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Zélia Gattai - foto: (...) |
"Muito cedo, comecei a entender que uma leitura ou uma história só prestam, empolgam e nos fazem sonhar quando transmitidas com prazer e emoção. Eu reforçaria esse conceito agora, valendo-me de experiência própria..."
- Zélia Gattai, em 'Discurso de posse na ABL'. 21 de maio de 2002. Zélia Gattai Amado (escritora, memorialista e fotógrafa). Filha de imigrante italianos a escritora nasceu em São Paulo (SP), em 2 de julho de 1916 e faleceu no dia 17 de maio de 2008, em Salvador (BA).
Seus pais Angelina Da Col e Ernesto Gattai, faziam parte do grupo de imigrantes políticos que chegou ao Brasil no fim do século XIX, para fundar a célebre “Colônia Cecília” — tentativa de criar uma comunidade anarquista na selva brasileira.
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Zélia Gattai – foto: (...) |
Em 1942, no dia 12 de agosto, nasce seu primeiro filho, Luís Carlos Veiga, de seu casamento com o intelectual e militante comunista Aldo Veiga.
No início de 1945, Jorge Amado, membro do Partido Comunista, se encontrava em São Paulo para participar de movimentos reivindicativos e comandar a organização de um comício para Luís Carlos Prestes, recém-saído da prisão. Zélia, que já lera os primeiros romances de Jorge Amado e o admirava, conhece-o pessoalmente na abertura do Congresso Brasileiro de Escritores, que se realizava no Teatro Municipal de São Paulo. Registrou Zélia em seu discurso de posse na ABL: “De mim ele não sabia nada, nem podia saber porque eu era apenas uma simples desconhecida, sem nenhuma credencial. Ele também não sabia que eu possuía uma estrela que o pusera em meu caminho.” Em meados de 1945, casaram-se. Dessa união nasceu, em 25 de novembro de 1947, o filho João Jorge Amado, no Rio de Janeiro.
Em fins de 1947 o registro do Partido Comunista foi cancelado e os parlamentares eleitos por essa legenda, entre os quais Jorge Amado, eleito deputado federal por São Paulo, foram expulsos do Parlamento. Sem condições de segurança para permanecer no Brasil, Jorge viajou para a Europa. Em 1948, Zélia viajou ao seu encontro. Permanecem na Europa durante cinco anos, participando intensamente da vida cultural europeia, primeiramente em Paris e depois em Praga, no Castelo da União dos Escritores, em Dobris.
Em 19 de agosto de 1951, nasce sua filha Paloma Jorge Amado, em Praga.
Retornando ao Brasil. em 1952, instala-se com a família no apartamento do sogro, no Rio de Janeiro, morando na cidade durante dez anos. Fixa residência em Salvador, Bahia, no ano de 1963.
Inicia sua produção literária escrevendo seu primeiro livro de memórias, Anarquistas Graças a Deus, lançado em 1979, no Rio de Janeiro. Nesta obra narra a vida de seus pais, a realidade dos imigrantes italianos no Brasil e sua infância em São Paulo. Um Chapéu para Viagem é seu segundo livro, editado em 1982, onde ela conta sua vida com Jorge Amado e as histórias dos Amado, contadas por Lalu, mãe do escritor. No ano seguinte é lançado, em Salvador, o livro Pássaros Noturnos do Abaeté, com gravuras de Calasans Neto e texto de Zélia Gattai. Em 1987, publica Reportagem Incompleta (fotobiografia), com fotografias de sua autoria. Torna-se membro do Conselho Curador da Fundação Banco do Brasil. Edita Jardim de Inverno, em 1988. O livro é lançado na Fundação Casa de Jorge Amado, trazendo a tona os momentos políticos difíceis, vividos entre 1949 e 1952. É homenageada com uma exposição sobre o tema “Jardim de Inverno”, pela Fundação Casa de Jorge Amado.
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Zélia Gattai – foto: Fundação Casa de Jorge Amado |
Volta às memórias com Chão de Meninos, lançado em 1992. A obra, que retrata o retomo do exílio, no período de 1952 a 1963, é dedicada a Jorge Amado, em comemoração aos seus oitenta anos. O próximo livro é um romance, Crônica de uma Namorada, de 1995, relatando a época do surgimento da televisão e a descoberta do amor por uma adolescente.
