"
(...) Sinto
que nasci pintora e que para essa minha paixão estética muito concorreram as
impressões da paisagem brasileira. Lidima brasileira, nascida no interior da
antiga província de São Paulo, tive minha infância rodeada pelas cenas
pitorescas do viver brasileiro de então. Ainda encontrei quase virgem a
feracidade da terra paulista, em meu município. Nem as estradas de ferro nem as
rodovias que a cortam hoje existiam. Esses elementos, componentes da paisagem,
não impressionaram a minha primeira infância. Em compensação, o sol era o
mesmo, a alegria da terra moça e florida, era a mesma, o viver simples e
campesino do povo talvez fosse, seguramente era, mais sincero, mais exato, mais
nosso. Mesmo em casa, sem sair da minha Taubaté, menina bem pequena, eu já
ensaiava os meus riscos. Gizava, debuxava desenhos intonsos, fazia figuras.
Minha mãe, que era um espírito muito inteligente e muito lúcido, cedo
compreendeu o meu pendor pela pintura e, na proporção que as circunstâncias
permitiam, tudo facilitava para seu desenvolvimento e perfeição. Era ainda uma
crença quando surgiu por ali, procurando no seio carinhoso da terra moça
refúgio a acharques que lhe combaliam a saúde, um pintor italiano, Rosalino
Santoro. Guardo impressão amável desse primeiro desbravador da minha tendência
pictórica. (...) Minha mãe começou a solicitar-lhe as lições que me desejava
proporcionar. Santoro resistia. Mas, em virtude da própria moléstia, Santoro
necessitava de um ambiente de família e foi em nossa casa que passou horas
melhores, recebendo o trato, respeitoso e carinhoso, que é tradicional na
família brasileira. (...) Santoro, quando percebeu, estava meu mestre, o
primeiro que tive em pintura. Mais tarde, assisti à uma exposição de Parreiras,
em São Paulo. Senti um deslumbramento e não me foi mais possível deixar de vir
ao Rio, onde a Escola de Belas Artes me fascinava. Vim. Fiz o primeiro ano. Fui
aluna de Henrique Bernardelli. Conheci Lucilio (...) Casamo-nos. Partimos
pobremente, apenas com a bagagem de dois estudantes, para a Europa, onde vivi
cinco anos. Em Paris os meus principais mestres foram Gervais, na École des
Beaux-Arts, e Royer, no Curso Julien. Depois trabalhei por conta própria.
Frequentei museus e procurei pintar, pintar muito, a todas as horas, a todos os
instantes do dia. Nem mesmo quando os meus dois filhos, Dante e Flamingo, eram
pequenos, deixei um só dia de trabalhar. É o que faço sempre, constantemente, a
todos os momentos."
Retrato de Georgina de Albuquerque, por Lucílio de Albuquerque (1907) - [Acervo da Pinacoteca do Estado, São Paulo] |
- Georgina de Albuquerque,
in: COSTA, Angyone. A Inquietação das abelhas. Rio de Janeiro : Pimenta de
Mello & Cia. , 1927, p. 90-91.
Retrato de Georgina de Albuquerque, por Lcílio de Albuquerque, (1920) [Acervo Museu do Ingá, MHAERJ, Niterói]. |
BIOGRAFIA
Georgina de Moura Andrade Albuquerque,
nasceu em Taubaté, aos 4 de fevereiro do ano de 1885 e faleceu no dia 29 de
agosto no de 1962, no Rio de Janeiro. Foi uma das principais mulheres
brasileiras a conseguir firmar-se como artista no começo do século XX. Pintora
e professora, aos 15 anos, inicia sua formação na cidade de Taubaté (1900) com
o pintor italiano Rosalbino Santoro que morava em sua casa. Muda-se para o Rio
de Janeiro, em 1904, matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes- Enba -, do
Rio de Janeiro – RJ, onde é aluna de Henrique Bernardelli (1858-1936). Em 1906,
casa-se com o pintor Lucílio de Albuquerque (1877-1939) que acabara de receber
o prêmio de viagem ao exterior, e viaja para a França, onde completa sua
formação na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Escola Nacional Superior
de Belas Artes) tendo como professores Paul Gervaix, Guetin, Miller e
Decheneau. No mesmo período estuda na Académie Julian, onde é aluna de Henri
Royer Em 1927, leciona desenho na Enba, ocupando mais tarde o cargo de
diretora. Em 1935, assume a chefia do curso de arte decorativa da Universidade
do Distrito Federal. Em suas pinturas, a artista tem como parâmetro o
impressionismo e suas derivações. Elas apresentam uma paleta de cores
luminosas, empregada com sensibilidade. Os temas mais constantes de Albuquerque
são o
nu, o retrato e a paisagem. Em Raio de Sol (s.d.) ou Dia
de Verão (ca. 1920), com amplas pinceladas, ela explora as incidências
luminosas e a vibração cromática. A partir de 1920, passa a trabalhar com uma
paleta mais sóbria e a realizar pinturas com temas da vida popular, como Duas
Roceiras (s.d.) ou No Cafezal (ca.1930), entre outras. Em 1943, Georgina de
Albuquerque funda, no Rio de Janeiro, o Museu Lucílio de Albuquerque, onde,
anos depois, institui um curso pioneiro de desenho e pintura para crianças.
