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Patativa do Assaré – o poeta do sertão

  • Patativa do Assaré - foto: Fernando Travessoni


O poeta da roça              
Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha choupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de páia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,
Da lida pesada, das roça e dos eito.
E às vez, recordando a feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com suas caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Patativa do Assaré, por (...)
Topando as visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o tôro no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo novio,
Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home,
E tomba de fome, sem casa e sem pão.

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisa do Norte.
- Patativa do Assaré, em "Cante lá que eu canto cá". [Filosofia de um trovador nordestino].. (Organização Antônio Gonçalves da Silva). 5ª ed., Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1984. (grafia original)


Antônio Gonçalves da Silva (Serra de Santana CE, 5 de março de 1909 - Assaré CE 2002). Poeta e repentista. Filho dos agricultores Pedro Gonçalves Silva e Maria Pereira Silva, muda-se com a família, pouco depois de seu nascimento, para uma pequena propriedade nas proximidades de Assaré, Ceará. Em 1910, o poeta perde parcialmente a visão do olho direito, sequela de um sarampo. Com a morte do pai, em 1917, auxilia no sustento da casa, trabalhando em culturas de subsistência e na produção de algodão. 
Frequenta a escola por apenas seis meses e descobre a literatura por meio de folhetos de cordel e de repentistas. Adquire um violão em 1925 e passa a dedicar-se à composição de versos musicados.  Viaja, em 1929, para Fortaleza e frequenta os salões literários do poeta Juvenal Galeno (1836 - 1931). Do Ceará parte para Belém, onde conhece o jornalista também cearense José Carvalho de Brito, responsável pela publicação de seus primeiros textos no jornal Correio do Ceará. Deve-se a Brito a alcunha de Patativa, utilizada pela primeira vez no capítulo que lhe dedica em seu livro O Matuto Cearense e o Caboclo do Pará.  A estreia de Assaré em livro ocorre em 1956, no Rio de Janeiro, com a publicação de Inspiração Nordestina, incentivado pelo latinista José Arraes de Alencar. Com a gravação, em 1964, de Triste Partida, por Luiz Gonzaga (1912 - 1982), e de Sina, em 1972, pelo cantor Raimundo Fagner (1949), amplia-se a visibilidade de sua obra. Em 1978, lança Cante Lá que Eu Canto Cá e se engaja na luta contra a ditadura militar. No ano seguinte, volta a morar em Assaré.
** Outras informações biográficas - acesse no link


"Ah! O sertão é... o sertão é a riqueza natural que nós temos... é o ponto melhor da vida, para quem sabe ver é o sertão, pois ali tudo o que a natureza cria, tudo que é belo, que é bom, que é puro, nós temos pelo sertão[...] o diamante antes de ser lapidado... porque o diamante só é alguma coisa depois dele ser lapidado. Aí é que ele vai brilhar[...] mas o sertão é puro, tão puro quanto o diamante antes de seu trabalho[...]"
- Patativa do Assaré, em "Patativa do Assaré – Digo e não peço segredo". (Organização e prefácio Luiz Tadeu Feitosa). São Paulo: Editora Escrituras, 2001, p. 21 e 25.


CRONOLOGIA
Patativa do Assaré, por Netto
1902 - Nasce em Serra de Santana, Ceará, no dia 5 de março, filho dos agricultores Pedro Gonçalves Silva e Maria Pereira Silva;
1910 - Perde parte da visão por conta de uma doença associada ao sarampo que ataca a córnea;
1921 - Frequenta a escola por seis meses;
1922 - Escreve seus primeiros versos;
1925 - Adquire uma viola usada e inicia a composição de versos seguindo a tradição do improviso sertanejo;
1929 - Acompanhando o primo José Montoril, viaja para Fortaleza, e de lá para Belém, onde conhece o jornalista cearense José Carvalho de Brito, responsável pela publicação de seus primeiros textos no jornal Correio do Ceará. Deve-se a ele a alcunha de Patativa, utilizada pela primeira vez no capítulo que Carvalho Brito lhe dedica no livro O Matuto Cearense e o Caboclo do Pará;
1929 - Com Mentoril, viaja para o Amapá;
1929 - Retorna para Fortaleza e frequenta os salões literários realizados na casa do poeta Juvenal Galeno (1836 - 1931);
1954 - Recita poemas de sua autoria na Rádio Araripe. Por meio desse recital, o latinista José Arraes de Alencar conhece sua obra;
1955 - Até essa data o autor não redigia seus textos, guardando-os todos na memória. O registro de seus poemas é feito por Moacir Mota, amigo de Alencar, que reside em Crato, Ceará;
1956 - Com incentivo de José Arraes de Alencar, edita no Rio de Janeiro seu primeiro livro, Inspiração Nordestina. Compõe a música Triste Partida, gravada por Luiz Gonzaga (1912 - 1989) em 1964;
1962 - No Recife, participa de uma série de recitais de poesia promovidos pela prefeitura;
1965 - Publica no jornal A Semana, periódico de Crato, o poema Caboclo Roceiro, que desagrada aos órgãos de censura do regime militar, que o intimam a depor no serviço secreto do Exército;
1970 - O poema Vaca Estrela e Boi Fubá é gravado pelo compositor Raimundo Fagner (1949);
Patativa do Assaré, por (...)
1973 - No Recife, é atropelado ao atravessar a rua e fratura a perna. Viaja para o Rio de Janeiro e lá permanece por um ano cuidando do ferimento;
1979 - O cineasta Rosemberg Cariry (1956) dirige o documentário em curta metragem Patativa do Assaré, um Poeta Camponês em Fortaleza. Grava o disco Poemas e Canções. Em Fortaleza, recebe homenagem da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, no campus da Universidade Federal do Ceará. O título de seu livro, Cante Lá que Eu Canto Cá, é usado pela entidade como mote para sua atuação no movimento pela anistia. Volta para Assaré;
1981 - Apresenta-se com o Fagner no Festival de Verão do Guarujá, São Paulo. O Banco do Estado do Ceará produz o disco Patativa do Assaré;
1982 - Participa, em Fortaleza, do show Canto Popular, realizado na Concha Acústica da Universidade Federal do Ceará;
1984 - É inaugurado em Assaré, o Centro de Cultura Popular Patativa do Assaré.  Participa das manifestações favoráveis à realização de eleições diretas no Brasil;
1984 - Em Fortaleza, Rosemberg Cariry e Jefferson Jr. dirigem  o documentário de curta metragem  Patativa do Assaré: Um Poeta do Povo;
1985 - Lança o disco Patativa do Assaré;
1988 - Submete-se a uma cirurgia de transplante de córnea na cidade de Campinas, São Paulo;
1989 - Lança o disco Canto Nordestino. Apresenta-se em dois shows em São Paulo, o primeiro com Théo Azevedo, no Memorial da América Latina, e o outro com Fagner, no Teatro das Nações;
1991 - Com seu sobrinho Geraldo Gonçalves, organiza o livro Balseiros, com poemas de sua autoria e de diversos outros autores assareenses
Patativa do Assaré, por (...)
1995 - Em cerimônia realizada em Fortaleza, é homenageado com a Medalha José de Alencar, oferecida pelo presidente da república; Fernando Henrique Cardoso. É lançado o disco Patativa do Assaré: 85 Anos de Poesia;
1995 - A Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, publica uma coletânea de textos em homenagem ao poeta intitulada Aqui Tem Coisa;
1995 - Em Fortaleza, Plácido Cidade Nuvens, publica o ensaio Patativa e o Universo Fascinante do Sertão;
1999 - É inaugurado em Assaré o Memorial Patativa do Assaré;
2001 - Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Regional de Cariri, da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Tiradentes de Sergipe;
2002 - As fundações Demócrito Rocha e Raimundo Fagner relançam, em CD, os discos gravados pelo artista;
2002 - Morre na cidade de Crato, no dia 8 de julho.


