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Kaká Werá e a sua ecologia do ser

 
Kaká Werá - foto: © Eduardo Fujise e Gideoni Junior / Itaú Cultural

© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske
Por gentileza citar conforme consta no final desse trabalho. 


"Para nós, a literatura indígena é uma maneira de usar a arte, a caneta, como uma estratégia de luta política. É uma ferramenta de luta. E por que uma luta política? Por que à medida que a gente chega à sociedade e a sociedade nos reconhece como portadores de saberes ancestrais e como intelectuais, ela vai reconhecer também que existe uma cidadania indígena. E que dentro da cidadania existem determinados direitos constitucionais que não ferem, que não desagregam a sociedade, seja indígena ou não indígena."
- Kaka Werá. Coleção Tembetá. Azougue Editorial, 2015.

ESBOÇO BIOBIBLIOGRÁFICO DE KAKÁ WERÁ

Kaká Werá Jecupé (São Paulo, São Paulo,  1964-), escritor, ambientalista e tradutor. É descendente do povo Tapuia e acolhido pelos guarani, junto aos quais desenvolve uma extensa pesquisa histórica, linguística e cultural. Envolvido em processos educativos, atua na valorização, registro e difusão dos saberes ancestrais de povos indígenas.

Nos anos oitenta Kaká Werá notabilizou-se pelo empreendedorismo social; desenvolvendo projetos sustentáveis, criando tecnologias sociais que aliaram arte, valorização de culturas e cooperatividade.

Tornou-se um dos precursores da literatura indígena no Brasil e uma autoridade na difusão dos saberes e valores ancestrais. Destaca-se hoje no desenvolvimento de pessoas e como facilitador de processos de autoconhecimento, tendo por base a sabedoria da tradição tupi-guarani.

Aprofunda e amplia seus estudos unindo a experiência pessoal, à antropologia cultural e às iniciações espirituais em filosofias ancestrais do ocidente e oriente.

É Integrante do Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT) e educador na Unipaz (Universidade Holística da Paz) há mais de 20 anos. Já percorreu mais de 10 países (entre eles Estados Unidos, Inglaterra e França) abordando temas ligados à ancestralidade, cultura de paz, espiritualidade, autoconhecimento e auto-liderança.

Atualmente Kaká realiza sua missão de difusão dos saberes ancestrais e seus valores espirituais através da literatura e da facilitação de processos de autodesenvolvimento em imersões, seminários, retiros, cursos presenciais e on-line e em palestras por todo o Brasil e exterior.

Kaká é, desde criança, um apaixonado pela literatura e considera esta a sua forma de expressar, despertar reflexões e sensibilizar as pessoas para os valores contidos nas sabedorias ancestrais.

É autor de diversos livros,  dentre eles os mais recentes são: A Águia e o Colibri (2019), escrito em parceria com Roberto Crema, com o Selo Arapoty e  O Trovão e o Vento, pela Ed. Polar (2016).

Sua produção literária  iniciou com o título Todas as Vezes que Dissemos Adeus (1994), em seguida veio Terra dos Mil Povos (1997),  traduzido para o francês e o alemão e  Fabulosas Fábulas de Iauaretê (1999), que receberam vários prêmios e recomendações nacionais e internacionais, dentre eles do Programa Nacional do Livro Didático (2010), do Catálogo de Bolonha na Itália (1998, 2008) e foram considerados Altamente Recomendados pela Fundação Nacional do Livro. Ainda publicou  Tupã Tenondé (2001) e  em 2018 colaborou com a criação da Coleção Tembetá, da Editora Azougue, que reuniu as biografias de líderes indígenas brasileiros, sendo um dos títulos destinado a seu nome.

Kaká Werá também escreveu duas peças de teatro  premiadas, Morená (2010)  e O Menino Trovão (2012), que já foram encenadas por companhias de teatro no Brasil e em Portugal.
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*Outras informações biográficas AQUI! (acessado em 7.12.2021).


"Andar é humano. Quem anda seus males espanta. Caminhar para mim é algo que une duas coisas: a saúde e o sagrado. Faz o corpo lembrar que está vivo; permite que músculos, órgãos e todo um complexo de motricidade cumpram sua tarefa. Faz todas as partes do organismo sentirem-se importantes, presentes, lúcidas e como resultado, brilha vitalidade pelos poros. Além do mais, faz parte da natureza humana tecer caminhos, abrir trilhas, estradas, conectar pontos, pessoas e lugares."
- Kaká Werá, em "Caminhar é preciso". site do autor.  dez/2021.

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Kaká Werá - foto: © Arquivo pessoal

OBRA DE KAKÁ WERÁ

Livros
:: Oré Awé Roiru'a Ma: Todas as vezes que dissemos adeus. Kaká Werá JecupéSão Paulo: Editora Triom, 1994; 2ª ed., 2002.
:: A terra dos mil povos: História Indígena do Brasil contada por um índio. Kaká Werá Jecupé. [ilustrações Taísa Borges]. São Paulo: Editora Peirópolis, 1998; 3ª ed., 2000.
:: Tupã Tenondé: A criação do Universo, da terra e do homem segundo a tradição oral Guarani. Kaká Werá Jecupé. São Paulo: Editora Peirópolis, 2001.
:: A criação do mundo segundo os guaranis – A voz do TrovãoKaká Werá JecupéEdição bilíngue português/alemão. Editora Antroposófica; Instituto Arapoty, 2013.
:: O trovão e o vento: um caminho de evolução pelo xamanismo Tupi-Guarani. Kaká Werá Jecupé. São Paulo: Polar Editora, 2016.
:: Kuaracy KoráKaká Werá Jecupé. Ebook. São Paulo: Arapoty Livros, 2020.
:: O poder do sonhoKaká Werá Jecupé. São Paulo: Arapoty Livros,  2021. {disponível também em ebook}.

Infanto-juvenil
:: As fabulosas fábulas de Iauaretê. Kaká Werá Jecupé. [ilustrações Sawara]. São Paulo: Editora Peirópolis, 1999; 2007.
:: Menino - trovão. Kaka Wera. [ilustrações Mauricio Negro]. Coleção Giralssol. Editora Moderna, 2022 {Selo Cátedra 10 Unesco}.
:: Uga - A fantástica história de uma amizade daquelas. Kaká Werá Jecupé [ilustrações Taisa Borges]. Coleção Fabulosas fábulas. São Paulo: Editora Peirópolis 2023.
:: Corre, CotiaKaká Werá Jecupé [ilustrações Sawara]. Coleção Fabulosas fábulas. São Paulo: Editora Peirópolis 2024

Em parceria
:: A águia e o colibri. Roberto Crema e Kaká Werá. São Paulo: Arapoty Livros, 2019.

Coleção Tembetá
:: Kaka Werá. [coordenação Sérgio Cohn e Idjahure Kadiwel]. Coleção Tembetá. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2015.

