A paleta do poeta
Tortura do desenho! Horas a fio,
seguindo o risco ideal de um vivo traço
que está dentro de mim, faço e desfaço,
e sinto-o cada vez mais fugidio...
A cor e a luz! Encher de vida o espaço
nu da tela, retângulo vazio,
sol interior que o visionário viu
e o pincel torna cada vez mais baço...
Fecho os olhos; no escuro tumultua
todo um formigamento furta-cor:
arco-íris, aureolado astro violeta...
E tudo o que eu não pus na tela nua
vejo-o de novo em luz, em linha, em cor,
nas manchas coloridas da paleta!
- Augusto Meyer, em “Poesias
(1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Augusto Meyer, poeta e ensaísta, nasceu
em Porto Alegre, RS, em 24 de janeiro de 1902 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ,
em 10 de julho de 1970.
Era filho de Augusto Ricardo Meyer e de Rosa Meyer,
imigrantes alemães. Fez os estudos na cidade natal, mas deixou os cursos
regulares para estudar línguas e literatura, dedicando-se a escrever. Colaborou
com poemas e ensaios críticos em diversos jornais do Rio Grande do Sul,
especialmente Diário de Notícias e Correio do Povo. Estreou na literatura em 1920,
com o livro de poesias intitulado A ilusão querida, e foi com os livros Coração
verde, Giraluz e Poemas de Bilu que conquistou renome nacional. Esses livros e
outras obras posteriores foram depois reunidos em Poesias (1957). Pseudônimo:
Guido Leal.
Augusto Meyer, por (...) |
Em 1926 fundou com Teodomiro Tostes, Azevedo Cavalcante,
João Santana e Miranda Neto a revista Madrugada. Foi diretor da Biblioteca
Pública do Estado do Rio Grande do Sul, de 1930 a 1936. Transferiu-se para o
Rio e com o grupo de intelectuais gaúchos trazido por Getúlio Vargas organizou
o Instituto Nacional do Livro, em 1937, tendo sido seu diretor por cerca de
trinta anos. Detentor do Prêmio Filipe de Oliveira (memórias) em 1947 e do
Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 1950, pelo conjunto
da obra literária. Dirigiu a cadeira de Estudos Brasileiros na Universidade de
Hamburgo, Alemanha, e foi adido cultural do Brasil na Espanha.
Augusto Meyer é parte do modernismo gaúcho, introduzindo
uma feição regionalista na poesia. Há também em seus versos uma linha lírica,
quando evoca a infância, num misto de memória e autobiografia. Completa com
Raul Bopp e Mario Quintana a trindade modernista do Rio Grande do Sul.
Como ensaísta, deixou estudo sobre Machado de Assis, um
dos trabalhos exegéticos mais importantes sobre o escritor maior das letras
brasileiras, que tanto admirava. Sua obra de crítico abrange uma vasta gama de
interpretações, de autores nacionais e estrangeiros, que divulgou no Brasil.
A literatura e o folclore do Rio Grande do Sul também
foram estudados em obras fundamentais. Cultivou uma espécie de memorialismo
lírico em Segredos da infância e No tempo da flor. Com recursos de poeta e de
pintor, o memorialista impõe, presença de fantasmas familiares, e daí passa aos
da sua roda, aos da cidade, aos do mundo.
Sexto ocupante da Cadeira 13, eleito em 12 de maio de
1960, na sucessão de Hélio Lobo e recebido pelo Acadêmico Alceu Amoroso Lima em
19 de abril de 1961.
Fonte: ABL
"A todo momento, quando nos perturba a sedução da
sua saudade, sentimos que é preciso voltar de qualquer modo aos pagos da
infância. Voltar!, diz uma voz interior, voltar enquanto é tempo à manhã da tua
vida... (...) É verdade que é preciso deixar de ser criança para poder sentir
em toda a sua plenitude a força do espírito pueril; só o homem feito pode
compreender o mal de já não ser criança. Mas na sedução da infância há talvez
principalmente o desejo de retorno à paz de onde saímos um dia, como quem
voltasse à treva refrigerante do começo. Nesse ponto, há um encontro de
tendências contraditórias, uma atração vertiginosa de não sei que renovo da
vida por meio da dissolução desejada e consciente."
- Augusto
Meyer, em "Segredos da Infância". Porto Alegre: Globo, 1949.
“Compreendo então como é oportuno o esquecimento em que
vivemos. Venha o vento da indiferença para assoprar em fumo estes fantasmas
indiscretos, e apenas fiquem algumas frestas no muro da memória. Esquecer,
esquecer para não perder a graça de recordar.”
