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Gabriela Mistral - uma viagem pela linguagem poética

Gabriela Mistral - poeta chilena


© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske / © Seleção e organização dos poemas: José Alexandre da Silva
Por gentileza citar conforme consta no final desse trabalho. 
* Página original JUNHO/2014 | ** Página revisada, ampliada e atualizada MARÇO/2024.




"Vim de um labirinto de colinas e alguma coisa desse nó fica em tudo o que faço, seja verso, seja prosa."
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002, p. 14.


Gabriela Mistral,  pseudônimo de Lucila de Maria do Perpétuo Socorro Godoy Alcayaga (Vicuña/Chile, 7 de abril de 1889 – Nova Iorque/EUA, 10 de janeiro de 1957), foi uma poeta, diplomata e pedagoga chilena. Gabriela Mistral, uma das principais personagens da literatura chilena e latino-americana, foi a primeira pessoa latino-americana e a primeira mulher americana a ser agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945.

Filha de Juan Jerônimo Godoy Villanueva, professor, e Petronila Alcayaga Rojas, de ascendência basca. Gabriela Mistral nasceu em Vicuña, cidade na qual existe hoje um museu dedicado a ela na rua onde nasceu e que hoje tem seu nome. Com dez dias de nascida, seus pais a levaram para La Union (Pisco Elqui), mas seu "amado povoado", como ela mesma dizia, era Montegrande, onde viveu dos três aos nove anos, e onde pediu que fosse enterrada.

Seus avós paternos, oriundos da atual região de Antofagasta, foram Gregório Godoy e Isabel Villanueva; e os maternos, Francisco Alcayaga Barraza y Lucía Rojas Miranda, descendentes de famílias proprietárias de terras do Vale de Elqui. Mistral teve uma meia irmã, que foi sua primeira professora, Emelina Molina Alcayaga, cujo pai foi Rosendo Molina Rojas. Embora seu pai tivesse abandonado o lar quando ela tinha aproximadamente três anos, Gabriela Mistral sempre gostou dele e o defendeu. Conta que "revolvendo papéis", encontrou uns versos dele, "muito bonitos". "Esses versos de meu pai, os primeiros que li, despertaram minha paixão poética", escreveu. 

Aos 15 anos se apaixonou platonicamente por Alfredo Videla Pineda, homem rico e belo, 20 anos mais velho, com quem se correspondeu por carta durante quase um ano e meio. Depois conheceu Romélio Ureta, um funcionário das ferrovias. Ele sacou um dinheiro da caixa da ferrovia onde trabalhava com a finalidade de ajudar um amigo; como não pôde devolver, Ureta se suicidou. Mais tarde – com base em sua vitória nos Jogos Florais com Sonetos da Morte, versos que relacionaram com o suicida – nasceu o mito, que teve ampla difusão, do grande amor entre ambos. 

Em 1904 começa a trabalhar como professora ajudante na Escola da Companhia Baixa em La Serena e começa a mandar colaborações ao jornal serenense El Coquimbo. No ano seguinte continua escrevendo nele e em La Voz de Elqui, de Vicuña.

Desde 1908 é professora em La Cantera e depois em Los Cerrillos. Não estudou pedagogia, já que não tinha dinheiro para isso, mas posteriormente, em 1910, validou seus conhecimentos na Escola Normal N° 1 de Santiago e obteve o título oficial de Professora do Estado, com o que pôde exercer a docência no nível secundário. Este fato lhe custou a rivalidade de seus colegas, já que recebeu o título como validação de seus conhecimentos e experiência, sem ter frequentado o Instituto Pedagógico da Universidade do Chile. Posteriormente seu valor profissional ficou demonstrado ao ser contratada pelo governo do México para assentar as bases de seu novo sistema educacional, modelo que atualmente se mantém vigente quase em sua essência, pois sofreu apenas algumas modificações no sentido de atualizá-lo.


Gabriela Mistral 


Início da atividade literária
Em 12 de dezembro de 1914 obtém o primeiro prêmio no concurso de literatura dos Jogos Florais organizados pela FECh em Santiago, por seus Sonetos da Morte.

Desde então utilizou o pseudônimo literário Gabriela Mistral em quase todos os seus escritos, em homenagem a dois de seus poetas favoritos, o italiano Gabriele D'Annunzio e o francês Frédéric Mistral. Em 1917 Julio Molina Nuñez e Juan Agustin Araya publicam uma das mais importantes antologias poéticas do Chile, Selva Lírica, onde Lucila Godoy já aparece como uma das grandes poetas chilenas. Esta publicação é uma das últimas em que utiliza seu nome verdadeiro.

Desempenhou o cargo de inspetora no Liceu de Senhoritas de La Serena. Foi destacada educadora; visitou o México, os Estados Unidos e a Europa estudando as escolas e métodos educativos destes países. Foi professora convidada nas universidades de Barnard, Middlebury e Porto Rico.

O fato de ter vivido de Antofagasta, no extremo norte, até o porto de Punta Arenas no extremo sul, onde dirigiu seu primeiro liceu e estimulou a vida da cidade, marca sua vida para sempre. Seu apego a Punta Arenas também se deveu a sua relação com Laura Rodig, que vivia ali. Mas a escritora de Elqui não suportava bem o clima polar. Por isso, pediu transferência e em 1920 se mudou para Temuco, de onde partiu para Santiago em 1921. Durante sua estada em Araucania conheceu um jovem chamado Neftali Reyes, que posteriormente seria conhecido mundialmente como Pablo Neruda.

Gabriela Mistral aspirava a um novo desafio depois de ter dirigido dois liceus de péssima qualidade. Disputou e ganhou o posto prestigioso de diretora do Liceu Nº6 de Santiago, mas os professores não a receberam bem, censurando sua falta de estudos profissionais.

”Desolação”, considerada sua primeira obra mestra, aparece em Nova Iorque em 1922, publicada pelo Instituto das Espanhas, por iniciativa de seu diretor Federico de Onís. Ela escreveu a maioria dos poemas que formam este livro dez anos antes, quando residia na localidade de Coquimbito. 

Em 23 de junho desse ano Gabriela Mistral vai para o México no vapor Orcoma acompanhada de Laura Rodig, convidada pelo então ministro da Educação, José Vasconcelos. Ali permaneceu quase dois anos, trabalhando com os intelectuais mais destacados do mundo de fala espanhola naquela época. 

Em 1923 é inaugurada sua estátua no México, publica-se ali seu livro Leitura para mulheres, aparece no Chile a segunda edição de “Desolação” com uma tiragem de 20 mil exemplares e aparece na Espanha a antologia “As melhores poesias”, com prólogo de Manuel de Montoliú.

Depois de uma viagem pelos Estados Unidos e Europa, voltou ao Chile, onde a situação política era tão tensa que se viu obrigada a partir de novo, desta vez para servir na Europa como secretária de uma das seções da Liga das Nações em 1926; no mesmo ano ocupa a secretaria do Instituto de Cooperação Internacional, da Sociedade das Nações, em Genebra.

Em 1924 publica em Madrid “Ternura”, livro em que pratica uma inovadora "poesia escolar", renovando os gêneros tradicionais da poesia infantil (canções de ninar, cantigas de roda, sussurros...) com uma poética austera e muito depurada. Petronila Alcayaga, sua mãe, morreu em 1929, por isso ela lhe dedicou a primeira parte de seu livro “Tala”.

Sua vida é, doravante, uma continuação da incansável vida errante que conheceu no Chile, sem posto fixo em que utilizar seu talento. Preferirá, então, viver entre a América e a Europa. Assim, viaja, por exemplo, à ilha de Porto Rico em 1931, como parte de um tour do Caribe e da América do Sul. É nesse giro que o general Sandino, a quem tinha apoiado em numerosos escritos, a nomeia "Benemérita do Exército Defensor da Soberania Nacional" na Nicarágua. Ademais, fez discursos na Universidade de Porto Rico, Rio Piedras, na República Domienicana, em Cuba, e em todos os demais países da América Central.

A partir de 1933, e durante um período de vinte anos, trabalhou como cônsul de seu país em cidades da Europa e América. Sua poesia foi traduzida para o inglês, francês, italiano, alemão e sueco, influindo na obra criativa de muitos escritores latino-americanos posteriores, como Pablo Neruda e Octávio Paz. Seus diversos poemas escritos para as crianças são recitados e cantados em muitos países na atualidade. Muitos de seus poemas e livros foram lidos por crianças e adultos em diversos países.


Gabriela Mistral - foto: (...)


Prêmio Nobel
Gabriela Mistral recebeu a notícia de que tinha ganho o Nobel em 1945 em Petrópolis, a cidade brasileira onde desempenhava a atividade de cônsul desde 1941 e onde tinha se suicidado aos 18 anos Yin Yin (Juan Miguel Godoy Mendoza), seu sobrinho segundo se dizia, filho de um meio-irmão, que adotara, com sua amiga e confidente Palma Guillén, e com o qual vivia pelo menos desde que ele tinha quatro anos.

No final de 1945 regressou aos Estados Unidos pela quarta vez, agora como cônsul em Los Ângeles e, com o dinheiro ganho com o prêmio, comprou uma casa em Santa Bárbara. Seria ali que no ano seguinte escreveria grande parte de Lagar I, em muitos de cujos poemas se observa a marca da segunda guerra mundial, e que será publicado no Chile em 1954. Em 1946, conheceu Doris Dana, uma escritora estadunidense com quem estabeleceu uma controvertida relação e de quem não se separaria até sua morte.

Gabriel Mistral, primeira pessoa latino-americana e mulher
americana a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945.
Gabriela Mistral foi nomeada cônsul em Nova Iorque em 1953, cargo que conseguiu para estar junto à escritora e bacharel norte-americana Doris Dana, a quem conhecera em 1946 e que foi depositária, porta-voz e executora oficial.
A correspondência entre Dana e Mistral revela aparentemente o estabelecimento de uma sólida relação interpretada por muitos como homosexual entre ambas, coisa que Dana negou até o final de seus dias.

Testemunho da paixão entre Mistral e Dana é a correspondência entre ambas, que a editora Lúmen publicou no Chile em 2009 sob o título “Menina errante”, com transcrição, prólogo e notas de Pedro Pablo Zegers, conservador do Arquivo do Escritor, da Biblioteca Nacional. "Doris, eu estou nos Estados Unidos por tua causa", disse em uma carta. "Sou tua em todos os lugares do mundo e do céu", escreve. E antes: "Talvez tenha sido loucura muito grande entrar nesta paixão".

En 1953, Gabriela Mistral foi recebida com honras depois do convite do governo do Chile encabeçado por Carlos Ibañez del Campo. Nessa ocasião estava acompanhada por Doris Dana, a quem a imprensa nacional identificava como a secretária de Mistral, e que pisava a terra chilena pela primeira e última vez.

Gabriela Mistral foi recebida com um arco do triunfo, por alunos destacados de diferentes colégios e pelas autoridades da região. Foi também homenageada com o título de Honoris Causa pela Universidade do Chile.

Posteriormente voltou aos EUA, "país sem nome", segundo ela. Para Gabriela Mistral, a cidade de Nova Iorque era demasiado fria; ela teria preferido viver na Flórida ou em Nova Orleans (tinha vendido sua propriedade na California), e assim disse a Doris, a quem propôs comprar uma casa em nome das duas em algum desses lugares, mas afinal terminou acomodando-se em Long Island, na mansão da família de Dana e se instalou nos arredores da megalópole: "Mas se tu não queres deixar tua casa, compra-me, repito, um aquecedor e ficamos aqui", escreve-lhe em 1954.

Doris Dana, nessa época consciente de que a existência de Gabriela Mistral era finita, começou um minucioso registro de cada conversação que tinha com a poeta. Ademais, acumulou um total de 250 cartas e milhares de ensaios literários, que hoje constituem o mais importante legado mistraliano e que foi doado por sua sobrinha Doris Atkinson depois de sua morte, ocorrida em novembro de 2006.


Gabriela Mistral -  


Morte, homenagens póstumas e legado
Mistral tinha diabetes e problemas cardíacos; finalmente morreu no Hospital de Hempstead, Nova Iorque, devido a um câncer de pâncreas, em 10 de janeiro de 1957, aos 67 anos, na presença de Doris Dana.

Doris Dana permaneceu como executora oficial da obra de Mistral e evitou enviá-la ao Chile até que não se reconhecesse da maneira devida a sua estatura mundial. Inclusive chegou a ser feito um convite da parte do governo do presidente Ricardo Lagos Escobar, coisa que ela gentilmente declinou.

Em seu testamento, Mistral estipulou que o dinheiro produzido pela venda de seus livros na América do Sul devia ser destinado às crianças pobres de Montegrande, onde passou seus melhores anos de infância, e o da venda em outras partes do mundo a Doris Dana e Palma Guillén, que renunciou a essa herança em beneficio das crianças pobres do Chile. Este pedido da poeta não pôde ser realizado durante algum tempo por restrições legais. Com a revogação dessas restrições, atualmente os ingressos resultantes de sua obra chegam às crianças de Montegrande no Vale do Elqui. 

A sobrinha de Doris Dana, Doris Atkinson doou finalmente ao governo chileno o legado literário de Mistral, mais de 40 mil documentos, custodiados atualmente nos arquivos da Biblioteca Nacional do Chile, incluídas as 250 cartas escolhidas por Zegers para sua publicação.

Seus restos chegaram ao Chile em 19 de janeiro de 1957 e foram velados na sede central da Universidade do Chile, para depois ser sepultados em Montegrande, como era seu desejo. Uma vez disse que gostaria que batizassem uma serra de Montegrande em sua homenagem; conseguiu postumamente: em 7 de abril de 1991, quando completaria 102 anos, a serra Fraile passou a ser chamada Gabriela Mistral.

A imagem de Gabriela Mistral aparece na nota de 5 mil pesos chilenos. Em setembro de 2009 entrou em circulação uma nova nota de 5 mil pesos com uma imagem mais agradável de Mistral.
Uma universidade privada (uma das primeiras no Chile) também leva seu nome, a Universidade Gabriela Mistral.

Em 15 de novembro de 2005, Gabriela Mistral recebeu uma homenagem no Metrô de Santiago, em comemoração dos 60 anos da atribuição do Prêmio Nobel. Foi dedicado a ela um trem batizado com seu nome e com suas fotografias.

Praticamente todas as cidades importantes do Chile possuem uma rua, praça ou avenida batizada em sua homenagem com seu nome literário.

Em dezembro de 2007 chega ao Chile grande parte do material retido nos Estados Unidos por sua primeira executora, Doris Dana. A ministra da Cultura chilena, Paulina Urrutia, recebeu o material, junto a Doris Atkinson, a nova executora. O trabalho de recopilação, transcrição e classificação foi feito pelo humanista chileno Luís Vargas Saavedra que, ao mesmo tempo, preparou uma edição do trabalho chamada "Almácigo".

Em 10 de dezembro de 1945 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura das mãos do Rei Gustavo V da Suécia. Com este galardão se converteu no primeiro literato latino-americano a receber o Nobel. Na cerimônia de entrega do prêmio, ela foi chamada "rainha da literatura latino-americana".

Em 1947 recebeu o Doutorado Honoris Causa do Mills College of Oakland, Califórnia. Em 1951 obteve o Prêmio Nacional de Literatura, Chile.
Entre os muitos doutorados honoris causa que ela recebeu, destacam-se os da Universidade da Guatemala, da Universidade da Califórnia (Los Ângeles) e da Universidade de Florença (Itália), entre outros. Em 1954, a Universidade do Chile finalmente decidiu outorgar-lhe também a honraria.
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Fontes: CONCHA, Rolando Manzano; AGUILLERA, Luis E.. Gabriela Mistral, para ler à noite, perder o sono e ter pesadelos.[tradução José Reinaldo Carvalho].. Publicado em Portal Vermelho/ cultura - 15 de janeiro de 2011. (atualizações e correções feitas) |  Site oficial Gabriela Mistral 

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GABRIELA MISTRAL - OBRA PUBLICADA EM PORTUGUÊS 

Poesia
:: Poemas escolhidos de Gabriela Mistral. [tradução de Henriqueta Lisboa; ilustrações de Marianne Clouzot]. Rio de Janeiro: Delta, 1969.
:: Poemas escolhidos de Gabriela Mistral. [tradução de Henriqueta Lisboa; ilustrações de Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1971.
:: Balada da estrela e outros poemasGabriela Mistral. [tradução Leo Cunha; ilustrações Leonor Pérez]. Curitiba: Olho de Vidro, 2019. {não bilíngue}
:: A mulher forte e Outros Poemas. Gabriela Mistral. [tradução e posfácio Davis Diniz; prefácio Laura Erber; ilustrações Ana Luiza Ornelas; design e edição Flávia Castanheira]. Edição bilíngue. Coleção Versos do Vasto Mundo. São Paulo: Pinard, 2021.
:: Gabriela Mistral - poemas escolhidos [tradução Henriqueta Lisboa]. Edição bilíngue. São Paulo: Editora Peirópolis, 2022
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:: Gabriela Mistral & Cecília Meireles / Gabriela Mistral y Cecília Meireles [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003. {Inclui Poemas / e 'Ensaios de Cecília Meireles e Adriana Valdés / obs.: o poema ''A Terra' / 'La Tierra'' de Gabriela Mistral foi traduzido por José Jeronymo Rivera}.


Em antologias 
:: Versos alheios - antologia. [tradução Rosália Sandoval]. Rio de Janeiro: Alba Oficinas Gráfica, 1930. {Alfonsina Storni; Gabriela Mistral e Luisa Luisi}.
:: Poemas traduzidos. [Manuel Bandeira]. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1954; 8ª edição. Global Editora, 2016.
:: Noite santa: antologia de poemas de Natal. [seleção, tradução e notas Jamil Almansur Haddad]. São Paulo: Autores Reunidos, 1960. Disponível no link. (acessado em 19.3.2024)
:: Grandes vozes líricas hispano-americanas. [seleção e tradução Aurélio Buarque de Holanda]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
:: Poesia traduzida. Henriqueta Lisboa. {Inéditos & Esparsos}.. [organização, introdução e notas de Reinaldo Marques e Maria Eneida Victor Farias. Edição bilíngue. Belo Horizonte/MG: Editora UFMG, 2001. 
:: Poetas da América de canto castelhano. [seleção e tradução Thiago de Mello]. São Paulo: Global Editora, 2011.