Organização
:: Coleção Tembetá. [organização Kaká Werá; coordenação Sérgio Cohn e Idjahure Kadiwel; produção Cristino Wapichana]. Rio de Janeiro: Azougue Editorial / Revistas de Cultura; Lisboa: Oca Editorial. 2015-2019. {autores da coleção: Kaka Werá, Sonia Guajajara, Álvaro Tukano, Ailton Krenak, Jaider Esbell, Eliane Potiguara, Daniel Munduruku, Biraci Yawanawá, ...}.
:: Apytama: floresta de histórias. [organização Kaká Werá; ilustrações Digo Cardoso]. Coleção Veredas. São Paulo: Editora Moderna, 2023. {autores presentes: Daniel Munduruku, Kaká Werá, Cristino Wapichana, Ademario Ribeiro Payayá, Tiago Hakiy; e também representantes das gerações mais jovens e de grande talento como Edson Kaiapó, Auritha Tabajara, Trudruá Dorrico e Márcia Kambeba}.

Em antologias
:: Poranduba - Roda de histórias indígenas - 1 Livro + 4 CD'S: CD 1 – Criação e amor - CD 2 – Metamorfose e magia - CD 3 – Fogo, água, céu e terra - CD 4 – Plantas e animais. [organização Rute Casoy]. Editora Nau, 2009. {Um mergulho nas histórias de 28 mitos indígenas brasileiros. O projeto Poranduba é uma realização do grupo “Roda de Histórias Indígenas”, do INBRAPI (Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual) e da Nau Editora e contou com o patrocínio do Programa Petrobras Cultural, na linha de Educação para as Artes, visando à produção de materiais para educadores | Histórias dos povos: Bororo, Desana, Guarani, Kayapó, Kaingang, Kamaiurá, Karajá, Kaxinawá, Krenak, Kuikuro, Macuxi, Mawé, Munduruku, Nambikwara, Taulipang, Tikuna, Tukano, Waijãpi, Wapichana, Xavante. | Possui histórias narradas por: Ailton Krenak e Kaká Werá Jecupé | Participações especiais de: Alvaro Tukano, Daniel Munduruku, Naná Vasconcelos, Pajé Kaba Biboy Munduruku, Cristino Wapichana, entre outros}.
:: Poesia indígena hoje: resiliência. [organização Beatriz Azevedo e Julie Dorrico]. Dossiês 1. Revista p-o-e-s-i-a, n. 1 . 2020. {“Cardumes poéticos” - conta com participação de: Ailton Krenak, Aline Pachamama (puri), Auritha Tabajara, Ãtekáy (pataxó), Eliane Potiguara, Edson Krenak, Graça Graúna (potiguara/RN), Gustavo Caboco (wapichana), Ian Wapichana, Itayná Ranny Tuxá, Jamile Nunes (parintintim), Juliana Kerexu (guarani), Julie Dorrico (makuxi), Marcia Mura, Marcia Kambeba, Olivio Jecupé (guarani), Renata Machado (Tupinambá), Tiago Hakiy (mawé), Yaguaré Yamã (sateré-mawé) e Zélia Balbina (puri) | ensaios “Sementes” - conta com participação de: Daniel Munduruku, Fernanda Vieira (xocó/SE), Geni Ñunez (guarani), Jaider Esbell (makuxi), Kaka Werá (Tapuia) e Maria Elis Nunc-Nfôonro (xokleng)}. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
:: Firmando o pé no território: temática indígena em escolas. [organização Angelise Nadal Pimenta, Paula Mendonça de Menezes; ilustrações Ailton Krenak]. Rio de Janeiro: Pachamama Editora, 2020. {vários autores}.
:: Apytama: floresta de histórias. [organização Kaka Wera; ilustações Digo Cardoso]. Coleção Veredas. Editora Moderna, 2023. {autores presentes: Daniel Munduruku, Kaká Werá, Cristino Wapichana, Ademario Ribeiro Payayá, Tiago Hakiy, Edson Kaiapó, Auritha Tabajara, Trudruá Dorrico e Márcia Kambeba}.


Kaká Werá - foto: © revista Trip

ÁLBUNS MUSICAIS

DISCO "PORÃ-HEI – A TRADIÇÃO DO SOL, DA LUA E DOS SONHOS" • Kaká Werá • 2002

- músicas -
1 - Aguijeveve.
2 - Eju apy.
3 - I-Guara.
4 - .
5 - Ayvu rapyta.
6 - Mitã.
7 - Ava Tenondé.
8 - Nheen'g.
9 - Ibi-cy.
10 - Maino-I.
11 - Toré do arco-íris.
- ficha técnica - 
Músicos: Pedro Sá (baixo, guitarras e synth), Corciolli (teclados), Kassin (bases de narração), Leo Monteiro (percussões eletrônicas), Kaká Werá (vozes e percussões).
Produção: Moreno Veloso e Bartolo
Selo Azul Music
Formato: CD
Ano: 2002.
* Disponível no Spotify e Work Archive (acessado em 7.12.2021).

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DISCO "NHEMONGUATÁ" • Grupo Manuí • 2012  

O CD Nhemonguatá são histórias indígenas do livro "As Fabulosas Fábulas de Iauaretê" escritas por Kaká Werá e interpretadas pelo Grupo Manuí. As músicas são de autoria dos integrantes do Manuí, do escritor e de domínio público.
- músicas - 
1 - A mulher que se casou com Iauaretê (Domingos de Salvi, Kaká Werá e Leandro Pfeifer) 
2 - Gerações (Leandro Pfeifer e Tatiana Zalla) 
3 - Juruá e Anhangá (Domingos de Salvi, Kaká Werá e Leandro Pfeifer)
4 - Juruá vira peixe (Kaká Werá)
5 - Juruá, o Boto e o Pirarucu (Kaká Werá e Toninho Carrasqueira)
6 - Iauaretê-mirim e o Jatobá (Domingos de Salvi e Kaká Werá) 
7 - Iauaretê-mirim e a oportunidade (Kaká Werá)
8 - Olha o Guará (Kaká Werá e Leandro Pfeifer)
9 - Iauaretê-mirim encontra Jacy Tatá, a mulher estrela (Kaká Werá e Toninho Carrasqueira)
10 - Licença pro menino (Leandro Pfeifer)
11 - Dona Maria (Domínio Público)
12 - Canção das quatro direções (Kaká Werá)
13 - Sobre o encarte (Tatiana Zalla)
- ficha técnica -
Direção musical: Toninho Carrasqueira
Arranjos: Edson Alves
Participação especial: Kaká Werá
Músicos: Domingos de Salvi(viola caipira); Thomas Rohrer (rabeca e violino); Gabriel Levy (acordeom); Ari Colares (percussão); Neymar Dias (contrabaixo); Julio Ortiz (violoncelo); Rosângela Macedo (vocais) 
Participação: Coral de crianças com direção musical e arranjos de Pedro Paulo Salles e regência de Daisy Fragoso; onto de Cultura Arapoty Cultural, coordenado por Elaine Saron
Concepção do encarte e site (desenhos): Sawara
Programação visual: Iago Sartini
Selo: Independente
Formato: CD
Ano: 2012
Distribuição: Tratore.
* Disponível no Spotify. (acessado em 7.12.2021).