- Augusto
Meyer, em "Segredos da Infância". Porto Alegre: Globo, 1949.
CRONOLOGIA
Augusto Meyer |
1902 - Nasce
em Porto Alegre, no dia 24 de janeiro;
1919 - Publica
na revista A Máscara o conto O Pastelão;
1921 - Com o
pseudônimo de Guido Leal, colabora como crítico literário no periódico O
Exemplo - Jornal do Povo;
1925 - É
colaborador dos jornais Correio do Povo e Diário de Notícias;
1926 - Funda a
revista modernista Madrugada;
1927 - É
responsável pela página literária do jornal Diário de Notícias, no qual são
publicadas as primeiras manifestações do modernismo no Rio Grande do Sul;
1929 -
Participa da fundação e escreve críticas, contos, conferências, crônicas e
poesias para a Revista do Globo;
1930 -
Trabalha como colaborador no jornal A Federação;
1930/1936 -
Dirige a Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul;
1937 -
Transfere-se para o Rio de Janeiro;
1938/1956 -
Dirige o Instituto Nacional do Livro - INL;
1938 - Integra
o grupo de articulistas do periódico O Jornal;
1944 - Viaja
aos Estados Unidos como integrante da Missão Cultural do Ministério das
Relações Exteriores;
1945 -
Trabalha no jornal Correio da Manhã;
1950 - Recebe
o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras - ABL;
1952 -
Ministra curso de teoria literária na Faculdade Nacional de Filosofia da
Universidade do Brasil;
1952 - Assume
a presidência da Associação Brasileira de Bibliotecários, permanecendo no cargo
até o ano seguinte;
1955 - Leciona
no curso de estudos brasileiros da Faculdade de Hamburgo, Alemanha;
1960 - É
eleito para a ABL;
1961/1967 -
Dirige novamente o INL;
1965 - No Rio
de Janeiro, retoma o curso de teoria literária na Universidade do Brasil;
1967 - Integra
a Câmara de Ciências Humanas do Conselho Federal de Cultura;
1970 - Morre
em 10 de julho, no Rio de Janeiro.
“Ler um livro é desinteressar-se a gente desse mundo
comum e objetivo para viver noutro mundo. A janela iluminada noite adentro
isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida subjetiva.
Árvores ramalham. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas
namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro
da lâmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa do seu corpo,
está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço.
No tapete voador só há lugar para dois passageiros: leitor e autor."
- Augusto
Meyer, em "Textos críticos". (Organização João Alexandre Barbosa).
São Paulo: Editora Perspectiva, 1986, p. 3.
PRÊMIOS
1947 - Prêmio Filipe de Oliveira na categoria
Memórias;
1950 - Prêmio Machado de Assis, da Academia
Brasileira de Letras pelo conjunto da obra literária.
Poesia
![]() |
Capa da 1ª edição do livro Giraluz |
Coração Verde. Porto Alegre: Globo , 1926;
2ª ed., Porto Alegre: Globo, 1929.
Giraluz. Porto Alegre: Globo, 1928, 44p.
Duas Orações. Porto Alegre: Globo, 1928.
Poemas de Bilu. Porto Alegre: Globo, 1929;
2ª ed., (Apresentação
na - 1ª orelha: Manuel Bandeira e 2ª orelha: Érico Verissimo). Rio de
Janeiro: Irmâos Pongetti, 1955, 98p.
Sorriso Interior. Porto Alegre: Globo,
1930.
Literatura e Poesia: Poema em Prosa.
Porto Alegre: Tip.Thurmann, 1931.
Últimos Poemas (1950 - 1955). Rio de
Janeiro: Livraria São José, 1955.
Poesias (1922 - 1955). Rio de Janeiro:
São José, 1957.
Memória
Segredos da Infância. Porto
Alegre: Globo, 1949.
No Tempo da Flor. Rio de Janeiro:
Edições O Cruzeiro, 1966, 139p.
Ensaio
A Prosa dos Pagos. São Paulo: Livraria
Martins, 1943, 163p.
A Sombra da Estante. São Paulo: Editora
José Olympio, 1947.
Le Bateu Ivre. Análise e Interpretação. Rio de
Janeiro: Livraria São José, 1955.
Preto & Branco. Rio de Janeiro: INL/MEC,
1956, 227p.
Gaúcho, História de uma Palavra. (Cadernos
do Rio Grande, V). Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 1957, 72p.
Camões, o Bruxo e Outros Estudos. Rio
de Janeiro: São José, 1958, 119p.
A Chave e a Máscara. Rio de Janeiro:
Edições O Cruzeiro, 1964, 241p.