"Aqui de longínqua serra / De Camões o que direi? / Quer na paz ou quer na guerra / que ele foi grande eu bem sei / exaltou a sua terra mais do que seu próprio rei / e por isso é sempre novo no coração do seu povo / e eu, que das coisas terrestres tenho bem poucas noções / porque no tive dos mestres as preciosas lições / só tenho flores silvestres pra coroa de Camões / veja a minha pequenez ante o bardo português."
- Patativa do Assaré, em "Patativa do Assaré – Digo e não peço segredo". (Organização e prefácio Luiz Tadeu Feitosa). São Paulo: Editora Escrituras, 2001, p. 20.


Patativa do Assaré, por Walber Benevídes
PRÊMIOS E TÍTULOS
1982 - Diploma de “Amigo da Cultura”, outorgado pela Secretaria da Cultura do Estado, pela “decidida atuação a favor do aprimoramento cultural do Ceará”;
1982 - Cidadão de Fortaleza, título aprovado pela Câmara Municipal;
1987 - Medalha da Abolição, pelos “relevantes serviços prestados ao Estado”;
1989 - Doutor Honoris Causa pela Universidade Regional de Cariri – Cariri/CE;
1995 - Prêmio do Ministério da Cultura na categoria Cultura Popular entregue pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso no Teatro José de Alencar, Fortaleza/CE;
1998 - Medalha Francisco Gonçalves de Aguiar, do Governo do Estado do Ceará, outorgada pela Secretaria de Recursos Hídricos, em 22 de maio;
1999 - Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Ceará - UECE;
1999 - Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Ceará - UFC;
1999 - Prêmio Unipaz, VII Congresso Holístico Brasileiro, Fortaleza, dia 20 de outubro;
2000 - Cidadão do Rio Grande do Norte;
2000 - Doutor Honoris Causa da Universidade Tiradentes, de Sergipe;
2001 - Troféu “Sereia de Ouro”, do Grupo Edson Queiroz, no Memorial Patativa do Assaré, dia 28 de setembro;
2002 - Prêmio FIEC, "Artista do Turismo Cearense", Fortaleza;
Patativa do Assaré - Foto: Antonio Vicelmo
2003 - Prêmio UniPaz, V Congresso Holístico de Crianças e Jovens, Fortaleza;
2004 - Cidadão Empreendedor, da Escola de Formação de Empreendedores Sociais - EFESO;
2004 - Troféu MST, homenageado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra;
2005 - Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa;
2005 - Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró, Rio Grande do Norte.


HOMENAGENS
1989 - Inauguração da rodovia “Patativa do Assaré”, com 17 km, ligando Assaré a Antonina do Norte;
1991 - Enredo da Escola Acadêmicos do Samba, de Fortaleza/CE;
1999 - Inauguração do Memorial Patativa do Assaré – Assaré/CE;
2005 - Inauguração da Biblioteca Pública Patativa do Assaré, Piauí;
2005 - Inauguração da Biblioteca Municipal Patativa do Assaré, Vila Nova, Piauí.

"Patativa é certamente um dos grandes poetas populares brasileiros."
- Ariano Suassuna



Patativa do Assaré - Foto: (...)

"Mudei para cá por causa do estudo dos meus netos. Meus filhos todos pobres, com o estado financeiro muito fraco, viu? E eu que tinha mais jeito, passei para o Assaré para que os meninos estudassem, ficassem lendo e escrevendo. [...] Por que o analfabetismo é até um crime, é uma tristeza. rapaz, o analfabetismo é, é uma tristeza, é um crime."
- Patativa do Assaré, em "Patativa do Assaré: as razões da emoção: capítulo de uma poética sertaneja", de Cláudio Henrique Sales Andrade. Fortaleza: UFC; São Paulo: Nankim, 2003. p. 59.


OBRA DE PATATIVA DO ASSARÉ
[primeiras edições]
Poesia
Patativa do Assaré, por Glauco
Inspiração nordestina. Rio de Janeiro, Borsoi Editor, 1956.
Inspiração nordestina: cantos do Patativa. Rio de Janeiro, Borsoi Editor, 1967.
Patativa do Assaré: novos poemas comentados., por José de Figueiredo Filho, Fortaleza: Imprensa Universitária, 1970.
Cante lá que eu canto cá. [Filosofia de um trovador nordestino].. (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1978.
Ispinho e Fulô. (Organização Antônio Gonçalves da Silva; edição Rosemberg Cariry). Fortaleza: IOCE, 1988; Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1990.
Cordéis do Patativa [caixa com 13 folhetos]. Juazeiro do Norte, Lira Nordestina: Edição Secult, apoio da Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, 1993.
Aqui tem coisa. Fortaleza: Secult/IOCE, 1994.
Biblioteca de cordel: Patativa do Assaré. (Organização Sylvie Debs). 2000.
Patativa do Assaré - Antologia Poética. (Organização Francisco Gilmar Cavalcante de Carvalho). Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001.
Melhores poemas de Patativa do Assaré. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de Janeiro: Global Editora, 2006, 384p.
Cordéis e outros poemas. (Organização Francisco Gilmar Cavalcante de Carvalho). Fortaleza: Editora UFCE, 2008.