Kaká Werá - foto: © Arquivo pessoal

FILMOGRAFIA DE KAKÁ WERÁ 

- participação -

Filme (Série): Alegorias do Brasil | Direção Murilo Salles
Documentário | Episódios* | Cor | 26 min. cada | Brasil | 2018

Episódio 1: "Identidade e Natureza"
Sinopse: Neste primeiro capítulo, investigamos que no Brasil não vigora um símbolo forte e essencial de identidade, mas, sim, alegorias fragmentadas do que é ser brasileiro. Em seguida, discutimos como esse sentimento de identificação dos brasileiros com seu país passa menos pela nossa história concreta e seus eventos políticos do que pela imaginação, ou seja, pela natureza e pela cultura.
Entrevistados: João Cezar de Castro Rocha, Antônio Risério, Beatriz Jaguaribe, Beatriz Resende, Carlos Andreazza, Contardo Calligaris, Daiara Tukano, Eduardo Jardim, Fausto Fawcet, Francisco Bosco, Fred Coelho, Giovana Xavier, Guilherme Wisnik, Guillermo Guicci, Heloísa Starling, Jeanne Marie Gagnebin, Kaká Werá, Laura de Mello e Souza, Lorenzo Mammi, Luiz Antônio Simas, M. D. Magno, Maurí­cio Lissovsky, Muniz Sodré, Paulo Sergio Duarte, Renato Lessa, Silviano Santiago, Thula Pires e Ynaê Lopes dos Santos

Episódio 6"Sem Fé, Sem Lei, Sem Rei"
Sinopse: O processo de colonização do Brasil deixou aos índios que habitavam o território as alternativas de morrer fisicamente ou simbolicamente. Mas, por outro lado, permitiu o intercurso entre suas culturas e a europeia. Essa aculturação é notável nas representações que, desde Pero Vaz de Caminha até o Romantismo e o Modernismo, foram feitas dos índios e moldaram a nossa imaginação sobre eles.
EntrevistadosAntônio Risério, Beatriz Jaguaribe, Carlos Fausto, Daiara Tukano, Danilo Marcondes, Eduardo Jardim, Guilherme Wisnik, Guillermo Guicci, Kaka Werá, Laura de Mello e Souza, Luiz Antônio Simas, Maria Augusta Fonseca, Ronaldo Vainfas e Ynaê Lopes dos Santos

Episódio 7"Vívidos de amor"
Sinopse: Entre as mais famosas alegorias do Brasil, está a da miscigenação. O papel desempenhado pela sexualidade na formação desse que é reconhecido o nosso principal traço cultural. A miscigenação ocorreu, mas não como por vezes se imaginou, ao criar o paradigma de democracia racial, mas ela se deu, também, na base da violência com mulheres negras e índias.
Entrevistados: Antônio Risério, Auterives Maciel, Beatriz Jaguaribe, Carlos Fausto, Contardo Calligaris, Guilherme Wisnik, Guillermo Guicci, Jessé Souza, Kaka Werá, Luiz Antônio Simas, Manolo Florentino, Marilena Chaui, Maurí­cio Lissovsky, Muniz Sodré, Ronaldo Vainfas, Thula Pires e Ynaê Lopes dos Santos.

Episódio 10"Macunaíma".
Sinopse: Criado por Mário de Andrade, o personagem do romance Macunaíma tornou-se a grande alegoria modernista do Brasil. De um lado, é esperto e livre. De outro, mentiroso e malandro. Suas ambivalências são as do próprio brasileiro. É aberto e plástico. Mas acaba morto. Será que hoje ainda há espaço para o malandro, que não obedece e nem afronta, mas dribla a lei? Ainda somos macunaímicos?
Entrevistados: Antônio Risério, Auterives Maciel, Beatriz Jaguaribe, Eduardo Jardim, Eneida Maria de Souza, Ismail Xavier, João Cezar de Castro Rocha, Kaká Werá, Lorenzo Mammi, Luiz Antônio Simas, M. D. Magno, Pedro Meira Monteiro, Renato Lessa, Silviano Santiago, Thula Pires
- ficha técnica -
Direção e direção de fotografia: Murilo Salles
Roteiro: Itauana Coquet, Murilo Salles e Pedro Duarte
Produção: Fabricio Mota, Heitor Franulovic e Vanessa Santos
Direção de arte: Bruno Yoguy
Trilha sonora: Sacha Amback e Victor Biglione
Som direto: Fabricio Mota
Assistente de direção: Fabricio Mota
Assistente de produção: Gustavo Monlevad e Keila Chimite
Assistente de fotografia: Paulo Macedo
Eletricista: Evandro Tranquilinho
Maquiagem: Gabriela Schembeck e Rodrigo Sasic
Edição de som: Rodrigo Sasic
Mixagem: Rodrigo Sasic
Montagem: Itauana Coquet
Consultoria: Carla Rodrigues
Colorista: Glauco Guigon
Curadoria: Pedro Duarte
Logger: Viní­cius Assis
Produtora: Cinema Brasil Digital
Exibição: Canal Curta
* Série documental: Alegorias do Brasil  Direção Murilo Salles • 13 episódios • 26 min. • 2018
Sinopse geral: Uma imersão em nossas raízes históricas, nas mazelas e qualidades que nos tornam brasileiros. Ao longo de 13 capítulos, mais de 50 intelectuais que pensam o Brasil fazem uma revisão crítica dessas formações culturais que nos singularizaram. Como e por que somos assim? Quais procedimentos sociais foram se impondo e nos moldando?.

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Filme: 'O Povo Dourado somos todos nós'
Documentário | Cor | 63 min. | Brasil | 2015
Sinopse: Inspirado no conto de Kaká Werá sobre o mito de criação do mundo pelos Tupi Guaraní. O filme revela o encontro mágico entre uma orquestra de jovens alemães que vem ao Brasil com duas instituições de caráter social em busca da preservação da cultura indígena.
Direção e produção: Cecília Engels, Daniela Perente e Felipe Kurc
Animação: David Vidad e Beto Silva
Música: Winfried Vögele
Produção: Plano Astral Filmes
* Disponível online no canal da Plano Astral Filmes (acessado em 7.12.2021)


"Tem dois problemas gravíssimos que a sociedade contemporânea realiza: a dificuldade de ter sono e a dificuldade de respeitar a natureza. Os dois são problemas gravíssimos, pois geram doenças e distorções terríveis."
- Kaká Werá, em entrevista. In: ORTEGA, Anna. Kaká Werá Jecupé: “A sociedade não está conseguindo dormir, quanto mais sonhar”. Jornal UFRGS, 12 de novembro de 2020. 