A Forma Secreta. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1965.
Folclore
Guia do Folclore Gaúcho. Rio de
Janeiro: Aurora, 1951, 188p.
Cancioneiro Gaúcho. Porto Alegre:
Globo, 1952.
Antologia
![]() |
Capa do livro Melhores Poemas |
Seleta em prosa e verso. (Organização
Darci Damasceno). Rio de Janeiro: José Olympio;
Brasília: INL/MEC, 1973, 163p.
Trilhas e Memórias, Vol. 1 – [Segredos da Infância – e – No Tempo da Flor]. IEL - Instituto
Estadual do Livro, 1996.
Os Pêssegos verdes [Antologia de
Augusto Meyer]. (organização e introdução de Tânia Franco Carvalhal). Academia
Brasileira de Letras, 2002.
Melhores Poemas de Augusto Meyer.
(organização Tânia Franco Carvalhal). São Paulo: Global editora, 2002, 161p.
Textos críticos. (Organização João
Alexandre Barbosa). São Paulo: Editora Perspectiva, 1986.
Augusto Meyer - Ensaios escolhidos.
(Organização Alberto da Costa e Silva). Rio de Janeiro: Editora Jose Olympio,
2007, 286p.
Tradução
GÜRALDES,
Ricardo. Dom Segundo Sombra. (1926)..
[tradução Augusto Meyer]. Porto Alegre: L&PM, 1997.
"Conheci um Porto Alegre fabuloso, regado a sarjetas
de água verde, coberto de clarabóias e beirais. Toda uma vertente de minha
memória sentimental vai dar numa encruzilhada de ladeiras e becos, onde às
vezes me aparece, como intérprete oportuno dos meus próprios sentimentos, o
fantasma do guri que eu já fui. É preciso ter nascido com um pé no outro século
para enveredar por estes caminhos interiores, que se perdem no Passo do Não –
sei – Onde. (...) O tempo e a memória dos homens impregnam quase sempre as
coisas de uma névoa de passado e evocação que se transfigura com não sei que
toques de magia. Torna-se transparente qualquer paisagem, aos olhos de quem
recorda ou tenta reconstituir seus aspectos anteriores, e uma cidade, uma rua,
começam a desandar para as suas feições
primitivas, a desmanchar-se se recompondo noutra ordem de
planos, quando se projeta no seu passado a luz da fantasia evocativa."
- Augusto
Meyer, em "Segredos da Infância". Porto Alegre: Globo, 1949.
POEMAS ESCOLHIDOS
A alma e Bilu, diálogo
- A culpa não é minha, a culpa é tua,
de tanto controlar, tu descontrolas.
Pois coleciona grilos, ora bolas!
Planta um grão de feijão e vai para a lua!
- Alma, sabes que mais? Tu não me amolas!
Boto o chapéu na idéia e vou para a rua
Ver se encontro, imprevista, uma Bilua...
Por hoje, basta de caraminholas!
- Crepúsculo de maio, suave instante,
primeira estrela, brilha! Hoje tu dás
ao poeta a mesma luz que Deus te deu.
- Alma, tudo é possível e distante.
Vês? Ela brilha e me namora, mas
Quando a luz chega, a estrela já morreu
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957, p.
182.
Alvorada
A alvorada lembra um linho sem mancha,
aparando a orvalhada.
Há musselinas, contas claras de miçanga
entre as folhas frescas do pomar.
Na meia-luz trêmula, qualquer cousa espera.
O jardim ajoelhou, num misticismo doce.
Incensórios de corolas, folhas que fossem
lábios de seiva, murmurando em prece..
No linho puro, sob o altar da alvorada,
é a missa eterna.
Passarinhos, campainhas vivas...
Toda a alvorada religiosa
adora a luz na lenta elevação do sol.
- Augusto
Meyer, em “Coração verde”, Porto Alegre: Globo, 1926.
Aos chorões
Chorões da praia de Belas,
molhando as folhas no rio,
sois pescadores de estrelas
ao crepúsculo tardio.
O mais velhinho, já torto
ao peso de tantas mágoas,
lembra um pensamento absorto
debruçado sobre as águas.
Salgueiros trêmulos, belos,
meus camaradas tão bons,
diz o poeta, violoncelos
onde o vento acorda sons,
sois, à beira da enseada,
um bando de poetas boêmios,
e fitais na água espelhada
vossos companheiros gêmeos...
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Distância
Há uma várzea no meu sonho,
Mas não sei onde será...
Em vão, cismando, transponho
Coxilhas enluaradas,
Cristas serrilhadas,
Solidões do Caverá.