Memória e biografia
Folheto de cordel, arte Carlus
Patativa do Assaré – Digo e não peço segredo. (Organização e prefácio Luiz Tadeu Feitosa). São Paulo: Editora Escrituras, 2001, 134p.


Miscelânea
O Poeta do Povo. Vida e Obra do Patativa do Assaré. [reúne obras inéditas, um ensaio fotográfico e um CD encartado com poemas recitados por ele e entrevistas].. (Organização Assis Angelo).  São Paulo: Ed. CPC-UMES, 1999.


Patativa e outros poetas de Assaré
Balceiro. Patativa e outros Poetas de Assaré. (Organização Patativa do Assaré e Geraldo Gonçalves de Alencar; e edição de Rosemberg Cariry). Fortaleza, SECULT/IOCE, 1991.
Balceiro 2. Patativa e outros Poetas de Assaré. (Organização Patativa do Assaré e Geraldo Gonçalves de Alencar São Paulo: Terceira Margem/ Fortaleza: Secult., 2001.


Em parceria
Folheto de cordel, arte (...) 
Ao pé da mesa, motes e glosas. (Patativa do Assaré e Geraldo Gonçalves de Alencar). São Paulo: Terceira Margem/ Fortaleza: Secult., 2001.


Antologias e coletâneas (participação)
Nordestinos. [Coletânea poética do Nordeste brasileiro].. (Organização Pedro Américo de Farias). Lisboa, Editorial Fragmentos, 1994.
Letras ao Sol. [Antologia da Literatura Cearense].. (Organização Osvald Barroso e Alexandre Barbalho). Fortaleza, Fundação Demócrito Rocha, 1998.
Poésie du Nordeste du Brésil  [Coletânea de poetas eruditos e populares cearenses].. (tradução Jean-Pierre Rousseau e ilustrações de José Leite Mesquita). Pairs/França: Edição Cahiers Bleus, 2002.


"Eu sou de uma terra que o povo padece 

Mas nunca esmorece, procura vencê, 
Da terra adorada, que a bela caboca 
De riso na boca zomba no sofrê. 

Não nego meu sangue, não nego meu nome, 

Olho para fome e pergunto: o que há? 
Eu sou brasilêro, fio do Nordeste, 
Sou cabra da peste, sou do Ceará." 
- Patativa do Assaré, do poema " Sou cabra da peste", em “Melhores poemas de Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de Janeiro: Global Editora, 2006, p. 159.
  
 Triste partida, composição de Patativa do Assoré, musica de Luiz Gonzaga
interpretação Luiz Gonzaga


"Patativa é a grande voz da poesia brasileira de todos os tempos. E não adianta querer enquadrá-lo em rótulos menores, como poeta popular, sertanejo, camponês. Sua voz, ativa, sonora e contundente, rompe as barreiras das divisões arbitrárias impostas pels preconceitos de parte da crítica e de alguns leitores. Herdeiro de uam tradição que se perfaz na voz, Patativa atualiza uma tradição que vem de Homero, Tirésias, Cego Aderaldo e faz uma poesia que não perde de vista a denúncia social (sem fazer disso manifesto) e se inscreve no telúrico, no amor, numa poesia que eu chamaria de cidadã." 

- Gilmar de Carvalho

Patativa do Assaré - Foto: (...)


POEMAS ESCOLHIDOS DE PATATIVA DO ASSARÉ

A Verdade e a mentira...
Foi a verdade e a mentira
Nascida no mesmo dia,
A verdade, no chão duro
Porque nada possuía
E a mentira por ser rica
Nascer na cama macia
E por causa disto mesmo
Criou logo antipatia,
Não gostava da verdade,
Temendo a sua energia,
Pois onde a mentira fosse
A verdade também ia
O que a mentira apoiava
A verdade não queria
O que a mentira formava
A verdade desfazia,
O segredo da mentira
A verdade descobria,
E a mentira esmorecendo
Vendo que não resistia
Patativa do Assaré - Foto: (...)
Chamou depressa o dinhêro
Para sua companhia,
Levou o dinhêro com ele
A inveja, a hipocrisia,
A ambição, a calúnia,
O orgulho, o crime e a ironia,
A soberba e a vaidade
Que são da mesma famia
E fizeo um tal fofó
Um ingôdo, uma ingrizia
Que a verdade pelejava
Pra desmanchá e não podia
E a mentira aposentou-se
Com esta grande quadria.
Depois, casou-se o dinherô
Com a sua prima anarquia
E com quatro ou cinco mês
Dela nasceu uma fia,
Caçaro logo os padrinho
Mas no mundo não havia
Satanaz com a mãe dele
Lhe apresentaro na pia
E com todo atrevimento
Com toda demagogia
Caçaro um nome bonito
Na sua infernal cartia
E dissero: essa menina
Se Chama democracia,
Tudo se danou de quente
E a verdade ficou fria.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1990. (grafia original)



Amanhã
Amanhã, ilusão doce e fagueira,
Linda rosa molhada pelo orvalho:
Amanhã, findarei o meu trabalho,
Amanhã, muito cedo, irei à feira.

Desta forma, na vida passageira,
Como aquele que vive do baralho,
Um espera a melhora no agasalho
E outro, a cura feliz de uma cegueira.

Com o belo amanhã que ilude a gente,
Cada qual anda alegre e sorridente,
Como quem vai atrás de um talismã.

Com o peito repleto de esperança,
Porém, nunca nós temos a lembrança
De que a morte também chega amanhã. 
- Patativa do Assaré, em “Melhores poemas de Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de Janeiro: Global Editora, 2006.



Caboclo roceiro              
Patativa do Assaré - Foto: (...)
Caboclo Roceiro, das plagas do Norte
Que vive sem sorte, sem terra e sem lar,
A tua desdita é tristonho que canto,
Se escuto o meu pranto me ponho  a chorar

Ninguém te oferece um feliz lenitivo
És rude e cativo, não tens liberdade.
A roça é teu mundo e também tua escola.
Teu braço é a mola que move a cidade

De noite tu vives na tua palhoça
De dia na roça de enxada na mão
Julgando que Deus é um pai vingativo,
Não vês o motivo da tua opressão.

Tu pensas, amigo, que a vida que levas
De dores e trevas debaixo da cruz
E as crises constantes, quais sinas e espadas
São penas mandadas por nosso Jesus

Tu és nesta vida o fiel penitente
Um pobre inocente no banco do réu.
Caboclo não guarda contigo esta crença
A tua sentença não parte do céu.