Edita, em 1999, A Casa do Rio Vermelho. No ano de 2000, lança na Bienal do Livro, em São Paulo, Città di Roma, ilustrado com fotografias de época. A obra narra a saga de seus familiares e seus primeiros anos em São Paulo. Publica, também, no mesmo ano, o livro infantil Jonas e a sereia, com ilustrações de Roger Mello.
Em 2001 fica viúva de Jorge Amado. Publica o livro Códigos de Família, livro de memória. Em 2002 lança Jorge Amado: um Baiano Sensual e Romântico e Sensual. O seu último livro publicado foi Vacina de Sapo no ano de 2005.
Sua obra literária gerou a adaptação de Anarquistas Graças a Deus para minissérie da Rede Globo e a peça de teatro adaptada de seu segundo livro Um Chapéu para Viagem.
:: Fonte: Fundação Jorge Amado - Biografia Zélia Gattai (acessado em 30.6.2016).
"As minhas coisas são muito diretas e muito francas. eu nunca tomei nota de nada, mais vivi intensamente. E essas coisas que vivi, que eu conto, não precisavam ter sido anotadas porque me marcaram profundamente. E quando começo a escrever me desligo do presente e volto a dar gargalhadas. Eu chego a ver as cores, um detalhe assim que havia descoberto. Tudo volta."
- Zélia Gattai, em "As Memórias tchecas de Zélia Gattai". [entrevista concedida a Albenísio Fonseca]. in: blog de albenisio, 19.5.2008.
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Zélia Gattai - foto: Arquivo Estadão Conteúdo |
- Prêmio Dante Alighieri (1980)
- Prêmio Revelação Literária, concedido pela Associação de Imprensa (1980)
- Diploma de Sócia Benemérita da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel
- Placa “As dez mulheres mais bem sucedidas do Brasil:’ pela Mac Keen (1980)
- Título de Sócia Benemérita do Clube Baiano da Trova (1981)
- Título de Cidadã Honorária da Cidade de Salvador, Bahia (1984)
- Título de Cidadã Honorária da Cidade de Mirabeau (1985)
- Título no grau de Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique, concedido pelo governo português (1986)
- Diploma de Madrinha dos Trovadores, concedido pela Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel;
- Medalha do Mérito Castro Alves, da Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Bahia (1987)
- Diploma de Reconhecimento do Povo Carioca pelos relevantes serviços prestados à Cultura e ao Turismo, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro;
- Prêmio Destaque do Ano (1988), pelo livro Jardim de Inverno;
- Eleita a Mulher do Ano pelo Conselho Nacional da Mulher (1989);
- Diploma de Magnífica Amiga dos Trovadores Capixabas, Espírito Santo;
- Seu livro de memórias Chão de Meninos recebeu o Prêmio Alejandro José Cabassa, da Uniãp Brasileira de Escritores e ela as Ordens do Mérito da Bahia no grua de Comendadora.
- Comenda das Artes e das Letras dada pela ministra da França, Caterine Trautmann (1998)
- Comenda Maria Quitéria pela Câmara Municipal de Salvador (1999);
- Criação da Fundação de Cultura e Turismo Zélia Gattai, pela Prefeitura de Taperoá (2001).
- Em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, anteriormente ocupada por Jorge Amado, que teve Machado de Assis como primeiro ocupante e José de Alencar como EXPECTO PATRONUM. No mesmo ano, foi eleita para a Academia de Letras da Bahia e para a Academia Ilheense de Letras. Em 2002, tomou posse nas três.
- Em 2004, recebeu da Universidade Federal do Tocantins o título de Dr. Honoris Causa, sendo empossada em uma cerimônia realizada na Fundação Casa de Jorge Amado.
- Em 2007, recebeu o Gonfalone d´ Argento da região TOSCANA ITÁLIA.
- Em 2008, recebeu o Grau de Grande Ufficiale della Stella della Solidarietá Italiana (OSSI) pelo presidente da República da Itália, S.E. Giorgio Napolitano.
"Faz aquele espanacéu, parece que o mundo vai se acabar, depois tudo passa, fica manso de novo. Eu já estou tão acostumada, fia, que nem ligo mais. Deixo ele gritar à vontade: ele gritando e eu pensando em outra coisa."