CRONOLOGIA
Georgina de Albuquerque (...) |
Nascimento/Morte
1885 - Taubaté SP - 4 de fevereiro
1962 - Rio de Janeiro RJ - 29 de agosto
Vida Familiar
1906 - Casa-se com o pintor Lucílio de Albuquerque (1877
- 1939)
Pintora, professora
1900 - É aluna do pintor italiano Rosalbino Santoro (1858
- s.d.), que mora em sua casa
1904 - Muda-se para o Rio de Janeiro e matricula-se na
Escola Nacional de Belas Artes - Enba, é aluna de Henrique Bernardelli (1858 -
1936)
1906/1911 - Viaja para Paris. Estuda na École Nationale
Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], é aluna de
Paul Gervaix, Guetin, Miller e Decheneau e na Académie Julian, onde é aluna de
Henri Royer
1927/1948 - Professora de desenho da Enba
1935 - Professora e chefe de seção do curso de
artesdecorativas do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal, no
Rio de Janeiro
1940 - Funda o Museu Lucílio de Albuquerque, no Rio de
Janeiro
1952/1954 - É diretora da Enba
"(...) D. Georgina é uma pintora de cores claras,
segurança de desenho e boa técnica de feitura. Comparada com o marido, Lucílio
se nos apresenta como um pintor de maior inspiração, mas menos feliz na
técnica. (...) Em compensação falta a esta muito de inspiração interior e, na
pesquisa de efeitos de sol, tem dado à carnação de alguns dos seus nus
femininos uma coloração evidentemente falsa, de leite, rosa e gelatina. Alguns
quadros desse gênero dão a impressão de que uma luz colocada atrás da figura
principal encheria de reflexos o primeiro plano da tela. Perdoe-nos, D.
Georgina. Mas desejaríamos vê-la preocupar-se menos com os efeitos de luz sobre
as formas femininas e empregar o seu magnífico talento em composições de mais
responsabilidade, que não constituam variações do eterno tema da moça deitada,
casta e ingênua, ao sol. Há de confessar que o seu talento pode produzir muito
mais. Tais pequenos senões em nada diminuem os merecimentos da artista, que é
uma organização exuberante de talento, capaz de muito fazer pelas artes
brasileiras. Tem sensibilidade, calor e vocação, e atira-se a resolver as
dificuldades de sua arte com o entusiasmo de crença. Quem assim confia em suas
forças muito poderá fazer pelas artes".
- Angyone
Costa, in: A Inquietação das abelhas. Rio de Janeiro: Pimenta de Mello &
Cia. , 1927, p. 18.
EXPOSIÇÕES
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
1914 - São
Paulo SP – Individual;
1914 - Rio de
Janeiro RJ – Individual.