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Kaká Werá - foto © Arquivo pessoal

FORTUNA CRÍTICA DE KAKÁ WERÁ

BRANDES, Silvely. Diálogos interculturais na literatura indígena contemporânea: Uma pesrspectiva bakhtiniana (Dissertação Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade). Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, 2017. Disponível no link. (acessado em 8.2.2023).
CIVITAS. Bate-papo com Kaká Werá - Programa Ecos da Alma Brasileira. In: Instituto Civitas Solis, 10.5.2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
DANNER, Leno Francisco (mediação). Pachamama como paradigma filosófica: Kaká Werá e Márcia Mura. In: Literatura Indígena Contemporânea, 10 de dezembro de 2020. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; CORREIA, Heloisa Helena Siqueira; DANNER, Fernando (Orgs.). Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica, recepção. [prefácio Ana Lúcia Liberato Tettamanzy]. 1ª ed., Porto Alegre: Editora Fi, 2018. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; DANNER, Fernando. Em busca da terra sem males: violência, migração e resistência em Kaká Werá Jecupé e Eliane Potiguara. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, v. 58, p. 1-17, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; DANNER, Fernando. A literatura indígena brasileira, o movimento indígena brasileiro e o Regime Militar: uma perspectiva desde Davi Kopenawa, Ailton Krenak, Kaká Werá e Alvaro Tukano. In: Espaço Ameríndio (UFRGS), v. 12, p. 252-289, 2018. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; DANNER, Fernando. Literatura indígena como descatequização da mente, crítica da cultura e reorientação do olhar: sobre a voz-práxis estético-política das minorias. In: Teatro: criação e construção de conhecimento, v. 5, n. 1, p. 9-33, 2017. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DEPOIMENTO. Kaká Werá – culturas indígenas. In: Itaú Cultural, 5.10.2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).. {Depoimento gravado durante o evento Mekukradjá – Círculo de Saberes de Escritores e Realizadores Indígenas, em setembro de 2016, em São Paulo/SP}.
DIÁLOGOSConversa Aberta - Indígenas.BR - Escritores - Kaká Werá, Eliane Potiguara e Denízia Xocó. In: Centro Cultural Vale Maranhão, abril de 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DORRICO, Julie. A estrutura do homem integrado à natureza como princípio da literatura indígena brasileira contemporânea. In: Espaço Ameríndio (UFRGS), v. 13, p. 242-267, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
ENTREVISTA. Kaká Werá - "Podemos aprender sobre este momento com as culturas indígenas". In: Jovem Pan News, 9.6.2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
EVELINA, Elda. O Povo Dourado somos todos nós – apresentação. In: Elda Evelina, 25 de maio de 2015. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
FERRAZ, Murilo; LOPES, Marcos Carvalho. #050 - Filosofia Indígena: Tupy-Guarani, com Kaká Werá. In: Filosofia Pop, 16.10.2017. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
FRIES, Alana. Daniel Munduruki e Kaka Werá Jecupé: uma experiência de leitura do mundo do outro. In: Espaço Ameríndio, v. 7, n. 1, 2013. Disponível no link. (acessado em 8.12.2021).
GALVÃO, Demetrios. Tembetá o Som do Saber Ancestral. In: Revista Acrobata, 13 de agosto de 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
GEBELUCHA, Daniela. Narrativas míticas Guarani no Brasil: das belas palavras às experienciações míticas - vozes de resistência dos Guarani contemporâneos. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
GIACOMOLLI, Dóris Helena Soares da Silva. Literatura indígena e a narrativa da memória : Eliane Potiguara, Daniel Munduruku e Kaka Werá Jecupé. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal do Rio Grande, FURG, Rio Grande/RS, 2020. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
GRAÚNA, Graça. Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2013.
KAKÁ WERÁ. A Terra é de Nhanderú - Kaká Werá fala sobre os quatro princípios da sabedoria ancestral da cultura Guarani em encontro de lideranças indígenas no Caminho do Meio. In: Revista Bodisatva, 24 de Setembro de 2017. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
KAKÁ Werá e a sabedoria ancestral. In: Peirópolis Editora, s/data. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
LIMA, Tarsila de Andrade Ribeiro. Poesia e oração na literatura de Kaká Werá Jecupé. In: Palimpsesto, v. 15, n. 22, p. 189-292, 2016. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
OLIVEIRA, Elisa Faria de.. Representações socioculturais indígenas diante o livro a terra dos mil povos de Kaka Werá Jecupé: lutas, resistências, estereótipos e concepções. (TCC / Monografia Graduação em História). Universidade Federal de Uberlândia, UFU, Uberlândia, 2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
ORTEGA, Anna. Kaká Werá Jecupé: “A sociedade não está conseguindo dormir, quanto mais sonhar” [entrevista]. In: Jornal UFRGS, 12 de novembro de 2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
PFEIFER, Leandro. Ecos da Paulistânia na educação: processo de inclusão da diversidade musical em contextos de formação. (Dissertação Mestrado em Música). Universidade de São Paulo, USP, 2016. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
PORTUGAL, Ana Raquel Portugal; HURTADO, Liliana Regalado de.. Representações culturais da América indígena. São Paulo: Editora UNESP, 2015.
QUARESMA, Carline Cunha Ramos; LEAL, Izabela Guimarães Guerra. Kaká Werá Jecupé e a tradução dos cantos sagrados mbyá guarani. In: Letras Escreve, v. 8, p. 533-554, 2018. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
RIBEIRO, Sidarta. O oráculo da noite: A história e a ciência do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
RODA VIVA - Kaká Werá. In: Roda Viva, 9.1.2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
SARMENTO-PANTOJA, Tânia. Outras faces das mesmas lutas – o testemunho na literatura indigenista no Brasil: Oré Awé Roiru’a Ma: Todas as vezes que dissemos adeus, de Kaka Werá Jecupé, e A queda do céu, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. In: Contexto, v. 36, p. 111-123, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
SILVA, Sofia Robin Ávila da.. "Invadindo o novo mundo": representação e auto representação na obra Oré awé roiru’a ma, Todas as vezes que dissemos adeus, de Kaká Werá Jecupé.  (TCC / Monografia Graduação em Letras). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, 2014. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
THIÉL, Janice Cristine. Pele Silenciosa - Pele Sonora: A construção da identidade indígena brasileira e norte-americana na literatura. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal do Paraná, UFPR, 2006. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
TUPINAMBÁ, Renata. "Aquilo que não tem alma se autodestrói" , diz escritor Kaká Werá [entrevista]. In: Rádio Yandê, 23 de maio de 2015. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
UNESPAR. Kaká Werá Jecupé - Pandemia, ancestralidade e a cura da humanidade. In: Unespar, 20 de maio de 2020. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
VILELA, Lucia Helena de Azevedo.. O Sentido de Estranho em Leslie Silko e Kaka Werá Jecupé: Identidades Culturais, Deslocamento e Terra. In: Aletria (UFMG), Belo Horizonte, v. 1, n.9, p. 68-77, 2002. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).

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"Eu acredito que podemos combater com arte, literatura, ombridade, sabedoria, ética e valores. Pois assim estamos combatendo com a força da alma. Aquilo que não tem alma se auto-destrói. Aprendi com os guaranis que a palavra é o corpo da alma. Quando uma palavra vem com verdade, ela vem com a força do espírito. E isso contagia. Se a gente combater  intolerância com intolerância estaremos somente alimentando mais ainda essa coisa terrível. E aquilo que alimentamos, vive. Assim como aquilo que não alimentamos, morre." 
- Kaká Werá, em entrevista concedida a Renata Tupinambá/ Rádio Yandê, 23 de maio de 2015. 