O mestre divino que é sábio profundo
Não faz neste mundo teu fardo infeliz
As tuas desgraças com tua desordem
Não nascem das ordens do eterno juiz

A lua se apaga sem ter empecilho,
O sol do seu brilho jamais te negou
Porém os ingratos, com ódio e com guerra,
Tomaram-te a terra que Deus te entregou

De noite tu vives na tua palhoça
De dia na roça, de enxada na mão
Caboclo roceiro, sem lar, sem abrigo,
Tu és meu amigo, tu és meu irmão.
- Patativa do Assaré, em “Melhores poemas de Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de Janeiro: Global Editora, 2006.


Desilusão
Patativa do Assaré - Foto: (...)
Como a folha no vento pelo espaço
Eu sinto o coração aqui no peito,
De ilusão e de sonho já desfeito,
A bater e a pulsar com embaraço.

Se é de dia, vou indo passo a passo
Se é de noite, me estendo sobre o leito,
Para o mal incurável não há jeito,
É sem cura que eu vejo o meu fracasso.

Do parnaso não vejo o belo monte,
Minha estrela brilhante no horizonte
Me negou o seu raio de esperança,

Tudo triste em meu ser se manifesta,
Nesta vida cansada só me resta
As saudades do tempo de criança.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e Fulô", Ceará: UECE/Prefeitura Municipal de Assaré, 2001, p. 182. (grafia original)



Dois quadros
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terra do Sul.

De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.

A grama no campo não nasce, não cresce:
Outrora este campo tão verde e tão rico,
Agora é tão quente que até nos parece
Um forno queimando madeira de angico.

Na copa redonda de algum juazeiro
A aguda cigarra seu canto desata
E a linda araponga que chamam Ferreiro,
Martela o seu ferro por dentro da mata.

O dia desponta mostrando-se ingrato,
Um manto de cinza por cima da serra
E o sol do Nordeste nos mostra o retrato
De um bolo de sangue nascendo da terra.

Porém, quando chove, tudo é riso e festa,
O campo e a floresta prometem fartura,
Escutam-se as notas agudas e graves
Do canto das aves louvando a natura.

Alegre esvoaça e gargalha o jacu,
Apita o nambu e geme a juriti
E a brisa farfalha por entre as verduras,
Beijando os primores do meu Cariri.

Patativa do Assaré - Foto: (...)
De noite notamos as graças eternas
Nas lindas lanternas de mil vagalumes.
Na copa da mata os ramos embalam
E as flores exalam suaves perfumes.

Se o dia desponta, que doce harmonia!
A gente aprecia o mais belo compasso.
Além do balido das mansas ovelhas,
Enxames de abelhas zumbindo no espaço.

E o forte caboclo da sua palhoça,
No rumo da roça, de marcha apressada
Vai cheio de vida sorrindo, contente,
Lançar a semente na terra molhada.

Das mãos deste bravo caboclo roceiro
Fiel, prazenteiro, modesto e feliz,
É que o ouro branco sai para o processo
Fazer o progresso de nosso país.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1990. (grafia original)



Flores murchas               
Depois do nosso desejado enlace
Ela dizia, cheia de carinho,
Toda ternura a segredar baixinho:
— Deixa, querido, que eu te beije a face!

Ah! se esta vida nunca mais passasse!
Só vejo rosas, sem um só espinho;
Que bela aurora surge em nosso ninho!
Que lindo sonho no meu peito nasce!

E hoje, a coitada, sem falar de amor,
Em vez daquele natural vigor,
Sofre do tempo o mais cruel carimbo.

E assim vivendo, de mazelas cheia,
Em vez de beijo, sempre me aperreia
Pedindo fumo para o seu cachimbo.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1990. (grafia original)


Minha viola
Minha viola querida,
Certa vez, na minha vida,
De alma triste e dolorida
Resolvi te abandonar.
Porém, sem as notas belas
De tuas cordas singelas,
Vi meu fardo de mazelas
Cada vez mais aumentar.

Vaguei sem achar encosto,
Correu-me o pranto no rosto,
O pesadelo, o desgosto,
E outros martírios sem fim
Me faziam, com surpresa,
Ingratidão, aspereza,
E o fantasma da tristeza
Patativa do Assaré - Foto: (...)
Chorava junto de mim.

Voltei desapercebido,
Sem ilusão, sem sentido,
Humilhado e arrependido,
Para te pedir perdão,
Pois tu és a jóia santa
Que me prende, que me encanta
E aplaca a dor que quebranta
O trovador do sertão.

Sei que, com tua harmonia,
Não componho a fantasia
Da profunda poesia
Do poeta literato,
Porém, o verso na mente
Me brota constantemente,
Como as águas da nascente
Do pé da serra do Crato.

Viola, minha viola,
Minha verdadeira escola,
Que me ensina e me consola,
Neste mundo de meu Deus.
Se és a estrela do meu norte,
E o prazer da minha sorte,
Na hora da minha morte,
Como será nosso adeus?

Meu predileto instrumento,
Será grande o sofrimento,
Quando chegar o momento
De tudo se esvaicer,
Inspiração, verso e rima.
Irei viver lá em cima,
Tu ficas com tua prima,
Cá na terra, a padecer.

Porém, se na eternidade,
A gente tem liberdade
De também sentir saudade,
Será grande a minha dor,
Por saber que, nesta vida,
Minha viola querida
Há de passar constrangida
Às mãos de outro cantor.
- Patativa do Assaré, em “Melhores poemas de Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de Janeiro: Global Editora, 2006.


               
O peixe              
 Tendo por berço o lago cristalino,
Folga o peixe, a nadar todo inocente,
Medo ou receio do porvir não sente,
Pois vive incauto do fatal destino.

Se na ponta de um fio longo e fino
A isca avista, ferra-a insconsciente,
Ficando o pobre peixe de repente,
Preso ao anzol do pescador ladino.

O camponês, também, do nosso Estado,
Ante a campanha eleitoral, coitado!
Daquele peixe tem a mesma sorte.

Antes do pleito, festa, riso e gosto,
Depois do pleito, imposto e mais imposto.
Pobre matuto do sertão do Norte!
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1990. (grafia original)



Saudade
Patativa do Assaré - Foto: (...)
Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.

Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente.

A saudade é jardineira
Que planta em peito qualquer
Quando ela planta cegueira
No coração da mulher,
Fica tal qual a frieira
Quanto mais coça mais quer.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e Fulô", Ceará: UECE/Prefeitura Municipal de Assaré, 2001, p. 138. (grafia original)



Sina
Eu venho desde menino
Desde muito pequenino
Cumprindo o belo destino
Que me deu Nosso Senhor
Ilustração (...)