— Zélia Gattai, no livro “Um chapéu para viagem”. São Paulo: Companhia das Letras, 1982.:: O segredo da rua 18. [ilustrações Ricardo Leite]. Rio de Janeiro: Editora Record, 1991; São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
:: Crônica de uma namorada. Rio de Janeiro: Editora Record, 1995; São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
Infanto-juvenil
:: Pipistrelo das mil cores. [ilustrações de Pink Wainer]. 1989; São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
:: Jonas e a Sereia. [ilustrações de Roger Mello]. 2000; reedição [ilustração Flavio Moraes]. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Memórias
:: Anarquistas graças a Deus. Rio de Janeiro: Editora Record, 1979; São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
:: Um chapéu para viagem. Rio de Janeiro: Editora Record, 1982; São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
:: Pássaros noturnos do Abaeté. [gravuras de Calasans Neto]. Salvador, 1983.
:: Senhora dona do baile. 1984; São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
:: Senhora dona do baile. 1984; São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
:: Reportagem incompleta. [com fotografias de sua autoria]. 1987.
:: Jardim de inverno. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado. 1988; São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
:: Chão de meninos. Rio de Janeiro: Editora Record, 1992; São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
:: A casa do Rio Vermelho. Rio de Janeiro: Editora Record, 1999; São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
:: Città di Roma. [ilustrado com fotografias de época]. 2000; São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
:: Códigos de família. Rio de Janeiro: Editora Record, 2001; São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
:: Jorge Amado: um baiano sensual e romântico. Rio de Janeiro: Editora Record, 2002.
:: Memorial do amor. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004.
:: Vacina de sapo e Outras lembranças. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005.
:: Memorial do amor & Vacina de sapo. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
:: Zélia Gattai MEMORIALE DELL´AMORE. [introduzione Paloma Amado; traduzione Antonella Rita Roscilli]. Roma: Ed. Nova Delphi, 2016.
:: Zélia Gattai MEMORIALE DELL´AMORE. [introduzione Paloma Amado; traduzione Antonella Rita Roscilli]. Roma: Ed. Nova Delphi, 2016.
"Eu nunca lhe falara das saudades curtidas sozinha. Como adivinhara? Como sabia?"
— Zélia Gattai, no livro “Um chapéu para viagem”. São Paulo: Companhia das Letras, 1982.
"A crônica — crônica ou declaração de amor? -, que meus olhos devoraram logo cedo, na manhã seguinte, era romântica e apaixonada. Não citava nome, nem era preciso; num certo trecho dizia assim: ‘Eu te darei um pente pra te pentear, colar para teus ombros enfeitar, rede pra te embalar, o céu e o mar eu vou te dar…’"
— Zélia Gattai, no livro “Um chapéu para viagem”. São Paulo: Companhia das Letras, 1982.
ZÉLIA GATTAI FOTÓGRAFA
O acervo é composto de cerca de 40.000 fotografias, todas de autoria de Zélia Gattai, cujos negativos encontram-se guardados na Fundação Casa de Jorge Amado.
"Eu comecei a fotografar quando nós chegamos na Europa, exilados, com o João [filho] pequeno, de colo, e eu dizia 'Precisa tirar retrato desse menino pra mandar pros avós, pra mandar pros amigos, para que acompanhem o desenvolvimento dele."
"Então, eu queria dizer apenas que eu não me considero uma fotógrafa fantástica, maravilhosa, cheia de truques nem nada. Eu só me considero uma fotógrafa que sempre tive oportunidades, sempre tive sorte, de estar com Jorge em momentos muito especiais...”
:: Acesse o Acervo Zélia Gattai AQUI!
"Ao contrário do que podia supor, o nascimento de outro filho não me ajudara a atenuar as saudades do ausente. Pensava nele como sempre, com amor e saudades, imensas saudades. Agora, com a perspectiva de uma longa viagem, andava agoniada."
— Zélia Gattai, no livro “Um chapéu para viagem”. São Paulo: Companhia das Letras, 1982.
ADORNO, Camilo Tellaroli.. Morre, aos 91 anos, Zélia Gattai. Revista Real - Revista com conteúdo, Londres, p. 52, 7 jun. 2008.
AMARAL, Glaucy Cristina do.. Narrativa Memorialística - Zélia Gattai. (Dissertação Mestrado em Literatura e Crítica Literária). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, 2010.
BRAGA, Kassiana. A Senhora Dona da Memória: Autobiografia e memorialismo em obras de Zélia Gattai. (Dissertação Mestrado em Historia). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 2016.
BRAGA, Kassiana. O passado nas obras de Zélia Gattai a partir de sua escritura memorialista. Revista do Programa de Pós Graduação em História - UNB, História, histórias, v. 1, p. 183-199, 2015.
