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Gilka Machado [desenho em lápis de cera], de Amaury Menezes (neto da escritora) |
– Gilka Machado
“O mundo
necessita de poesia. Cantemos, poetas, para a humanidade; que nossa voz suba
aos aranhas-céus, e desça aos subterrâneos.”
- Gilka Machado
Gilka Machado (Rio de Janeiro RJ, 12 de março de 1893 - idem, 11 de dezembro de 1980). tinha sangue de artista nas veias: a mãe, Thereza Christina
Moniz da Costa, era atriz de teatro e de rádio-teatro; e a filha, Heros, seria
bailarina consagrada e pesquisadora das danças nativas brasileiras. Além disso,
sua família incluía poetas e músicos famosos. E a moça se casa com um artista:
o poeta, jornalista e crítico de arte Rodolfo Machado, em 1910, que morreria
dali a 13 anos, deixando a esposa com dois filhos, Heros e Hélios.
Desde criança Gilka faz versos. E com 13 anos ganha
concurso pelo jornal A imprensa, quando arrebata os 3 primeiros prêmios, com
poemas assinados com seu próprio nome e com pseudônimos. Mas só em 1915, aos 22
anos, publica seu primeiro livro, Cristais Partidos. Seguem-se outros, ao longo
da década de 1920, como Estados d’Alma (1917), Mulher Nua (1922), Meu Glorioso
Pecado (1928), Amores que mentiram, que passaram (1928).
No início dos anos de 1930 sua popularidade aumenta, ao
ter poemas traduzidos para o espanhol, tanto em antologia quanto em volume com
poemas só seus.
E no ano seguinte sua popularidade é testada: ganha, com
grande margem de votos, um concurso promovido pela revista O malho, quando
então é aclamada como a maior poetisa brasileira, selecionada entre 200
intelectuais. Em seguida viaja para a Argentina, onde é recebida com carinho
pelo público leitor. Faz outras viagens ao longo da década de 1940, para os
Estados Unidos e para a Europa, além das que faz pelo interior do Brasil.
Seus poemas foram também republicados em outros volumes:
os dois primeiros livros, em Poesias, de 1918; e alguns, escolhidos, em Carne e
Alma, de 1931, em Meu rosto, de 1947, e em Velha Poesia, de 1965, antes que as
Poesias Completas ganhassem duas edições: em 1978 e em 1991.
Poderia ter sido a primeira mulher a fazer parte da
Academia Brasileira de Letras quando, após mudança do estatuto que proibia o
ingresso de mulheres, lhe teria sido possível candidatar-se, atendendo a
convite que lhe foi dirigido por Jorge Amado e apoiado por outros acadêmicos.
Mas recusou o convite. Recebeu, contudo, da Academia Brasileira de Letras, em
1979, o prêmio Machado de Assis, pela publicação do volume de suas Poesias
Completas. Encerra sua carreira com o poema “Meu menino”, escrito por ocasião
da morte do filho Hélios, ocorrida em 1976.
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Gilka Machado |
Mas foi justamente por essa força reivindicadora patente
na mistura bem dosada de rigor formal e sensualidade ousada, que sua poesia
ganhou força e até hoje permanece, enquanto marco na história de resistência à
situação de alienação da mulher. Firmou-se, assim, como precursora na luta
pelos direitos de acesso à representação do prazer erótico na poesia feminina
brasileira.
"(...)
Gilka Machado foi a maior figura feminina de nosso Simbolismo, em cuja
ortodoxia se encaixa com seus dois livros capitais, Cristais Partidos e Estados
de Alma. Nem sua ousadia tinha impureza, mas punha à mostra a riqueza de seus
sentidos, especialmente de um pouco explorado em
poesia, o tato. Sua sensibilidade é requintada, algo excêntrica, mas
profundamente feminina.”
- Péricles Eugênio da Silva Ramos [1965]. Gilka
Machado. In: ___. Poesia simbolista: antologia. p.209.
“Estreei nas letras, vencendo um concurso literário num jornal, A Imprensa, dirigido por José do Patrocínio Filho. Logo depois, um crítico famoso escrevia que aqueles poemas deveriam ter sido laborados por uma matrona imoral. Quase criança, comunicativa, indiscreta e falaz, saindo de mim mesma, contando meus prazeres e tristezas, expondo os meus defeitos e qualidades, eu pensava apenas em dar novas expressões à poesia. Aquela primeira crítica (por que negar) surpreendeu-me, machucou-me e manchou o meu destino. Em compensação, imunizou-me contra a malícia dos adjetivos. Havia no meu ser uma torrente que era impossível represar: os versos fluíam, as estrofes cascateavam... e continuei, ritmando minha verdade, então com mais veemência.“
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Gilka Machado |
- Gilka Machado, em "Poesias Completas". Rio de Janeiro: Cátedra; Brasília: INL, 1978, p. X.
OBRAS DE GILKA MACHADO
Cascos e Carícias. [livreto], Rio de
Janeiro: Jornal da Manhã, 1915. (onde ela descreve a vida dos jornalistas mais
“emancipados”, escandalizando os moralistas do seu tempo com crônicas
escatológicas da sociedade cultural carioca).
Crystais Partidos: poesias. Rio de
Janeiro: Revista dos Tribunaes, 1915.