Não nasci pra ser guerreiro
Nem infeliz estrangeiro
Eu num me entrego ao dinheiro
Só ao olhar do meu amor

Carrego nesses meus ombros
O sinal do Redentor
E tenho nessa parada
Quanto mais feliz eu sou

Eu nasci pra ser vaqueiro
Sou mais feliz brasileiro
Eu num invejo dinheiro
Nem diploma de doutor
- Patativa do Assaré (musicado e gravado por Fagner)



Vida sertaneja
Sou matuto sertanejo,
Daquele matuto pobre
Que não tem gado nem quêjo,
Nem ôro, prata, nem cobre.
Sou sertanejo rocêro,
Eu trabaio o dia intêro,
Que seja inverno ou verão.
Minhas mão é calejada,
Minha péia é bronzeada
Da quintura do sertão.

Por força da natureza,
Sou poeta nordestino,
Porém só canto a pobreza
Do meu mundo pequenino.
Eu não sei cantá as gulora,
Também não canto as vitora
Dos herói com seus brasão,
Nem o má com suas água...
Só sei cantá minhas mágua
E as mágua de meus irmão.

Canto a vida desta gente
Que trabaia inté morrê
Sirrindo, alegre e contente,
Sem dá fé do padecê,
Desta gente sem leitura,
Que, mesmo na desventura,
Se sente alegre e feliz,
Sem nada sabê na terra,
Sem sabê se existe guerra
De país cronta país.

Eu canto o forte cabôco,
De gibão e chapéu de côro,
Que, com corage de lôco,
Infrenta a raiva do tôro
Com um agudo ferrão.
E das noite de São João
Eu canto as bela foguêra
Com seu fogo milagroso,
Segredo misterioso
Das moça casamentêra.

Eu canto o sertão querido,
A fonte dos meus poema,
Onde se iscuta o tinido
Do grito da sariema
E onde o sertanejo véio
Observa os Evangéio
E nas noite de luá,
Sirrindo, alegre e ditoso,
Conta istora de Trancoso
Para o seu neto iscutá.

Sou sertanejo e me gabo
De já tê visto o vaquêro,
Atrás do novio brabo
Atravessá o tabulêro.
Amo a vida camponesa,
Nunca invejei a beleza
E a fantasia da praça.
Eu sou irmão do cabôco,
Que ri, que zomba e faz pôco
Da sua própia desgraça.

Cabôco que não cubiça
Riqueza nem posição
E nem aceita a maliça
Morá no seu coração.
Cabôco que, nesta vida,
Além da sua comida,
O que mais estima e qué,
É a paz, a honra e o brio,
O carinho de seus fio
E a bondade da muié.

O que mais preza e percura
O matuto camponês
É não quebrá sua jura,
Que, no casamento, fez.
Sem enfado e sem preguiça,
Quando vai uvi a missa,
De paz, amô e alegria,
Leva o seu coração cheio,
Prumode uvi os consêio
Do padre da freguezia.

Patativa do Assaré - Foto: (...)
E assim, na sua peleja,
Com a famia que tem,
Não inveja nem deseja
O gozo de seu ninguém.
Mas, por infelicidade,
Cronta seu gosto e vontade,
Munta vez, o pobre vê
A muié morrê de parto,
Gemendo dentro de um quarto,
Sem ninguém lhe socorrê.

Morre aquela criatura,
Depois, a pobre coitada,
No rumo da sepultura,
Vai numa rêde imbruiada.
Um adjunto de gente,
Uns atrás, ôtros na frente,
Num apressado rojão,
Quando um sorta, o ôtro pega:
É assim que se carrega
Morto pobre, no sertão.

Fica, o viúvo, coitado!
De arma triste e dilurida,
Para sempre separado
Do mió de sua vida,
Mas, porém, não percebeu
Que a sua muié morreu,
Só por fartá um dotô.
E, como nada conhece,
Diz, rezando a sua prece:
Foi Deus que ditriminou!

Pensando assim desta forma,
Resignado, padece;
Paciente, se conforma
Com as coisa que acontece.
Coitado! Ignora tudo,
Pois ele não tem estudo,
Também não tem assistença.
E por nada conhecê
Em tudo o camponês vê
O dedo da Providença.

Capa do livro Antologia Poética
Só a coisa que o matuto
Conhece, repara e vê
É tê que pagá tributo
Sem ninguém lhe socorrê,
É derramá seu suó,
Com paciença de Jó,
Mode botá seu roçado,
Esperto, forte e disposto
E tê que pagá imposto
Sem ninguém tê lhe ajudado.

Às vez, alegre e contente,
Quanto é tempo de fartura,
Ele diz pra sua gente:
Nossa safra tá segura!
Mas, de repente, intristece,
Pruquê magina e conhece
Que os home de posição
Só óia para o seu rosto
Pra ele pagá imposto
Ou votá nas inleição.

Quando aparece um sujeito,
De gravata e palitó,
Todo alegre e sastifeito,
Como quem caça xodó,
O matuto experiente
Repara pra sua gente
E, sem tê medo de errá,
Diz, com um certo desgosto:
<
Ou pedi pra nóis votá>>
- Patativa do Assaré, em "Cante lá que eu canto cá". [Filosofia de um trovador nordestino].. (Organização Antônio Gonçalves da Silva). 5ª ed., Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1984. (grafia original)


Patativa do Assaré - Foto: Guy Veloso (2001)


FORTUNA CRÍTICA DE PATATIVA DO ASSARÉ
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SILVA, Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda Medeiros. A voz do milho abandonado: A voz de Patativa do Assaré. In: Juarez Nogueira Lins; Marineuma de Oliveira Costa Cavalcanti. (Org.). Estudos de Linguagens em Interação: Língua, Lingüística, Literatura e Ensino. Recife-PE: Livro Rápido, 2007, v. , p. 81-89.
SILVA, Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda Medeiros. Do Nordeste brasileiro para o mundo: o canto poético de um Patativa intercultural. In: Sébastien Joachim. (Org.). II Cidadania Cultural - Diversidade cultural, linguagens e identidades. Recife/PE: Elógica Livro Rápido, 2007, v. II, p. 637-647.
SILVA, Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda Medeiros. Literatura Popular e Patativa do Assaré: a poesia matuta enquanto reflexo da vida no mato. In: Rosilda Alves Bezerra; Juarez Nogueira Lins; Carlos Alberto de Negreiro. (Org.). Literatura e outras linguagens. 1ª ed., Natal: Livro Rápido, 2007, v. 1, p. 108-119.
SILVA, Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda Medeiros. O local da memória e da literatura de testemunho na poesia de Patativa do Assaré. In: Juarez Nogueira Lins; Rosilda Alves Bezerra; Carlos Alberto de negreiro. (Org.). Linguagem e Discussões Culturais. 1ª ed., Olinda/PE: Livro Rápido, 2006, v. III, p. 222-236.
SOUSA, Vicente Jurandy Temóteo de. Balceiro III - Patativa e outros poetas do Assaré. 1ª ed., Crato - CE, 2003. 140p.
SOUSA, Vicente Jurandy Temóteo de. Conversando com o Patativa. [Entrevista]. A Província, Crato-CE, v. 10, p. 157 - 161, 04 dez. 1995.
SOUSA, Vicente Jurandy Temóteo de. Conversando com Patativa. A Província, Crato-CE, v. 15, p. 50 - 52, 15 abr. 1998.
SOUSA, Vicente Jurandy Temóteo de. Patativa, o poeta maior.. A Província, Crato-CE, v. 9, p. 118 - 129, 7 dez. 1995.