Em revistas e jornais
:: Dá-me tua a mão. Gabriela Mistral. {Poema}.. [tradução e apresentação Tasso da Silveira]. In: Festa - Revista de Arte e Pensamento, 2º Plase, anno 1, n. 7, Rio de Janeiro, p. 2, março 1935. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024)

Portugal
:: Antologia poética Gabriela Mistral. [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa/Portugal: Editorial Teorema Portugal, 2002.

Em antologias
:: Joias da poesia hispano americana. [selecção, tradução e notas Osvaldo Orico]. Lisboa: Livraria Bertrand, 1945.
:: As Causas Perdidas: antologia de poesia hispano-americana. [selecção, organização e tradução António Cabrita]. Lisboa: Maldoror, 2019 (confirmar +)


"Escrever […] É a sensação de ter estado por umas horas na minha pátria real, no meu costume, no meu desejo à solta, na minha liberdade total"
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002, p. 14.

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GABRIELA MISTRAL OBRA PUBLICADA EM ESPANHOL


Poesía
:: Desolación. New York: Instituto de las Españas en los Estados Unidos, 1922. 248 p.
:: Desolación. (Edición con prólogo de Pedro Prado y con prólogo de 1º edición). Santiago de Chile: Nascimento, 1923. 355p.
:: Desolación. (Con prólogo de Alone, de 1925). Santiago de Chile: Nascimento, 1926. 342p.
:: Desolación: poesía, prosa, prosa escolar, cuentos. (Con prólogo de Pedro Prado a la edición chilena). Buenos Aires: Imprenta Ortiz, 1945. 190p.
:: Desolación. (Con prólogo de Alone). Santiago de Chile: Editorial del Pacífico, Series Obras Selectas, v. II, 1954. 259p.
:: Desolación. (Con prólogo y selección de Roque Estaban Scarpa). Incluye algunos textos de Tala. Santiago, Chile: Andrés Bello, 1979. 122p.
:: Desolación en germen: facsimilares de primeros manuscritos (1914-1921).Santiago de Chile: Dirección de Archivos, Bibliotecas y Museos / Lom Ediciones, 19--. 1 portafolio [11] h.
:: Ternura. canciones de niños: rondas, canciones de la tierra, estaciones, religiosas, otras canciones de cuna. Madrid: Saturnino Callejas, 1924. 105p.
:: Ternura. Buenos Aires: Editorial Espasa-Calpe, 1952. 164p.
:: Ternura. (Con prólogo, notas críticas y referencias de Jaime Quezada y dibujos de Roser Brú). Santiago de Chile: Editorial Universitaria, 1989.246p.
:: Tala. Buenos Aires: Editorial Sur, 1938. 286p.
:: Tala. Buenos Aires: Losada, 1947. 187p.
:: Tala. Buenos Aires: Losada, 1958.167p.
:: Lagar. Santiago de Chile: Editorial del Pacífico, Series Obras Selectas, v. VI, 1954. 188p.
:: Lagar II. Santiago de Chile: Ediciones de la Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos, 1991. 172p.
:: Poemas de Chile. (Texto revisado por Doris Dana).  Santiago de Chile: Editorial Pomaire, 1967. 244p.
:: Poema de Chile. Santiago de Chile: Seix Barral, 1985. 205p.
:: Almácigo: poemas inéditos de Gabriela Mistral. (Edición Luis Vargas Saavedra). Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2008, 235p.

Gabriela Mistral 


Antologías y selecciones de poesía
:: Antología. Gabriela Mistral. (Selección realizada por la autora y con prólogo de Ismael Edwards Matte, a pedido de Mistral). Santiago de Chile: Empresa Editora Zig-Zag, 1946. 318p.
:: Antología. Gabriela Mistral. (Prólogo de Hernán Díaz Arrieta).. [Idéntica selección realizada por Mistral para edición de 1946. Incluye prólogo de Alone, quien no hace referencia a la edición anterior]. Santiago de Chile: Empresa Editora Zig-Zag, 1957. 147p.
:: Canto a San Francisco.Chillán, Chile: Dante, 1957. 19p.
:: Poesías completas. Gabriela Mistral. Madrid: Aguilar, 1968. 836 p. Edición definitiva, autorizada y preparada por Margaret Bates, con introducción de Esther de Cáceres.
:: Selected poems of Gabriela Mistral. (Edición y traducción de Doris Dana). Baltimore: Published for the Library of Congress by the Johns Hopkins Unversity Press, 1971. 235p.
:: Antología poética. Gabriela Mistral. (Selección, notas y entrevista póstuma realizadas por Alfonso Calderón).. [Incluye selección de Desolación, Ternura, Tala, Lagar y Poema de Chile]. Santiago de Chile: Universitaria, 1974. 208 p.
:: Antología poética de Gabriela Mistral. [edición, introducción y notas de Hugo Montes Bronet]. Editorial Castalia S.A., 1996, 192p.
:: Poesías completas. Gabriela Mistral. [Estudio preliminar y referencias cronológicas de Jaime Quezada]. Barcelona: Editorial Andrés Bello, 2001. 788p.; Santiago de Chile: Andrés Bello, 2001.
:: Antología poética de Gabriela Mistral. [Organização e seleção Calderón Squadrito Calderón e Colaboração de Alfonso Calderón]. Editorial Universitaria, 2001, 208p.

Gabriela Mistral -  poeta chilena


Antologías de Poesía y Prosa
:: Lecturas para mujeres. Gabriela Mistral (1922-1924). (Con prólogo de Palma Guillén de Nicolau). México: Secretaría de Educación de México, Departamento Editorial, 1923.
:: Lecturas para mujeres. Gabriela Mistral (1922-1924). 7º ed., México: Editorial Porrúa, 1988.
:: Homenaje a Gabriela Mistral. Edición extraordinaria de Orfeo (Incluye selección de poemas, prosa, poemas inéditos, cartas y testimonios epocales sobre Mistral). Revista de Poesía y Teoría Poética, Nºs 23 al 27. Santiago de Chile, 1967.
Gabriela Mistral, por (...)
:: Reino. Gabriela Mistral [poesía dispersa e inédita, en verso y prosa].. (Recopilación y prólogo de Gastón von dem Bussche). Valparaíso, Chile: Ediciones Universitarias de Valparaíso/ Universidad Católica de Valparaíso, 1983. 223p.
:: Recopilación de la obra mistraliana: 1902-1922. (Pedro Pablo Zegers B., comp.). Santiago de Chile: Gobierno de Chile, Consejo Nacional de Fomento del Libro y la Lectura/ Ril Editores, 2002. 657p.
:: Poesía y prosa. Gabriela Mistral. (Selección, prólogo, cronología y bibliografía de Jaime Quezada). Caracas: Biblioteca Ayacucho, 1984. 494p.
::Antología mayor. Gabriela Mistral. (Edición y cronología general de Luis Alberto Ganderats). 4 vol’s.,  Contenidos: v. 1. Poesía; v. 2. Prosa; v. 3. Cartas y v. 4. Vida y obra. Santiago de Chile: Editorial Lord Cochrane, 1992.
:: Cuenta-mundo. Gabriela Mistral. (Prólogo, selección y notas de Jaime Quezada). Santiago de Chile: Universitaria, 1993. 65p.
:: Proyecto preservación y difusión del legado literario de Gabriela Mistral. Santiago de Chile: OEA/ Empresa Editora Zig-Zag, 1993.381 p. Magda Arce y Gastón Von dem Bussche, comp.382p.
:: La niña Lucila escribe cuentos. (Estudio y selección de Hugo Cid).. [Incluye algunos cuentos y prosa inéditos].  Santiago de Chile: Tiempo Nuevo, 1995. 210 p.
:: Antología de poesía y prosa de Gabriela Mistral. (Selección y prólogo de Jaime Quezada). Santiago de Chile: Fondo de Cultura Económica, 1997.
:: Locas mujeres. (Selección y prólogo de Verónoca Zondek).. [Contiene secciones "Locas mujeres" de Lagar y de Lagar II]. Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2003. 73p.
:: Gabriela Mistral: álbum personal. Santiago de Chile: Direccion de Bibliotecas, Archivos y Museos: 2008. 135p., [4] h. :il. 
:: Gabriela Mistral: Antología esencial. [Selección y edición de Grínor Rojo]. Madrid: Biblioteca nueva, 2010, 246p.
::Gabriela Mistral en verso y prosa. Edición comemorativa. (edición Cedomil Goic).. [reúne íntegros los cuatro libros de poesía que publicó en vida: Desolación, Ternura, Tala y Lagar].. [se completa con estudios de académicos de diversos países y de especialistas en la obra de la poeta: Gonzalo Rojas (Chile), Carlos Germán Belli (Perú), Adolfo Castañón (México), Bruno Rosari o Candelier (República Dominicana), Pedro Luis Barcia (Argentina), Darío Villanueva (España), Santiago Daydí-Tolson (Universidad de Texas), Grínor Rojo (Universidad de Chile), Ana María Cuneo (Universidad de Chile), Mauricio Ostria (Universidad de Concepción), Adriana Valdés (Chile) y Mario Rodríguez (Chile)]. Santiago: Real Academia Espaõla; Associación de Acdemias de la Lengua Española/ ALfaguara, 2010, 854p.

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Prosa antologada
(Ordenada por año de publicacion de antologías)
:: Gabriela Mistral y la epopeya del Chaco : articulos aparecidos en el "El Liberal" de Asunción.  (Carlos Roberto Centurión, comp. ). Asunción: Imprenta Militar, 1935. 29p.
:: A poesia infantil de Henriqueta Lisboa. A Manhã, Belo Horizonte, 26 mar. 1944.
:: Palabras para la Universidad de Puerto Rico. Puerto Rico: Universidad de Puerto Rico, 1948.
:: Recados contando a Chile. Selección, prólogo y notas de Alfonso Escudero. Santiago de Chile: Editorial del Pacífico, Series Obras Selectas, v. IV, 1957. 269p.
:: Croquis mexicanos : Gabriela Mistral en México . México: Costa-Amic, (195-). 77p.
:: Motivos de San Francisco. (César Díaz-Muñoz, sel. y prólogo). Santiago de Chile: Editorial del Pacífico, 1965.
:: La desterrada en su patria. Gabriela Mistral en Magallanes (1918-1920). (Estudio y recopilación de Roque Esteban Scarpa). 2 vol’s., Santiago de Chile: Editorial Nascimento, 1977.
:: Gabriela anda por el mundo. (Roque Esteban Scarpa, comp.).  Santiago: Editorial Andrés Bello, 1978. 392p.
:: Gabriela piensa en…(Roque Esteban Scarpa, comp.).  Santiago de Chile: Editorial Andrés Bello, 1978. 435p.
:: Prosa Religiosa de Gabriela Mistral. (Introducción, recopilación y notas de Luis Vargas Saavedra). Santiago de Chile: Editorial Andrés Bello, 1978. 185 p.
:: Recados para América. Textos de Gabriela Mistral. (Mario Céspedes, comp.). Santiago de Chile: Revista Pluma y Pincel / Instituto de Ciencias Alejandro Lipschutz., 1978. 262p.
:: Gabriela Mistral en el "Repertorio Americano". (Prólogo y notas de Mario Céspedes). San José : Universidad de Costa Rica, 1978. 318p. 
:: Materias. Prosa inédita de Gabriela Mistral. (Alfonso Calderón, sel. y prólogo). Santiago de Chile: Editorial Universitaria, 1978. 412p.
:: Croquis Mexicanos. (Selección y prólogo de Alfonso Calderón). Santiago de Chile: Editorial Nascimento, 1979. 182p.
:: Magisterio y niño. (Selección y prólogo de Roque Esteban Scarpa, comp.). Santiago de Chile: Editorial Andrés Bello, 1979. 289p.
:: Elogio de las cosas de la tierra. (Roque Esteban Scarpa, comp.).  Santiago de Chile: Editorial Andrés Bello/ Pontificia Universidad Católica de Chile, 1979. 136p.
:: Grandeza de los oficios. [Selección y prólogo de Roque Esteban Scarpa]. Santiago de Chile: Editorial Andrés Bello, 1979. 226p.
:: El otro suicida de Gabriela Mistral. (Luis Vargas Saavedra, comp.).. [Contiene un extenso, documentado y profundo estudio de Vargas Saavedra sobre el tema y textos de Mistral sobre Yin]. Santiago de Chile: Editorial Universidad Católica, 1985.
:: Artículo “La instrucción de la mujer”. En Cuadernos de Educación, 187, septiembre de 1989, pp. 218-220.
:: Italia caminada. Gabriela Mistral. (Prefacio de Michelangelo Pisani Massamormile; presenta de Roberto Verdi; prólogo y recopilación de Miguel Arteche). Santiago de Chile: Istituto Italiano di Cultura in Cile, 1989. 121p.
:: Prosa de Gabriela Mistral: materias. (Selección y prólogo de Alfonso Calderón). Santiago de Chile: Editorial Universitaria, 1989. 200p.
:: Gabriela Mistral en "La voz del Elqui”. (Pedro Pablo Zegers, comp.).  Santiago de Chile: Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos, 1992.
:: Gabriela Mistral en El Coquimbo. Dirección de Bibliotecas Archivos y Museos/ Museo Gabriela Mistral, 1994. 99p.
:: Escritos políticos. Gabriela Mistral. (Selección, prólogo y notas de Jaime Quezada).. [Incluye prosa antologada en publicaciones anteriores].  México: Fondo de Cultura Económica, 1994. 299p.
:: Una escritura recadera. Gabriela Mistral. (Prólogo y referencias de Jaime Quezada).. [Incluye prosa periodística, alguna ya antologada anteriormente].  Santiago de Chile: La Noria, 1998. 250p.
:: Gabriela Mistral: la tierra tiene la actitud de una mujer. (Selección y prólogo de Pedro Pablo Zegers Blachet).. [Incluye prosa antologada anteriormente]. Santiago de Chile: RIL Editores, 1998. 294p.
:: Recados para hoy y mañana. Gabriela Mistral. (Selección y estudio de Luis Vargas Saavedra).  2 vol’s., Santiago de Chile: Editorial Sudamericana, 1999.
:: Castilla, tajeada de sed como mi lengua: Gabriela Mistral ante España y España ante Gabriela Mistral. (Estudio y selección de Luis Vargas Saavedra). Santiago de Chile: Ediciones de la. Universidad Católica de Chile/ Andros Impresores, 2002. 249p.
:: Gabriela Mistral : su prosa y poesía en Colombia. (Compilación y prólogo de Otto Morales Benítez) .. [Contiene prosa periodística publicada por Mistral en Colombia, especialmente en tres publicaciones: El tiempo, lecturas dominicales; El espectador literario y Revista El Gráfico. 3 vol.'s., Contenido: v.1. Autobiografías, Visión de Colombia, Visión de Indoamérica (incluido Chile); v.2. Visión de Europa, Correspondencia y Prosa; v.3. Poesía, cuentos de Mistral y ensayos sobre su obra].  Santafé de Bogotá: Convenio Andrés Bello, 2002.
:: Gabriela Mistral. Pensando a Chile: una tentativa contra lo imposible. (Jaime Quezada, comp.).. [Incluye prosa antologada en publicaciones anteriores].   Santiago de Chile: Publicaciones del Bicentenario, 2004.  491p.
:: Gabriela Mistral: 50 prosas en El Mercurio 1921-1956. (Selección, prólogo y notas de Floridor Pérez).. [artículos también publicados en Revista Repertorio Americano].  Santiago de Chile: Diario El Mercurio, 2005. 249p.


Gabriela Mistral en visita a su casa natal en 1938


Prosa epistolar publicada
:: Cartas de Gabriela Mistral a Juan Ramón Jiménez. Série - Puerto Rico: Ediciones de la Torre/ Universidad de Puerto Rico, 1961. 17p.
:: Cartas de amor, de Gabriela Mistral. (Introducción, recopilación, iconografía y notas de Sergio Fernández Larraín). Santiago de Chile: Editorial Andrés Bello, 1978. 243p.
:: Gabriela Mistral íntima. (Ciro Alegría, comp.).. [Además de las reflexiones de Ciro Alegría, contiene doce cartas de Mistral a Ciro Alegría]. Bogotá: Oveja Negra, 1980. 124p.
:: Cartas a Lydia Cabrera: correspondencia inédita de Gabriela Mistral y Teresa de la Parra. (Rosario Hiriart, comp.). Madrid: Torremozas, 1988. 227p.
:: Gabriela Mistral y Joaquín García Monge: una correspondencia inédita. (Magda Arce, comp., con la colaboración de Eugenio García Carrillo). Santiago de Chile: Editorial Andrés Bello, 1989. 167p.
:: En batalla de sencillez. De Lucila a Gabriela. Cartas a Pedro Prado (1915-1939).  (Compilado por Luis Vargas Saavedra, María Ester Martínez Sanz y Regina Valdés Bowen). Santiago de Chile: Dolmen Ediciones, 1993. 172p.
:: Cartas a Eugenio Labarca (1915-1916). (Introducción y notas de Raúl Silva Castro). Santiago de Chile: Ediciones de los Anales de la Universidad de Chile, 1957. 58p.
:: Epistolario de Gabriela Mistral y Eduardo Barrios. (Edición de Luis Vargas Saavedra). Santiago de Chile: Centro de Estudios de Literatura Chilena, 1988. 101p.
:: Tan de usted: epistolario de Gabriela Mistral con Alfonso Reyes. (Luis Vargas Saavedra, comp.).  Santiago de Chile: Hachette/ Ediciones Universidad Católica de Chile, 1990. 240p.
:: Vuestra Gabriela. Cartas inéditas de Gabriela Mistral a los Errázuriz Echeñique y Tomic Errázuriz. (Prólogo, selección y notas de Luis Vargas Saavedra, comp.). Santiago de Chile: Empresa Editora Zig-Zag, 1995. 235p.
:: Epistolario selecto. Edición y prólogo de Pedro Pablo Zegers y Thomas Harris. [Cartas a Brenes Mersén, Jorge Mañach, Armando Donoso, María Monvel]. Santiago de Chile: Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos, 1997.
:: This America of ours: the letters of Gabriela Mistral and Victoria Ocampo. (Traducción y edición de Elizabeth Horan y Doris Meyer). Austin: University of Texas Press,  2003. 377p.
:: Manuel, en los labios por mucho tiempo: epistolario entre Lucila Godoy Alcayaga (Gabriela Mistral) y Manuel Magallanes Moure. (Compilación y estudio de María Ester Martínez Sanz y Luis Vargas Saavedra). Santiago de Chile: Ediciones de la Universidad Católica de Chile, 2005.
:: Oraciones a Yin y por Yin. Gabriela Mistral. Santiago de Chile: Consejo Nacional de la Cultura y las Artes, 2005. 39p.
:: El ojo atravesado: correspondencia entre Gabriela Mistral y los escritores uruguayos. (Edición, selección, notas y comentarios de Silvia Guerra y Verónica Zondek). Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2005. 256p.
:: Esta América nuestra: correspondencia 1926-1956. Buenos Aires: El Cuenco de Plata,c 2007. 347p.:il.
:: Niña errante: cartas a Doris Dana[transcrição, prólogo e notas de Pedro Pablo Zegers]. Santiago de Chile :Random House Mondadori S.A., 2009. 476p.