A Revelação dos Perfumes. [Conferência
Literária], Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes, 1916, 38 p.
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Capa da 1ª edição do livro "O grande Amor", de Gilka Machado |
Poesias, 1915-1917. Rio de Janeiro: Jacintho
Ribeiro dos Santos, 1918.
Mulher Nua. Rio de Janeiro: Jacintho
Ribeiro dos Santos, 1922, 175 p.
O Grande Amor. (V I: "Amores que
mentiram, que passaram"). Rio de
Janeiro: Livraria Azevedo, Erbas de Almeida, 1928.
Meu Glorioso Pecado. "Amores que mentiram, que passaram". Rio de Janeiro: Almeida Torres A. C. Editores, 1928.
Carne e Alma. [poemas escolhidos] - (Coleção Benjamin Constallat). Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1931.
Sonetos y Poemas de Gilka Machado, [prefácio
Antonio Capdeville]. Cochabamba/Bolívia, 1932.
Sublimação . Rio de Janeiro: Typ.
Baptista de Souza, 1938, 140 p.
Meu Rosto. Rio de Janeiro: Irmãos
Pogentti, 1947, 263 p.
Velha Poesia. [seleção de poemas], Rio
de Janeiro: Editora Baptista de Souza, 1968.
Poesias Completas. Rio de Janeiro:
Cátedra; Brasília: INL, 1978; e Rio de Janeiro: Léo Christiano: FUNARJ, 1991.
"A forma
ousada dos seus versos, de um ritmo livre e bastante pessoal, harmoniza-se com
a liberdade de inspiração, onde predomina um forte sensualismo, tão forte que
Humberto de Campos notava-lhe nos poemas verdadeiras 'tempestades de carne'...
Seus livros provocavam, simultaneamente, admiração e escândalo, já que a
poetisa confessava sentir pelos no vento', desejava penetrar o amado 'pelo
olfato, assim como as espiras/invisíveis do aroma...' e declarava, sem rebuços:
'Eu sinto que nasci para o pecado'."
- Fernando Góes [1960]. Gilka da Costa Melo
Machado. In: Panorama da poesia brasileira: o pré-modernismo. p.165.
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Gilka Machado (...) |
PRÊMIOS
Venceu o concurso do jornal A Imprensa.
Ganhou o 1°, 2°, 3° lugares: um com seu nome e os outros sob pseudônimos, aos
13 anos.
Eleita "a maior poetisa do Brasil", por
concurso da revista "O Malho", do Rio de Janeiro, 1932.
Prêmio Machado de Assis, da Academia
Brasileira de Letra, pela publicação do volume de suas Poesias Completas, 1979.
“Desafiando os preconceitos, Gilka Machado ousa expressar, em poesia, a paixão dos sentidos, a volúpia do amor carnal e o dramático choque entre o corpo e a alma. Choque provocado pelo Cristianismo, ao lançar o anátema ao prazer sexual, a fruição da carne [...] Gilka Machado obviamente chocou a sociedade do tempo com seu ousado desvendar de paixões ou sensações proibidas à mulher.”
- Nelly Novaes Coelho, em “Dicionário crítico de escritoras
brasileiras (1711-2001)”. São Paulo: Escrituras, 2002, p. 228.
POEMAS ESCOLHIDOS DE GILKA MACHADO
Ser Mulher ...
Ser mulher, vir à
luz trazendo a alma talhada
para os gozos da
vida; a liberdade e o amor;
tentar da glória a
etérea e altívola escalada,
na eterna aspiração
de um sonho superior...
Ser mulher, desejar
outra alma pura e alada
para poder, com
ela, o infinito transpor;
sentir a vida
triste, insípida, isolada,
buscar um
companheiro e encontrar um senhor...
Ser mulher,
calcular todo o infinito curto
para a larga
expansão do desejado surto,
no ascenso
espiritual aos perfeitos ideais...
Ser mulher, e, oh!
atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual
uma águia inerte, presa
nos pesados
grilhões dos preceitos sociais!
- Gilka Machado, in “Cristais
Partidos” 1915.
Olhos pérfidos
Olhos da triste côr
dos ambientes mortuarios,
onde paira uma luz de
cirio a tremular;
eu um dia suppuz
que fosseis dous alvearios,
porque havia um
sabor de mel no vosso olhar.
Como no espelho
arcoal de pútridos aquários
á noute se reflecte
o fulgor estellar,
a vossa podridão,
olhos fataes e vários,
vem, ás vezes, um
lume estranho illuminar.
Vejo, si em vosso
todo acaso o olhar afundo,
que, em vós, como
no horror de um lodaçal immundo,
geram-se
occultamente os micróbios de um mal.
£ eu, que buscava
abrigo á alma desilludida,
toda me untei de
lodo, infeccionando a vida,
ao contagio da
vossa emanação lethal!
- Gilka Machado, in
"Crystaes Partidos: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1915. (ortografia original)
Noturno I
Apraz-me sempre
ouvir, ás horas vespertinas,
os prelúdios da
Noute, os iriantes rumores
que, mal rolam da
sombra as primeiras cortinas,
fazem soar pelo
espaço os Arrebóes, as Cores.