"O progresso, para nós, é você desenvolver a sua capacidade criativa, a sua expressão no mundo. Isso se manifesta na forma de lidar com o espaço e com a natureza na forma de celebração e cuidado"
- Kaka Werá. Coleção Tembetá. Azougue Editorial, 2015.


Kaká Werá - foto: © Arquivo pessoal

KAKÁ WERÁ NA REDE



"Ouvir as vozes da floresta nos faz compreender melhor a relação desses povos com a terra e a sua cultura de preservação da natureza. O indígena é o guardião de uma riqueza que é de toda a humanidade."
- Demetrios Galvão, em "Tembetá o Som do Saber Ancestral". Revista Acrobata, 13.8.2019. 

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* imagemKaká Werá - foto: © Airton Gontow.


© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros

© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske


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Trabalhos sobre o autor:
Caso, você tenha algum trabalho não citado e queira que ele seja incluído - exemplo: livro, tese, dissertação, ensaio, artigo - envie os dados para o nosso "e-mail de contato", para que possamos incluir as referências do seu trabalho nesta pagina. 


COMO CITAR:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Kaká Werá 
e a sua ecologia do ser. In: Templo Cultural Delfos, novembro/2024. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 19.11.2024.
** Página original DEZEMBRO/2021.






Direitos Reservados © 2024 Templo Cultural Delfos 

Olinda Beja - saberes e vivenciais

 
Olinda Beja - foto: © Luís Guita / RFI


© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske
Por gentileza citar conforme consta no final desse trabalho.


ESBOÇO BIOBIBLIOGRÁFICO DE OLINDA BEJA

Maria Olinda Beja Martins Assunção, conhecida como Olinda Beja, nasceu em 8 de dezembro de 1948, na cidade Guadalupe, São Tomé e Príncipe. Com quase 3 anos de idade é enviada para Portugal (Mangualde – Beira Alta). Poeta, romancista, contadora de histórias.

Em Portugal estudou e obteve o  Diploma Superior dos Altos Estudos Franceses da Alliance Française e, mais tarde, a Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas (Português/Francês), pela Universidade do Porto. Fez ainda o Curso de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (LALP) pela Universidade Aberta, tendo concluído, na Suíça, vários outros cursos inerentes à sua atividade profissional e literária. Foi professora do Ensino secundário desde 1976. A partir de 2005 e até 2014 lecionou Língua e Cultura Portuguesas na Suíça.

Aos 37 anos redescobre a sua ilha natal e dedica-lhe as suas obras, e, a partir de então, tem assumido o papel de Embaixadora da Cultura Santomense. Divide o seu tempo entre os dois países e corre o mundo para falar das Ilhas.  Escreve livros, conta e canta histórias sempre que o seu coração lhe pede. Olinda Beja tem 22 livros publicados, entre poemas, contos, romances e infanto-juvenis.  

As suas obras são objeto de estudo em várias universidades no Brasil, Inglaterra, Alemanha, França, África do Sul e nas escolas portuguesas da Suíça e de Luxemburgo onde, como leitura integral, foram adotadas as seguintes obras "15 Dias de Regresso"(Romance)  e "Pé de Perfume" (Contos).  O livro de contos "Histórias da Gravana" foi nomeado, entre os finalistas, para o grande Prémio Literário PT 2012.

Em 2013 venceu o Prémio Literário Francisco José Tenreiro (o maior prémio literário de S. Tomé e Príncipe) pela sua obra poética À Sombra do Oká. Em 2015 o seu livro Um Grão de Café entrou para o Plano Nacional de Leitura de Portugal.

Como contadora de histórias e dinamizadora cultural, tem desenvolvido o projeto pedagógico-cultural “A Arte do Dizer e do Contar” em vários palcos do mundo – Brasil, França, Austrália, Timor, Espanha, Luxemburgo, Portugal, Suíça, Alemanha, fazendo com que haja um maior conhecimento da poesia e dos poetas de São Tomé e Príncipe.

Tem ainda poemas e contos traduzidos para espanhol, francês, inglês, chinês (mandarim), árabe e esperanto, publicados em antologias e revistas. 

É membro da UNEAS (União dos Escritores e Artistas de S. Tomé e Príncipe) desde 1992. 

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Olinda Beja - foto: © RTP

OBRA DE OLINDA BEJA


Poesia
:: Bô Tendê?. Olinda Beja. [ilustrações José Alfredo Ramirão Costa]. Aveiro: Câmara Municipal de Aveiro, 1992; D.L. 1994.
:: Leve, Leve. Olinda Beja. Aveiro: Câmara Municipal de Aveiro, 1993.
:: No País do Tchiloli. Olinda Beja. Aveiro: Câmara Municipal de Aveiro, 1996.
:: Quebra-marOlinda Beja. [ilustrações Artur Fino]. Aveiro: Câmara Municipal de Aveiro, 2001.
:: Água CrioulaOlinda Beja. 1ª ed., Coleção Acácia rubra, n. 5. São Tomé e Príncipe: Centro Cultural Português/Instituto Camões, 2002;  2ª ed., [nota de apresentação Armindo Vaz de Almeida]. Coimbra: Pé de Página Editores, 2007.
:: O Cruzeiro do SulOlinda Beja. Edição bilingue Port./Esp. – Pontevedra: EditEl Taller del Poeta, 2011.
:: À Sombra do OkáOlinda Beja. Coleção Mamana poesia. Viseu: Edições Esgotadas, 2015. {Prémio Francisco José Tenreiro}.
:: Kilêlê - A Dança Sagrada do Falcão. Olinda Beja. Lisboa: Rosa de Porcelana Editora, 2021. 

Romance
:: 15 dias de regressoOlinda Beja. [capa de Jeremias Bandarra]. Aveiro: Câmara Municipal de Aveiro, 1993; 3ª ed., rev. e aumentada. Coimbra: Pé de página Editores, 2007.
:: A Pedra de Villa NovaOlinda Beja.  Coleção Imagens de Hoje. Viseu: Palimage Editores, 1999.

Conto e crônica
:: Pingos de ChuvaOlinda Beja.  Coleção Tempo de África, 1. Viseu: Palimage Editores, 1999.
:: A Ilha de IzunariOlinda Beja. [prefácio Jorge Paiva; ilustrações José Belo; capa Ilídio Jordão; foto Ângelo Salvadinha]. Coleção Canto do ossobó, vol. 2. S. Tomé e Príncipe: UNEAS - União Nacional dos Escritores e Artistas de S. Tomé e Príncipe, 2003.
:: Pé-de-PerfumeOlinda Beja.[ilustrações Sara Bandarra; fotografia Alfredo Assunção].  Lisboa: Escritor, 2004; 2ª ed., 2005; Viseu: Eden Gráfico, 2015; 4ª ed.,  Odivelas: Nimba Edições, 2021. {Bolsa de Criação Literária, 2004}.
:: A casa do pastorOlinda Beja. Colecção Viagens na Ficção. Lisboa: Chiado Editora, 2011. {livro traduzido para inglês por Ann Morgan}.
:: Chá do Príncipe (Fyá Xalela)Olinda Beja. Lisboa: Rosa de Porcelana Editora, 2017.

