-se de um investimento que pretende dar maior amplitude à cobertura jornalística, influindo no comportamento editorial sobre problemas, propostas e prioridades que atingem 51% da população do país: as mulheres.
Hoje, a internet é a principal ferramenta de busca de conteúdo de suporte editorial nas redações. Ao acessar o portal da Agência, o profissional da imprensa encontrará um conteúdo multimídia diversificado, preciso, confiável e atualizado na forma de sugestões de pauta, notícias selecionadas, indicação de fontes qualificadas, dados, pesquisas, indicadores e artigos de opinião.
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"Pagu foi pioneira nas idéias e na ação, transcendeu seu tempo, por ousar sofreu, sentiu ostracismo, foi perseguida, presa, torturada, não se vergou, não se entregou. Somente a doença venceu-a. A vida do espírito, porém, desconhece a morte. Fez história...”
- Maria Célia de Campos Marcondes


Patrícia Galvão, a Pagú (c. 1930) -
foto: livro Paixão Pagu - A autobiografia ...
REFERÊNCIAS E FONTES DE PESQUISA


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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Patrícia Galvão, a Pagú: musa antropofágica e visionária. Templo Cultural Delfos, abril/2014. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 23.4.2014.




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6 comentários:

  1. Amando os post e as pesquisas feitas ... conhecendo um mundo que já admirava e que vem me preenchendo cada vez mais por aqui, grata por isso!

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  2. A primeira mulher presa política no Brasil não foi Pagu, foi Bárbara de Alencar. Bárbara lutou na revolução Pernambucana. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47472962

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  3. Mulher independente, sofreu por mostrar e ser diferente

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  4. Em 1930 não havia "Partido Comunista Brasileiro" mas sim "Partido Comunista do Brasil" com a sigla PCB na época.

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