Ha na violacea cor
violinos em surdinas,
vibram no ouro
clarins ruidosos e aggressores,
gemem flautas no
verde, em notas tiples, finas,
rufam dentro do
rubro invisíveis tambores.
Soam na rosea côr
accordes flebeis de harpas,
través o alaranjado
ha guitarras chilrando,
e os sons rolando
vão nas ethereas escarpas...
Ha uma breve
fermata e, após, exul, tristonho,
soluça um orgam do
alto, em som pauzado, brando,
dentro do azul do
céo, como um sonoro sonho.
- Gilka Machado, in
"Crystaes Partidos: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1915. (ortografia original)
Odor dos Manacás
(A J. M. Goulart de Andrade)
De onde vem esta
voz, este fundo lamento
com vagas vibrações
de violino em surdina?
De onde vem,esta
voz que, nas azas, o Vento
me traz, na hora
violacea em que o dia declina?
Esta voz vegetal,
que o meu olfacto attento
ouve, certo é a
expansão de uma magua ferina,
é o odor que os
manacás soltam, num desalento,
sempre que a brisa
os plange e as frondes lhes inclina.
Creio, aspirando-o,
ouvir, numa metempsychose,
a alma errante e
infeliz de uma extincta creatura
chamar anciosamente
outra alma que a despose...
Uma alma que viveu
sosinha e incomprehendida,
mas que, mesmo
gosando uma vida mais pura,
inda chora a
illusão frustrada noutra vida.
- Gilka Machado, in
"Crystaes Partidos: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1915. (ortografia original)
Helios e Heros
Filhos meus — duas forças bem pequenas
que amo, e das quaes sustar quizera o adejo;
pequenas sempre fora meu desejo
tel-as, aconchegadas e serenas.
Filhos meus — delles vem, delles, apenas,
a humilhação servil em que me vejo;
mas, si o penar a um filho é bemfazejo,
para uma alma de mãe que valem penas ?
Eu, que feliz, toda enthusiasmo, d'antes,
via os seres tornarem-se possantes,
vejo-os crescerem com pezar, com zelos.
Vejo-os crescerem, ensaiarem threnos,
e, no emtanto, quizera-os tão pequenos
que pudesse nas mãos sempre trazel-os.
- Gilka Machado, in "Estados da alma: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes, 1917. (ortografia original)
Particularidades...
I
Muitas vezes, a sós, eu me analiso e estudo,
os meus gostos crimino e busco, em vão, torcê-los;
é incrível a paixão que me absorve por tudo
quanto é sedoso, suave ao tato: a coma... os pêlos...
Amo as noites de luar porque são de veludo,
delicio-me quando, acaso, sinto, pelos
meus frágeis membros, sobre o meu corpo desnudo
em carícias sutis, rolarem-me os cabelos.
Pela fria estação, que aos mais seres eriça,
andam-me pelo corpo espasmos repetidos,
às luvas de camurça, aos boás, à pelica...
O meu tato se estende a todos os sentidos;
sou toda languidez, sonolência, preguiça,
se me quedo a fitar tapetes estendidos.
- Gilka Machado, in "Estados da alma: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes, 1917.
Sempre-viva
Sempre-viva, teu nome exprime quanto vales,e, embora te não desse aroma a Natureza,
quem, como eu, padecer o maior dentre os males,
por força ha de exalçar-te a original belleza.
Quer abroches num horto ou na campa assignales
uma grata lembrança, eternamente accesa,
vive essa chamma de ouro inserida em teu calix,
como um sol que a surgir illumine a deveza.
Exposta ao sopro rijo e inclemente do Vento,
aos queimores que o Sol impiedoso te lança,
não te rouba a tortura o fulgor opulento.
És como esta paixão (minha paixão estulta!),
que o túmulo a enfeitar de uma extincta Esperança,
aos rigores da Sorte esplende, viça, avulta!
- Gilka Machado, in "Crystaes Partidos: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes, 1915. (ortografia original)
Saudades
De quem é esta
saudade
que meus silêncios
invade,
que de tão longe me
vem?
De quem é esta
saudade,
de quem?
Aquelas mãos só
carícias,
Aqueles olhos de
apelo,
aqueles
lábios-desejo...
E estes dedos
engelhados,
e este olhar de vã
procura,
e esta boca sem um
beijo...
De quem é esta
saudade
que sinto quando me
vejo
- Gilka Machado, in
"Velha poesia", 1965.
No torculo da
fôrma o alvo crystal do Sonho
No torculo da fôrma
o alvo crystal do Sonho,
Musa, vamos polir,
num labor singular:
os versos que compões,
os versos que componho,
virão estrophes de
ouro após emmoldurar.
Para sempre
abandona esse teu ar bisonho,
esse teu taciturno,
esse teu simples ar;
pois toda a
perfeição que dispões e disponho,
nesta artística
empreza, é mister empregar.
Seja espelho o
crystal e, em seu todo, reflicta
a trágica feição
que o horror comsigo traz,
e o infinito
esplendor da belleza infinita.
E, quando a rima
soar, enlevada ouvirás
percutir no teu
ser, que pela Arte palpita,
o sonoro rumor do
choque dos crystaes.