Leito do trevo e flechilha,
Várzea azul, da luz da lua,
Verde várzea - onde será?
No ar da tarde flutua
Fino aroma de espinilho
E de flor de maricá.
Era além do azul da serra,
Era sempre noutra terra,
Era do lado de lá...
Em vão, cismando, transponho
Poentes e madrugadas,
Intermináveis estradas
Perdidas ao deus-dará.
Há uma várzea no meu sonho,
Mas não sei onde será.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Elegia de maio
Longo, lento, infindável o crepúsculo.
Na larga enseada uma tinta imprecisa
antes do lusco-fusco
insinua-se em tudo, esmaiada.
Corre um brusco arrepio de brisa,
encrespa-se de leve a água vidrada.
Difuso em tudo, o ouro da luz de outono
resiste, como a clara
recordação de um longo dia pára
e ainda hesita, antes da noite e o sono.
Escurecer que é quase amanhecer...
Um não sei quê de claridade escura
diluído em tudo, em tudo arde e perdura:
já é quase noite o longo dia
e a noite espera e sonha: ainda é dia.
Lá no alto, o adeus da tarde que ficou...
É dia ainda, o sol acorda agora
no largo oceano o sono de outra aurora,
mas derrama no seio do meu rio
todo o ouro do dia que passou.
Serena esta luz de ouro em meu outono:
recordação, antes do grande sono...
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Espelho
Quem é esse que mergulhou no lago liso do espelho
E me encara de frente à claridade?
Tem na íris castanha irradiações misteriosas,
E o negrume do sonho alarga tanto as pupilas
Que o seu lábio sensual como um beijo esmaece.
Abro a mão – ele abre a mão.
Meu plagiário teimoso...
Tudo que eu faço morre no gelo de um reflexo.
(Ele sorri do meu sarcasmo...)
Não poder fugir da introversão,
tocar a carne da evidencia!
Dói-me a ironia de pensar que eu sou tu, fantasma.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957,
p 69.
Felicidade
Meus olhos, de tanto refletirem a paisagem,
já devem também ter ficado verdes,
porque meus lábios estão me segredando
palavras de esperança,
Mas, eis que eu, andarengo e triste,
de súbito estremeço vendo, lá embaixo,
na aba de um serro todo penteado,
à porta da casa que roseiras tentaculam de flores,
um casal de colonos lavradores enlaçados
acenando, acenando para o trem...
Que ingenuidade naqueles gestos simples!
Quanta bondade sem interesse
naquele “boa viagem”que eles dizem com as mãos!...
Pureza... Tranqüilidade... Saúde... Solidão...
Sinto um desejo louco de sair gritando:
— Achei-a! achei-a! EiL-a — a Felicidade!
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Flor de maricá
Este perfume tão fino
é a saudade de um perfume
e parece que resume
o amor de um poeta menino.
Era um doce desatino
era este mesmo perfume
e em meu peito um vivo lume,
um nome, um segredo, um hino!
Mas onde estás, poeta louro?
E onde está o teu tesouro
de amor, de mágoa e queixume?
De tudo aquilo, ficou-me
o vago aroma de um nome
e a saudade de um perfume.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Gaita
A gaita hoje está louca de amargura:
geme e chora como um coração partido
nas mãos morenas do gaiteiro.
Dói uma dor profunda em seu gemido.
Quando a gaita se abre toda,
o homem parece crucificado,
implorativo, doloroso...
Depois se encurva corcoveia ondula,
vai-vem!
Lembra o mar!
Lembra tudo o que é cruciante na tortura de gritar!
Cordeona trêmula,
turva de raiva contida,
cheia de humana amarugem,
há um gemido de trova em teu soluço,
há um soluço de amor em teu gemido...
- Augusto
Meyer, em “Coração verde”, Porto Alegre: Globo, 1926.
Humilde surdina
Deixa falar, deixa falar:
basta o mistério do amor,
minha ternura tão mansa
e o teu jeito de querer.
Nós seremos como os pequenos:
sabem tanto, sem saber.
Voa o olhar no fundo olhar,
mão na mão, o amor pousou.
Tarde boa, morre calma...
Brinca o sino da igrejinha.
Alguém diz palavras velhas
como um sonho que passou.
Meu amor, a vida é grande
quando o olhar encontra o olhar:
mão na mão, o amor chegou.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Ironia sentimental
Coaxar dos sapos, quando a noite é calma,
sem jardins simbolistas, nem repuxos cantantes,
nem rosas místicas na sombra, nem dor em verso...