Gabriela Mistral em nota de 5000  pesos (2005)



"Uma poesia cujas palavras, embora muito perto das suas raízes terrestres, parecem de vez em quando ganhar asas e voar ao longo do tempo e do espaço, projetando-se nessa dimensão aérea e musical que corresponde, afinal à essência disso a que, melhor ou pior, continuemos a chamar de poesia."
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002, p. 11 e 12.


"com esse gosto bravio, suave mas nítido e impregnante de sua presença"
- Mário de Andrade


****




  • Gabriela Mistral (2020), por Ignácio Andrés 


POEMAS ESCOLHIDOS DE GABRIELA MISTRAL



Dá-me tua a mão
Dá-me tua mão, e dansaremos, 
dá-me tua mão, e me amarás. 
Uma flôr única seremos, 
uma só flôr, e nada mais...

O mesmo verso cantaremos, 
ao mesmo passo, bailarás. 
Como uma espiga ondularemos, 
como uma espiga, e nada mais...

Chamas-te Rosa, eu Esperança; 
mas o teu nome olvidarás, 
Porque seremos uma dansa 
sobre a collina, e nada mais...

*

Dame la mano
Dame la mano y danzaremos;
dame la mano y me amarás.
Como una sola flor seremos,
como una flor, y nada más...

El mismo verso cantaremos,
al mismo paso bailarás.
Como una espiga ondularemos,
como una espiga, y nada más.

Te llamas Rosa y yo Esperanza;
pero tu nombre olvidarás,
porque seremos una danza
en la colina y nada más...
.
(Do livro 'Ternura')
- Gabriela Mistral [tradução Tasso da Silveira]. In: Festa - Revista de Arte e Pensamento, 2º Plase, anno 1, n. 7, Rio de Janeiro, março 1935.

§§

Primeiro Soneto da Morte

I
Do nicho lôbrego onde os homens te puseram
Te levarei à terra humilde e ensolarada.
Nela hei de adormecer – os homens não souberam –
E havemos de dormir sobre a mesma almofada.

Te deitarei na terra humilde, te envolvendo
No amor da mãe para o seu filho adormecido.
E a terra há de fazer-se um berço recebendo
Teu corpo de menino exausto e dolorido.

Poderei descansar; sabendo que descansas
No pó que levantei azulado e lunar
Em que presos serão os teus leves destroços.

Partirei a cantar minhas belas vinganças,
Pois nenhuma mulher me há de vir disputar
A este fundo recesso o teu punhado de ossos.

**

Los Sonetos de la Muerte

I
... Del nicho helado en que los hombres te pusieron,
te bajaré a la tierra humilde y soleada.
Que he de dormirme en ella los hombres no supieron,
y que hemos de soñar sobre la misma almohada.

... Te acostaré en la tierra soleada con una
dulcedumbre de madre para el hijo dormido,
y la tierra ha de hacerse suavidades de cuna
al recibir tu cuerpo de niño dolorido.

... Luego iré espolvoreando tierra y polvo de rosas,
y en la azulada y leve polvareda de luna,
los despojos livianos irán quedando presos.

... Me alejaré cantando mis venganzas hermosas,
¡porque a ese hondor recóndito la mano de ninguna
bajará a disputarme tu puñado de huesos!
.
(Tomado del libro 'Desolación')
- Gabriela Mistral [tradução Manuel Bandeira]. In: Poemas traduzidos. Manuel Bandeira. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1954.

§§

Jesus
E fazendo a ronda
se nos foi a tarde.
O sol já morreu;
a montanha não arde.

Porém a ronda continuará.
Que importa se no céu o sol não está?

Dançando, dançando,
ninguém viu o segredo
de Jesus que chegava
para entrar no brinquedo.

Entrou na roda, sem rumor
E o centro está feito resplendor.

O canto calou-se,
calou-se de assombro.
Oprimem-se, as mãos,
Oprimem-se, tremendo.

E giramos em seu redor,
E sem romper o resplendor.

Já se calou o coro,
Agora ninguém canta.
Ouve-se o coração
em vez da garganta.

E vendo o seu rosto arder
nos vai encontrar o amanhecer.

**

Jesus
Haciendo la ronda
se nos fue la tarde.
El sol ha caído:
la montaña no arde.

Pero la ronda seguirá,
aunque en el cielo el sol no está.

Danzando, danzando,
la viviente fronda
no lo oyó venir
y entrar en la ronda.

Ha abierto el corro, sin rumor,
y al centro está hecho resplandor.

Callando va el canto,
callando de asombro.
Se oprimen las manos,
se oprimen temblando.

Y giramos a Su redor,
y sin romper el resplandor…

Ya es silencio el coro,
ya ninguno canta:
se oye el corazón
en vez de garganta.

¡Y mirando Su rostro arder,
nos va a hallar el amanecer!
- Gabriel Mistral [tradução Jamil Almansur Haddad]. In: Noite santa: antologia de poemas de Natal. (seleção, tradução e notas Jamil Almansur Haddad) São Paulo: Autores Reunidos, 1960. 

§§

Achado
Encontrei este anjo
num passeio ao campo:
dormia tranquilo
sobre umas espigas...

Talvez tenha sido
cruzando o vinhedo:
ao bulir nas ramas
toquei suas faces...

Por isso receio
ao estar dormida
se evapore como
ageada nas vinhas...

**

Hallazgo
Me encontré este niño
cuando al campo iba:
dormido lo he hallado
en unas espigas…

O tal vez ha sido
cruzando la viña:
buscando los pámpanos
topé su mejilla…

Y por eso temo,
al quedar dormida,
se evapore como
la helada en las viñas…
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

Balada
Ai! Passou com outra;
eu o vi passar.
Sempre doce o vento
e o caminho em paz.
E esses olhos míseros
viram-no passar!

Ele vai amando a outra
pela terra em flor.
O espinho se abriu;
passa uma canção.
E ele amando a outra
pela terra em flor!

Ai! Beijou a outra
à beira das praias;
resvalou nas ondas
a lua nupcial.
E não vi meu sangue
na extensão do mar!

Seguirá com outra
pela eternidade.
Os céus serão doces.
(Deus está calado.)
E ele irá com outra
pela eternidade!

**

Balada
Él pasó con otra;
yo le vi pasar.
Siempre dulce el viento
y el camino en paz.
¡Y estos ojos míseros
le vieron pasar!

Él va amando a otra
por la tierra en flor.
Ha abierto el espino;
pasa una canción.
¡Y él va amando a otra
por la tierra en flor!

El besó a la otra
a orillas del mar;
resbaló en las olas
la luna de azahar.
¡Y no untó mi sangre
la extensión del mar!

El irá con otra
por la eternidad.
Habrá cielos dulces.
(Dios quiera callar.)
¡Y él irá con otra
por la eternidad!
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

Canção amarga
Ai! Brinquemos, filho meu:
sou a rainha, és o rei.

É teu esse verde campo.
De quem mais podia ser?
Por ti as ondas da alfafa
ao vento hão de estremecer.

É todo teu esse vale.
De quem mais podia ser?
Para que nos deliciemos
o pomar será de mel.

(Não é certo que tiritas
como o infante de Belém, ,
que o seio de tua mãe
secou de tanto sofrer.)

O cordeiro torna espessa
a lã que eu hei de tecer.
São teus também os apriscos.
De quem mais podiam ser?

E todo leite do estábulo
que das fontes vai correr,
e o regalo das colheitas,
de quem mais podiam ser?

(Não é certo que tiritas
como o infante de Belém,
que o seio de tua mãe
secou de tanto sofrer.) 

– Sim! Brinquemos, filho meu:
sou a rainha, és o rei.

**

Canción amarga
¡Ay! ¡Juguemos, hijo mío,
a la reina con el rey!

Este verde campo es tuyo.
¿De quién más podría ser?
Las oleadas de la alfalfa
para ti se han de mecer.

Este valle es todo tuyo.
¿De quién más podría ser?
Para que los disfrutemos
los pomares se hacen miel.

(¡Ay! ¡No es cierto que tiritas
como el Niño de Belén
y que el seno de tu madre
se secó de padecer!)

El cordero está espesando
el vellón que he de tejer,
y son tuyas las majadas.
¿De quién más podrían ser?

Y la leche del establo
que en la ubre ha de correr,
y el manojo de las mieses
¿de quién más podrían ser?

(¡Ay! ¡No es cierto que tiritas
como el Niño de Belén
y que el seno de tu madre
se secó de padecer!)

—¡Sí! ¡Juguemos, hijo mío,
a la reina con el rey!
.
(Tomado del libro 'Ternura') 
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

Cimo
A hora da tarde, a que põe
seu sangue nas montanhas.

Alguém nesta hora está sofrendo;
com angústia alguém perde
ao por do sol o único peito
contra o qual se estreitava.

Um coração existe em que molha
a tarde aquele cimo ensanguentado.

O vale já está na sombra
e se cobre de calma.
Olha, porém, da profundeza, o incêndio
que enrubesce a montanha.

Eu me ponho a cantar sempre nesta hora
minha invariável canção atribulada.
Serei eu a que banha
o cume de escarlate?

Levo a meu coração a mão e sinto
que uma ferida sangra.

**

Cima
La hora de la tarde, la que pone
su sangre en las montañas.

Alguien en esta hora está sufriendo;
una pierde, angustiada,
en este atardecer el solo pecho
contra el cual estrechaba.

Hay algún corazón en donde moja
la tarde aquella cima ensangrentada.

El valle ya está en sombra
y se llena de calma.
Pero mira de lo hondo que se enciende
de rojez la montaña.

Yo me pongo a cantar siempre a esta hora
mi invariable canción atribulada.
¿Seré yo la que baño
la cumbre de escarlata?

Llevo a mi corazón la mano, y siento
que mi costado mana.
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§


Embalando
Balança o mar suas ondas
de praia em praia.
Ouvindo os mares amantes
meu filho embalo.

Balança o vento na noite
longe, os trigais.
Ouvindo os ventos amantes
meu filho embalo.

Balança Deus em silêncio
os seus mundos, aos milhares.
Sentindo-lhe a mão na sombra
meu filho embalo.

**

Meciendo
El mar sus millares de olas
mece, divino.
Oyendo a los mares amantes,
mezo a mi niño.

El viento errabundo en la noche
mece los trigos.
Oyendo a los vientos amantes,
mezo a mi niño.

Dios Padre sus miles de mundos
mece sin ruido.
Sintiendo su mano en la sombra
mezo a mi niño.
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

Pensador de Rodin

...................................................A Laura Rodig

Queixo apoiado à mão em postura severa,
lembra-se o Pensador que é da carne uma presa;
carne fatal, desnuda ante o fado que o espera,
carne que odeia a morte e tremeu de beleza;

que estremeceu de amor na primavera ardente
e hoje, imersa no outono, a tristeza conhece.
A ideia de morrer dessa fronte consciente
passa por todo o bronze, à hora em que a noite desce.

De angústia os músculos se fendem, sofredores;
os sulcos de seu corpo enchem-se de terrores;
entrega-se, folha outoniça, ao Senhor forte

que o plasma.  E não se crispa uma árvore torcida
de sol nos plainos, nem leão de anca ferida,
como esse homem que está meditando na morte.

**

El Pensador De Rodin

...................................................A Laura Rodig

... Con el mentón caído sobre la mano ruda,
el Pensador se acuerda que es carne de la huesa,
carne fatal, delante del destino desnuda,
carne que odia la muerte, y tembló de belleza.

... Y tembló de amor, toda su primavera ardiente,
y ahora, al otoño, anégase de verdad y tristeza.
El "de morir tenemos" pasa sobre su frente,
en todo agudo bronce, cuando la noche empieza.

... Y en la angustia, sus músculos se hienden, sufridores.
Cada surco en la carne se llena de terrores.
Se hiende, como la hoja de otoño, al Señor fuerte

... que le llama en los bronces... Y no hay árbol torcido
de sol en la llanura, ni león de flanco herido,
crispados como este hombre que medita en la muerte.
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

Eu não sinto solidão 
É a noite desamparo
das montanhas ao oceano.
Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão. 

É todo o céu desamparo,
mergulha a lua nas ondas. 
Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão. 

É o mundo desamparo,
triste a carne em abandono.
Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão. 

**

Yo no tengo soledad
Es la noche desamparo
de las sierras hasta el mar.
Pero yo, la que te mece,
¡yo no tengo soledad!

Es el cielo desamparo
si la Luna cae al mar.
Pero yo, la que te estrecha,
¡yo no tengo soledad!

Es el mundo desamparo
y la carne triste va.
Pero yo, la que te oprime,
¡yo no tengo soledad!
.
(Do livro 'Canções')
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

A meia-noite 
Fina, a meia noite.
Ouço os nós do rosal:
a seiva sobe dando impulso à rosa.

Ouço
as raias ardentes do tigre
real: não o deixam dormir. 

Ouço 
a estrofe de alguém
a crescer dentro da noite
como a duna.

Ouço
a minha mãe adormecida 
com dois respiros 
(durmo em seu seio
aos cinco anos).

Ouço o Ródano
que baixa e me leva, pai
cego de espuma cega.

Nada mais ouço, após, 
senão que vou tombando
entre os muros arlesianos
repletos de sol.

**

La medianoche
Fina, la medianoche.
Oigo los nudos del rosal:
la savia empuja subiendo a la rosa.

Oigo
las rayas quemadas del tigre
real: no le dejan dormir.

Oigo
la estrofa de uno,
y le crece en la noche
como la duna.

Oigo
a mi madre dormida
con dos alientos.
(Duermo yo en ella,
de cinco años.)

Oigo el Ródano
que baja y que me lleva como un padre
ciego de espuma ciega.

Y después nada oigo
sino que voy cayendo
en los muros de Arlès
llenos de sol ...
.
(Do livro 'Canções')
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

A Estrangeira

................ A Francis de Miomandre

– Fala com a deixa de seus mares bárbaros, 
com não sei que algas e não sei que areias; 
reza oração a Deus sem vulto ou peso, 
envelhecida como se morresse. 
Em horto nosso que tornou estranho 
plantou uns cactos e agarradas gramas.
Respira a mesma ardência do deserto 
e amou com essa paixão de que encanece, 
de que não fala nunca e se falasse 
seria como mapa de outra estrela. 
Oitenta anos conosco viverá, 
porém sempre será como quem chega, 
falando língua que vacila e treme 
só entendida dos irracionais. 
E vai morrer assim no nosso meio, 
alguma noite em que padeça mais, 
tendo o destino só por almofada, 
de uma morte calada e estrangeira.

**

La extranjera

................ A Francis de Miomandre

—«Habla con dejo de sus mares bárbaros,
con no sé qué algas y no sé qué arenas;
reza oración a dios sin bulto y peso,
envejecida como si muriera.
En huerto nuestro que nos hizo extraño,
ha puesto cactus y zarpadas hierbas.
Alienta del resuello del desierto
y ha amado con pasión de que blanquea,
que nunca cuenta y que si nos contase
sería como el mapa de otra estrella.
Vivirá entre nosotros ochenta años,
pero siempre será como si llega,
hablando lengua que jadea y gime
y que le entienden sólo bestezuelas.
Y va a morirse en medio de nosotros,
en una noche en la que más padezca,
con sólo su destino por almohada,
de una muerte callada y extranjera».
.
(Tomado del libro 'Tala')
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

A Bailarina
.... A bailarina agora está dançando 
a dança de perder quanto possuía. 
Deixa cair tudo o que nela havia, 
seus pais e irmãos, pomares e campinas, 
o rumor de seus rios, os caminhos, 
o conto de seu lar, o próprio rosto, 
seu nome e seus brinquedos infantis, 
como quem deixa tudo quanto teve 
tombar de selo, de regaço e de alma.

.... Na lâmina do dia e do solstício 
baila sorrindo seu despojamento. 
O que atiram seus braços é esse mundo 
que ama e detesta, que seduz e mata, 
a terra que se apresta a colher sangue, 
a noite dos saciados que não dormem 
e o mal-estar dos que não têm pousada.

.... Sem nome, raça ou credo, desnudada 
de tudo e de si mesma, ela se entrega 
pura e formosa, com seus pés voadores, 
sacudida como árvore e no centro 
do redemoinho, feita testemunho.

.... Não está dançando o voa de albatrozes 
salpicados de sal e jogos de ondas; 
tampouco os alçamentos e a derrota 
dos canaviais com força fustigados; 
tampouco o vento agitador de velas, 
nem o sorriso dos mais altos caules.

.... Não lhe deem o nome de batismo. 
Soltou-se de sua estirpe e sua carne, 
sufocou a cantiga de seu sangue 
e a balada de sua adolescência.

.... Sem saber, nossas vidas lhe atiramos 
como escarlate veste envenenada; 
e baila assim mordida de serpentes 
que alacremente e livremente a atingem 
e fazem-na cair em estandarte 
vencido ou em grinalda espedaçada.