- Gilka Machado, in
"Crystaes Partidos: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1915. (ortografia original)
Silencio
(A Antônio Corrêa d'OMveira)
Mysteriosa
expressão da alma das cousas mudas,
Silencio – pallio
immenso aos enigmas aberto,
espelho onde a
tristeza universal se estampa.
Silencio – gestação
das dôres crueis, agudas,
solenne imperador
da Treva e do Deserto,
estagnação dos
sons, berço, refugio e campa.
Silencio –
tenebroso e insondavel oceano,
tudo quanto nos
teus abysmos vive immerso,
tem a secreta voz
dos rochedos, das lousas.
És a concentração
do sêr pensante, humano,
a vida espiritual e
occulta do universo,
a communicação
invisivel das cousas.
Um intimo pezar
toda tua alma invade,
ó meu velho
eremita! ó monge amargurado!
Dentro da cathedral
da verde natureza,
ouço-te celebrar a
missa da Saudade
e invocar a remota
effigie do Passado,
dando-me a
communhão sublime da tristeza.
Seja engano,
talvez, do meu cerebro enfermo,
mas eu comprehendo
os teus sentimentos profundos,
eu te sinto cantar
olentes melopéas...
Foste o inicio de
tudo e de tudo és o termo.
Silencio –
concepção primitiva dos mundos,
cosmopéa etheral de
todas as idéas.
Silencio – solidão
de symptomas medonhos,
pantano onde do mal
desenvolvem-se os vermes,
fonte da
inspiração, rio do esquecimento,
lagôa em cujo fundo
os sapos dos meus sonhos,
postos alheiamente,
inanimes, inermes,
fitam de estranho
ideal o fulgor opulento.
Ó Silencio! Ó visão
subjectiva da Morte!
- refúgio passional
que eu sempre busco e anceio,
gôso de recordar...
torturas e confortas,
pois fazes com que
ao teu influxo eu me transporte
ao seio da Saudade,
a esse funereo seio
- esquife onde
revejo as illusões já mortas.
Da scisma na minha
alma o triste cunho imprimes,
és o somno, o
desmaio, o natural mysterio,
trazes-me a
sensação dos gélidos tormentos;
e si nesse teu
ventre hão germinado os crimes,
no teu cérebro
enorme, universal, ethereo,
têm-se desenvolvido
os grandes pensamentos.
- Gilka Machado, in
"Crystaes Partidos: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1915. (ortografia original)
Rosas
I
Cabe a supremacia á
rosa, entre o complexo
das flôres, pelo
viço e pela pompa sua,
e o arôma que ella
traz sempre á corolla annexo
o coração humano
excita, enleva, estua.
Quando essa flôr se
ostenta á luz tibia da Lua,
o luar busca
enlaçal-a, amoroso, perplexo,
e ella sonha,
estremece, oscilla, ri, fluctua
e desmaia, ao
sentir esse etheral amplexo.
Si é rosea lembra
carne ardente, palpitante...
nívea – lembra
pureza e nada ha que a supplante,
rubra – de certa
bocca os labios nella vejo.
Seja qualquer a
côr, por sobre o hastil de cada
rosa, vive a
Mulher, nos jardins flôr tornada:
- symbolo da
Volupia a excitar o Desejo.
II
Rosas cujo perfume,
em noutes enluaradas,
é um sortilegio ethereo
a transpôr as rechans;
rosas que á noute
sois risonhas, floreas fadas,
de cutis de velludo
e tenras carnes sans.
Sejaes da côr do
luar ou côr das alvoradas,
rosas, sois no
perfume e na alegria irmans,
e todas pareceis, á
luz desabotoadas,
a concretisação dos
risos das Manhans!
Ó rosas de carmim!
Ó rosas roseas e alvas!
ha nesse vosso odôr
toda a maciez das malvas,
a púbere maciez do
pêcego em sazão.
Dae que eu possa
gosar, ao vosso collo rente,
esse perfume, a um
tempo excitante e emolliente,
numa dubia, sensual
e suave sensação!
- Gilka Machado, in
"Crystaes Partidos: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1915. (ortografia original)
Volúpia
á tua sensação me
alheio a todo o ambiente;
os meus versos
estão completamente cheios
do teu veneno
forte, invencível e fluente.
Por te trazer em
mim, adquiri-os, tomei-os,
o teu modo subtil,
o teu gesto indolente.
Por te trazer em
mim moldei-me aos teus colleios,
minha intima,
nervosa e rubida serpente.
Teu veneno lethal
torna-me os olhos baços,
e a alma pura que
trago e que te repudia,
inutilmente anceia
esquivar-me aos teus laços.
Teu veneno lethal
torna-me o corpo langue,
numa circulação
longa, lenta, macia,
a subir e a descer,
no curso do meu sangue.
- Gilka Machado, in
"Estados da alma: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1917. (ortografia original)
Symbolos
Eu e tu, ante a
noute e o amplo desdobramento
do mar fero, a,
estourar de encontro á rocha nua.
Um symbolo descubro
aqui, neste momento;
esta rocha e este
mar... a minha vide e a tua...
O mar vem... o mar
vae.... nelle ha o gesto violento
de quem maltrata e,
após, se arrepende e recúa...
Como eu comprehendo
bem da rocha o sentimento!
são bem eguaes, por
certo, a minha magua, e a sua!