 
Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré


DISCOGRAFIA DE PATATIVA DO ASSARÉ

Luiz Gonzaga – Triste Partida – 1964.
Raimundo Fagner – “Manera Fru-Fru”, 1972 (faixa Sina), parceria com Fagner e Ricardo Bezerra.
Patativa do Assaré – Poemas e Canções, 1979.
Raimundo Fagner – “Raimundo Fagner” 1980 (faixa Vaca Estrela e Boi Fubá).
Quinteto Agreste – (Seu dotô me conhece) - Compacto em vinil com a música vencedora do 1 Festival Credimus da Canção, parceria de Patativa do Assaré com Mário Mesquita, 1980.
Massafeira Livre. Patativa do Assaré, disco 1, lado B (faixa “Senhor Doutor”), gravado ao vivo no Theatro José de Alencar, em 1979. lançado pela CBS, 1980.
Patativa do Assaré – “A Terra é Naturá”, produção de Raimundo Fagner. Gravadora CBS, 1981.
Som Brasil - Participação de Patativa do Assaré, gravada ao vivo no Programa Som Brasil, dia 30 de novembro de 1981.
Quinteto Agreste – “Quinteto Agreste” (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
 Patativa do Assaré – “Patativa do Assaré”, 1985 (Projeto Cultural do BEC).
Criação coletiva – “Seca D’Água”, 1985, a partir de poema de Patativa, interpetada por grandes nomes da música popular brasileira. Produção de Fagner.
Patativa do Assaré, por Arievaldo
Alcymar Monteiro – “Rosa dos Ventos”, 1987 (faixa “Sofreu”).
Patativa do Assaré – “Canto Nordestino”, Produzido por Rosemberg Cariry, 1989.
Patativa do Assaré – “80 anos de Luz” 1989.
Joãozinho do Exu – “Lembrando você”, 1983 (faixa – “A natureza chora”).
 Patativa do Assaré – “85 anos de poesia”, 1994.
José Fábio – “José Fábio”, 1994 (faixas “Vaca Estrela e Boi Fubá”, “Menino de Rua”, “Lamento de um nordestino” e “Estrada da minha vida”).
Mastruz com Leite – “O Boi Zebu e as Formigas” 1995 (faixa título).
Sérgio Reis – “Marcando Estrada”, 1995 (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Cícero do Assaré – “Meu passarinho meu amor”, 1996 (faixas “Meu passarinho meu amor” e “Lamento de um nordestino”).
Mastruz com Leite – “Em todo canto tem cearense, inclusive neste cd” (faixa “Sem Terra”). Fortaleza.
Fagner – “20 Super Sucessos II” (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Pena Branca e Xavantinho – “Cio da Terra”, 1996 faixa (“Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Gildário – “Sou Nordestino” (faixas “Saudade”, “Tenha pena de quem tem pena”, “Assaré Querido” e “Sou Nordestino”).
Cláudio Nucci e Nós & Voz – “É boi” (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Alcymar Monteiro – “3º Circuito de Vaquejadas”, 1997 (faixas “Ingém de Ferro” e “Nordestino sim, nordestino não”).
Renato Texeira e Pena Branca e Xavantinho – “Ao Vivo em Tatuí” (faixa “vaca Estrela e Boi Fubá”).
Gildário – “Agora” (faixas “A tristeza”, “Saudação a Juazeiro”, “Morena e Mastruz com Leite”).
Baby Som – “Quente e Arrochado – volume 2” (faixa “Ao rei do baião”).
Alcymar Monteiro – “Eterno Moleque” (faixa “Minha Viola”).
Daúde – “Daúde”( faixa “Vida Sertaneja”).
Abidoral Jamacaru – “O Peixe”, 1997 (faixa título).
Simone Guimarães – “Cirandeiro”, 1997 (faixa “Sina”).
Cantorias e Cantadores 2 – Pena Branca e Xavantinho (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”). Kuarup Discos, s/d.
José Fábio – “José Fábio canta Patativa do Assaré”, 1998.
Notícias do Brasil – Myrlla Muniz canta “Casinha de Palha”. Cariri Discos. Fortaleza/Brasília - 2007.
Caixa do Patativa. [Músicas e poemas de Patativa]. Interpretados por: Téti, Fernando Néri, Abdoral Jamacaru, Gildário, Cícero de Assaré, Myrlla Muniz, Calé Alencar, Gylmar Chaves, Cainã Cavalcante, Edmar Gonçalves, Palhoça das Artes, Banda de Pífanos dos Irmãos Aniceto, Pingo de Fortaleza, Pachelly Jamacaru, Ricardo Guilherme, Quinteto violado, Geraldo Amâncio, Zé Maria de Fortaleza, Quarteto Musiart. Produção: Calé Alencar e Gylmar Chaves. Realização: Cariri Discos e Equatorial Produções. Fortaleza – 1999.