.... Sonâmbula, mudada no que odeia, 
sem saber de si mesma dança, alheia, 
seus gestos distribuindo e recolhendo,
portadora de nossos estertores, 
cortando os ares que não mais refrescam, 
única e torvelinho, vil e isenta.

.... Ah! somos nós seu ofegante peito, 
sua etérea palidez, o louco grito 
lançado para poentes e nascentes, 
o violáceo calor de suas veias 
o abandono de Deus de sua infância.

**

La bailarina
.... La bailarina ahora está danzando
la danza del perder cuanto tenía.
Deja caer todo lo que ella había,
padres y hermanos, huertos y campiñas,
el rumor de su río, los caminos,
el cuento de su hogar, su propio rostro
y su nombre, y los juegos de su infancia
como quien deja todo lo que tuvo
caer de cuello y de seno y de alma.
 
.... En el filo del día y el solsticio
baila riendo su cabal despojo.
Lo que avientan sus brazos es el mundo
que ama y detesta, que sonríe y mata,
la tierra puesta a vendimia de sangre,
la noche de los hartos que ni duermen
y la dentera del que no ha posada.
 
.... Sin nombre, raza ni credo, desnuda
de todo y de sí misma, da su entrega,
hermosa y pura, de pies voladores.
Sacudida como árbol y en el centro
de la tornada, vuelta testimonio.
 
.... No está danzando el vuelo de albatroses
salpicados de sal y juegos de olas;
tampoco el alzamiento y la derrota
de los cañaverales fustigados.
Tampoco el viento agitador de velas,
ni la sonrisa de las altas hierbas.
 
.... El nombre no le den de su bautismo.
Se soltó de su casta y de su carne
sumió la canturia de su sangre
y la balada de su adolescencia.
 
.... Sin saberlo le echamos nuestras vidas
como una roja veste envenenada
y baila así mordida de serpientes
que alácritas y libres le repechan
y la dejan caer en estandarte
vencido o en guirnalda hecha pedazos.
 
.... Sonámbula, mudada en lo que odia,
sigue danzando sin saberse ajena
sus muecas aventando y recogiendo
jadeadora de nuestro jadeo,
cortando el aire que no la refresca
única y torbellino, vil y pura.
 
.... Somos nosotros su jadeado pecho,
su palidez exangüe, el loco grito
tirado hacia el poniente y el levante
la roja calentura de sus venas,
el olvido del Dios de sus infancias.
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

O Estábulo
Ao chegar a meia-noite
rompendo em pranto o Menino,
cem animais despertaram
e o estábulo se fez vivo.

Acercaram-se estendendo
para o lado do Menino,
cem pescoços anelantes
como um bosque sacudido.

Um boi exalou-lhe ao rosto
seu bafejo – mas sem ruído.
E tinha olhos ternos
a humildade do rocio.

Uma ovelha o acariciava
contra sua lã suavíssima.
E as mãozinhas lhe lambiam
de cócoras, dois cabritos.

Pelas paredes do estábulo
docemente espaireciam,
bandos de melros e galos,
de faisões e de palmípedes.

Os faisões com reverência
passavam sobre o Menino
a grande cauda de cores;
as aves de largos bicos.

Vinham ajeitar-lhe as palhas;
e dos melros o remoinho
era um palpitante véu
por sobre o recém-nascido.

E a Virgem entre chavelhos
e respiros brancacentos,
ia e vinha tonta, sem
poder tomar o Menino.

E José chegava rindo
para ocultar a mofina.
E era como bosque ao vento
o estábulo comovido.

**

Romance del Establo de Belén
Al llegar la medianoche
y romper en llanto el Niño,
las cien bestias despertaron
y el establo se hizo vivo...

y se fueron acercando
y alargaron hasta el Niño
sus cien cuellos, anhelantes
como un bosque sacudido.

Bajó un buey su aliento al rostro
y se lo exhaló sin ruido,
y sus ojos fueron tiernos,
como llenos de rocío...

Una oveja lo frotaba
contra su vellón suavísimo,
y las manos le lamían,
en cuclillas, dos cabritos...

Las paredes del establo
se cubrieron sin sentirlo
de faisanes y de ocas
y de gallos y de mirlos.

Los faisanes descendieron
y pasaban sobre el niño
su ancha cola de colores;
y las ocas de anchos picos

arreglábanle las pajas;
y el enjambre de los mirlos
era un vuelo palpitante
sobre del recién nacido...

Y la Virgen entre el bosque
de los cuernos, sin sentido,
agitada iba y venía
sin poder tomar al Niño.

Y José sonriendo iba
acercándose en su auxilio...
¡Y era como un bosque todo
el establo conmovido!
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

Todas íamos ser rainhas
Todas íamos ser rainhas
de quatro reinos sobe o mar:
Rosália com Efigênia
e Lucila com Soledade.

Lá no vale de Elqui, cingido
por cem montanhas, talvez mais,
que com dádivas ou tributos
ardem em rubro ou açafrão,

nós dzíamos embriagadas
com a convicção de uma verdade,
que havíamos de ser rainhas
e chegaríamos ao mar.

Com aquelas tranças de sete anos
e camisolas de percal,
perseguindo tordos fugidos
sob a sombra do figueiral,

dizíamos que nos nossos reinos,
dignos de fé como o Corão,
seriam tão perfeitos e amplos
que se entenderiam ao mar.

Quatro esposos desposaríamos
quando o tempo fosse chegado,
os quais seria reis e poetas
como David, rei de Judá.

E por serem grandes os reinos
eles teriam, por sinal,
mares verdes, repletos de algas
e a ave selvagem do faisão.

Por possuirem todos os frutos,
a árvore do leite e do pão,
o guaiaco não cortaríamos
nem morderíamos metal.

Todas íamos ser rainhas
e de verídicos reinar;
porém nenhuma foi rainha
nem no Arauco nem em Copásn…

Rosália beijou marinheiro
que já tinha esposado o mar,
e ao namorador nas Guaitecas
devorou-o a tempestade.

Sete irmãos criou Soledade
e seu sangue deixou no pão.
E seus olhos quedaram negros
de nunca terem visto o mar.

Nos vinhedos de Montegrande
ao puro seio de trigal,
nina os filhos de outras rainhas
porém os seus nunca, jamais.

Efigênia achou estrangeiros
no seu caminho e sem falar
seguiu-o sem saber-lhe o nome
pois o homem se assemelha ao mar.

Lucila que falava ao rio,
às montanhas e aos canaviais,
esta, nas luas da loucura
recebeu reino de verdade.

Entre as nuvens contou dez filhos,
fez nas salinas seu reinado,
viu nos rios os seus esposos
e seu manto na tempestade.

Porém lá no vale de Elqui,
onde há cem montanhas ou mais,
cantam as outras que já vieram,
como as que vieram cantarão:

Na terra seremos rainhas
e de verídico reinar,
e sendo grandes os nossos reinos,
chegaremos todas ao mar.

**

Todas íbamos a ser reinas
Todas íbamos a ser reinas,
de cuatro reinos sobre el mar:
Rosalía con Efigenia
y Lucila con Soledad.

En el Valle de Elqui, ceñido
de cien montañas o de más,
que como ofrendas o tributos
arden en rojo y azafrán.

Lo decíamos embriagadas,
y lo tuvimos por verdad,
que seríamos todas reinas
y llegaríamos al mar.

Con las trenzas de los siete años,
y batas claras de percal,
persiguiendo tordos huidos
en la sombra del higueral.

De los cuatro reinos, decíamos,
indudables como el Korán,
que por grandes y por cabales
alcanzarían hasta el mar.

Cuatro esposos desposarían,
por el tiempo de desposar,
y eran reyes y cantadores
como David, rey de Judá.

Y de ser grandes nuestros reinos,
ellos tendrían, sin faltar,
mares verdes, mares de algas,
y el ave loca del faisán.

Y de tener todos los frutos,
árbol de leche, árbol del pan,
el guayacán no cortaríamos
ni morderíamos metal.

Todas íbamos a ser reinas,
y de verídico reinar;
pero ninguna ha sido reina
ni en Arauco ni en Copán.

Rosalía besó marino
ya desposado con el mar,
y al besador, en las Guaitecas,
se lo comió la tempestad.

Soledad crió siete hermanos
y su sangre dejó en su pan,
y sus ojos quedaron negros
de no haber visto nunca el mar.

En las viñas de Montegrande,
con su puro seno candeal,
mece los hijos de otras reinas
y los suyos no mecerá.

Efigenia cruzó extranjero
en las rutas, y sin hablar,
le siguió, sin saberle nombre,
porque el hombre parece el mar.

Y Lucila, que hablaba a río,
a montaña y cañaveral
en las lunas de la locura
recibió reino de verdad.

En las nubes contó diez hijos
y en los salares su reinar,
en los ríos ha visto esposos
y su manto en la tempestad.

Pero en el Valle de Elqui, donde
son cien montañas o son más,
cantan las otras que vinieron
y las que vienen cantaran:

—«En la tierra seremos reinas,
y de verídico reinar,
y siendo grandes nuestros reinos,
llegaremos todas al mar».
.
(Tomado del libro Tala)
- Gabriela Mistral, em "Gabriela Mistral - poesias escolhidas". [tradução Henriqueta Lisboa; ilustrações Marianne Clouzot]. Coleção Biblioteca dos Prêmios Nobel de Literatura. Rio de Janeiro: Editora Opera Mundi, 1973.

§§

A Taça
Eu conduzi uma taça
de uma ilha a outra ilha sem despertar a água.
Se a derramasse, à sede atraiçoava;
por uma gota, o dom era caduco;
perdida toda, o dono choraria.

Não saudei as cidades;
não fiz o elogio do seu voo de torres,
“ ..........................................*
não abri casa com bando de filhos.

Mas, entregando a taça, eu disse:
“ ..........................................*
— “Meus braços já são livres como nuvens sem dono
e embala-se meu colo na colina,
ao convite dos vales.”

Mentira foi minha aleluia: vede-me
Eu tenho caída sobre as mãos a vista;
caminho lenta, sem diamante de água;
calada vou, e não levo tesouro,
e me tomba no peito e nos pulsos
o sangue batido de angústia e de medo”

**

La Copa
Yo he llevado una copa
de uma isla a otra isla sin despertar el agua.
Si la vertía, la sed tradicionaba;
por una gota, el don era caduco;
perdida toda, el dueño lloraría.

No saludé las ciudades;
no dije el elogio a su vuelo de torres,
no abrí los brazos en la gran Pirámide
ni fundé casa con corro de hijos.

Pero entregando la copa, yo dije
con el sol nuevo sobre mi garganta:
— “Mis brazos ya son libres como nubes sin dueño
y se mece mi cuello en la colina,
de la invitación de los vales”.

Mentira fué mi aleluya: vedme.
Yo tengo la vista caída a mis palmas;
caminho lenta, sin diamante de agua;
callada voy, y no llevo tesoro,
y me tumba en el pecho y los pulsos
la sangre batida de angustia y de miedo!
- Gabriela Mistral [tradução Aurélio Buarque de Holanda]. In: Grandes Vozes Líricas Hispano-Americanas. (seleção e tradução de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira). Edição bilíngue. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira, 1990. 
----------
*Versos não traduzidos.

§§

Riqueza
Tenho a sorte fiel
mais a sorte perdida
uma, tal como rosa;
a outra, como espinho.
De quanto me roubaram
não estou despossuída<
tenho a sorte fiel
mais a sorte perdida,
e estou rica de púrpura
e de melancolia.
Ai, que amante é a rosa
e que amado é o espinho!
Como de frutos gêmeos
a dupla superfície,
tenho a sorte fiel
mais a sorte perdida...

**

Riqueza
Tengo la dicha fiel
y la dicha perdida:
la una como rosa,
la otra como espina.
De lo que me robaron
no fui desposeída;
tengo la dicha fiel
y la dicha perdida,
y estoy rica de púrpura
y de melancolía.
¡Ay, qué amante es la rosa
y qué amada la espina!
Como el doble contorno
de dos frutas mellizas
tengo la dicha fiel
y la dicha perdida.
- Gabriela Mistral [tradução Aurélio Buarque de Holanda]. In: Grandes Vozes Líricas Hispano-Americanas. (seleção e tradução de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira). Edição bilíngue. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira, 1990. 

§§

Poeta

.......................................... A Antonio Aita.

Na luz do universo
eu me confundi.
Era pura dança
de peixes benditos.
Recreei-me com
todo o azougue vivo.
Quando deixo a luz
quedam peixes lívidos
e à luz frenética
volto enlouquecido.

Na rede que chamam
noite, fui ferido
em vínculos de Ursas
e luzeiros vivos.
Eu amava a arena
de lanças e ristes,
até que a urdidura
lhe reconheci:
rede que pescava
presas para o abismo.

Nas próprias entranhas
também me afligi.
No fundo do peito
sentia um vagido.
E rompi meu corpo
como um inimigo
para recolher
inteiro o gemido.

Nos limites vários
que toquei, feri-me.
Tomei-os por pássaros
marítimos, níveos.
Os pontos cardiais
são quatro delírios.
Os grandes alciões
não trago cativos.
Recolhi apenas
rubor e vertigem.

Nos âmbitos da alma
eu tenho vivido:
onde ela cintila
de luz e de espadas
em tremendo amor
e selvagem ímpeto,
em grande esperança
e tédio e fadiga.
E pelas cumiadas
da alma, fui ferido.

E agora me chega
do oceano do olvido
apelo e sinal
do meu Jesus Cristo
que, como na fábula,
só veio no fim
e em redes nem cânhamos
preso, não me quis.

Inteiro me entrego
ao Dono Divino
que me leva como
um vento ou um rio,
e mais que um abraço
guarda-me cingido
em uma carreira
em que só dizemos
a palavra – Pai
e a palavra – Filho.

**

Poeta

............................ A Antonio Aita.

“‎En la luz del mundo
yo me he confundido.
Era pura danza
de peces benditos,
y jugué con todo
el azogue Vivo.
Cuando la luz dejo,
quedan peces lívidos
y a la luz frenética
vuelvo enloquecido.‎”

“En la red que llaman
la noche, fui herido,
en nudos de Osas
y luceros vivos.
Yo le amaba el coso
de lanzas y brillos,
hasta que por red
me la he conocido
que pescaba presa
para los abismos.‎”

“En mi propia carne
también me he afligido.
Debajo del pecho
me daba un vagido.
Y partí mi cuerpo
como un enemigo,
para recoger
entero el gemido.‎”

“En límite y límite
que toqué fui herido.
Los tomé por pájaros
del mar, blanquecinos.
Puntos cardinales
son cuatro delirios...
Los anchos alciones
no traigo cautivos
y el morado vértigo
fue lo recogido.‎”

“En los filos altos
del alma he vivido:
donde ella espejea
de luz y cuchillos,
en tremendo amor
y en salvaje ímpetu,
en grande esperanza
y en rasado hastío.
Y por las cimeras
del alma fui herido.‎”

“‎Y ahora me llega
del mar de mi olvido
ademán y seña
de mi Jesucristo
que, como en la fábula,
el último vino,
y en redes ni cáñamos
ni lazos me ha herido.‎”

“‎Y me doy entero
al Dueño divino
que me lleva como
un viento o un río,
y más que un abrazo
me lleva ceñido,
en una carrera
en que nos decimos
nada más que “‎‎¡Padre!‎”‎
y nada más que “‎‎¡Hijo!‎”
- Gabriela.Mistral [tradução de Henriqueta Lisboa]. In: LISBOA, Henriqueta. {Inéditos & Esparsos}.. [organização, introdução e notas de Reinaldo Marques e Maria Eneida Victor Farias. Edição bilíngue. Belo Horizonte/MG: Editora UFMG, 2001. 

§§

Uma Palavra  
Eu tenho uma palavra na garganta
e não a solto, não me livro dela,
apesar de seu ímpeto de sangue.
Se eu a solto, ela queima o pasto vivo,
sangra o cordeiro, faz cair o pássaro.

De minha língua devo desprendê-la,
encontrar-lhe uma toca de castores,
ou sepultá-la com argamassa e cal,
para não alçar voos como a alma.

Eu não quero dar mostras de estar viva,
enquanto ela em meu sangue vai e vem
e sobe e desce por meu louco alento.
Embora Jó, fremente, a tenha dito,
não quer dizê-la minha pobre boca,
a fim de que não role e não se enrede
nas tranças das mulheres que a encontrem,
e a fim de que não torça ou queime o mato.

Quero lançar-lhe sólidas sementes
que, numa noite, vão cobri-la toda,
sem deixar dela o cisco de uma sílaba.
Ou então vou quebrá-la, como a víbora
que se parte em metades entre os dentes.

E voltar a meu lar, entrar, dormir,
já destacada e separada dela,
e despertar depois de dois mil dias,
renascida de sono e esquecimento.

Sem saber – ai! – que tive uma palavra
de iodo e pedra-ume entre meus lábios,
e sem poder lembrar-me de uma noite,
de um país estrangeiro e de uma casa,
e da cilada e do infortúnio à porta,
e de meu corpo a caminhar sem alma.

**

Una Palabra
Yo tengo una palabra en la garganta
y no la suelto, y no me libro de ella
aunque me empuja su empellón de sangre.
Si la soltase, quema el pasto vivo,
sangra al cordero, hace caer al pájaro.

Tengo que desprenderla de mi lengua,
hallar un agujero de castores
o sepultarla con cal y mortero
porque no guarde como el alma el vuelo.

No quiero dar señales de que vivo
mientras que por mi sangre vaya y venga
y suba y baje por mi loco aliento.
Aunque mi padre Job la dijo, ardiendo,
no quiero darle, no, mi pobre boca
porque no ruede y la hallen las mujeres
que van al río, y se enrede a sus trenzas
o al pobre matorral tuerza y abrase.

Yo quiero echarle violentas semillas
que en una noche la cubran y ahoguen,
sin dejar de ella el cisco de una sílaba.
O rompérmela así, como la víbora
que por mitad se parte entre los dientes.