Symbolisa este
quadro a nossa propria vida:
tu és esse mar
bravio, inconstante e inclemente,
com carinhos de
amante e furias de demente;
eu sou a dôr
parada, a dôr empedernida,
eu sou aquella
rocha encravada na areia,
alheia ao mar que a
punge, ao mar que a afaga alheia...
- Gilka Machado, in "Estados da alma:
poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes, 1917. (ortografia
original)
Possa eu, da
phrase nos absonos sons
Possa eu, da phrase
nos absonos sons,
em versos minuciosos
ou succintos,
expressar-me, dizer
dos meus instinctos,
sejam elles,
embora, máos ou bons.
Quero me vêr no
verso, intimamente,
em sensações de
gôso ou de pezar,
pois, occultar
aqui’lo que se sente,
é o proprio
sentimento condemnar.
Que do meu sonho o
bronco véo se esgarce
e mostre núa,
totalmente núa,
na plena graça da
simpleza sua,
minha Emoção, sem
peias, sem disfarce.
Quero a arte livre
em sua contextura,
que na arte, embora
peccadora, a Idéa,
deve julgada ser
como Phrinéa:
- na pureza
triumphal da formosura.
Gelar minha alma de
paixões accêsa
porque? si desta
forma ao Mundo vim;
si adoro
filialmente a Natureza
e a Natureza é que
me fez assim.
Meu ser interno,
tumultuoso, vario,
- máo grado o parvo
olhar profanador –
no livro exponho
como num mostruario:
sempre a verdade é
digna de louvor.
Fiquem no verso,
pois, eternamente,
as minhas sensações
gravadas, vivas,
nas longas crises,
nas alternativas
desta minha alma
doente.
Relatando o pezar,
relatando o prazer,
través a agitação,
través a calma,
a estrophe deve tão
somente ser
o diagnostico da
alma.
- Gilka Machado, in
"Estados da alma: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1917. (ortografia original)
Poema de Amor
(Versos Antigos)
VII
Na plena solidão de
um amplo descampado
penso em ti e que
tu pensas em mim suponho;
tenho toda a feição
de um arbusto isolado,
abstrato o olhar,
entregue à delícia de um sonho.
O vento, sob o céu
de brumas carregado,
passa, ora
langoroso, ora forte, medonho!
e tanto penso em
ti, ó meu ausente amado,
que te sinto no
vento e a ele, feliz, me exponho!
Com carícias brutas
e com carícias mansas,
cuido que tu me
vens, julgo-me apenas tua,
— sou árvore a
oscilar, meus cabelos são franças.
E não podes saber
do meu gozo violento
quando me fico,
assim, neste ermo, toda nua,
completamente
exposta à volúpia do vento!
- Gilka Machado, in
"Estados da alma: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes,
1917.
Incenso
(A Olavo Bilac)
Quando, dentro de
um templo, a corola de prata
do turíbulo oscila
e todo o ambiente incensa,
fica pairando no
ar, intangível e densa,
uma escada espiral
que aos poucos se desata.
Enquanto bamboleia
essa escada e suspensa
paira, uma ânsia de
céus o meu ser arrebata,
e por ela a subir
numa fuga insensata,
vai minha alma
ganhando o rumo azul da crença.
O turíbulo é uma
ave a esvoaçar, quando em quando
arde o incenso ...
Um rumor ondula, no ar se espalma,
sinto no meu olfato
asas brancas roçando.
E, sempre que de um
templo o largo umbral transponho,
logo o incenso me
enleva e transporta minha alma
à presença de Deus
na atmosfera do sonho.
- Gilka Machado, do livro
Cristais partidos (1915). In: MACHADO, Gilka. Poesias completas. Apres. Eros
Volúsia Machado. Rio de Janeiro: L. Christiano: FUNARJ, 1991, p.32.
Esboço
pelo meu corpo
acendiam astros...
e no corpo da mata
os pirilampos
de quando em
quando,
insinuavam
fosforescentes
carícias...
e o corpo do
silêncio estremecia,
chocalhava,
com os guizos
do cri-cri
osculante
dos grilos que
imitavam
a música de tua boca...
e no corpo da noite
as estrelas
cantavam
com a voz trêmula e
rútila
de teus beijos...
- Gilka Machado, in
"Sublimação", 1928.
Reflexão
Há certas almas
como as borboletas,
cuja fragilidade de
asas
não resiste ao mais
leve contato,
que deixam ficar
pedaços
pelos dedos que as
tocam.
Em seu vôo de
ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detêm-nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra
vez.
Elas, porém, não
voam como dantes,
ficam vazias de si
mesmas,
cheias de
desalento...
Almas e borboletas,
não fosse a
tentação das cousas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos
cimos
seduzindo do alto,
admirando de
longe!...
- Gilka Machado, in
"Sublimação", 1928.
Lépida e leve
Lépida e leve
em teu labor que,
de expressões à míngua,
O verso não
descreve...
Lépida e leve,
guardas, ó língua,
em seu labor,
gostos de afagos de
sabor.