Coaxar dos sapos, longamente,
quando o céu palpita na moldura da janela,
num mistério doce, num mistério infinito,
e em cada estrela há um lábio, um lábio puro que treme,
e um segredo na luz que palpita, palpita...
- Augusto
Meyer, em “Coração verde”, Porto Alegre: Globo, 1926.
Lua boa
Quando a lua sair nós iremos ao campo
esmagar o capim, passo a passo, bem juntos
como dois namorados que não gostam de falar
quando a lua é mais clara e o coração mais limpo.
Nós mergulharemos na simplicidade,
mão na mão, sonhando as palavras que ficam,
enquanto os maricás noivarem,
calma grave e nupcial, tristeza boa
para a gente saber que vai morrendo,
para provar no lábio um gosto que abençoa.
Quanta doçura virgem de ervas!
Mesmo à noite os trevais têm cheiro azul de manhã,
e o capim o capim esmagado
perfuma os pés que o pisaram, santamente.
- Augusto
Meyer, em “Giraluz”, Porto Alegre: Globo, 1928.
Manhã de estância
Manhã de estância, risadas de joão-de-barro,
a casa antiga escancarada aos quatro ventos,
janelas cheias de horizonte,
toda a frescura matinal no lábio doce como um fruto.
Manhã cedo — quero-queros, mugidos
para muito muito longe
e o largo abraço das figueiras bravas.
Canta mais claro um retinir de esporas.
Há matungos boflando, de focinho na terra.
As ovelhas são bolas de estopa.
Quanto alecrim roxeia a baixada!
O potrilho zaino relincha.
Em seu nitrido há um fogaréu sonoro
Como um toque de alvorada!
Parece que um arroio de luz me inunda os nervos,
meu assobio imita os bem-te-vis,
minha voz chama o sol.
Agora bóiam na cerração ilhota de coxilhas
peroladas de sereno.
Como a visão repousa horizontalizada!
Eu vi a luz nascer pela primeira vez no mundo.
- Augusto
Meyer, em “Giraluz”, Porto Alegre: Globo, 1928.
Milagre
Eternidade do minuto milagroso:
a erva
cresce,
os grilos cantam sob o olhar antigo das estrelas.
Tão simples o mistério que uma criança pode soletrar...
Agora mesmo em qualquer parte há uma rosa ao sol,
boca entreaberta para a luz.
Esta noite é de outro lado claridade...
Hora dupla, simultânea, total.
Coração, girassol aberto sobre o mundo claro,
outros homens virão,
outra gente virá viver este minuto azul
na rotação da noite,
sentir que a morte é sempre a vida,
que a vida morre pelo amor da vida
e há sempre um centro inesperado
vertiginoso e irredutível!
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Minuano
[Ao Liberato]
Este vento faz pensar no campo, meus amigos,
Este vento vem de longe, vem do pampa e do céu.
Olá compadre, levanta a poeira em corrupios,
assobia e zune encanado na aba do chapéu.
Curvo o chorão arrepia a grenha fofa,
giram na dança de roda as folhas mortas,
chaminés bóiam fumaça horizontal ao sopro louco
e a vaia fina fura a frincha das portas.
Olá compadre, mais alto mais alto!
As ondas roxas do rio rolando a espuma
batem nas pedras da praia o tapa claro...
Esfarrapadas, nuvens nuvens galopeiam
no céu gelado, altura azul.
Este vento macho é um batismo de orgulho:
quando passa lava a cara enfuna o peito,
varre a cidade onde eu nasci sobre a coxilha
Não sou daqui, sou lá de fora...
Ouço o meu grito gritar na voz do vento:
― Mano Poeta, se enganche na minha garupa!
Comedor de horizontes,
meu compadre andarengo, entra!
Que bem me faz o teu galope de três dias
quando se atufa zunindo na noite gelada...
O’ mano
Minuano
upa upa
na garupa!
Casuarinas cinamomos pinhais
largo lamento gemido imenso, vento!
minha infância tem a voz do vento virgem:
ele ventava sobre o rancho onde morei.
Todas as vozes numa voz, todas as dores numa dor,
todas as raivas na raiva do meu vento
Que bem me faz! mais alto compadre!
derruba a casa! Me leva junto! Eu quero o longe!
Eu sou o irmão das solidões sem sentido...
Upa upa sobre o pampa e sobre o mar...
- Augusto
Meyer, em “Poemas de Bilu”, Porto Alegre: Globo, 1929.
O poema
![]() |
Capa do livro No tempo da Flor |
Corredor do tempo esquecido
Onde o eco responde ao eco,
Em vez de janelas, reflexo
De espelho a espelho, refletido.