COELHO, Nelly Novaes (org.). Dicionário crítico de escritoras brasileiras: 1711-2001. São Paulo: Escrituras Editora, 2002.FONSECA, Albenísio. As Memórias tchecas de Zélia Gattai. Entrevista. in: albenisio, 19.5.2008. Disponível no link. (acessado em 30.6.2016).
FRAGA, Myriam. (org.). Zélia Gattai: Gênero e Memória. 1ª ed., Salvador: Casa de Palavras, 2002.
HOMENAGEM. Zélia Gattai é homenageada pela contribuição aos laços entre Brasil e Itália. Academia de Letras da Bahia, 27 de agosto de 2016. Disponível no link. (acessado em 29.10.2016).
PEREIRA, Leonice Rodrigues. Dois espaços dois momento: 'Anarquistas, "Graças a Deus', Zélia Gattai, e "O Berro do Cordeiro em Nova York', de Tereza Albues. Revista Ecos (Cáceres), v. 5, p. 23-29, 2007.
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Zelia Gattai - foto: Epitácio Pessoa|Agência Estado |
QUINTANA, Suely da Fonseca; NETTO, A. C. R. P.. Zélia Gattai: memórias de um amor. In: IX Congresso de Produção Científica, 2010, São João del-Rei. Anais do IX Congresso de Produção científica. São João del-Rei: UFSJ, 2010.
RAMOS, Ana Rosa Neves. Zélia Gattai: a transformação da intimidade. In: Myriam Fraga. (Org.). Zélia Gattai: Gênero e Memória. 1ª ed., Salvador: Casa de Palavras, 2002, v. 1, p. 39-54.
RAMOS, Ana Rosa Neves. Entre a ficção e o factual: o texto memorialístico de Zélia Gattai. In: VII Seminário Mulher e Literatura, 2001, Salvador. Mulher e Literatura, 1999.
RAMOS, Ana Rosa Neves. Entre a Ficção e o factual: o texto memorialístico de Zélia Gattai. In: VIII Seminário Nacional Mulher e Literatura, 1999, Salvador. Livro de Resumos. Salvador: UFBA, 1999. v. 1. p. 50.
ROSCILLI, Antonella Rita. Memorie d´Amore e di Anarchia: Zélia Gattai. Tese. Universitá Roma La Sapienza, Facoltá Lettere-Scienze Umanistiche. Lingua e Letteratura Brasiliana. A. 2002
ROSCILLI, Antonella Rita. Zélia Gattai - MEMORIALE DELL´AMORE. [introduzione Paloma Amado; traduzione Antonella Rita Roscilli]. Roma: Ed. Nova Delphi, 2016.
ROSCILLI, Antonella Rita. Zélia de Euá rodeada de estrelas. [introdução de Myriam Fraga. Salvador: Editora Casa de Palavras| Fundação Casa Jorge Amado, 2006. com DVD anexo (Zélia de Euá realizado por Maria João Amado e João jorge Amado).
ROSCILLI, Antonella Rita. Da palavra à imagem em Anarquistas Graças a Deus de Zélia Gattai. Salvador: Editora Edufba, 2011.
ROSCILLI, Antonella Rita. Zélia Gattai e a Imigração Italiana no Brasil entre séc. XIX e XX. Salvador: Editora Edufba, 2016.
ROSCILLI, Antonella Rita. A vida da lembrança: Zélia Gattai Amado. em: Revista Academia Letras da Bahia, n. 51, julho 2013, p. 199-205.
ROSCILLI, Antonella Rita. La scrittrice italobrasiliana Zélia Gattai: la signora della memoria. em: Sarapegbe, A. I, n. 1, 2012. Disponível no link. (acessado em 29.10.2016).
ROSCILLI, Antonella Rita. 1916-2016. Il centenario della memorialista Zélia Gattai. em: La macchina sognante, 2016. Disponível no link. (acessado em 29.10.2016).
RAMOS, Ana Rosa Neves. Entre a ficção e o factual: o texto memorialístico de Zélia Gattai. In: VII Seminário Mulher e Literatura, 2001, Salvador. Mulher e Literatura, 1999.
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SOUZA, Ana Carolina Cruz de.. Discurso, identidade e gênero em Um chapéu para viagem, de Zélia Gattai. In: II Simpósio Línguas e Culturas no Mundo: Identidades, Representações e Tradução, 2013, Salvador. II Simpósio Línguas e Culturas no Mundo: Identidades, Representações e Tradução, 2013.
SOUZA, Ana Carolina Cruz de.. O 'eu' e os 'outros de si': automemoriografias em Anarquistas, graças a Deus, de Zélia Gattai. In: XIII ABRALIC, 2013, Campina Grande. XIII ABRALIC, 2013.