Y volver a mi casa, entrar, dormirme,
cortada de ella, rebanada de ella,
y despertar después de dos mil días
recién nacida de sueño y olvido.

Sin saber ¡ay! que tuve una palabra
de yodo y piedra-alumbre entre los labios
ni poder acordarme de una noche,
de la morada en país extranjero,
de la celada y el rayo a la puerta
y de mi carne marchando sin su alma.
- Gabriela Mistral [tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

O vaso 
Eu sonho com um vaso de humilde e pura argila,
que guarde tuas cinzas perto de meu olhar;
e meu rosto terás na parede ao senti-la,
e tua alma e a minha hão de se apaziguar.
 
Não quero despejá-las em vaso de ouro ardente
ou ânfora pagã ao carnal compelida:
só um vaso de argila cinja-te simplesmente,
humilde como a saia com que estou vestida.
 
Recolherei do rio, numa tarde aprazada,
a argila com meu pulso trêmulo e ansioso.
Passarão as mulheres, de feixes carregadas,
sem saber que eu amasso o leito de um esposo.
 
Um punhado de pó, que cabe em minha mão,
se verterá sem rumor, como um fio de pranto.
Meu beijo sobre-humano selará qualquer vão,
e só um olhar imenso terás como teu manto!

**

El vaso 
Yo sueño con un vaso humilde y simple arcilla,
que guarde tus cenizas cerca de mis miradas;
y la pared del vaso te será mi mejilla,
y quedarán mi alma y tu alma apaciguadas.
 
No quiero espolvorearlas en vaso de oro ardiente,
ni en la ánfora pagana que carnal línea ensaya:
sólo un vaso de arcilla te ciña simplemente,
humildemente, como un pliegue de mi saya.
 
En una tarde de éstas recogeré la arcilla
por el río, y lo haré con pulso tembloroso.
Pasarán las mujeres cargadas de gavillas,
y no sabrán que amaso el lecho de un esposo.
 
El puñado de polvo, que cabe entre mis manos,
se verterá sin ruido, como una hebra de llanto.
Yo sellaré este vaso con beso sobrehumano,
y mi mirada inmensa será tu único manto!
- Gabriela Mistral [tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

Gotas de Fel  
Não cantes: sempre fica
à tua língua apegado
um canto: o que faltou ser enviado.
 
Não beijes: sempre fica,
por maldição estranha,
o beijo a que não chegam as entranhas.
 
Reza, reza que é bom; mas reconhece
que não sabes, com tua língua avara,
dizer um só Pai Nosso que salvara.
 
E não chames a morte de clemente,
porque, na carne que a brancura alcança,
uma beirada viva fica e sente
a pedra que te afoga
e o verme voraz que te destrança.

**

Gotas de Hiel
No me cantes: siempre queda
a tu lengua apegado
un canto: el que debió ser entregado.
 
No beses: siempre queda,
por maldición extraña,
el beso al que no alcanzan las entrañas.
 
Reza, reza que es dulce: pero sabe
que no acierta a decir tu lengua avara
el sólo Padre Nuestro que salvara.
 
Y no llames la muerte por clemente,
pues en las carnes de blancura inmensa,
un jirón vivo quedará que siente
la piedra que te ahoga
y el gusano voraz que te destrenza.
- Gabriela Mistral [tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

Coplas 
A tudo, em minha boca,
um sabor de lágrimas se acresce;
a meu pão cotidiano, a meu canto
e até à minha prece.
 
Eu não tenho outro oficio,
depois do silente de amar-te,
que este oficio de lágrimas, duro,
que tu me deixaste.
 
Olhos apertados
de candentes lágrimas!
Boca atribulada e convulsa,
em que prece tudo se tornava!
 
Tenho um vergonha
deste modo covarde de ser!
Nem vou em tua busca
nem consigo também te esquecer!
 
E há um romoer que me sangra
de olhar um céu
não visto por teus olhos,
de apalpar as rosas
sustentadas pela cal de teus ossos!

**

Coplas 
Todo adquiere en mi boca
un sabor persistente de lágrimas:
el manjar cotidiano, la trova
y hasta la plegaria.
 
Yo tengo otro oficio,
después del callado de amarte,
que este oficio de lágrimas, duro,
que tú me dejaste.
 
¡Ojos apretados
de calientes lágrimas!
¡Boca atribulada y convulsa,
en que todo se me hace plegaria!
 
¡Tengo una vergüenza
de vivir de este modo cobarde!
¡Ni voy en tu busca
Ni consigo tampoco olvidarte!
 
Un remordimiento me sangra
de mirar un cielo
que no ven tus ojos,
¡de palpar las rosas
que sustenta la cal de tus huesos!
- Gabriela Mistral [tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

A Chuva Lenta
Esta água medrosa e triste,
como criança que padece,
antes de tocar a tierra,
........ desfalece.
 
Quietos a árvore e o vento,
e no silêncio estupendo,
este fino pranto amargo,
........ vertendo!
 
Todo o céu é um coração
aberto em agro tormento.
Não chove: é um sangrar longo
........ e lento.
 
Dentro das casas, os homens
não sentem esta amargura,
este envio de água triste
........ da altura;
 
este longo e fatigante
descer de água vencida,
por sobre a terra que jaz
........ transida.
 
Em baixando a água inerte,
calada como eu suponho
que sejam os vultos leves
........ de um sonho.
 
Chove... e como chacal lento
a noite espreita na serra.
Que irá surgir na sombra
........ da Terra?
 
Dormireis, quando lá foram
sofrendo, esta água inerte
e letal, irmã da Morte
........ se verte?

**

La Lluvia Lenta 
Esta agua medrosa y triste,
como un niño que padece,
antes de tocar la tierra
........ desfallece.
 
Quieto el árbol, quiero el viento,
¡y en el silencio estupendo,
este fino llanto amargo
........ cayendo!
 
El cielo es como un inmenso
corazón que se abre, amargo.
No llueve: es un sangrar lento
........ y largo.
 
Dentro del hogar, los hombres
ni sienten esta amargura,
este envío de agua triste
........ de la altura.
 
Este largo y fatigante
descender de agua vencida.
hacia la Terra yacente
........ y transida.
 
Bajando el agua inerte,
callada como un ensueño,
como las criaturas leves
........ de los sueños.
 
Llueve… y como chacal lento
La noche acecha en la tierra.
¿Qué va a surgir, en la sombra,
........ de la Tierra?
 
¿Dormiréis, mientras afuera
cae, sufriendo, esta agua inerte,
esta agua letal, hermana
........ de la Muerte?
- Gabriela Mistral [tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

Cume 
É a hora da tarde, essa que põe
seu sangue nas montanhas.
 
E nesta hora alguém está sofrendo;
uma perde, angustiada,
bem neste entardecer o único peito
contra o qual se estreitava.
 
Há algum coração em que o poente
Mergulha aquele cume ensangüentado.
 
O vale já sombreia
e se enche de calma.
Mas, lá do fundo, vê que se incendeia
de rubor a montanha.
 
A esta hora ponho-me a cantar
minha eterna canção atribulada.
 
Sou eu que estou batendo
o cume de escarlate?
 
Ponho em meu coração a mão e o sinto
a verter quando bate.
 
**

Cima 
La hora de la tarde, la que pone
su sangre en las montañas.
 
Alguien en esta hora está sufriendo;
una pierde, angustiada,
en este atardecer el solo pecho
contra el cual estrechaba.
 
Hay algún corazón en donde moja
la tarde aquella cima ensangrentada.
 
El valle ya está en sombra
y se llena de calma.
Pero mira de lo hondo que se enciende
de rojez la montaña.
 
Yo me pongo a cantar siempre a esta hora
mi invariable canción atribulada.
 
¿Será  yo la que baño
la cumbre de escarlata?
 
Llevo a mi corazón la mano, y siento
que mi costado mana.
- Gabriela Mistral [tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

Dá-Me Tua Mão
Dá-me tua mão, e dançaremos;
dá-me tua mão e me amarás.
Como uma só flor nós seremos,
como uma flora, e nada mais.
 
O mesmo verso cantaremos,
no mesmo passo bailarás.
Como uma espiga ondularemos,
como uma espiga, e nada mais.
 
Chamas-te Rosa e eu Esperança;
Porém teu nome esquecerás,
Porque seremos uma dança
sobre a colina, e nada mais.

**

Dame la mano
Dame la mano y danzaremos;
dame la mano y me amarás.
Como una sola flor seremos,
como una flor, y nada más...

El mismo verso cantaremos,
al mismo paso bailarás.
Como una espiga ondularemos,
como una espiga, y nada más.

Te llamas Rosa y yo Esperanza;
pero tu nombre olvidarás,
porque seremos una danza
en la colina y nada más...
- Gabriela Mistral [tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

A Terra   
Indiozinho, se estás cansado
Tu te recostas sobre a Terra,
fazes igual se estás alegre,
vai, filho meu, brinca com ela...
 
Que de coisas maravilhosas
soa o tambor índio da Terra:
se ouve o fogo que sobe e desce
buscando o céu, e não sossega.
Roda e roda, se ouvem os rios
em cascatas que não se contam.
Se ouve mugir os animais;
comer o machado a selva.
Ouve-se soar teares índios.
Se ouvem trilhos e se ouvem festas.
 
Aonde o índio está chamando,
o tambor índio lhe contesta,
e tange perto e tange longe,
como o que foge e que regressa...
 
Tudo toma, tudo carrega
o corpo sagrado da Terra:
o que caminha, o que adormece,
o que se diverte e o que pena;
os vivos e também os mortos
leva o tambor índio da Terra.
 
Quando eu morrer, não chores, filho:
peito a peito junta-te a ela
e se dominas o teu fôlego
como quem tudo ou nada seja,
tu ouvirás subir seu braço
que me jungia e que me entrega
e a mãe que estava quebrantada
tu a verás tornar inteira.

**

La Tierra 
Niño indio, si estás cansado,
tú te acuestas sobre la Tierra,
y lo mismo si estás alegre,
hijo mío, juega con ella...
 
Se oyen cosas maravillosas
al tambor indio de la Tierra:
se oye el fuego que sube y baja
buscando el cielo, y no sosiega.
Rueda y rueda, se oyen los ríos
en cascadas que no se cuentan.
Se oye mugir los animales;
se oye el hacha comer la selva.
Se oyen sonar telares indios.
Se oyen trillas, se oyen fiestas.
 
Donde el indio lo está llamando,
el tambor indio le contesta,
y tañe cerca y tañe lejos,
como el que huye y que regresa...
 
Todo lo toma, todo lo carga
el lomo santo de la Tierra:
lo que camina, lo que duerme,
lo que retoza y lo que pena;
y lleva vivos y muertos
el tambor indio de la Tierra.
 
Cuando muera, no llores, hijo:
pecho a pecho ponte con ella
y si sujetas los alientos
como que todo o nada fueras,
tú escucharás subir su brazo
que me tenía y que me entrega
a la madre que estaba rota
tú la verás volver entera.
- Gabriela Mistral [tradução José Jeronymo Rivera]. In: Cecília. Gabriela Mistral & Cecília Meireles. [organização e introdução Adriana Valdes; tradução Ruth Sylvia de Miranda Salles (Esp.-Port.) e Patricia Tejeda (Port.-Esp.)]. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Santiago de Chile: Academia Chilena de La Lengua, 2003.  

§§

Sonetos da Morte

I
Do nicho gelado em que os homens te puseram,
Abaixar-te-ei à terra humilde e ensolarada.
Que hei de dormir-me nela os homens não souberam,
que havemos de sonhar sobre o mesmo travesseiro.

Deitar-te-ei na terra ensolarada com uma
doçura de mãe para o filho dormido,
e a terra há de fazer-se suave como berço
ao receber teu corpo de criança dolorido,

Logo irei polvilhando terra e pó de rosas,
e na azulada e leve poeira da lua,
os despojos levianos irão ficando presos.

Afastar-me-ei cantando minhas vinganças formosas,
porque a essa profundidade oculta a mão de nenhum
abaixará a disputar-me teu punhado de ossos!

II
Este longo cansaço se fará maior um dia,
e a alma dirá ao corpo que não quer seguir
arrastando sua massa pela rosada via,
por onde vão os homens, contentes de viver…

Sentirás que a teu lado cavam briosamente,
que outra dormida chega a quieta cidade
Esperarei que me hajam coberto totalmente…
e depois falaremos por uma eternidade!

Só então saberás o porque não madura
para as profundas ossadas tua carne ainda,
tiveste que abaixar, sem fadiga, a dormir.

Far-se-á luz na zona das sinas, escura:
saberão que em nossa aliança signo de astros havia
e, quebrado o pacto enorme, tinhas que morrer…

III
Más mãos tomaram tua vida desde o dia
em que, a um sinal de astros, deixara seu viveiro
nevado de açucenas. Em gozo florescia.
Más mãos entraram tragicamente nele…

E eu disse ao Senhor: – “Pelas sendas mortais
Levam-lhe. Sombra amada que não sabem guiar!
Arranca-o, Senhor, a essas mãos fatais
ou lhe afundas no longo sonho que sabes dar!

Não lhe posso gritar, não lhe posso seguir!
Sua barca empurra, um negro vento de tempestade.
Retorná-lo a meus braços ou lhe ceifas em flor “.

Deteve-se a barca rosa de seu viver…
Que não sei do amor, que não tive piedade?
Tu, que vais a julgar-me, o compreendes, Senhor!

**

Los Sonetos de La Muerte

I
    Del nicho helado en que los hombres te pusieron,
te bajaré a la tierra humilde y soleada.
Que he de dormirme en ella los hombres no supieron,
y que hemos de soñar sobre la misma almohada.

    Te acostaré en la tierra soleada con una
dulcedumbre de madre para el hijo dormido,
y la tierra ha de hacerse suavidades de cuna
al recibir tu cuerpo de niño dolorido.

    Luego iré espolvoreando tierra y polvo de rosas,
y en la azulada y leve polvareda de luna,
los despojos livianos irán quedando presos.

    Me alejaré cantando mis venganzas hermosas,
¡porque a ese hondor recóndito la mano de ninguna
bajará a disputarme tu puñado de huesos!

II
    Este largo cansancio se hará mayor un día,
y el alma dirá al cuerpo que no quiere seguir
arrastrando su masa por la rosada vía,
por donde van los hombres, contentos de vivir...

    Sentirás que a tu lado cavan briosamente,
que otra dormida llega a la quieta ciudad.
Esperaré que me hayan cubierto totalmente...
¡y después hablaremos por una eternidad!

    Sólo entonces sabrás el por qué no madura
para las hondas huesas tu carne todavía,
tuviste que bajar, sin fatiga, a dormir.

    Se hará luz en la zona de los sinos, oscura;
sabrás que en nuestra alianza signo de astros había
y, roto el pacto enorme, tenías que morir...

III
    Malas manos tomaron tu vida desde el día
en que, a una señal de astros, dejara su plantel
nevado de azucenas. En gozo florecía.
Malas manos entraron trágicamente en él...

    Y yo dije al Señor: -"Por las sendas mortales
le llevan. ¡Sombra amada que no saben guiar!
¡Arráncalo, Señor, a esas manos fatales
o le hundes en el largo sueño que sabes dar!

    ¡No le puedo gritar, no le puedo seguir!
Su barca empuja un negro viento de tempestad.
Retórnalo a mis brazos o le siegas en flor"

    Se detuvo la barca rosa de su vivir...
¿Que no sé del amor, que no tuve piedad?
¡Tú, que vas a juzgarme, lo comprendes, Señor!
.
(Tomado del libro 'Desolación')
- Gabriela Mistral [tradução Maria Teresa Almeida Pina]. In: Utopia - Poesia Latina, 6 de março de 2009. 

§§

Ao Noel
Noel, da noite de deslumbramento, 
Noel, de barba caudalosa, 
Noel, das surpresas mais delicadas 
e pisadela sigilosa!

Esta noite vou deixar meus sapatos 
pendurados na sacada; 
não esvazie o saco de brinquedos 
antes de passar lá em casa.

Noel, Noel, vai encontrar molhadas 
as minhas meias, de orvalho, 
espiando com olhos zombeteiros 
sua barbona de fios grisalhos.

E não esqueça a Marta, que também 
deixa o sapatinho na janela. 
É a vizinha que perdeu a mãe, 
e desde então eu cuido dela.

Noel, velho Noel, das mãos enormes 
transbordando surpresas, 
dos olhinhos azuis e zombeteiros 
e a barba em correnteza!

**

A Noel
....¡Noel, el de la noche del prodigio,
Noel de barbas caudalosas,
Noel de las sorpresas delicadas
y las sandalias sigilosas!

....Esta noche te dejo mi calzado
colgando en los balcones:
antes que hayas pasado frente a ellos,
no viertas tus bolsones.

....Noel, Noel, te vas a encontrar húmedas
mis medias de rocío,
mirando con ojitos que te atisban
las barbazas de río...

....Sacude el llanto y deja cada una
perfumada y llenita,
con el anillo de la Cenicienta
y el lobo de Caperucita...

....Y no olvides a Marta. También deja
su zapatito abierto.
Es mi vecina, y yo la quiero, desde
que su mamita ha muerto.

.... Noel, dulce Noel, de las manazas
florecidas de domes,
de los ojitos pícaros y azules
y la barba en vellones!...
- Grabriela Mistral, em "Balada da estrela e outros poemas". [tradução Leo Cunha; ilustrações Leonor Pérez]. Curitiba: Olho de Vidro, 2019. 

§§

A Palhinha
Havia uma menina de cera; 
mas não era uma menina de cera, 
só um feixe de trigo no canteiro. 
Mas não era feixe nem pilha, 
só uma tesa flor de maravilha. 
Tampouco era a tal flor, penso que ela 
era um pequeno raio de sol na janela. 
Porém sequer um raio, como fui notar, 
mas uma palhinha dentro do meu olhar. 

Acheguem-se para ver como perdi inteira, 
nesta lágrima, minha festa verdadeira

**

La Pajita
Esta que era una niña de cera;
pero no era una niña de cera,
era una gavilla parada en la era.
Pero no era una gavilla
sino la flor tiesa de la maravilla*.
Tampoco era la flor sino que era
un rayito de sol pegado a la vidriera.
No era un rayito de sol siquiera:
una pajita dentro de mis ojitos era.