És tão mansa e
macia,
que teu nome a ti
mesmo acaricia,
que teu nome por ti
roça, flexuosamente,
como rítmica
serpente,
e se faz menos
rudo,
o vocábulo, ao teu
contacto de veludo.
estatuária da
palavra,
ódio, paixão,
mentira, desengano,
por ti que incêndio
no Universo lavra!...
És o réptil que
voa,
o divino pecado
que as asas
musicais, às vezes, solta, à toa,
e que a Terra povoa
e despovoa,
quando é de seu
agrado.
Sol dos ouvidos,
sabiá do tato,
ó língua-idéia, ó
língua-sensação,
em que olvido
insensato,
em que tolo recato,
te hão deixado o
louvor, a exaltação!
— Tu que irradiar
pudeste os mais formosos poemas!
— Tu que orquestrar
soubeste as carícias supremas!
Dás corpo ao beijo,
dás antera à boca, és um tateio de
alucinação,
és o elástico da
alma... Ó minha louca
língua, do meu Amor
penetra a boca,
passa-lhe em todo
senso tua mão,
enche-o de mim,
deixa-me oca...
— Tenho certeza,
minha louca,
de lhe dar a morder
em ti meu coração!...
Língua do meu Amor
velosa e doce,
que me convences de
que sou frase,
que me contornas,
que me veste quase,
como se o corpo meu
de ti vindo me fosse.
Língua que me
cativas, que me enleias
os surtos de ave
estranha,
em linhas longas de
invisíveis teias,
de que és, há
tanto, habilidosa aranha...
Língua-lâmina,
língua-labareda,
língua-linfa,
coleando, em deslizes de seda...
Força inféria e
divina
faz com que o bem e
o mal resumas,
língua-cáustica,
língua-cocaína,
língua de mel,
língua de plumas?...
Amo-te as sugestões
gloriosas e funestas,
amo-te como todas
as mulheres
te amam, ó
língua-lama, ó língua-resplendor,
pela carne de som
que à idéia emprestas
e pelas frases
mudas que proferes
nos silêncios de
Amor!...
- Gilka Machado, em
"Poesias Completas", Léo Christiano Editorial Ltda. - Rio de Janeiro,
1991, foi selecionada por Ítalo Moriconi e faz parte do livro "Os cem
melhores poemas brasileiros do século", Editora Objetiva - Rio de Janeiro,
2001, pág. 75.
Chuva de cinzas
na estática mudez
da Terra triste e viúva;
e, da tarde ao
cair, sinto, minha alma, agora,
embuça-se na cisma
e no torpor se enluva.
Hora crepuscular,
hora de névoas, hora
em que de bem
ignoto o humano ser enviúva;
e, enquanto em
cinza todo o espaço se colora,
o tédio, em nós, é
como uma cinérea chuva.
Hora crepuscular -
concepção e agonia,
hora em que tudo
sente uma incerteza imensa,
sem saber se
desponta ou se fenece o dia;
hora em que a alma,
a pensar na inconstância da sorte,
fica dentro de nós
oscilando, suspensa
entre o ser e o não
ser, entre a existência e a morte.
- Gilka Machado, in
"Velha Poesia", Rio de Janeiro: Editora Baptista de Souza, 1968,
pag.15.
Analogia
“Sempre que o frio chega o meu pesar sorri,
pois te adoro no Inverno e adoro o Inverno em ti...”
Amo o Inverno assim triste, assim sombrio,
lembrando alguém que já não sabe amar;
e sempre, quando o sinto e quando o espio,
julgo-te eterizado, esparso no ar.
Afoita, a alma do Inverno desafio,
para inda te querer e te pensar…
para gozá-lo e gozar-te, que arrepio!…
que semelhança em ambos singular!…
Loucura pertinaz do meu anelo:
— emprestar-te, emprestar-lhe uma emoção,
— pelo mal de perder-te querer tê-lo…
Amor! Inverno! Minha aspiração!
quem me dera resfriar-me no teu gelo!
quem me dera aquecer-te em meu Verão!…
- Gilka Machado, in "Mulher Nua", 1922.
Conjecturando
(A Osório Duque Estrada)
Luctar. . . mas para que?
para, em fim, cedo ou tarde, sêr vencida?
Luctar. . . mas para que?
si a vida
é o que se vê
e se sabe: uma lucta indefinida,
onde qualquer sêr
que lucte ha de perder.
Exhausta, na existência eu as armas deponho,
e, ao envez de luctar,
distraio-me a sonhar,
faço do próprio mal um motivo de sonho.
E' bem melhor soffrer a dôr definitiva,
dôr que ora se amortece, ora se aviva,
e é sempre a mesma dôr,
do que luctando, num constante abalo,
e alimentando da Esperança o anhelo,
caminhar para o Ideal, consegui-lo, alcançal-o,
e, logo após, perdel-o.
Convenci-me,
agora, de que o goso é um crime,
pelo qual nos cabe tetrica expiação.
Feliz de mim que ignoro do prazer,
tristes dos que muito venturosos são,
pois não sabem inda o que a soffrer
virão.
Ai dos felizes!
Ai dos felizes!
Bemdito sejas, meu pezar interno,
embora sempre me martyrises !
Bemdita a dôr que no meu ser actúa,
porque, apezar de tudo, a Dôr é bôa
para quem a ella se habitua.
A dôr antiga
é uma dôr amiga,
dóe pouco a pouco, não magoa
quasi.