Que passos repisando passos
Parados vão? A horas mortas,
Fria, uma presença esvoaça
De leves dedos, que abrem portas.
Longo é o caminho. Em qualquer parte
Rei dos Ratos rói os brinquedos.
Dos quatro cantos, lá o quarto
Sombras cochicham os teus segredos.
Onde a janela que se abria
Ao pôr do sol? Andando em frente,
Andando, andando, eu tocaria
No fim da terra, o ouro do poente.
Iriavam-se os cristais do lustre,
Na sala escura o espelho que arde!
Pulava a cortina, de susto,
Ao primeiro sopro da tarde.
Mas tudo agora é tão distante!
O rato rói o fio da história.
Só o arrepio de um instante
Sobe à surdina da memória...
Súbito, a hora morta no tempo
Amadurece como um fruto!
No misterioso aroma, o poema
Recolhe a essência de um minuto.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957,
p. 260-261.
O outro
O homem opaco está caminhando na sombra. A rua úmida
reflete o sono dos lampiões, e a cada passo um reflexo foge no calçamento
molhado e volta um novo reflexo, monotonamente. Como os amores que morrem e se
repetem, como as idéias, como tudo. Casas trancadas de arrabalde são as
testemunhas mudas do minuto, gatos flexíveis na escuridão, com patas de veludo,
a aberta fresca de um jardim saturado de chuva primaveril abre o regaço
caricioso, hálito da seiva na noite. O homem passa.
Ao pé dos focos de iluminação, a sombra do homem
espicha-se, comprida, interminável, com pernas fantásticas de pau, até tocar no
outro lado da calçada e trepar a parede. Mas não vê o delírio da própria
sombra, vê só as outras sombras que moram na mesma memória...
Mil e um vultos do passado chegam na ponta dos pés e se
debruçam com a malícia do mistério sobre o seu ombro. Vêm deles um aviso de
morte, um olá! indecifrável. E pesam tanto que, para aliviar a carga, o homem
suspira, como um doente muda de posição na cama, removendo o peso da febre.
Nuvens de breu pesavam, tão baixas, que o vulto ficou
mais corcunda. Os passos acordavam passos na calçada. A chuva engrossou,
desabafo largo, refrigerante. Plocplac e o roçagar do impermeável. Depois, a
chave na porta, a subida na escada escura, como um ladrão prudente.
O indicador no botão da luz premiu a claridade. Tirando o
paletó, destramando o nó da gravata, foi até o espelho.
Do outro lado, no lago emoldurado, o mesmo Outro, que era
e não ela ele mesmo...
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957,
p. 203-204.
Poeta
Deixa cair todo este orvalho puro
sobre os teus ombros doloridos
Vê como é suave a
terra:
mesmo nos galhos mais bruscos,
olha: há carícias amigas.
Tudo é mais coração, porque é mais coração.
Orvalho...Orvalho...Parece
que em tua vida alguma cousa amadurece.
Deixa cair, deixa rolar teu poema
como um fruto maduro, pelo chão.
- Augusto
Meyer, em “Coração verde”, Porto Alegre: Globo, 1926.
Querência
Paisagem longa, na ondulação das coxilhas longas...
Debruns de caponetes...
Longes...
Oh! linhas suaves, como se houvesse
em cada coxilha uma saudade do chão
e alvos capões de nuvens muito brancas
no pampa azul de um infinito azul...
- Augusto
Meyer, em “Coração verde”, Porto Alegre: Globo, 1926.
Realejo
... e esse realejo
como range, alegre,
mói minha alma leve
como a luz do céu...
Dançam figurinhas
sobre a caixa, lindas
como um brinquedinho...
... gira, gira
como os dançarinos,
a minha alma leve
como os brotos novos,
como a igreja nova...
Bimbalhar de sinos,
bimbalhar sonoro,
moças tagarelas,
(quanta namorada!)
campos de cevada...
... realejo alegre,
toda a primavera,
delirantemente,
reza, canta, reza,
canta a missa verde...
- Augusto
Meyer, em “Coração verde”, Porto Alegre: Globo, 1926.
Retrato no açude
Ergue-se um vago véu
De neblina e solitude.
Cada vez mais alto, o céu
Profundo caiu no açude.
Que silêncio de horizonte!
Chegou a hora mais grave.
Nem choro de sanga ou fonte,
Nem sussurro, vôo de ave.
Só um arrepio de brisa
De leve encrespa a água lisa.
No pálido céu vidrado
Procuro-me, e lá no fundo
Há um fantasma debruçado
Para os lados do outro mundo.