EXPOSIÇÕES COLETIVAS
1903 - Rio de
Janeiro RJ - 10ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1905 - Rio de
Janeiro RJ - 12ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1906 - Rio de
Janeiro RJ - 13ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1907 - Rio de
Janeiro RJ - 14ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1909 - Rio de
Janeiro RJ - 16ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - menção de 1º grau;
1911 - São
Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e
Ofícios;
Georgina de Albuquerque (c.1917) - fonte: Revista do Brasil, São Paulo, ano II, nº 22, out.1917, p. 177. |
1912 - São
Paulo SP - Segunda Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e
Ofícios;
1913 - Rio de Janeiro
RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1914 - Rio de
Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1915 - Rio de
Janeiro RJ - 22ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1916 - Rio de
Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - grande medalha de
prata;
1917 - Rio de
Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1918 - Rio de
Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1919 - Rio de
Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro;
1919 - Rio de
Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro;
1920 - Rio de
Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1921 - Rio de
Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1922 - Rio de
Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1923 - Rio de
Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1924 - Nova York (Estados Unidos) - National Association
of Women Painters and Sculptures;
1924 - Rio de
Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1925 - Los Angeles (Estados Unidos) - First
Pan-American Exhibition of Oil Painting;
1925 - Rio de
Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1926 - Austin (Estados Unidos) - Art Department
State Fair of Texas;
1926 - Rio de
Janeiro RJ - 33ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1927 - Rio de
Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1928 - Rio de
Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1928 - São
Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas;
1929 - Rio de
Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1930 - Nova York (Estados Unidos) - The First
Representative Collection of Paintings by Brazilian Artists, no International
Art Center, Nicholas Roerich Museum;
1930 - Rio de
Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1933 - Rio de
Janeiro RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba;
1934 - São
Paulo SP - 1º Salão Paulista de Belas Artes;
1937 - São
Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes;
1940 - São
Paulo SP - Exposição Retrospectiva: obras dos grandes mestres da pintura e seus
discípulos;
1940 - São
Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da
Prefeitura Municipal de São Paulo;
1941 - São
Paulo SP - 13º Salão Paulista de Belas Artes - medalha de prata e 1º Prêmio
Fernando Costa;
1942 - São
Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1943 - São
Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1944 - Rio de
Janeiro RJ - 1ª Exposição de Auto-Retratos, no MNBA;
1944 - Rio de
Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA;
1944 - São
Paulo SP - 10º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1945 - São
Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1947 - São
Paulo SP - 13º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1948 - São Paulo
SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1949 - São
Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - medalha
de ouro e 1º Prêmio Governador do Estado;
1950 - Rio de
Janeiro RJ - Um Século da Pintura Brasileira: 1850 - 1950, no MNBA;
1951 - São
Paulo SP - 16º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1953 - São
Paulo SP - 18º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia;
1954 - Goiânia
GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais;
1956 - Rio de
Janeiro RJ - 1º Salão Ferroviário;
1957 - Rio de
Janeiro RJ - O Nu na Arte, no MNBA;
1958 - Rio de
Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança;
1960 - São
Paulo SP - Contribuição da Mulher às Artes Plásticas no País, no MAM/SP.
EXPOSIÇÕES PÓSTUMAS
1977 - Rio de
Janeiro RJ - Exposição Lucílio e Georgina de Albuquerque (em comemoração ao
centenário de nascimento de Lucílio de Albuquerque), no MNBA;
1980 - São
Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes;
Georgina de Albuquerque no seu Atelie |
1984 - São
Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na
Fundação Bienal;
1985 - Rio de
Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ;
1985 - São
Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp;
1986 - São
Paulo SP - Dezenovevinte: uma virada no século, na Pinacoteca do Estado;
1988 - São
Paulo SP - Brasiliana: o homem e a terra, na Pinacoteca do Estado;
1989 -
Fortaleza CE - Arte Brasileira dos Séculos XIX e XX nas Coleções Cearenses:
pinturas e desenhos, no Espaço Cultural da Unifor;
1994 - São
Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal;
1998 - São
Paulo SP - Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, no Museu da Casa
Brasileira;
2000 - Porto
Alegre RS - De Frans Post a Eliseu Visconti: acervo Museu Nacional de Belas
Artes-RJ, no MARGS;
2000 - São
Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural
2000 - São Paulo
SP - O Café, no Banco Real;
2001 - Rio de
Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light;
2002 -
Brasília DF - Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo, no Ministério das
Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty;
2002 - São
Paulo SP - Imagem e Identidade: um olhar sobre a história na coleção do Museu
de Belas Artes, no Instituto Cultural Banco Santos;
2004 - São
Paulo SP - Mulheres Pintoras, na Pinacoteca do Estado;
2004 - São
Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural.