Ai dos que fruem da ventura a phase,
loucos, á espera de um prazer superno!
Ai dos que vivem nos enganadores
gosos desta existência!
— A dôr inesperada é a maior dentre: as dores,
vem com toda a violência
das vinganças. . .
Alma de onde somente o riso escapa,
alma que da alegria não te canças,
olha que a Dôr prepara o seu -bote, a socapa ! . ..
si attingiste do goso a plenitude
é que ella bem te illude,
e se prepara e apura
— traiçoeira — te engendrando uma horrível tortura!
Viver. . . mas para que ? Ai dos que amam a vida
por lhe haverem provado até então do prazer!
torturas soffrerão quando a virem perdida,
por amarem a vida
hão de cedo morrer!
Ai do ser que accumula
o ouro das illusões \
— um thezouro prepara
para
satisfazer a Morte avara.. .
quantas riquezas vão para os caixões!
Ai daquelle que tem o corpo forte,
pois conservar a carne pura e san
é o mesmo que engordar a ovelha para o corte!
ai daquelle que, amanhan,
saboreado será pela gula
da Morte!
Ai dos que se suppõem vencedores
desta lucta e, embriagados de ventura,
passam alheios á Desgraça ! ...
Ai dos que gosam faustos e esplendores!
que tortura sem par,
por uma cova regelada e escura
um palácio trocar!
Veloz a vida dos felizes passa ..
Ai dos ricos, que vivem sempre cheios
de vaidade e de bens roubados, bens alheios !
de que valem fazerem tanto mal,
si tudo hão de deixar pela Morte, afinal ?!
Felizes dos que vivem na miséria,
de corpo sêcco, de alma exgottada,
pois nada levam para a funeria
orgia dessa velha deletéria.
Felizes desses que não têm morada,
que não têm conforto,
não tiveram passado e não terão porvir,
que, quando a Morte, emfim, lhes fôr chegada
(ha sempre abrigo para um corpo morto!)
pouso conseguirão, em calma, hão de dormir.
Fará os felizes tem a Morte horrores,
é o inferno"com todas as torturas,
mas tem mysterios promissores
para as creaturas
que só souberam do travôr das dores.
Cada dia que passa me persuade
que bem melhor que a felicidade
é a insensibilidade;
as delicias
da vida são fictícias,
e a morte é o meio singular
de não soffrer, de não gosar.
Feliz de quem se fez soffredora submissa
e desistiu da liça,
vencedora será quando a Morte chegar
porque lhe ha de burlar
a insaciável cobiça.
Feliz de mim que, de illusões vasia,
vou me acabando, dia a dia,
Feliz de mim que não terei mais nada
para a Morte levar.. .
Feliz de mim que, a esfallecer, diviso
um goso doce, delicioso, manso,
pois si a morte não me for o paraiso,
ha de ao menos me sêr da tortura o descanço.
do declive da vida na jornada.
- Gilka Machado, in "Estados da alma: poesias". Rio de Janeiro: Revista dos Tribunaes, 1917. (ortografia original)
Gilka Machado (fonte: Mulheres Luminosas) |
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Selo Centenário de nascimento da poetisa Gilka Machado |
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Gilka Machado |
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VÍTOR, Nestor. Os de hoje. São Paulo: Cultura Moderna, s.d., p.97-104 .
VÍTOR, Nestor. Prosa e poesia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1963, p.67-69.
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VÍTOR, Nestor. Prosa e poesia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1963, p.67-69.
Ilustração do livro "Meu Glorioso Pecado", de Gilka Machado |
“Gilka Machado ficou, e ficará, como exemplo, isolado em seu tempo, de corajosa transgressão das expectativas sociais com respeito à mulher. Feminista avant la lettre, rebelde, “selvagem”, seu grito de liberdade exibe todas as características do pionerismo, tanto mais digno de nota quanto mais se ergueu, e permaneceu longamente sonoro, num período em que rígidos preconceitos dominavam o convívio social.”
- Massaud Moisés, em “História da literatura brasileira: simbolismo”. São Paulo: Cultrix,
2001. 2.v., p. 255.
DOCUMENTÁRIO
Título: Mulheres Luminosas
Documentário. Através da vida e da obra de quatro precursoras artistas brasileiras do sexo feminino, reflete sobre a posição da mulher artista na virada do século XIX para o XX e sobre as transformações ocorridas até os dias de hoje. A maestrina Chiquinha Gonzaga, a escultora Nicolina Vaz de Assis, a pintora Georgina de Albuquerque e a poetisa Gilka Machado, são exemplos de mulheres que encararam a sociedade preconceituosa da época em que viveram, em busca de um espaço profissional nas artes. Criaram, produziram, se tornaram reconhecidas e abriram os caminhos para as seguintes gerações de mulheres artistas e para a posição da mulher na sociedade em geral.Ano: 2013
Duração: 33 min.