Infanto-juvenil
:: Simão BalalãoOlinda Beja. [ilustrações Elsa Ribeiro].  Vila Nova de Famalicão: Editorial Novembro, 2000.
:: Um grão de café: uma simples homenagem ao menino chinês do pote vazio. Olinda Beja. [ilustrações Teresa Bondoso; rev. Ana Maria Oliveira]. Moimenta da Beira: Edições Esgotadas, 1ª ed., 2013; 2ª ed., 2014; 3ª ed., 2015; 6ª ed., 2019. {integra o Plano Nacional de Leitura de Portugal}.
:: Tomé Bombom. Olinda Beja. [ilustrações Teresa Bondoso]. Viseu: Edições Esgotadas, 2016. 
:: Bom Dia Mamã-Flor!. Olinda Beja. [ilustrações Celsa Sanchez]. Vila Nova de Famalicão: Editorial Novembro, 2021.

Obra publicada no Brasil
Poesia
:: Aromas de CajamangaOlinda Beja. [organização e prólogo de Floriano Martins]. Coleção Ponte Velha. São Paulo: Escrituras Editora, 2009.
:: À Sombra do OkáOlinda Beja. [prefácio Zuleide Duarte]. São Paulo: Universo dos Livros, 2015.
Conto
:: Histórias da GravanaOlinda Beja. [prefácio Zuleide Duarte e Salvato Trigo]. São Paulo: Escrituras Editora, 2011. {Bolsa de Criação Literária, 2008}.
:: Chá do príncipe. Olinda Beja. Rio de Janeiro: Imã Editorial, 2021.

Em Antologias, coletâneas e seletas (participação)
:: Poesia africana de língua portuguesa - Antologia. [organização Livia Apa, Arlindo Barbeitos e Maria Alexandre Dáskalos]. Rio de Janeiro: Lacerda Editores; Academia Brasileira de Letras, 2003.
:: Literaturas insulares: leituras e escritas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe [organização Margarida Calafate Ribeiro, Silvio Renato Jorge]. Porto: Edições Afrontamento, 2011.
:: Ligarás tu corazón con el mío: antología de poesía africana de expresión portuguesa. [org. e traducion Rodrigo Arreyes, colaboración de Damián Lamanna Guiñazú; ilustración Ana Belén Barbieri]. Edición bilingüe. Editorial Simulcoop, 2012. {poetas presentes: Jaime Munguambe/Mozambique, Olinda Beja/ Santo - Tomé y Príncipe, José Craveirinha/Mozambique), Abraão Vicente/Cabo Verde y Nuno Rebocho/Cabo Verde}
:: Portugal-África: mitos e realidades vivenciais e artísticas [coord. Cristina Costa Vieira... [et al.]; design da ca. Madalena Sena. - Covilhã: Serviços Gráficos da Universidade da Beira Interior, 2012.
:: Roça Língua. coletânea de contos. [organização Marta Lança e Ana Monteiro; prefácio Isaura Carvalho; ilustração René Tavares]. Vila Nova de Famalicão: Editorial Novembro, 2014. {autores: Paulo Ramalho, Olinda Beja, Marta Lança, Ricardo Alves, Tatiana Salem Levy, Waldir Araújo, Ungulani Ba Ka Khosa, José Fialho Gouveia, José Eduardo Agualusa, Celina Pereira, Alberto S. Santos, Claudia Clemente, Daniel Galera, João Ferreira Oliveira, Filinto Elísio, Albertino Bragança}.
:: Literatura-mundo comparada, perspectivas em português, parte I. [coordenação Inocência Mata; Helena Carvalho Buescu]. Vol. II. Lisboa: Centro de Estudo Comparatistas; Letras Lisboa, Tinta da China, 2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
:: À margem da Literatura / Literatura e Lusofonia: Anais do VII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa 2017. [coord. Rui D'Ávila Lourido]. Cidade Praia/ Cabo Verde: UCCLA-União das Cidades, 2017. {autores presentes: Ana Mafalda Leite, Antonio Carlos Secchin, António-Pedro Vasconcelos, Bruno Vieira Amaral, Daniel Medina, Deusa D'África, Diana Andrinca, Emílio Tavares Lima, Inocência Mata, Jéssica Faleiro, João Nuno Azambuja, Jorge Gonçalves, José Carlos Vasconcelos, José Manuel Simões, Nuno Pinto, Nuno Rebocho, Olinda Beja, Raquela Ochoa, Rui Simões, Sérgio Godinho, Thiago Braga e Vera Duarte}. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
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* imagemOlinda Beja - arte © Francisco Conrado.

Participação / textos poéticos 
:: Págá dêvê. José A. Chambel. [textos poéticos de Olinda Beja; prefácio analítico de José Afonso Furtado]. Coleção Fotografia. Coimbra: Palimage Editores, 2000. {S. Tomé e Príncipe em fotografia.Um álbum que marca o regresso de um fotógrafo de arte à sua terra de origem após longos anos de ausência}.

Colaboração
:: Cadernos de Não-Ficção, n. 5. ano 5,  [editores Bruno Mattos, Samir Machado de Machado, Antônio Xerxenesky; editor convidado Reginaldo Pujol Filho]. Porto Alegre: Não Editora, dez. 2013. {colaboradores da edição: André Araujo, Caetano Sordi, Caroline Valada Becker, Danilo Augusto de Athayde Fraga, Guilherme Smee, Jeferson Tenório, Leonardo Peterson Lamba, Márcio-André, Olinda Beja e Priscila Kichler Pacheco}. Contém de Olinda Beja/ ensaio: "A Literatura nas Ilhas do Cacau". Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).

Depoimento
:: A Literatura Infanto-Juvenil na Obra da Escritora Santomense Olinda Beja. [depoimento]. In: Mulemba - Revista Cientifica, v. 13, n. 24, 2021. Disponível no link. (acessado em 3.12.2021).

Prêmios
2004 - Prémio 'Bolsa de Criação Literária - 2004', para a obra 'Pé-de-Perfume' (contos)
2008 - Prémio – Bolsa de Criação Literária- 2008, para a obra 'Estórias da Gravana' (contos). 
2013 - Prémio Francisco José Tenreiro (Tomé e Príncipe), pela obra 'A Sombra de Oká' (poesia).
2020 - Prémio do "FFIL -Freixo – Festival Internacional de Literatura", atribuído pelos organizadores do FFIL, o município de Freixo de Espada à Cinta e a Editorial Novembro
2020 - Prêmio Lusofonia 2020, na Área da Literatura, da Administração da Gala Prémio da Lusofonia. 
2021 - Prêmio "Destaque Especial 2021 – Maria Clara Machado", atribuído pela Diretoria Executiva da Prémio da Academia Internacional da União Cultural – Brasil.