“Georgina foi capaz de combinar trunfos diversos como os
de uma sólida formação artística; uma determinação incomum que se evidencia na
persistência com que expunha nos salões; 40 a imagem de mulher competente nos
moldes republicanos, o que incluía uma formação intelectual e mesmo
profissional que não obliterasse as atividades de mãe e esposa, às quais se
dedicou infatigavelmente e, finalmente, o apoio do marido, também pintor,
Lucílio de Albuquerque, cujo companheirismo proporcionou-lhe o conforto interno
necessário para que ousasse ultrapassar as barreiras erguidas para as mulheres
de sua geração. Sua auto-afirmação como pintora de temática histórica se deu no
ano em que o sistema acadêmico sofreu as mais demolidoras críticas. É curioso
notar que, pouco antes de Anita Malfatti e de Tarsila do Amaral se consagrarem
como artistas exemplares do modernismo, justamente o estilo que se insurgia
contra o academismo, era uma outra mulher que, navegando por outras correntes
estéticas, afirmava-se, publicamente, como artista e profissional.’’
- Ana Paula
Cavalcanti Simione, in: Entre convenções e discretas ousadias: Georgina de
Albuquerque e a pintura histórica feminina no Brasil, RBCS Vol. 17, nº 50,
2002.
FORTUNA CRÍTICA DE GEORGINA DE ALBUQUERQUE
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Pintoras e Escultoras Brasileiras, 1884-1922. 1ª ed. São Paulo: EDUSP/
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TARASANTCHI,
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Georgina de Albuquerque (Documentário Mulheres Luminosas) |
DOCUMENTÁRIO
Título: Mulheres Luminosas
Documentário. Através da vida e da obra de quatro precursoras artistas brasileiras do sexo feminino, reflete sobre a posição da mulher artista na virada do século XIX para o XX e sobre as transformações ocorridas até os dias de hoje. A maestrina Chiquinha Gonzaga, a escultora Nicolina Vaz de Assis, a pintora Georgina de Albuquerque e a poetisa Gilka Machado, são exemplos de mulheres que encararam a sociedade preconceituosa da época em que viveram, em busca de um espaço profissional nas artes. Criaram, produziram, se tornaram reconhecidas e abriram os caminhos para as seguintes gerações de mulheres artistas e para a posição da mulher na sociedade em geral.Ano: 2013
Duração: 33 min.
Ficha Técnica
Ficha Técnica
Direção e Roteiro - Pedro Pontes
Consultoria Artística - Helio Eichbauer
AssiStente de Direção - Pedro Farina
Fotografia - Guilherme Francisco, Pedro Farina, Zhai Sichen
Edição e Finalização - Antonio Porto
Som Direto, Edição de Som e Mixagem - Bernardo Adeodato
Figurino - Célia de Oliveira
Elenco
:: Antonio Guerra
:: Dedé Veloso
:: Helio Eichbauer
:: Mariana de Moraes
:: Maria Amélia da Fonseca
:: Stella Miranda
Depoimentos
:: Ana Paula Simioni
:: Bete Floris
:: Clara Sverner
:: Edinha Diniz
:: João Lúcio de Albuquerque
:: Luis Carlos de Albuquerque
:: Maria Beatriz de Albuquerque
:: Maria Lucia de Albuquerque
:: Maria de Lourdes Eleutério
:: Ruth Sprung
Realização: MAB - Multi Arte Brasil
Site Oficial: MAB
"(...) Sua arte é uma renovação constante de maneiras, motivos e coloridos (...) Quanto aos assuntos, não se pode dizer que haja uma preferência marcante. A paisagem, a figura, a natureza-morta, a marinha, o retrato e as composições são por ela abordadas com entusiasmo, transparecendo em todas as mais variadas facetas de seu talento".
- Regina Liberalli Laemmert, in: Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.