Ficha Técnica
Ficha Técnica
Direção e Roteiro - Pedro Pontes
Consultoria Artística - Helio Eichbauer
Produção - Mana Pontez
AssiStente de Direção - Pedro Farina
Fotografia - Guilherme Francisco, Pedro Farina, Zhai Sichen
Edição e Finalização - Antonio Porto
Som Direto, Edição de Som e Mixagem - Bernardo Adeodato
Figurino - Célia de Oliveira
Elenco
:: Antonio Guerra
:: Dedé Veloso
:: Helio Eichbauer
:: Mariana de Moraes
:: Maria Amélia da Fonseca
:: Stella Miranda
Depoimentos
:: Ana Paula Simioni
:: Bete Floris
:: Clara Sverner
:: Edinha Diniz
:: João Lúcio de Albuquerque
:: Luis Carlos de Albuquerque
:: Maria Beatriz de Albuquerque
:: Maria Lucia de Albuquerque
:: Maria de Lourdes Eleutério
:: Ruth Sprung
Realização: MAB - Multi Arte Brasil
Site Oficial: MAB
ADAPTAÇÕES
Espetáculo: "Meu Glorioso Pecado", de Gilka Machado
(Adaptação para o teatro)
Texto: No espetáculo, poesia, música, dança e linguagem teatral dialogam para dar vida à arte desbravadora e libertária da maior figura feminina representante do Simbolismo no Brasil. Neste roteiro poético, pode-se conhecer a belíssima obra de Gilka Machado, a qual abrange, com sensibilidade, questões atinentes ao indivíduo e sociedade, prazer e angústia, erotismo e repressão sexual...
Ano: 2010
Ficha Técnica
Direção, roteiro e pesquisa: Helio Zolini
Atriz: Soraya de Borba
Dançarinos: José Alves, Edmarcio Júnior, Cláudia Maria e Branca Peixoto
Músicos: Pauinho Faria e Jean Miranda
Cenotécnica: Felício Alves.
Coreógrafa e preparadora corporal: Tina Peixoto
Figurinos: Luís Otávio Brandão e Lúcio Ventania.
Preparação vocal: Mariana Nunes.
Assistência de produção: Rubi Oby.
Programação visual: Lucas dos Anjos.
Fotografia: Eliane Torino
Pintura do Painel: Eri Gomes e Homero Moraes
Local: Teatro Maçonaria, Belo Horizonte/MG
"Se é intensiva a experiência de Gilka Machado, como poetisa e mulher reivindicadora, há outras barreiras a vencer entre a militância poética e a militância doméstica. Havia uma distância, na sua época, entre o campo da sacralidade da arte e certos aspectos da vida rotineira, que o simbolismo intensifica, o modernismo desenvolve e autoras mais contemporâneas, como Adélia Prado, consumam."
- Nádia Battella Gotlib [1982]. Com dona Gilka Machado, Eros pede a palavra: poesia erótica feminina brasileira nos inícios do século XX. Polímica: Revista de Crítica e Criação. p.46-47.
OBRAS DISPONÍVEIS EM FORMATO DIGITAL NA BRASILIANA USP
Gilka Machado (1893 - 1980)
- Crystaes partidos (1915)
- A revelação dos perfumes (1916)
- Estados de alma (1917)
- Poesias: 1915-1917 (1918)
- Mulher nua (poesias) (1922)
:: Artigos, ensaios, dissertações e teses
:: Obras da autora
© A obra de Gilka Machado, é de domínio público
© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Gilka Machado - as múltiplas faces: o desejo, o amor, a angústia e a dor. Templo Cultural Delfos, maio/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Gilka Machado - as múltiplas faces: o desejo, o amor, a angústia e a dor. Templo Cultural Delfos, maio/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Elfie, querida, mais uma vez parabéns pelo belíssimo trabalho. Adorei o post, com o texto da Nádia + as inserções iconográficas, leves, bonitas. E por garimpar uma bibliografia muito boa, sobre uma artista que merece ser mais lembrada, sem dúvida. Além da poesia, naturalmente. Obrigado, bjos! andRé
ResponderExcluirOlá André,
ExcluirObrigada pelo carinho, fico feliz em saber que gostaste.
Volte sempre!
Ps. Sei que é direcionado a minha mãe, contudo tomei a liberdade de responder. :)
Abraços
Gostei muito, Gabriela. Ah sim, na verdade pensei na Elfie, mas é direcionado, na verdade, ao blogue (tu e tu mãe). Muito bonito e feito com muito carinho, um trabalho artesanal e delicado este blogue. Bjos às duas!
ResponderExcluirObrigada André!
ExcluirFicamos muito felizes em ler isso!
Abs
*correcção, "teu e de tua mãe"
ResponderExcluirtudo o que eu preciso ksks
ResponderExcluirQue texto maravilhoso e completo! Fiquei muito feliz em ser citada e em ver um trabalho de pesquisa tão consistente e aprofundado. Parabéns!
ResponderExcluirconheci a poetisa Gilka Machado através da novela das seis da globo, o pouco que comecei a conhecer de sua obra, achei muito interessante, uma mulher ousada e a frente do seu tempo. LUCIANO SOARES
ResponderExcluirboa noite. vendo e coleciono livros antigos, quando conheci os livros de gilka machado fiquei impressionado pela sua poesia, ainda mais na época que foi escrito. tenho na minha coleção a 1° edição de meu glorioso pecado 1928 de almeida torres e outro livro dela de 1928 poemas contendo o meu glorioso peccado e o grande amõr. livraria azevedo.
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