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Olinda Beja - foto: © Arquivo pessoal

UMA SELETA DE POEMAS DA POETA OLINDA BEJA


ÂNCORAS
Âncoras de esperança. Prelúdio de árias inacabadas
cantilena de mãe nos braços das úluas
tambor no terreiro de San Kánina
 
meu avô lusitano. Caravelas de mãos sangrando
nos quatro cantos do mundo
meu avô africano. Meu sangue mestiço
angariando esmola
 
meu batuque... minha viola
- Olinda Beja, no livro "Ligarás tu corazón con el mío: antología de poesía africana de expresión portuguesa". Editorial Simulcoop, 2012. 

§§

DÁDIVA
Trago-te aromas de água
frutos gentes pele escura
gotículas de seiva vidas capinadas
oquês barrentos emprenhados
de pau-canela e cajamanga
trago-te aromas de corpo-alma
rituais de puíta e Danço-Congo
insónias tropicais
melodias de portos inéditos
palavras de gengibre repartido
por bocas onde escorre
abacaxi selvagem
 
trago-te trilhos de matos ainda
não descobertos
especiarias ondas de poemas
 
trago-te o que a minha ilha oferece
- Olinda Beja, no livro "Água Crioula". Pé de Página Editores, 2007.

§§

ÉBANO
Noite sem lua no deserto que comprime
a exatidão das coisas
paradoxo ambíguo de solidão estática do astro
inigualável

noite de breu no areal sem fim
do eterno além-fronteira
onde o nada vive acorrentado à esfinge
da nossa escuridão

flutuam estrelas mas a lua
não vem na mesma rota
das quimeras
escondeu o rosto na lagoa
onde perpétuo repousa
o despertar inviolável
da nossa cor de ébano
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

§§

FERTILIDADE
A nossa casa mãe é quali de goiabas
a projectar-se na floresta azul onde
o teu ventre se multiplica e se debate
em palavras molhadas de imensidão

tempos houve em que o teu rosto ausente
se embrenhou no plasma vigoroso que deteve
a morte inglória de teus frutos. Volto
à nossa casa mãe e o quali de goiabas

é o rosto de outras mães que saúdam as úluas
sozinhas e distantes na savana inquieta das ilhas
- Olinda Beja, no livro "Água Crioula". Pé de Página Editores, 2007.

§§

FRAGILIDADE
frágil o mar o sonho a utopia
A nossa emergência transparente de viver
Frágil a sombra do ôká
A fiá gleza
As plantações
Café cacau
Frágil o caminho que leva à verde casa
Frágil a mãe que ergue o dumo da coragem
E ergue o rio em sua voz magoada
E ergue a encosta crivada de matabala
E desce a foz de seus passos
E enlaça o corpo todo
No sangue rubro das acácias
Frágil o som da nossa voz
O ténue abraço que nos separa do amanhã
A hibridez de nossa pele nossos costumes
Frágil a enseada onde aportam
As jangadas de todas as raças
- Olinda Beja, no livro "O Cruzeiro do Sul". Editora El Taller del Poeta, 2011.

§§

FRAGRÂNCIA
na cidade fragmentada entre mar e mato
faltavam os teus olhos. Guardiões
de secretas falas neles se aninharam os meus dedos
carícias de longínquas ramagens em tardes oblíquas
tardes de perfumes de rosas de porcelana
primitivas rosas com folhas de andala. E sempre
borboletava a lembrança de teus olhos
teus negros olhos de antigas raízes

entre eles e o horizonte espraiava-se a existência
de um adeus. No limiar da fragrância reacendia-se
o gesto que delimitou as nossas vidas

tento desenhar novamente os cílios das rosas de porcelana
enquanto na citânia de teus negros olhos
alguém cinzela o altar de memórias onde se hão-de
ofertar papoilas sanguíneas e passifloras.
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

§§

GERMINAL
Ó minha ilha queimada pelo sol
pelas lágrimas do vento que escorreram
das escarpas e das vidas de teus filhos

Em ti repousam as cinzas das esperanças
que outrora viveram no leito de teus rios
Malanza, Manuel Jorge, Contador, Cauê...

Em ti germinam vidas repassadas
de lua e sol no cais do sofrimento
que as âncoras da vida vão soltando!

Ó minha ilha adocicada pela chuva
lacrimejante e pura batendo na sanzala
de todos os ilhéus sequiosos de amanhãs.
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

§§

MÃOS
Límpidas mãos que na noite se erguem
pedintes de óbolos que outras mãos espargem

na rota do sândalo buscam essas mãos
a essência pura de África milenar

mãos esguias rudes mãos pretas de cor
lívidas de pensamento
doridas mãos que embalaram sóis
e luas e estrelas
e vidas sem porvir
mãos que desenharam rostos e palavras
e todas as cores das aves solitárias
mãos que colheram café e gengibre e fruta-pão
mãos doces como mel de abelhas em cresta de junho
profundas e místicas como amêndoas do Shara
mãos que acenderam lamparinas
para varrer da noite a escuridão
mãos que adormeceram como borboleta
em cima de uma flor
mãos de avó, de mãe, de irmã
mãos de todas as mulheres que carregam nas costas
a imortalidade do universo
para vós este poema
perfumado de cajamanga
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

§§

NEGBA
Passas dengosa
perfumosa
exibindo olhares lascivos

às multidões do sexo.
Balouças
a flor de lótus
que escondes no teu corpo
por entre a garridez
de tecidos virginais
e vais
deixando pólen
gostoso
africanoso
em detalhes colíricos
de afectuosas manhãs
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

§§

POR TI
Por ti espero naquela roça grande
no perfume do izaquente
no sopro do vento irrequieto
no riso da montanha misteriosa.

Por ti espero junto ao secador
que meu avô ajudou a construir
e o cheiro do cacau
invade o corpo
que acalenta a esperança
de rever-te.

Espero sentada
no caminho que vai até à Grota
e serpenteio
a estrada de Belém onde as fruteiras
espreitam o sol
e o vianteiro.

Por ti espero
na calma do poente
entre a ânsia
e o amor que me consome.

A tarde vai caindo e nostalgicamente
arrastando o meu dilúvio de ternura.

Por ti espero ainda
no breu da noite imensa
na raiva que a paixão derrama e sangra
e é o tam-tam da madrugada que me obriga
a apagar da memória
a tua imagem
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

§§

QUEM SOMOS?
O mar chama por nós, somos ilhéus!
Trazemos nas mãos sal e espuma
cantamos nas canoas
dançamos na bruma

somos pescadores-marinheiros
de marés vivas onde se escondeu
a nossa alma ignota
o nosso povo ilhéu

a nossa ilha balouça ao sabor das vagas
e traz a espraiar-se no areal da História
a voz do gandu
na nossa memória...

Somos a mestiçagem de um deus que quis mostrar
ao universo a nossa cor tisnada
resistimos à voragem do tempo
aos apelos do nada

continuaremos a plantar café cacau
e a comer por gosto fruta-pão
filhos do sol e do mato
arrancados à dor da escravidão
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

§§

RAÍZES
Há rumores de mil cores enfeitando o espaço
de gorjeios infantis
transportando aquele abraço de anãs juvenis
árias que perduram na mensagem
da nossa voz e da nossa imagem.