 A morte de Nanã, recitado por Patativa do Assaré

 
(...) e Patativa do Assaré, no sertão

FILMOGRAFIA
Filme: Patativa do Assaré – Um Poeta do povo
Sinopse: No sertão do Cariri, próximo a serra de Santana no município de Assaré, interior do Ceará, vive a legendária figura do poeta popular Patativa do Assaré. Sua obra poética oferece incomparável contribuição ao estudo de problemas humanos que pretenda uma abordagem compreensiva da realidade do sertão nordestino. Sua poesia, do ponto de vista do conteúdo social, reflete todo o mundo visionário e fantasmagórico do sertanejo.Pode-se identificar perfeitamente uma cosmovisão ou ideologia sertaneja, desapontada com a modernização, sedenta de justiça, marcada pela saudade. O poema em que decanta o antigo engenho de pau, rangedor, bucólico e injuria o moderno engenho de ferro, a motor, elétrico, expressa muito bem esta visão, mais desapontada que nostálgica. Além da visão dos dois mundos subsistentes nos mitos sertanejos, o rural e o urbano, Patativa apresenta claramente as crenças, os valores e os ideais de uma época e de uma região. O Poeta da roça capta e descreve, com aguda perspicácia, a realidade social em toda a sua abrangência. Brasil de baixo e Brasil de cima expressa com vigor, toda esta sensibilidade. Na linguagem espontânea do povo, Patativa aborda o problema brasileiro numa simplificada interpretação sociológica. Não apenas na candura lírica do seu telurismo acentuado, mas numa configuração social bem delineada. Na sensibilidade descritiva, aponta na combinação das variáveis componentes do quadro atual, a preponderância da estrutura agrária, denunciada no poema Eu Quero como responsável pela situação precária do camponês. O filme diz a poesia do Patativa, das suas dores e de suas esperanças como homem sertanejo, nordestino e brasileiro.
Ficha técnica
Formato: 16mm e 35mm
Patativa do Assaré, por (...)
Ano/Local: 1984 – Fortaleza/CE e Distrito Federal/DF
Duração: 17 min.
Roteiro, argumento e direção: Jefferson Albuquerque Jr., Rosemberg Cariri
Ténico de som: Lia Camargo
Fotografia: Hermano Penna
Montagem: Márcio Curi
Trilha sonora: Eliza de Alencar, Malas e Bagagens
Produção: Armando Lacerda, Cariri Produções e Comunicação Ltda, Firmino Holana, Gil Granjeiro, Jefferson Albuquerque Jr., José Roberto França, Pronasec – Rural, Seps/Mec, Reinaldo Dantas, Roberto de Azevedo.
Prêmios
. Melhor Filme (Juri popular) Melhor Som e Menção Honrosa (Juri oficial) no Festival do Filme Brasiliense, 2, 1984, Brasília - DF;
. Prêmio Paulo Emílio Salles Gomes;
. Prêmio da Universidade Federal da Bahia;
. Menção Honrosa na Jornada Brasileira de Curta-Metragem, 13, 1984, Cachoeira - BA.


Filme: Patativa do Assaré
Formato: Vídeo documentário
Ano/Local: 1984 – Fortaleza/CE
Realização: Estudantes de comunicação Social da UFC.
Produção TV Educativa.


Filme: Seca D’Água
Criação coletiva
Formato: Video Clip a partir de poema de Patativa.
Ano/Local: 1985 - Rio de Janeiro /RJ.
Canção interpretada por grandes nomes da música popular brasileira.
Produção Raimundo Fagner.


Patativa do Assaré, por (...)
Filme: O Vôo da Patativa
Formato: Vídeo, média metragem
Ano/Local: 1995 – Fortaleza/CE
Roteiro: Oswald Barroso
Direção e fotografia: Ronaldo Nunes
Realização e produção: TV Ceará.


Filme: Patativa do Assaré – Um poeta Camponês
Formato: Super 8
Ano/Local: 1999 – Fortaleza/CE
Duração: 42 min.
Direção: Rosemberg Cariry
Fotografia: Luiz Carlos Salatiel, Rosemberg Cariry e Jackson Bantim
Produção: José Wilton Dedê e João Teófilo Pierre


Filme: Patativa
Sinopse: Vida e obra de Patativa do Assaré - a trajetória desse homem, personagem, mito, poeta embevecido pela compreensão crítica do mundo.
Documentário e desenho animado
Ficha técnica
Formato/cor: 35mm, colorido
Ano/Local: 2001 – Fortaleza/CE
Duração: 10 min
Direção: Ítalo Maia
Produção: Guirlanda de Castro
Fotografia: Fernando Micelo, Roberto Iuri
Roteiro: Guirlanda de Castro, Ítalo Maia, Quiá Rodrigues
Edição: Flavio Zihel
Som Direto: Lênio Oliveira
Direção de Arte: Quiá Rodrigues
Animação: André Dias, Ítalo Maia, Paulo Ítalo, Quiá Rodrigues, Ricardo Juliani
Trilha original: Adauto Oliveira


Patativa do Assaré, por (...)
Filme: Assaré – Sertão da Poesia
 Vídeo documentário
 Média metragem.
Ano/local: 2000 – São Paulo/SP
Realização: TV Cultura de São Paulo


Filme: Romance da Terra da Água
Documentário
Ano/local: 2001 - Paris/França
Formato/cor: 35mm, colorido
Direção: Jean Pierre Duret
 Produção: Andréa Santana


Filme: Antonio Gonçalves da Silva, a trajetória
Vídeo documentário
Média metragem
Ano/Local: 1997 – Crato/CE
Direção: Jackson Oliveira Bantim


Filme: Patativa do Assaré – Ave Poesia
(Patativa of the Assaré - Bird Poetry)
Sinopse: A vida e a obra do poeta Patativa do Assaré, a relevância dos seus poemas, o significado político dos seus atos e a sua imensa contribuição à cultura brasileira. Dono de um ritmo poético de musicalidade única, mestre maior da arte da versificação e com um vocabulário que vai do dialeto da língua nordestina aos clássicos da língua portuguesa, Patativa do Assaré é a síntese do saber popular versus saber erudito. Patativa do Assaré consegue, com arte e beleza, unir a denúncia social com o lirismo. Aço e rosa. Quem lê ou escuta a poesia de Patativa do Assaré pensa, emociona-se e conscientiza-se do mundo, porque na sua poesia estão presentes todas as lutas e esperanças do povo; estão reunidas palavras e idéias que se erguem com a dignidade guerreira dos justos, contra todas as formas de obscurantismos e de exploração do homem. No ano de 2001, Patativa do Assaré foi escolhido como um dos mais importantes cearenses do século XX.
Ficha técnica
Formato: Longa-metragem/Documentário
Ano/Local: 2007 - Fortaleza/CE
Cor e P&B.
Duração: 84 min.
Roteiro, Direção e Montagem: Rosemberg Cariry
Produção Executiva: Petrus Cariry e Teta Maia
Fotografia: Jackson Bantim, Ronaldo Nunes, Beto Bola, Kin,
Rivelino Mourão, Luiz Carlos Salatiel e Fernando Garcia.
Trilha Sonora: Patativa do Assaré, Fagner, Fausto Nilo, Mário Mesquita,
Ricardo Bezerra, Pingo de Fortaleza, Irmãos Aniceto e outros.
Edição Digital: Kin, Débora Lima e Felipe Lobovsky
Edição de Som e finalização: Kin
Mixagem: Érico Paiva (Sapão)
Produção de finalização: Severino Dadá
Coordenação de Produção: Adriana Amaral e Bárbara Cariry
Realização: Cariri Filmes e Iluminura Filmes.
Blog do Filme 


Patativa do Assaré, por Arievaldo
Filme: Patativa do Assaré – O Poeta Cidadão
Documentário
Ano/Local: 2007 – Fortaleza/CE
Realização: TV Legislativa.
Núcleo de documentação; Ângela Gurgel. Produção: Ana Célia, Clara Pinho e Janaina Gouveia.