¡Alléguense a mirar cómo he perdido entera,
en este lagrimón, mi fiesta verdadera!
- Grabriela Mistral, em "Balada da estrela e outros poemas". [tradução Leo Cunha; ilustrações Leonor Pérez]. Curitiba: Olho de Vidro, 2019. 
-----------------
*En Chile llamamos "flor de la maravilla" al girasol.

§§

Noite
As montanhas se desfazem, 
e o gado está perdido; 
o sol regressa à fornalha: 
todo o mundo está fugido. 

Vai-se apagando o pomar, 
a granja está submersa, 
minha cordilheira esconde 
a crista e o grito de alerta. 

As criaturas deslizam 
de soslaio até o limbo, 
e nós dois também rolamos 
rumo à noite, meu filho.

**

Noche
Las montañas se deshacen,
el ganado se ha perdido;
el sol regresa a su fragua:
todo el mundo se va huido.

Se va borrando la huerta,
la granja se ha sumergido
y mi cordillera sume
su cumbre y su grito vivo.

Las criaturas resbalan
de soslayo hacia el olvido,
y también los dos rodamos
hacia la noche, mi niño.
- Grabriela Mistral, em "Balada da estrela e outros poemas". [tradução Leo Cunha; ilustrações Leonor Pérez]. Curitiba: Olho de Vidro, 2019. 

§§

A mulher forte
Eu me lembro do teu rosto que se fixou nos meus dias,
mulher de saia azul e de tostada frente,
que na minha infância e sobre minha terra de ambrosia
vi abrir o sulco negro em um abril ardente. 

Alçava na taberna, profunda, a taça impura
quem um filho te prendeu ao peito de açucena,
e sob esta lembrança, que te era queimadura,
caía a semente da tua mão, serena. 

Segar te vi em janeiro os trigos da tua filia,
e sem compreender dei a ti os olhos em vigia,
esbugalhados ao par de maravilha e pranto.

E o barro dos teus pés ainda beijara,
porque entre cem mudanças não pude encontrar tua cara
e a sombra ainda te sigo nos sulcos com meu canto!

**
 
La mujer fuerte
Me acuerdo de tu rostro que se fijó en mis días,
mujer de saya azul y de tostada frente,
que en mi niñez y sobre mi tierra de ambrosía
vi abrir el surco negro en un abril ardiente.

Alzaba en la taberna, honda la copa impura
el que te apegó un hijo al pecho de azucena,
y bajo ese recuerdo, que te era quemadura,
caía la simiente de tu mano, serena.

Segar te vi en enero los trigos de tu hijo,
y sin comprender tuve en ti los ojos fijos,
agrandados al par de maravilla y llanto.

Y el lodo de tus pies todavía besara,
porque entre cien mundanas no he encontrado tu cara
¡y aun te sigo en los surcos la sombra con mi canto!
- Gabriela Mistral, em "A mulher forte e Outros Poemas". [tradução e posfácio Davis Diniz; prefácio Laura Erber; ilustrações Ana Luiza Ornelas; design e edição Flávia Castanheira]. Edição bilíngue. Coleção Versos do Vasto Mundo. São Paulo: Pinard, 2021.

§§

O prazer de servir
Toda a natureza é um serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.
Onde haja uma árvore para plantar, plante-a você;
Onde haja um erro para corrigir, corrija-o você;
Onde haja um trabalho e todos se esquivam, aceite-o você.
Seja o que remove a pedra do caminho, o ódio entre os 
corações e as dificuldades do problema.

Há a alegria de ser puro e a de ser justo; mas há, 
sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir.
Que triste seria o mundo, se tudo se encontrasse feito,
se não existisse uma roseira para plantar, uma obra a se iniciar!

Não o chamem unicamente os trabalhos fáceis.
É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.
Mas não caia no erro de que somente há mérito
nos grandes trabalhos; há pequenos serviços 
que são bons serviços: adornar uma mesa, arrumar 
seus livros, pentear uma criança.
Aquele é o que critica; este é o que destrói; seja você o que serve.
O servir não é faina de seres inferiores,
Deus que dá os frutos e a luz, serve.
Seu nome é: Aquele que Serve!

Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos 
pergunta cada dia: Serviu hoje? A quem?
À arvore? a seu irmão? à sua mãe?

**

El placer de servir 
Toda naturaleza es un anhelo de servicio.
Sirve la nube, sirve el viento, sirve el surco.
Donde haya un árbol que plantar, plántalo tú;
Donde haya un error que enmendar, enmiéndalo tú;
Donde haya un esfuerzo que todos esquivan, acéptalo tú.
Sé el que aparta la piedra del camino,
el odio entre los corazones y las dificultades del problema.

Hay una alegría
del ser sano y la de ser justo, pero hay, 
sobre todo, la hermosa, la inmensa alegría de servir.
Qué triste sería el mundo si todo estuviera hecho,
si no hubiera un rosal que plantar, una empresa que emprender.

Que no te llamen solamente los trabajos fáciles
Es tan bello hacer lo que otros esquivan!
Pero no caigas en el error de que sólo se hace mérito
con los grandes trabajos; hay pequeños servicios
que son buenos servicios: ordenar una mesa, ordenar 
unos libros, peinar una niña.
Aquel que critica, este es el que destruye, tú sé el que sirve.
El servir no es faena de seres inferiores.
Dios que da el fruto y la luz, sirve. Pudiera 
llamarse así: "El que Sirve".

Y tiene sus ojos fijos en nuestras manos y nos 
pregunta cada día: ¿Serviste hoy? ¿A quién?
¿Al árbol, a tu amigo, a tu madre?
- Gabriela Mistral [tradução Fernandes Soares]. In: Antonio Miranda - Poesía de Ibero-América, s/data.

§§

Riqueza                 
Tenho a benção fiel
e a benção perdida:
a primeira como rosa;
a outra como espinho.
Do que me roubaram
não despossuída:
tenho a benção fiel
e a benção perdida,
e estou rica de púrpura
e de melancolia.
Ai! que amada é a rosa
e que amante o espinho!
Como o contorno duplo
das frutas gêmeas,
tenho a benção fiel
e a benção perdida...

**

Riqueza
Tengo la dicha fiel
y la dicha perdida:
la una como rosa,
la otra como espina.
De lo que me robaron
no fui desposeída;
tengo la dicha fiel
y la dicha perdida,
y estoy rica de púrpura
y de melancolía.
¡Ay, qué amante es la rosa
y qué amada la espina!
Como el doble contorno
de dos frutas mellizas
tengo la dicha fiel
y la dicha perdida.
- Gabriela Mistral [tradução Antonio Miranda]. In: Antonio Miranda - Poesía de Ibero-América, s/data.

§§

O Encontro
Eu a encontrei pela vereda.
Não perturbou seu sonho a água
nem mais se abriram as rosas;
abriu o assombrou minha alma.
E uma pobre mulher tem
seu rosto repleto de lágrimas!

Levava um canto ligeiro
na boca descuidada,
se ao olhar-me tornou-se
grave o canto que entoava.
Olhei a vereda, achei-a
estranha e algo sonhada.
E na aurora de diamante
enchi meu rosto de lágrimas!

Seguiu a caminhar cantando
e levou consigo minhas miradas...
Detrás de si não foram mais
azuis e altas as salvas.
Pouco importa! Restou no ar
esmaecida minha alma.
E embora nenhuma logrou ferir-me
meu rosto está coberto de lágrimas!

Nesta noite não vigiou
como eu a lâmpada;
como ele ignora, não puncionar
seu peito de nardo nem ânsia;
mas talvez por seu sonho
passe um cheiro de mato,
porque uma pobre mulher
tem lágrimas no rosto!

Ia sozinha e não temia;
com fome e sede nem chorava;
desde que eu vi atravessar,
meu Deus, me cobriu de chagas.
Minha mãe em seu leito reza
por mim sua oração confiada.
Mas, talvez para sempre
terei o rosto coberto de lágrimas!

**

El encuentro
Le he encontrado en el sendero.
No turbó su ensueño el agua
ni se abrieron más las rosas;
abrió el asombro mi alma.
¡Y una pobre mujer tiene
su cara llena de lágrimas!

Llevaba un canto ligero
en la boca descuidada,
y al mirarme se le ha vuelto
grave el canto que entonaba.
Miré la senda, la hallé
extraña y como soñada.
¡Y en el alba de diamante
tuve mi cara con lágrimas!

Siguió su marcha cantando
y se llevó mis miradas...
Detrás de él no fueron más
azules y altas las salvias.
¡No importa! Quedó en el aire
estremecida mi alma.
¡Y aunque ninguno me ha herido
tengo la cara con lágrimas!

Esta noche no ha velado
como yo junto a la lámpara;
como él ignora, no punza
su pecho de nardo mi ansia;
pero tal vez por su sueño
pase un olor de retamas,
¡porque una pobre mujer
tiene su cara con lágrimas!

Iba sola y no temía;
con hambre y sed no lloraba;
desde que lo vi cruzar,
mi Dios me vistió de llagas.
Mi madre en su lecho reza
por mí su oración confiada.
Pero ¡yo tal vez por siempre
tendré mi cara con lágrimas!
- Gabriela Mistral [tradução Antonio Miranda]. In: Antonio Miranda - Poesía de Ibero-América, s/data.

§§

 O Abacaxi
Aproxima-te e não tenhas medo
do abacaxi com espadas...
Porque vive no plantio
sua mãe criou-o armado.

Soa a faca cortando
a amazona degolada
que perde todo o poder
na pilha de adagas.

No prato vai se depositando
todo a roda de sua saia,
saia de tafetá dourado,
calda de Rainha de Sabá.

Range em teus dentes moída
a pobre rainha mascada
e a seiva escorre por meus braços
e  a lâmina de prata.

**

La piña
Allega y no tengas miedo
de la piña con espadas...
Por vivir en el plantío
su madre la crió armada...

Suena el cuchillo cortando
la amazona degollada
que pierde todo el poder
en el manojo de dagas.

En el plato va cayendo
todo el ruedo de su falda,
falda de tafeta de oro,
cola de reina de Saba.

Cruje en tus dientes molida
la pobre reina mascada
y el jugo corre mis brazos
y la cuchilla de plata.
- Gabriela Mistral [tradução Antonio Miranda]. In: Antonio Miranda - Poesía de Ibero-América, s/data.

§§

Antígona*
A Ágora me conhecia, a fonte
de Dirce e até mesmo a oliveira sagrada,
não a rota de poeira e de granizo
nem o céu gelado que morde a nuca
e importuna o rosto dos perseguidos.

E agora o vento que cheira a estábulos,
a suor e a resfôlego de gados,
é o amante que fustiga-me o pescoço
e machuca-me as costas com seu grito.

Viriam a desposar-me no verão,
meu peito amamentaria gêmeos
como Castor e Pólux, e minha carne
entraria no templo triplicada
a dirigir hinos e oferendas à divindade.
Eu era Antígona, rebento de Édipo,
e Édipo era a glória da Grécia.

Caminhamos os três: o encanecido
e um báculo desgastado que o ampara
por afastar-lhe o escorpião... a víbora
e o granizo cortante e por proteger-lhe
do resvalo das rochas infames.

Velho Rei, fala-me até onde já não possas.
Acabarei por despir um pinho para ti
e com essas ervas loucas fazer-te um leito.
Esquece, esquece, esquece, Pai e Rei:
os deuses dão, como flores gêmeas,
poder e ruína, memória e esquecimento.
Se não consegues dormir, posso carregar-te
o corpo novo que agora levas
e que se parece ao de um desditoso infante.
Dorme, sim, dorme, dorme, dorme, velho Édipo,
e não reivindiques nem o dia nem a noite.

**

Antígona
Me conocía el Ágora, la fuente
Dircea y hasta el mismo olivo sacro,
no la ruta de polvo y de pedrisco
ni el cielo helado que muerde la nuca
y befa el rostro de los perseguidos.

Y ahora el viento que huele a pesebres,
a sudor y a resuello de ganados,
es el amante que bate mi cuello
y ofende mis espaldas con su grito.

Iban en el estío a desposarme,
iba mi pecho a amamantar gemelos
como Cástor y Pólux, y mi carne
iba a entrar en el templo triplicada
y a dar al dios los himnos y la ofrenda.
Yo era Antígona, brote de Edipo,
y Edipo era la gloria de la Grecia.

Caminamos los tres: el blanquecino
y una caña cascada que lo afirma
por apartarle el alacrán... la víbora,
y el filudo pedrisco por cubrirle
los gestos de las rocas malhadadas.

Viejo Rey, donde ya no puedas háblame.
Voy a acabar por despojarte un pino
y hacerte lecho de esas hierbas locas.
Olvida, olvida, olvida, Padre y Rey:
los dioses dan, como flores mellizas,
poder y ruina, memoria y olvido.
Si no logras dormir, puedo cargarte
el cuerpo nuevo que llevas ahora
y parece de infante malhadado.
Duerme, sí, duerme, duerme, duerme, viejo Edipo,
y no cobres el día ni la noche.
- Gabriel Mistral [*tradução Rodrigues J. A, a partir da versão do inglês de Randall Couch / "Madwomen / Las locas mujeres. Gabriela Mistral. The University of Chicago Press, 2008"]. In: Blog do Castorp, 23 de fevereiro de 2018,


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Gabriela Mistral, por Camilo BQ

GABRIELA MISTRAL - POEMAS EM TRADUÇÕES E PUBLICAÇÕES PORTUGUESAS | EDIÇÃO BILÍNGUE



Adormece junto a mim
Meu bonequinho de carne
que, nas entranhas, teci,
bonequinho temeroso,
adormece junto a mim.
 
Dorme a perdiz no trigal
e ouve-lhe a voz de cetim.
Não te inquietem meus alentos,
adormece junto a mim.
 
Ervazinha tremedeira,
por que te assustas assim?
Não resvales de meus braços,
adormece junto a mim.
 
Eu, que tudo já perdi,
para dormir tremo assim.
Não resvales de meu peito,
adormece junto a mim.

**
 
Apegado a mí 
.... Velloncito de mi carne
que en mi entraña yo tejí,
velloncito friolento,
duérmete apegado a mí!

.... La perdiz duerme en el trébol
escuchándole latir:
no te turbes por mi aliento,
duérmete apegado a mí!

.... Hierbecita temblorosa
asombrada de vivir,
no te sueltes de mi pecho,
duérmete apegado a mí!

.... Yo que todo lo he perdido
ahora tiemblo hasta al dormir.
No resbales de mi brazo:
duérmete apegado a mí!
- Gabriela Mistral [tradução Osvaldo Orico]. In: Joias da Poesia Hispano Americana. (selecção, tradução e notas Osvaldo Orico). Livraria Bertrand. Lisboa. A. D. MCMXLV "1945". 

§§

Dá-me essa mão 
Dá-me essa mão e dançaremos;
dá-me essa mão e amar-me-ás.
Como uma só flor nós seremos,
como uma flor e nada mais.

O mesmo verso cantaremos
e ao mesmo ritmo dançarás.
Como uma espiga ondularemos,
como uma espiga e nada mais.

Chamas-me Rosa e eu Esperança;
mas o teu nome esquecerás,
Porque seremos uma dança
sobre a colina e nada mais.

**

Dame la mano
Dame la mano y danzaremos;
dame la mano y me amarás.
Como una sola flor seremos,
como una flor, y nada más...

El mismo verso cantaremos,
al mismo paso bailarás.
Como una espiga ondularemos,
como una espiga, y nada más.

Te llamas Rosa y yo Esperanza;
pero tu nombre olvidarás,
porque seremos una danza
en la colina y nada más...
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002.

§§

Fortuna fiel
Tenho a fortuna fiel
e a fortuna perdida.
Uma assim como rosa,
a outra assim como espinho.
Não me prejudicou
o roubo que sofri.
Tenho a fortuna fiel
e a fortuna perdida.
E estou rica de púrpura
e de melancolia.
Como é amada a rosa,
como é amante o espinho!
Tal num duplo contorno
frutas gémeas unidas,
tenho a fortuna fiel
e a fortuna perdida.

**

Riqueza
Tengo la dicha fiel
y la dicha perdida:
la una como rosa,
la otra como espina.
De lo que me robaron
no fui desposeída;
tengo la dicha fiel
y la dicha perdida,
y estoy rica de púrpura
y de melancolía.
¡Ay, qué amante es la rosa
y qué amada la espina!
Como el doble contorno
de dos frutas mellizas
tengo la dicha fiel
y la dicha perdida.
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002.

§§

Pezinhos

.......................... À Sra. Isaura Dinator.

Pezinhos de criança
azuis de frio, ao léu,
sem ninguém os cobrir
Deus meu!

Que pezinhos tão feridos
por esses calhaus todos,
maltratados por neves
e lodos!

O homem cego ignora
que por onde passais
uma flor de luz viva
deixais;

que aí onde puderdes
as plantinhas sangrantes
os nardos nascem mais
fragrantes.

Sede, já que avançais
por caminhos tão estreitos,
heróicos como sois
perfeitos.

Pezinhos de criança,
joiazinhas sofrentes,
como passam sem ver-vos

as gentes!

**

Piececitos

.............................................. A doña Isaura Dinator.

Piececitos de niño,
azulosos de frío,
¡cómo os ven y no os cubren,
Dios mío!

¡Piececitos heridos
por los guijarros todos,
ultrajados de nieves
y lodos!

El hombre ciego ignora
que por donde pasáis,
una flor de luz viva
dejáis;

que allí donde ponéis
la plantita sangrante,
el nardo nace más
fragante.

Sed, puesto que marcháis
por los caminos rectos,
heroicos como sois
perfectos.

Piececitos de niño,
dos joyitas sufrientes,
¡cómo pasan sin veros
las gentes!
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002.

§§

Montanhas minhas
Em montanhas me criei,
mais de três dúzias se erguiam.
Parece que nunca, nunca,
embora escute os meus passos,
as perdi, nem quando é dia,
nem quando é noite estrelada,
e embora veja nas fontes
a cabeleira nevada,
não fugi nem me deixaram
como filha mal lembrada.