Em si mesmo dividido,
Fantasma perdido e achado,
És reflexo refletido,
Em teus olhos retratado.
Leio na face que eu vejo
Para o alto debruçada:
Sou tão próximo e distante!
Aceita o lúcido instante!
Não turves com teu desejo
A paz desta água parada.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Sanga funda
Vem ver esta sanga funda
com remansos de água clara:
lá embaixo o céu se aprofunda,
a nuvem passa e não pára.
Numa cisma vagabunda,
olhando-me cara a cara,
quantas vezes me abismara
água clara... alma profunda...
E que estranho era o meu rosto
no momento em que o sol-posto
punha uns longes na paisagem!
Aprendi a ser bem cedo
segredo de algum segredo,
imagem, sombra de imagem...
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957,
p 14.
Serenata
Ai luares de outono, ai luares
lá na rua do Arvoredo!
Serenatas e cantares
Até quase manhã cedo!
Geme o violão pelos ares
corda a corda, dedo a dedo,
abre o peito, e ao cantares
alivia o teu segredo!
Lá se vão de rua em rua,
flauta, violão, cavaquinho
lá se vão ladeira abaixo.
Treme nas águas a lua
e o luar bate, branquinho,
na velha ponte do Riacho.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Sesteada
Lindo recanto! O biri?
amarelo ou encarnado,
cresce à margem do banhado
com touças de sarandi.
Um marica retratado
nas águas um bem-te-vi,
tudo é sombra e aceno aqui
para o viajante cansado.
Procuremos um lugar
onde eu possa descansar
chegando ao povo bem cedo:
e, nos pelegos deitado,
ver o móbil rendilhado
que o sol tece no arvoredo.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Soneto I
Gota de luz no cálice de agosto,
Sabe a lúcida calma o desengano.
Em vão devora o tempo o mês e ao ano:
Vindima é a vida, vinho me é o sol-posto.
Cobre-se o vale de um rubor humano.
Um beijo solto voa no ar, um gosto
De uva madura, um aroma de mosto
Desce da rubra luz do céu serrano.
Vem, noite grave. E assim chegasse o outono
Meu, tão sutil e manso como agora
Mesmo subiu a sombra serra acima...
Tudo se apague e a hora esqueça a hora,
Que só do sonho eu vivo, e grato é o sono
A quem provou seu dia de vindima.
- Augusto
Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Sor aqua
Entre os galhos negros da capororoca,
que estranho fruto luminoso amadurece?
( É a lua...)
Há um véu de neblina sobre o campo
A chuva de ontem foi tão boa para os sapos...
Cheira a brejo.
Malícias de água, bisbilhos.
Ser um talo de erva,
ser humilde e bom como a chuva no capim...
Não pensar que há lábios mortos que têm sede,
que há pobrezinhos na penumbra de hospitais...
Não pensar em mim.
Irmã Chuva,
Eu quero dormir sobre a carícia fluida e fria dos teus
dedos,
dos teus mil dedos sobre mim que vão e vem,
(a chuva ri, a chuva canta quando cai...)
quero aprender a ser uma água dócil,
para abençoar a minha dor.
— Amém.
- Augusto
Meyer, em “Coração verde”, 1926.
Vindima
Vamos colher as uvas molhadas pelo orvalho
e tapetar de folhas o ingênuo samburá.
Em cada cacho maduro há uma pupila.
Quem será que ensina a estas aranhas
a tecer o fio frágil do aranhol,
e movimenta à sombra escura da parreira
a dança loura do sol?
Vamos colher as uvas.
Vamos cortar os cachos de efêmero sabor.
As tuas mãos morenas são ágeis como aranhas
e têm carícias gulosas para os frutos.
Prova o sumo sanguíneo.
Tinge os teus lábios no sangue da videira.
No teu cabelo o sol floresce uma coroa.
mergulhando os braços na folhagem,
és uma árvore moça,
és uma vinha selvagem que oferece
cachos de beijos para a minha fome!
- Augusto
Meyer, em “Giraluz”, Porto Alegre: Globo, 1928.![]() |
Augusto Meyer, por Cândido Portinari (1937). |
FORTUNA CRÍTICA DE AUGUSTO MEYER
(Estudos acadêmicos: livros teses, dissertações, monografias, artigos e ensaios)
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"Deixei para o fim o poeta Augusto, que bem merece
aquele privilégio – cultivado em certas peças do grande teatro – de ser o
último a entrar em cena. Augusto está presente em toda a página, como cronista,
como ensaísta, como crítico e como poeta. Do seu miradouro, ele acompanha o
mundinho vivo e o mundinho impresso. E seu olho lúcido e bilusiano não perde
nenhum detalhe do espetáculo."