São rumores de tambores
repercutindo a esperança de olhares inquietos
toada de lembranças
liturgia de afectos.

São rumores maternais
presos à terra que nos diz
que só o maior dos vendavais
arranca da árvore a raiz.
- Olinda Beja, no livro "Aromas de Cajamanga". Editora Escrituras, 2009.

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Olinda Beja - foto: © Arquivo pessoal

FORTUNA CRÍTICA DE OLINDA BEJA

ALENCAR, Rosana Nunes (mediação). Conversa com a escritora - Olinda Beja. In: SELL 2021, 7 de outubro 2021. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
ANTUNES, Susana Maria Loureiro da Silva Matos. Mistério e resistência n´A Ilha de Izunari, de Olinda Beja. In: Susana L. M. Antunes. (Org.). Ilhas de vozes em reencontros compartilhados. 1ª ed., Massachusetts: Quod Manet, 2021, v. 1, p. 261-282. 
BATALHA, Marcelo (mediação). Sidney Rocha sobre Olinda Beja. In: Conversa com Escritor, edição 046, 24.5.2021. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021). 
BAYER, Adriana Elisabete. Poesia são-tomense: geografias em dispersão. 1ª ed., Alemanha: NEA Novas Edições Acadêmicas, 2013. 
BAYER, Adriana Elisabete. Poesia são-tomense: geografias em dispersão. (Tese Doutorado em Letras). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, 2012. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
BAYER, Adriana Elisabete. Dispersões e resistências: a (re)invenção do espaço na literatura são-tomense. In: Inocência Mata. (Org.). Francisco José Tenreiro: as múltiplas faces de um intelectual. Lisboa: Colibri, 2010, v. 00, p. 277-288.
BAYER, Adriana Elisabete. A poesia são-tomense: o gesto dos saberes vivenciais e a evidência de identidades singulares entre múltiplas vozes. In: D'AJELLO, Luís Fernando Telles; TETTAMANZY, Ana Lúcia Liberato; ZALLA, Jocelito. (Org.). Sobre as poéticas do dizer: pesquisas e reflexões em oralidade. 1ª ed., São Paulo: Letra e Voz, 2010, v. , p. 17-27.
BAYER, Adriana Elisabete. Ao Pé-de-perfume: pássaros viajeiros. In: Revista Crioula (USP), v. 4, p. 1-18, 2008. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
DUARTE, Zuleide. A impossível ubiqüidade: uma representação melancólica da diáspora portuguesa. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal da Paraíba, UFPB, 1999.
DUARTE, Zuleide; PEREIRA, Kleyton Ricardo Wanderley. Olinda Beja e a diáspora crioula.In: MATA, Inocência; SILVA, Agnaldo Rodrigues da. (Org.). Trajectórias culturais e literárias das Ilhas do Equador: estudos sobre São Tomé e Príncipe. 1ª ed., Campinas: Pontes Editores, v., p. 351-361, 2018.
EREM. Conversa com Escritor(a) recebe Olinda Beja. In: Biblioteca EREM Dom Vital, 24 de maio de 2021. Disponível no link. (acessado em 3.12.2021).
FARIAS, Tom (mediação). Elisa Lucinda, Olinda Beja e Abdulai Sila - "Literatura, identidade e pertencimento" / IX Fliaraxá. In: Fliaraxá, 29.10.2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
MACHADO, Micheliny Verunschk Pinto. O Untuê Mestiço da poesia de Olinda Beja. In: Revista Letras Com Vida - Literatura, Cultura e Arte, v. 2012-13, p. 250-254, 2014.
MACEDO, Lurdes; MARQUES, Jorge Adolfo. “A lusofonia é uma ave migratória” — Entrevista a Olinda Beja, escritora e poetisa são-tomense. In: M. L. Martins, R. Cabecinhas & L. Macedo (Org.), Anuário Internacional de Comunicação Lusófona: Lusofonia e Sociedade em Rede, p. 283-294, 2010. Disponível no link e link. (acessado em 3.12.2021).
MARQUEZI, Rosangela Aparecida. Escritoras em foco: um olhar para literatura africana de autoria feminina. In: Revista África e Africanidades, ano XIII, n. 34, maio de 2020. Disponível no link. (acessado em 3.12.2021).
MARTINS, Izabel Cristina Oliveira. Pelas sendas do feminino [manuscrito]: diáspora e exílio nas literaturas africanas de língua portuguesa. (Tese Doutorado em Literatura e Interculturalidade). Universidade Estadual da Paraíba, UEPB, 2019. Disponível no link. (acessado em 3.12.2021).
MARTINS, Izabel Cristina Oliveira. Tomé Bombom: Um Livro para Crianças e Outros Curiosos. In: Mulemba, v. 13, n. 24, 2021. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
MARTINS, Izabel Cristina Oliveira. Olinda Beja: estórias e história das mulheres das ilhas do meio do mundo. In: Literatura e estudos feministas: Anais eletrônicos da XXVI Jornada do Grupo de Estudos Linguísticos do Nordeste (GELNE), p.191-202, 2016.
MATA, Inocência; SILVA, Agnaldo Rodrigues da.. Trajetórias culturais e literárias das ilhas do Equador: estudos sobre São Tomé e Príncipe. São Paulo: Pontes Editores, 2018.
MORGAN, Ann. Em um ano, escritora lê um livro de cada país do mundo. In: BBC Cultura, 28 novembro 2014. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
MOTA, Helena. Resgatar a poesia numa sociedade sem afetos. É urgente “encher corações”, defende escritora Olinda Beja. In: Funchal Notícias, 12 de outubro de 2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
OLINDA BEJA - Recital poético de Terras, de Mares e de Saudades. In: Peregrino da Luz. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
OLIVEIRA, Irlani Ramos de.. Uma busca pela identidade em à sombra do Oká de Olinda Beja (Monografia Graduação em Letras). Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, 2019. Disponível no link. (acessado em 3.12.2021).
PAMPLONA, Marcos. Lusofonia e Política - Entrevista com a autora Olinda Beja. In: Kotter TV, 18.9.2020 . Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
PEREIRA, Kleyton Ricardo Wanderley. O Espaço Diaspórico nas Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, 2015. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
PEREIRA, Kleyton Ricardo Wanderley; SILVA, Jean Paul d'Antony Costa. Diáspora, exílio e memória em Inácio Rebelo de Andrade e Olinda Beja. In: Anais do V Encontro de Professores de Literaturas Africanas/ I Encontro AFROLIC. Porto Alegre: Instituto de Letras da UFRGS, 2014. v. 1. p. 1-21.
PINTO, Solange Salvaterra. Programa: Perguntas Incómodas - Ode à Olinda Beja. In: RSTP, 7 de novembro 2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
QUEIROZ, Amarino Oliveira de.. As inscrituras do verbo: dizibilidades performáticas da palavra poética africana. ( Tese Doutorado em Teoria da Literatura). Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, 2007. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
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FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Olinda Beja - saberes e vivenciais. In: Templo Cultural Delfos, dezembro/2021. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 6.12.2021.





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