E embora sempre me chamem
uma ausente e renegada,
possuí-as e ainda as tenho,
persegue-me o seu olhar
ao longo da minha estrada.

**

Montañas Mías  
En montañas me crié
con tres docenas alzadas.    
Parece que nunca, nunca,
aunque me escuche la marcha,
las perdí, ni cuando es día
ni cuando es noche estrellada,
y aunque me vea en las fuentes
la cabellera nevada,
las dejé ni me dejaron
como a hija trascordada.

Y aunque me digan el mote
de ausente y de renegada,
me las tuve y me las tengo
todavía, todavía,
y me sigue su mirada.
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002.

§§

Soneto da morte

I
Desse gelado nicho onde homens te puseram
hei-de tirar-te e pôr-te em terreno soalheiro.
Que nela hei-de dormir os homens não souberam
e havemos de sonhar no mesmo travesseiro.

Hei-de deitar-te então no terreno soalheiro
com a doçura da mãe prò filho adormecido,
e a terra há-de ser suave como um berço inteiro
ao receber-te o corpo de menino ferido.

Depois vou esfarelar a terra, o pó das rosas,
e ao luar, na poalha azulada e futura,
irão ficando presos os leves destroços.

Vou-me afastar cantando vinganças gloriosas,
porque nenhuma outra mão nessa fundura
poderá disputar-me o teu punhado de ossos!

II
Este longo cansaço irá ser grande um dia
e a alma dirá ao corpo que não quer
arrastar o seu peso ao longo desta vida
por onde os homens vão, felizes por viver.

Sentirás que ao teu lado cavam brutalmente,
que outro hóspede chega à serena cidade.
Vou esperar que alguém me cubra completamente
e depois falaremos uma eternidade!

Só então saberás porque é que, ainda imaturo,
para as profundas fossas o teu corpo iria
aí dormir tranquilo, aí permanecer.

E então far-se-á luz no campanário escuro:
saberás que entre nós sinais de astros havia
e que, quebrando o pacto, tinhas de morrer.

**

Los sonetos de la muerte

I
Del nicho helado en que los hombres te pusieron,
te bajaré a la tierra humilde y soleada.
Que he de dormirme en ella los hombres no supieron,
y que hemos de soñar sobre la misma almohada.

Te acostaré en la tierra soleada con una
dulcedumbre de madre para el hijo dormido,
y la tierra ha de hacerse suavidades de cuna
al recibir tu cuerpo de niño dolorido.

Luego iré espolvoreando tierra y polvo de rosas,
y en la azulada y leve polvareda de luna,
los despojos livianos irán quedando presos.

Me alejaré cantando mis venganzas hermosas,
¡porque a ese hondor recóndito la mano de ninguna
bajará a disputarme tu puñado de huesos!

II
Este largo cansancio se hará mayor un día,
y el alma dirá al cuerpo que no quiere seguir
arrastrando su masa por la rosada vía,
por donde van los hombres, contentos de vivir.

Sentirás que a tu lado cavan briosamente,
que otra dormida llega a la quieta ciudad.
Esperaré que me hayan cubierto totalmente…
¡y después hablaremos por una eternidad!

Sólo entonces sabrás el por qué no madura
para las hondas huesas tu carne todavía,
tuviste que bajar, sin fatiga, a dormir.

Se hará luz en la zona de los sinos, oscura;
sabrás que en nuestra alianza signo de astros había
y, roto el pacto enorme, tenías que morir.
.
(Tomado del libro 'Desolación')
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002.

§§

Uma palavra
Eu tenho uma palavra na garganta 
e não a solto, não me livro dela 
mesmo com todo o empurrão do sangue 
Se a libertasse, queimaria pastos, 
sangraria cordeiros, cairiam pássaros.

Eu devo desprendê-la desta língua, 
encontrar um buraco de castores, 
sepultá-la com cal e argamassa 
pra que não guarde como a alma o voo.

Não quero dar sinais de que estou viva 
enquanto circular pelo meu sangue 
e suba e desça no meu louco fôlego. 
Embora o meu pai Job, ardendo, a tenha dito, 
não quero dar-lhe a minha pobre boca 
para que não a encontrem as mulheres 
que vão ao rio, se prenda às suas tranças 
ou se enrede no pobre matagal.

Violentas sementes vou lançar-lhe, 
pra que uma noite a cubram e a afoguem 
sem deixar dela o rasto de uma sílaba. 
Ou destruí-la assim, tal como a víbora 
se parte em dois pedaços entre os dentes.

E regressar a casa, entrar, dormir, 
já isolada, separada dela, 
e acordar depois de dois mil dias, 
recém-nascida em sono e esquecimento.

Sem saber, ah!, que tive uma palavra 
feita de iodo e alúmen entre os lábios, 
nem poder recordar-me de uma noite, 
de uma morada num país alheio, 
da cilada ou relâmpago na porta, 
a minha carne a andar sem sua alma.

**

Una Palabra
Yo tengo una palabra en la garganta
y no la suelto, y no me libro de ella
aunque me empuja su empellón de sangre.
Si la soltase, quema el pasto vivo,
sangra al cordero, hace caer al pájaro.

Tengo que desprenderla de mi lengua,
hallar un agujero de castores
o sepultarla con cal y mortero
porque no guarde como el alma el vuelo.

No quiero dar señales de que vivo
mientras que por mi sangre vaya y venga
y suba y baje por mi loco aliento.
Aunque mi padre Job la dijo, ardiendo,
no quiero darle, no, mi pobre boca
porque no ruede y la hallen las mujeres
que van al río, y se enrede a sus trenzas
o al pobre matorral tuerza y abrase.

Yo quiero echarle violentas semillas
que en una noche la cubran y ahoguen,
sin dejar de ella el cisco de una sílaba.
O rompérmela así, como la víbora
que por mitad se parte entre los dientes.

Y volver a mi casa, entrar, dormirme,
cortada de ella, rebanada de ella,
y despertar después de dos mil días
recién nacida de sueño y olvido.

Sin saber ¡ay! que tuve una palabra
de yodo y piedra-alumbre entre los labios
ni poder acordarme de una noche,
de la morada en país extranjero,
de la celada y el rayo a la puerta
y de mi carne marchando sin su alma.
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002.

§§

II - Poda da Amendoeira
A amendoeira eu podo e o céu vejo
com as minhas mãos enfim purificadas,
como se apalpam as faces amadas
com o semblante enlevado do desejo.

Como crio na estrofe mais sincera
em que o meu sangue vivo há-de correr,
preparo o coração pra receber
o sangue imenso que há na Primavera.

Dá o meu peito à árvore o seu latido
e escuta o tronco, na seiva escondido,
meu coração como um cinzel profundo.

Os que me amavam julgam-me perdida
e é só o meu peito, aí sustido
na amendoeira, a minha entrega ao mundo.

**

II Poda de Almendro
Podo el menudo almendro contra el cielo
con una mano pura y acendrada,
como se palpa la mejilla amada
con el semblante alado del anhelo.

Como creo la estrofa verdadera
en que dejo correr mi sangre viva,
pongo mi corazón a que reciba
la sangre inmensa de la primavera.

Mi pecho da al almendro su latido
y el tronco oye, en su médula escondido,
mi corazón como un cincel profundo.

Todos los que amaban me han perdido,
y es mi pecho, en almendro sostenido,
la sola entrega que doy al mundo…
- Gabriela Mistral, em "Antologia poética Gabriela Mistral". [seleção, tradução e apresentação Fernando Pinto do Amaral]. Lisboa: Editorial Teorema, 2002.

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Retrato Gabriela Mistral, por (...)


GABRIELA MISTRAL - DISCOGRAFIA E ÁUDIO

Título: Amado, apresura el paso
Amado, apresura el paso es el vigésimo noveno álbum oficial en estudio del cantautor chileno Ángel Parra como solista. Fue lanzado originalmente en Chile en 1995, y está conformado por musicalizaciones de poemas de la poetisa chilena Gabriela Mistral, Premio Nobel de Literatura en 1945. La cantante Javiera Parra, hija de Ángel, lo acompaña en algunas canciones.
Lista de canciones
1. Ausencia (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
2. La tierra (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
3. Balada (Gabriela Mistral - Ángel Parra) *con Javiera Parra
4. Tres árboles (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
5. Mar caribe (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
6. La tierra y la mujer (Gabriela Mistral - Ángel Parra) *con Javiera Parra
7. La lluvia lenta (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
8. La luz (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
9. El fuego (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
10. Que no crezca (Gabriela Mistral - Ángel Parra) *con Javiera Parra
11. Dios lo quiere (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
12. Vergüenza (Gabriela Mistral - Ángel Parra) *con Javiera Parra
13. Cosas (Gabriela Mistral - Ángel Parra)
** Todas las letras escritas por Gabriela Mistral, toda la música compuesta por Ángel Parra.
Ano: 1995
Duração: 40:46'
Formato: CD
Gravadora: Alerce discográfica


Disco: Gabriela Mistral
Las poesías contenidas en esta cara del disco son la siguientes:
Lado A: 
La manca (fragmento)/ voz de Gabriela Mistral
En donde tejemos la ronda / Alicia Quiroga
Todas ibamos a ser reinas / Carmen Bunster
Piecesitos / Alicia Quiroga 
La madre-niña / Mireya Latorre
Extasis / Ana González 
Nocturno / Alicia Quiroga
Tierra chilena / María Maluenda. 

Lado B: 
Miedo / voz de Gabriela Mistral
Balada / Carmen Bunster
Sonetos de la muerte
Interrogaciones

La espera inútil / María Maluenda.
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Dirección: Julio Yung
Música: Gustavo Becerra
Interpreta en guitarra: Luis López
Portadas: Waldo González
Editora: Ediciones L. R. Ortiz 
Editado: en Santiago do Chile
Ano: 1957
Formato: Disco vinil
Notas: Copia de disco 33 1/3 rpm. -- (LR-41). 1 sound cassette son. (ca. 50 min.)
En la contraportada del disco aparece lo siguiente texto:
"'Es muy importante ver un rostro humano' decía Gabriela. Era en los últimos tiempos una de sus obsesiones. Ahora pienso que también es importante oir una voz humana. Tal vez más importante; porque la imagen del rostro, siempre a la vista, ahi, en el retrato, inmovilizada, comienza a petrificarse, mientras la voz que sigue resonando en nuestro oído evoca, sin cesar, como perpetuamente renovado y móvil, ese rostro interior que las palabras hacen salir a la luz desde lo hondo, con el calor y la vibración en las entrañas, y que cuando la persona ha dejado de sernos visible, diríase ella misma hablándonos desde el más allá." 
** Disco 1 - disponível no link. (acessado em 23.6.2014).



DiscoGabriela Mistral - prêmio nobel de literatura 1945
Las poesías
Lado a
Oração da mestra
Lado b
Todas íamos ser rainhas
Noturno
Recitado por Alicia Quiroga
Disco compacto
Ano: 1971
 
:: Gabriela Mistral reading her own poetry at the Library of Congress. Dec. 12, 1950, for the Archive of Hispanic Literature on Tape. in: the Hispanic Foundation. [Washington, D.C.] :Library of Congress,c1954. Lado A de 1 cassette son., ca. 30 min.

Gabriela Mistral by Juan Fuji 

FILMOGRAFIA DE GABRIELA MISTRAL

[Filmes, documentários e vídeos]

Filme: La Gabriela - una historia sobre Gabriela Mistral 
Sinopsis: Basada en la vida de Gabriela Mistral. Se reconstruye la vida de Gabriela, sus viajes como diplomática, la relación con su hijo adoptivo Yin Yin hasta llegar a recibir el Premio Nobel.
Ficha técnica
Género: Drama / Biografía
País/ano: Chile - 2008
Duración: 90 minutos 
Director: Rodrigo Moreno del Canto
Elenco:
Ximena Rivas como Gabriela Mistral / Lucila Godoy.
Tamara Acosta como Palma Guillén.
Carolina Varleta como Laura Rodig.
Iván Inzunza como Yin Yin.
Hugo Vásquez como Manuel Magallanes Moure.
Carmen Disa Gutiérrez como Petronila Alcayaga.
Mireya Moreno como Abuela de Gabriela.
Eduardo Paxeco como Romelio Ureta.
Mariana Muñoz como Emilina.
Catherine Mazoyer como Victoria Ocampo.
Carolina Soltmann como Doris Danna.
Fernando Olivares como Hombre que habla mal de Gabriela.
Margarita Llanos como Profesora de Lucila.
Elvis Fuentes como Carlos.
Isidora Cabezón como Novia de Yin Yin.
Teresa Hales como Periodista Brasileña.
Produção: Telefilms (Televisión Nacional de Chile).
 

FilmeLocas Mujeres
Sinopsis: Locas Mujeres es un largometraje documental que explora el mundo interior de la poeta chilena Gabriela Mistral y su relación amorosa con la norteamericana Doris Dana.
Gabriela Mistral conoce a Doris Dana cuando cree que ya lo único que le queda es morir. La artista ha ganado el Premio Nobel, pero no se sobrepone a la gran tragedia de su vida: el suicidio de su único hijo Yin Yin. En Doris, Gabriela encuentra lo que siempre le fue esquivo, amar y sentirse amada. Con ella forma una familia y un hogar en Roslyn, Long Island. Conciente de que su compañera pronto ya no estará, Doris registra las conversaciones con Gabriela y los amigos que llegan a la casa. Esas grabaciones son nuestra llave de acceso al universo afectivo de una mujer que vive en permanente tensión con sus demonios internos y cuya sensibilidad y ambición la convierten en protagonista de su época.
Ficha técnica
Duración: 72 min.
Formato: HD / Color
Idioma: Español
País/ano: Chile - 2010
Rodaje: Santiago (Chile)
Director: María Elena Wood 
Guión: María Elena Wood y Rosario López
Dirección de fotografía: Gabriel Díaz
Montaje: Sophie França
Música: Camilo Salinas
Sonido: Miguel Hormazábal
Producción ejecutiva: Patricio Pereira
Productora: Wood Producciones S.A
* Fonte: Cine Chile 


DocumentalAdiós a Gabriela Mistral
Sinopsis: Fallecida en Nueva York en 1957, llegan a Chile los restos de Gabriela Mistral el 18 de enero y es expuesto durante 39 horas en la U. de Chile. Se ven imágenes de su vida. La ceremonia fúnebre está a cargo del Cardenal José María Caro en la Catedral Metropolitana y luego se efectúan los funerales en el Cementerio General, después de ser homenajeada por 200 mil personas (**).
Ficha técnica
Duración: 17 min.
Formato: 35 mm / Blanco & negro
Idioma: Español
País/ano: Chile - 1957
Rodaje: Santiago (Chile)
Dirección: Boris Hardy
Producción: Emelco Chilena
Dirreción de fotografía: Luis Bernal; Mario Ferrer; Jorge Gómez; Óscar Gómez; Sergio Mihovilovic; y Jorge Rodríguez (II)
(**) Info: Itinerario del Cine Documental Chileno 1900-1990, Alicia Vega
* Fonte: Cine Chile - Enciclopedia del cine chileno


DocumentalMi Valle del Elqui (Gabriela Mistral)
Sinopsis: Documental homenaje a de Gabriela Mistral a través de algunos poemas y los lugares que ella habitó, se tratan aspectos profundos e íntimos de su vida que significaron la manifestación de fuerte expresividad en su poema. 
Ficha técnica
Duración: 29 min.
Formato: 16mm/color
Idioma: Español
País/ano: Chile - 1971
Rodaje: Valle del Elqui (Chile)
Guión y dirección: Rafael Sánchez
Productora: Escuela de Artes de la Comunicación de la Universidad Católica de Chile
Producción: Vicerrectoría de Comunicaciones de la U. Católica de Chile
Producción general: María Teresa Guzmán
Dirección de fotografía: Andrés Martorell de Llanza; René Kocher; Sergio Allendes
Música: Rafael Sánchez
Montaje: Rafael Sánchez
Sonido: Graciela Bresciani; María Eugenia Rodríguez
Relato o voz en off: Alicia Quiroga; Paz Irarrázabal; Marcelo Fortín
* Fonte: Cine Chile - Enciclopedia del cine chileno


DocumentalEl Ojo Limpio: Gabriela Mistral, 50 Años del Nobel
Sinopsis: El trabajo recopila y da a conocer imágenes de una grabación radial inédita, las que son combinadas con grabaciones de la entrega del Premio Nobel, así como del funeral de la Poetisa. Ello sumado, a la presencia de fotografías del Valle de Elqui y otras locaciones, permite obtener una nueva perspectiva de la vida de la reconocida literata, quien falleció, afectada de cáncer, el 10 de enero de 1957 en el Hospital General de Hampstead, en Nueva York.
Ficha técnica
Duración: 15 min.
Formato: vídeo/ color
Idioma: Español
País/ano: Chile - 1995
Rodaje: Chile
Dirección: Magali Meneses
* Fonte: Cine Chile - Enciclopedia del cine chileno


DocumentalGabriela Mistral 
Serie: "Grandes Chilenos de Nuestra Historia" 
Conduce: Consuelo Saavedra
Producción: Telefilms (Televisión Nacional de Chile).
La actriz Ximena Rivas defiende a la Mistral como la "Gran Chilena de Nuestra Historia".
Disponível: parte I - parte II - parte III - parte IV - parte V - parte VI - e parte VII.


DocumentalGabriela Mistral: Desolación - el Show de los libros
Gabriela Mistral, pseudónimo de Lucila Godoy Alcayaga, nació en 1889 en la ciudad de Vicuña y murió en el año 1957 en Nueva York. Ganadora del Premio Nobel de Literatura, en su poesía sentimientos como el amor, la cercanía de la muerte o la significación del mundo, se manifiestan a lo largo del camino que sigue el hablante lírico en su búsqueda de la eternidad. Este libro, Desolación, fue la primera de sus obras en ser publicada.


Gabriela Mistral 



GABRIELA MISTRAL ONLINE

:: Poesía e prosa. [selección, prólogo, cronologia e bibliografia Jaime Quezada]. Biblioteca Ayacuhco, 1993. Disponível no Link. (acessado em 22.6.2014).
:: Tala. Biblioteca Virtual Universal, 2003. Disponível no Link. - e em Letras do Chile(acessado em 22.6.2014).
:: DesolaciónBiblioteca Virtual Universal, 2003. Disponível no link(acessado em 22.6.2014).