"A palavra exílio causa mal-estar, lembra desterro, degredo, prisão. Nos quase cinco anos de exilados, sem poder voltar para o Brasil, procuramos tirar o melhor proveito da situação conseguindo viver intensamente e aprendendo muito."
- Zélia Gattai, em 'Discurso de posse na ABL'. 21 de maio de 2002.
"Eu compreendia perfeitamente a preocupação de meus amigos, porque antes de me decidir a embarcar na aventura (não encontrava outra palavra que definisse o que eu ia fazer), sentira-me temerosa, assustada, confusa, insegura… De repente, deixara de raciocinar; um sentimento que jamais conhecera apoderara-se de mim: o amor. Estava amando, estava apaixonada. Impossibilitada de pensar, de temer… Invadida de alegria, repleta de otimismo e de esperança, decidida a enfrentar o mundo, a derrubar obstáculos, a ser feliz."
— Zélia Gattai, no livro “Um chapéu para viagem”. São Paulo: Companhia das Letras, 1982.
AMIZADES
"A palavra exílio causa mal-estar, lembra desterro, degredo, prisão. Nos quase cinco anos de exilados, sem poder voltar para o Brasil, procuramos tirar o melhor proveito da situação conseguindo viver intensamente e aprendendo muito."
- Zélia Gattai, em 'Discurso de posse na ABL'. 21 de maio de 2002.
"Eu compreendia perfeitamente a preocupação de meus amigos, porque antes de me decidir a embarcar na aventura (não encontrava outra palavra que definisse o que eu ia fazer), sentira-me temerosa, assustada, confusa, insegura… De repente, deixara de raciocinar; um sentimento que jamais conhecera apoderara-se de mim: o amor. Estava amando, estava apaixonada. Impossibilitada de pensar, de temer… Invadida de alegria, repleta de otimismo e de esperança, decidida a enfrentar o mundo, a derrubar obstáculos, a ser feliz."
— Zélia Gattai, no livro “Um chapéu para viagem”. São Paulo: Companhia das Letras, 1982.
AMIZADES
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Fernanda Montenegro, Zélia Gattai e Dona Canô (Claudionor Viana Teles Velloso) - foto: (...) |
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Zelia Gattai, Jorge Amado e José Saramago, em 1996 na Casa de Caetano Veloso foto: Acervo Fundação Casa Jorge Amado |
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O astronauta russo Iuri Alekseievitch Gagarin entre Jorge Amado e Zélia Gattai na União Soviética em 1961 - Iuri foi o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de abril de 1961 |
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Zélia Gattai, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Jorge Amado e Mãe Senhora no Axé Opó Afonjá, 1960 . foto: Acervo Zélia Gattai . Fundação Casa de Jorge |
"Jorge Amado foi meu marido, meu mestre, meu amor. Deu-me a mão e conduziu-me por mundos os mais distantes, os mais estranhos, os mais fantásticos. Com Jorge palmilhei as estradas da vida, do mundo. Por céus voamos em aviões que rompiam a barreira do som, atravessamos mares tranqüilos e, por vezes, encapelados; sobrevoamos montanhas de gelo e neve, enfrentamos um vendaval no deserto de Gobi, na Mongólia, deserto de areias escaldantes e, juntos, com nossos filhos e netos, num navio-gaiola, costeamos a Floresta Amazônica."
- Zélia Gattai, em 'Discurso de posse na ABL'. 21 de maio de 2002.
ZÉLIA GATTAI E JORGE AMADO - FAMÍLIA
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Jorge Amado e Zélia Gattai na casa de Itapuã - foto: Mauro Akin Nassor |
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Jorge Amado e Zélia Gattai - foto: Acervo Fundação Casa Jorge Amado |
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Jorge Amado e Zélia Gattai - foto: (...) |
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Zelia Gattai e Jorge Amado - foto: Cláudia Guimarães - 1º dez.1994|Folhapress |
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Zelia Gattai e Jorge Amado - foto: (...) |
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Jorge Amado e Zelia Gattai com os filhos João Jorge e Paloma - anos 70 |
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Zélia Gattai Amado, Paloma, João e filhos - foto: FCJA |
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OUTRAS FONTES E REFERÊNCIAS DE PESQUISA
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Trabalhos sobre o autor:
© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Zélia Gattai - contadora de histórias. Templo Cultural Delfos, julho/2016. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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