OBRA SELECIONADA
Canto do Rio, de Georgina de Albuquerque (1926) [Acervo Museu Antônio Parreiras] |
No Cafezal, de Georgina de Albuquerque (1951) [ Pinacoteca de São Paulo] |
Sessão do Conselho de Estado que Decidiu a Independência, de Georgina de Albuquerque (1922) [Museu Histórico Nacional - Rio de Janeiro] |
A Charrete, de Georgina de Albuquerque (1962) [Museu Nacional de Belas Artes - MNBA/RJ] |
Crianças, de Georgina de Albuquerque [Coleção José Oswaldo - São Paulo] |
Moças, de Georgina de Albuquerque |
Guaratinguetá , de Georgina de Albuquerque (s/data) |
Roceira, de Georgina de Albuquerque (1930) [Museu Nacional de Belas Artes - MNBA/RJ] |
Procissão Marítima em São João da Barra , de Georgina de Albuquerque(s/data) |
Paisagem, de Georgina de Albuquerque |
Paisagem, de Georgina de Albuquerque [Coleção José Oswaldo - São Paulo] |
Paisagem do Rio de Janeiro, de Georgina de Albuquerque |
Paisagem, Georgina de Albuquerque [Pinacoteca do Estado de São Paulo]. |
Flores, Georgina de Albuquerque |
Paisagem, Georgina de Albuquerque |
Árvore de Natal, de Georgina de Albuquerque |
Meninas, de Georgina de Albuquerque |
Maternidade, de Georgina de Albuquerque (c.1930) [Acervo Museu D. João VI EBA/UFRJ, Rio de Janeiro] |
Feira da Glória , Georgina de Albuquerque (1950) |
Brincadeira de Criança, de Georgina de Albuquerque (c. 1950) |
Arara, de Georgina de Albuquerque [Acervo Museu Antônio Parreiras] |
Cena Familiar, de Georgina de Albuquerque (déc. 30) |
Colhedor de frutas, de Georgina de Albuquerque |
Figura feminina, de Georgina de Albuquerque |
Dia de Verão, de Georgina de Albuquerque (ca. 1920) - [MNBA/RJ] |
Lição de Piano, de Georgina de Albuquerque (1928) [Pinacoteca do Estado de São Paulo]. |
Flores, de Georgina de Albuquerque |
(...), de Georgina de Albuquerque |
Dama, de Georgina de Albuquerque (1906) [Pinacoteca do Estado de São Paulo] |
Manhã de Sol, de Georgina de Albuquerque (c.1920) |
Paisagem, Georgina de Albuquerque |
FONTES E OUTRAS REFERÊNCIAS DE PESQUISA
Enciclopédia Artes Visuais/Itaú Cultural
© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros
© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
=== === ===
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Georgina de Albuquerque - o impressionismo e suas derivações. Templo Cultural Delfos, junho/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Georgina de Albuquerque - o impressionismo e suas derivações. Templo Cultural Delfos, junho/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Conheci Georgina de Albuquerque, ainda criança, no Curso de Pintura Infantil que mantinha, gratuitamente, no Museu Lucílio de Albuquerque, localizado no antigo e belo casarão na rua Ribeiro de Almeida em Laranjeiras. Admirável figura humana, artista,hoje reconhecida em toda a sua grandeza,buscou manter o Museu onde preservava a obra de outro grande artista, seu falecido esposo, Lucílio de Albuquerque. Não viu a concretização de seu grande sonho. O Brasil, ao qual tanto queria, não respeita a Arte e a Memória. A especulação imobiliária falou mais alto aos governantes. E os moradores de um edifício luxuoso e anônimo, nas Laranjeiras, ignoram que sob seus pés repousa um sonho, um grande sonho.
ResponderExcluirOlá Luis,
Excluirobrigada pela visita e pelo relato.
É muito triste ver sonhos, por vezes, esquecidos e ignorados.
Um dia, quem sabe, as pessoas vão aprender a valorizar o belo, a cultura, o sentimento, a história... adoraria ter a oportunidade de vivenciar esse momento, pois seria encantador, no entanto, acho que estamos distantes desse momento.
Abraços e volte sempre!
Boa noite, fico cada dia mais incantada como a história dessa mulher linda e encantadora. Suas obras nos remete a momentos únicos.
ResponderExcluirBom dia! Parabéns pelo site! Maravilhoso! Como faço para assistir ao Documentário "Título: Mulheres Luminosas"? É privado e não me permite assistir. Obrigada!
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