- Theodemiro
Tostes, em "Nosso bairro – memórias de Theodemiro Tostes". Porto
Alegre: Fundação Paulo do Couto e Silva, 1989. p. 89.
“Nem tudo cabe numa rapsódia, e os aedos vão deixando
cair o que não acerta muito bem o passo com o ritmo do seu canto. Além do mais,
todos sabemos, pelo exemplo da história, essa teia de Penélope, como é difícil
desenlear o embrulho da meada, ao menos por descuido, e recolher na ponta dos
dedos um humilde fiapo de verdade.”
- Augusto
Meyer, em "A forma secreta". Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1965,
p. 14.
O arquivo de
Augusto Meyer foi doado ao AMLB - Arquivo Museu de Literatura Brasileira –
Fundação Casa Rui Barbosa, em outubro de 1983, por seus filhos Augusto Sousa
Meyer e Maria Lívia Meyer de Resende Costa.
O Acervo
Trata-se de mil duzentos e cinquenta e três documentos
manuscritos e datilografados (correspondência, poesias, discursos, notas etc.);
trezentos e cinco impressos (publicação na imprensa – artigos de e sobre
Meyer); vinte e sete documentos iconográficos (fotografias e desenhos)
distribuídos nas seguintes séries:
. correspondência pessoal;
. correspondência familiar;
. correspondência de terceiros;
. produção intelectual do titular;
. produção intelectual de terceiros;
. documentos pessoais;
. documentos diversos;
. documentos complementares;
. produção na imprensa.
![]() |
Capa da 1ª edição do livro Guia do Folclore Gaúcho |
Responsáveis pela organização do referido acervo: Beatriz
Folly e Silva e Nailda Marinho da Costa
Localizado: AMLB - Arquivo Museu de Literatura
Brasileira, da Fundação Casa Rui Barbosa/FCRB
Site Oficial: FCRB
Fontes de pesquisa
XAVIER,
Laura Regina. Patrimônio em prosa e
verso: a correspondência de Rodrigo Melo Franco de Andrade para Augusto Meyer.
(Dissertação Mestrado em Bens Culturais e Projetos Sociais). Centro de Pesquisa
e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC/FGV, 2008. Disponível
no link. (acessado 31.8.2013).
INVENTÁRIO
do Arquivo Augusto Meyer.
(Organização Beatriz Folly e Silva e Nailda Marinho da Costa). Ministério da
Cultura, Fundação Casa de Rui Barbosa, Centro de Literatura Brasileira, 1988,
118p.
“[...] Aprender a escrever é aprender a escolher, cheirar, pesar, medir, sacudir antes de usar, apalpar, comparar e afinal rejeitar muito mais que adotar linguarudas famílias de palavras, que atravancam a memória e impedem que a gente se ouça um pouco, nos raros momentos de diálogo e murmúrio subjetivo. Para mim, o escritor é uma espécie de jejuador perpétuo: condenado a transformar toda a exuberância da vida em dois ou três compassos da sua música interior, inatingível na essência mais profunda, jejua à mesa posta dos seus desejos, castigando com cilício as luxúrias do verbo. [...]”
- Augusto Meyer em "Epístola a Porfírio".
- Augusto Meyer em "Epístola a Porfírio".
Augusto Meyer, por (...) |
REFERÊNCIAS E OUTRAS FONTES DE PESQUISA
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© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Augusto Meyer - o modernista lírico dos pampas. Templo Cultural Delfos, agosto/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Augusto Meyer - o modernista lírico dos pampas. Templo Cultural Delfos, agosto/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Parabéns pelo site, em especial a página de Augusto Meyer, que visitei. Consistente em suas informações e de muito bom gosto, visualmente. Apenas uma contribuição: o nome do escritor Ricardo Güiraldes, está sem o "i", no tópico Tradução, aparecendo como
ResponderExcluirGÜRALDES, Ricardo. Dom Segundo Sombra. (1926).. [tradução Augusto Meyer]. Porto Alegre: L&PM, 1997.
Foi com muito carinho que vi a página de meu tio avô, fica meus agradecimento.
ResponderExcluirFoi casado com minha tia Sara de Souza Meyer, mana de meu pai Carlos Barcelos de Souza .
Foi com muito carinho que vi a página de meu tio avô, fica meus agradecimentos .
ResponderExcluirFoi casado com minha tia Sara de Souza Meyer, mana de meu pai Carlos Barcelos de Souza .