Memória chilena (*)
Obra de Gabriela Mistral online na Biblioteca Nacional do Chile
:: Desolación en germen: facsimilares de primeros manuscritos (1914-1921). Santiago: Dibam : Lom Ediciones, 19--. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Tala - poemas. Buenos Aires: Ediciones Sur, 1938. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Poema de Chile. Santiago do Chile: Editorial Pomaire, 1967. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Lagar II. Santiago de Chile: Ediciones de la Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos, 1991. Disponível no link. (acessado em 24.06.2014).
:: El Libro de los juegos florales - 1888-1924.(compilação Julio Munizaga Ossandón). Santiago: Biblioteca Nacional de Chile, Archivo del Escritor: LOM Eds., 2000. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Lecturas para mujeres: destinadas a la enseñanza del lenguaje. México: [s.n.], 1924.. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Motivos de San Francisco. [Autores Cisar Díaz-Muñoz Cormatches y Gabriela Mistral]. Santiago de Chile: Edit. Del Pacifico, 1965. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
---
Sobre Mistral
:: Gabriela Mistral ante la crítica: bibliografía anotada. [autor Patricia Rubia]. Santiago: DIBAM, Centro de Investigaciones Diego Barros Arana, c. 1995. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Visión de una poesía. [autor Gastón von dem Bussche]. Santiago : Eds. de los Anales de la Universidad de Chile, 1957. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Gabriela Mistral - Magisterio y niño. [Autor: Roque Esteban Scarpa, 1914-1995; prol./ Gabriela Mistral. Santiago: Andrés Bello, impresión de 1979 (Santiago: Salesianos). Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Gabriela Mistral: a cien años de su nacimiento 1889-1989. Santiago: Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos, 1989. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Gabriela Mistral: campesina del Valle de Elqui. (autora Marta Elena Samatán]. Buenos Aires : Instituto Amigos del Libro Argentino, 1969. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Gabriela Mistral y su sobrino. [Autora Isolina Barraza de Estay]. Vicuña: [s.n.], 1978. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Gabriela Mistral en La Voz de Elqui. [Betty Toro Jorquera; María Irene González; Pedro Pablo Zegers Blanchet; y Gabriela Mistral]. Santiago : Dirección de Bibliotecas Archivos y Museos : Museo Gabriela Mistral de Vicuña, 1992. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
:: Gabriela Mistral en El Coquimbo. [Betty Toro Jorquera; María Irene González; Pedro Pablo Zegers Blanchet; y Gabriela Mistral]. Santiago: Dirección de Bibliotecas Archivos y Museos: Museo Gabriela Mistral de Vicuña, 1994. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
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* Fonte: Gabriela Mistral (1889-1957) - Maestra madre e poeta/"Bibliografia - seção: documentos". Memória Chilena/Biblioteca Nacional. Disponíveis neste link. (acessado em 24.6.2014).
** Estas obras san protegidas por ley de propiedad intelectual. Su uso y reproducción están sujetos a la autorización de su autor(es) y/o titulares de derechos.
  


Pasaporte diplomático de Gabriela Mistral



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Gabriela Mistral em 1945  

FORTUNA CRÍTICA DE GABRIELA MISTRAL

ADAMS, Telmo. Gabriela Mistral e a Educação das Nossas Crianças. In: STRECK, Danilo Romeu. (Org.). Fontes da Pedagogia Latino-Americana: uma antologia. 1ª ed., Belo Horizonte/MG: Autêntica Editora, 2010, v. 1, p. 211-230.
AGOSÍN, Marjorie. A Gabriela Mistral. 1th print. New York, White Press, 1993, 227p.
AGOSÍN, Marjorie. Gabriela Mistral: the audacious traveler. Athens, Ohio University Press, c. 2003, 308p.
ALEGRÍA, Fernando. Genio y figura de Gabriela Mistral. Buenos Aires: EUDEBA, 1966, 191p.
ALVES, Cristiane de Mesquita. MISTRAL, Gabriela. Antología Poética de Gabriela Mistral. Selección de Alfonso Calderón. 2ª reimpr. 16ª ed. Santiago de Chile: Universitária, 2017. {Resenha}. In: Revista Abehache, n. 15, 2019. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
ARREDONDO, E. Fernández. Al margen del 'incidente' con Gabriela Mistral. Diario de la Marina, Cuba,13 abr. 1930.
BARRA DE ESTAY, Isolina. Gabriela Mistral y su sobrino. Vicuña: [s.n.], 1978. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
BENEDUZI, Luís Fernando. O Mediterrâneo enquanto metáfora da mestiçagem - Novas leituras sobre o modelo europeu na América Latina dos anos 1920. In: Dossiê: América Latina como lugar de enunciação / Civitas, Porto Alegre, v. 15, n. 3, p. 437-452, jul.-set. 2015. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
BIBLIOGRAFIAGabriela Mistral (1889-1957).  Memória Chilena - Biblioteca Nacional do Chile. Disponível no link. (acessado em 27.6.2014).
CALADO, Leoniza do Nascimento.  Os recados na prosa de Gabriela Mistral (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2013. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024)
CARRASCO Muñoz, Iván. Actualidad de la escritura mistraliana. Estudios filológicos, 31(1996), 97-104 ___, ‘ “Poema de Chile”, un texto pedagógico de Gabriela Mistral’, Revista Chilena de literatura, 56 (2000), 117-125.
CARRASCO Muñoz, Iván. Geografía mítica en “Poema de Chile”. Cuadernos de lengua y literatura, 2 (1989), p. 31-45. 
CARRIÓN, Benjamín. Santa Gabriela Mistral (ensayos). Quito, Casa de la Cultura ecuatoriana, 1956, 339p.
CARVALHO, Joaquim Jorge. Gabriela Mistral: impressões de um encontro. Blog Muito Mar, 10 de outubro de 2010. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
CERQUEIRA, Aliana Georgia Carvalho. Gabriela Mistral e sua primeira viagem ao exterior: a escritura como resposta responsável. In: Ester Myriam Rojas Osorio; Ivo Di Camargo Jr.. (Org.). Mikhail Bakhtin: a arte como resposta responsável. 1ª ed., São Carlos: Pedro & João Editores, 2018, v. 1, p. 13-38.
Gabriela Mistral - foto: (...)
COELHO, Kamilla Kristina Sousa França. Deus segundo os olhos críticos de Hilda Hilst e Gabriela Mistral. In: 53º Congresso Internacional de Americanistas, 2009, Cidade do México - México. DVD de Anais do evento. México: Cidade do México, 2009. p. 1-11.
COELHO, Kamilla Kristina Sousa França. Deus, segundo os olhos críticos de Hilda Hilst e Gabriela Mistral (Qualis B4). Linguagem. Estudos e Pesquisas (UFG), v. 1, p. 111-125, 2010.
COELHO, Kamilla Kristina Sousa França. Hilda Hilst e Gabriela Mistral, um diálogo acerca de Deus. In: V Congresso Brasileiro de Hispanistas / I Congresso Internacional da ABH, 2008, Belo Horizonte. Caderno de resumos. Belo Horizonte, 2008. v. Único. p. 411-412. Disponível no link. (acessado em 24.6.2014).
COSTA, Muriel Figueiredo da.. "Lecturas para mujeres (1924) de Gabriela Mistral: uma interpretação com base nos arquétipos da Papisa e da Imperatriz do tarô, em um contexto literário feminino latino-americano (Dissertação Mestrado em Integração da América Latina). Universidade de São Paulo, USP, 2019. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
COUTINHO, Cláudia Paixão. A Religiosidade em Gabriela Mistral e Adélia Prado. In: Celebração dos 500 Anos da Hispano-América, 1992, Juiz de Fora. Celebração dos 500 Anos Hispano-América. Juiz de Fora: EDUFJF/FAPEMIG, 1992.
CUNEO, Ana María. Para leer a Gabriela Mistral. Santiago: Universidad Nacional Andrés Bello, Cuarto Propio, 1998, 1.ª ed., 230p.
DINIZ, Davis. Gabriela Mistral: formação provinciana e inserção mundial de uma poética do mar às pedras / posfácio In: A mulher forte e Outros Poemas. [tradução e posfácio Davis Diniz; ilustrações Ana Luiza Ornelas; design e edição Flávia Castanheira]. Edição bilíngue. Coleção  Versos do Vasto Mundo. São Paulo: Pinard, 2021. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
DÍAZ MERINO, Ximena Antonia. Gabriela Mistral en el siglo XXI: una visión renovada. In: Simposio Internacional: Gabriela Mistral y su época, 2009, Rio de janeiro. Simposio Internacional: Gabriela Mistral y su época. Rio de Janeiro: Instituto Cervantes, 2008. v. 1. p. 151-161.
DUCHENS, Myriam; CASTILLO, Silvia. Chilenos del Bicentenario. Gabriela Mistral/Pedro Aguirre. Nº 11. Santiago: Editorial El Mercurio, 2007.
ENTREVISTA. Carlos da Veiga Ferreira: “Para mim a Gabriela Mistral é uma Poeta mais Importante do que o Pablo Neruda”. [entrevista feita por Raquel Marinho]. In: Casa América Latina Lisboa, 4.7.2019. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
FERNÁNDEZ, F. Maximino. Gabriela Mistral: vida y obra. Santiago: Lord Cochrane, 1980, 64p.
FERNÁNDEZ, F. Maximino. Gabriela Mistral, mujer y maestra. Santiago: Salesiana, 1989, 91p.
FERNÁNDEZ, F. Maximino. Lecturas escolares, Gabriela Mistral. Santiago: Salesianos, 1989, 116p.
FIGUEROA, Virgilio. La divina Gabriela. Santiago de Chile: Imp. El Esfuerzo, 1933, 314p.
FERREIRA, Rosângela Veiga Júlio. Entre leitores, bibliotecas, campos e jardins: Gabriela Mistral e Cecília Meireles em projetos de educação popular no México (1920) e no Brasil (1930).. (Tese Doutorado em Educação). Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF, 2014. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
FERREIRA, Rosângela Veiga Júlio. Bibliotecas Infantis Mexicanas e Brasileiras: O que Arquitetaram Gabriela Mistral e Cecília Meireles. 1ª ed., Curitiba/PR: Appris, 2017. 319p.
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VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Gabriela Mistral: das dança de rodas de uma professora consulesa no Brasil. (Tese Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 2014. 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Gabriela Mistral e sua -contrabomba-: mensagens educativas pela paz. In: Cadernos de História da Educação  (Online), v. 22, p. e166-18, 2023.  Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda; PIMENTA, Danilo Rodrigues.. Entrevista a Fab Ciraolo. Sobre Gabriela Mistral y el compromiso del artista con su tiempo. In: Cuadernos chilenos de Historia de la Educación, v. 17, p. 142-148, 2023. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Con Gabriela Mistral: a cien años de su autoexilio – Columnas, 2019-2022. Cachoeirinha: Fi, 2023. Disponível no link. - . link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda; MORAES, Dislane Zerbinatti ; LÓPEZ, O.. Apresentación del Dossier Gabriela Mistral: a cien años de su autoexilio. In: Cuadernos chilenos de Historia de la Educación, v. 17, p. 7-11, 2023. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Gabriela Mistral: narrações, nostalgia e vida desde o eutoexilio. In: Revista de Letras (UNESP), v. 16, p. 11-21, 2022.. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Menos cóndor y más huemul-: el ejercicio de pensar con Gabriela Mistral. In: Revista Mexicana de Historia de La Educación, v. 10, p. 63-84, 2022. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024)  
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Gabriela Mistral: autoexílio, danças de roda, recados e experiências postas em circulação como forma de educação. In:  Revista da História da Educação, v. 25, p. 1-33, 2021. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Gabriela Mistral y la educación rural. In: Revista Irice, v. 40, p. 283-306, 2021. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Palabras de Una India Vasca: Lecturas Sobre El Compromiso Intelectual de Gabriela Mistral Con La Guerra Civil Española. In:  Educação em Revista (Online), v. 34, p. 1-21, 2018. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024)
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Reseña del libro “Gabriela Mistral. Pasión de enseñar (Pensamiento pedagógico). In: Cuadernos chilenos de Historia de la Educación, v. 7, p. 132-135, 2017. 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Una madrina en época de guerra: Gabriela Mistral y sus recados. In: Cuadernos Chilenos de Historia de la Educación, v. 1, p. 47-68, 2014. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. “La tierra a la que vine no tiene primavera”: Gabriela Mistral en la Patagonia chilena”. In: Revista Mexicana de Historia de La Educación, v. 2, p. 97-114, 2014. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Gabriela Mistral: tácticas de una maestra viajera. In: Revista Colombiana de Educación, v. N 61, p. 281-297, 2011. Disponível no link. (acessada em 17.3.2024) 
VÁSQUEZ, Carola Gabriela Sepúlveda. Gabriela Mistral: cuando educar se hizo poesia.. In: Docencia (Santiago), v. 33, p. 72-75, 2007.
VON DEM BUSSCHE, Gastón. Visión de una poesía. Santiago: Ediciones de los Anales de la Universidad de Chile, 1957.
ZEGERS, B.; PABLO, Pedro. Gabriela Mistral en La Voz de Elqui. Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos, Museo Gabriela Mistral de Vicuña, Santiago, 1992, 64p.
ZEGERS, B.; PABLO, Pedro. La tierra tiene la actitud de una mujer. Santiago de Chile: RIL Editores, 1998, 294p.
WARKEN, Mary Anne. Lagar I: As Loucas Mulheres de Gabriela Mistral. In: VII Seminário Internacional de Literatura, 2016, Caxias do Sul. Anais do VII Seminário Internacional E XVI Seminário Nacional Mulher e Literatura. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, 2016. p. 16-1359.
ZEMBORAIN, Lila. Gabriela Mistral: Una mujer sin rostro. Rosario: Beatriz Viterbo Editora, 2002.


Retrato de Gabriela Mistral (1954)  | fonte: Biblioteca Nacional Digital - Chile
Rostro de Gabriela Mistral dibujado a carboncillo, por Jorge Délano Coke / Colección Museo 
Gabriela Mistral / Museo Gabriela Mistral de Vicuña | fonte: Surdoc





MANUSCRITOS


BALADA, LETRA DE GABRIELA MISTRAL Y MÚSICA DE EMITA ORTIZ

  • Balada, letra de Gabriela Mistral y música de Emita Ortiz (p.1/2). In: Museo Histórico Nacional (ID 3-41898 / n. inventário  2015-41898) / Fonte: Surdoc (acessado em 19.3.2024)

  • Balada, letra de Gabriela Mistral y música de Emita Ortiz (p.2/2). In: Museo Histórico Nacional (ID 3-41898 / n. inventário  2015-41898) / Fonte: Surdoc (acessado em 19.3.2024)



Gabriela Mistral (1927), por Daniel Vázquez Díaz | Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía



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GABRIELA MISTRAL - FOTOS 

Gabriela Mistral - foto: Diario del dia


Henriqueta Lisboa e Gabriela Mistral (de pé) em conferência sobre o Chile, em Belo Horizonte, 1942


  • Gabriela Mistral e Cecília Meireles

Gabriela Ministral con Miguel de Unamuno y el hispanista Ernst Robert Curtius


Delia Del Carril, Pablo Neruda y Gabriela Mistral en 1951

El poeta español Juan Ramón Jiménez y Gabriela Mistral

Gabriela Mistral con Juana de Ibarbourou y Alfonsina Storni

Gabriela Mistral y atriz Maria Maluenda

Gabriela Mistral y ...


Gabriela Mistral en Montegrande, 1954.


Gabriela Mistral -  foto: Walda Paixao (Brasil, 1945)


Gabriela Mistral en Vicuña, 1954.

Doris Dana e Gabriela Mistral

Gabriela Mistral y  (...) - foto: Marcos Chamudes 
[Coleccion del Museo Historico Nacional]


Doris Dana e Gabriela Mistral


Embajador Don Enrique Gajardo Villarroel con Gabriela Mistral
en Fortin Las Flores (Mexico, 1949)


Palma Guillén y Gabriela Mistral


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Gabriela Mistral - foto: (...)



Gabriela Mistral - foto: (...)


Gabriela Mistral - foto: (...)


Gabriel Mistral y Yin-Yin / foto: Acervo Memória do Chile/BN


Gabriela y Yin Yin en el Sur de Francia




El Dios triste
Mirando la alameda de otoño lacerada,
la alameda profunda de vejez amarilla,
como cuando camino por la hierba segada
busco el rostro de Dios y palpo su mejilla.

Y en esta tarde lenta como una hebra de llanto
por la alameda de oro y de rojez yo siento
un Dios de otoño, un Dios sin ardor y sin canto
¡y lo conozco triste, lleno de desaliento!

Y pienso que tal vez Aquel tremendo y fuerte
Señor, al que cantara de locura embriagada,
no existe, y que mi Padre que las mañanas vierte
tiene la mano laxa, la mejilla cansada.

Se oye en su corazón un rumor de alameda
de otoño: el desgajarse de la suma tristeza.
Su mirada hacia mí como lágrima rueda
y esa mirada mustia me inclina la cabeza.

Y ensayo otra plegaria para este Dios doliente,
plegaria que del polvo del mundo no ha subido:
"Padre, nada te pido, pues te miro a la frente
y eres inmenso, ¡inmenso!, pero te hallas herido".
- Gabriela Mistral, en "Desolación". 3ª ed., Santiago de Chile: Editorial del Pacífico, S. A.,1960, p. 59.

Gabriela Mistral - foto: (...)


"Lo que el alma hace por su cuerpo, es lo que el hombre hace por su pueblo."
- Gabriela Mistral, 'epitafio' [inscrito na lápide].


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FENSKE, Elfi Kürten; SILVA, José Alexandre da.. (pesquisa, seleção, edição e organização). Gabriela Mistral - uma viagem pela linguagem poética. Templo Cultural Delfos, março/2024. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 19.3.2024.
Página original JUNHO/2014


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