Filme: Passarim de Assaré
 Vídeo clip. Vídeo digital.
Ano/Local: 2009 – Fortaleza/CE
Direção: Rosemberg Cariry
Fotografia: Kim
Música: Fagner e Fausto Nilo
Cantores: Fausto Nilo, Fagner e Amelinha


Filme: A Montanha Mágica
Ficção/documentário
Curta metragem
Ano/Local: 2009 – Fortaleza/CE
Formato/cor: 35mm, colorido
Direção: Petrus Cariry



Patativa do Assaré - Episódio Completo


CARICATURAS DE PATATIVA DO ASSARÉ 

  • Patativa do Assaré, por Mayara de Araújo | Ilustração produzida para a revista Vida e Educação, da editora Peter Rohl / fonte: Béhance

  • Patativa do Assaré, por Mayara de Araújo 

  • Patativa do Assaré ©drawing by Marcelo F de Abreu

  • Patativa do Assaré, por Délio Jackson

  • Patativa do Assaré, por... (Nordeste Ilustrado)

  • Patativa do Assaré, por urbanarts

  • Patativa do Assaré, por Délio Jackson

  • Patativa do Assaré, xilogravura de Carlos Henrique Soares 

  • Patativa do Assaré, xilogravura de Carlos Henrique Soares 

  • Patativa do Assaré, por Davi Sales 

  • Patativa do Assaré,  (autoria não identificada)



Patativa do Assaré, D.Belinha e um amigo da família - Foto: Jackson Bantim

D.Belinha, os filhos e Patativa do Assaré - Foto: Jackson Bantim



ESTÁTUA PATATIVA DO ASSARÉ

Estátua de Patativa do Assaré, por (...)
Foto: (...) 

Cantei e sempre hei de cantar 
O que o meu coração sente, 
Para mais compartilhar 
Do sofrer de minha gente. 
Com as rimas de meu canto 
Quero enxugar o meu pranto, 
Vivendo na soledade 
Com esta gente querida, 
Modesta e destituída 
De orgulho, inveja e vaidade. 

Esta gente boa e forte 

Para enfrentar conseqüência, 
Que zomba da própria sorte 
Com dobrada paciência, 
Que trabalha e não se cansa, 
Porque a sua esperança 
É sempre a safra vindoura; 
O sonho do sertanejo, 
Seu castelo e seu desejo 
É sempre o inverno e a lavoura. 

Desta gente eu vivo perto, 

Sou sertanejo da gema 
O sertão é o livro aberto 
Onde lemos o poema 
Da mais rica inspiração. 
Vivo dentro do sertão 
E o sertão dentro de mim, 
Adoro suas belezas 
Que valem mais que as riquezas 
Dos reinados de Aladim. 
- Patativa do Assaré, do poema "O retrato do sertão", no livro "Inspiração nordestina. São Paulo: Hedra. 2006, p.31-32.

  • Patativa do Assaré. Arte: Leandro Alves


Patativa do Assaré, por Arievaldo
REFERÊNCIAS E OUTRAS FONTES DE PESQUISA


EDITORA


© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros

© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske


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Trabalhos sobre o autor:
Caso, você tenha algum trabalho não citado e queira que ele seja incluído - exemplo: livro, tese, dissertação, ensaio, artigo - envie os dados para o nosso "e-mail de contato", para que possamos incluir as referências do seu trabalho nesta pagina. 

Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Patativa do Assaré - o poeta do sertão. Templo Cultural Delfos, abril/2023. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
____
Página atualizada em 7.4.2023.
Pagina original AGOSTO/2013.




Direitos Reservados © 2023 Templo Cultural Delfos

13 comentários:

  1. Assisti um peça, onde contavam a perda da sua filha Ana e também o ataque aéreo a cidade do sertão. Eu não sabia. Fiquei encantada com a poesia e desapontada com minha ignorância sobre a história de meu país. O trabalho aqui apresentado está ótimo. Estimula a lê-lo mais.
    Rose Mary Duarte - Caxias do Sul - RS

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    1. O nome da peça é Concerto de Ispinho e Fulô da Cia do Tijolo (SP) e o fato acontecido foi o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto em Crato Ceará. Não se assuste, essa história não é contada em qualquer lugar. A história oficial faz questão de esquecê-la

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  2. Ai que beleza!! Que maravilha de conteúdo... Vou desfrutar de cada letra...

    Biografia, fotos, caricaturas e muita poesia ... Sou fão mesmo ...

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  3. Encantada com o contéudo! Linda página!

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  4. Sua obra é extraordinária, vamos apoiar sua divulgação aos nossos irmãos, brasileiros.Miro Maciel Macapá-Amapá

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  5. patativa era um poeta com uma linguagem porem poética ,retratava a vida sofrida cara gente fina . o que vocês acham ?

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  6. Sou Margarida Feitoza, Maranguape Ceará. Há tempos pesquiso a obre de Patativa,e quando encontro uma revista como essa com uma extensa publicação da obra de Patativa, fico feliz, Muito feliz.

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  7. Patativa foi um poeta "ispinho e fulô "

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  8. Só retificando, Luiz Gonzaga faleceu em 1989 e não em 1982 como descrito no texto.

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  9. Tenho o livro Cante lá que eu Canto cá. Por ser do sertão, talvez não só por isso, comecei a admira-lo e a poesia dele quando ouvi pela primeira vez Triste Partida, imortalizada na voz de Luz Gonzaga

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  10. esse NOBRE Cidadão, ainda o vi em poucas ocasiões Lá pela cidade do Crato; bem como, também (fiquei) tenho o citado Livro "Cante Lá, que Canto Cá", com o Detalhe - meu pai que o conheceu bem antes, numa ocasião em viagem o encontrou na cidade do Crato: comprou o Livro, e ele então fez de próprio punho o Oferecimento e Autografou.

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  11. Gostaria de saber se alguem tem o poema "coisas do rio de janeiro" do patativa de assare. Minha filha esta fazendo um projeto na escola e ta precisando desse poema. Agradeceria demais se alguém me ajudasse.

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