O poeta da roça
Sou fio das
mata, cantô da mão grossa,
Trabáio na
roça, de inverno e de estio.
A minha choupana
é tapada de barro,
Só fumo cigarro
de páia de mío.
Sou poeta das
brenha, não faço o papé
De argum
menestré, ou errante cantô
Que veve
vagando, com sua viola,
Cantando,
pachola, à percura de amô.
Não tenho
sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o
meu nome assiná.
Meu pai,
coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do
pobre não pode estudá.
Meu verso
rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na
praça, no rico salão,
Meu verso só
entra no campo e na roça
Nas pobre
paioça, da serra ao sertão.
Só canto o
buliço da vida apertada,
Da lida pesada,
das roça e dos eito.
E às vez,
recordando a feliz mocidade,
Canto uma
sodade que mora em meu peito.
Eu canto o
cabôco com suas caçada,
Nas noite
assombrada que tudo apavora,
Por dentro da
mata, com tanta corage
Patativa do Assaré, por (...) |
Topando as
visage chamada caipora.
Eu canto o
vaquêro vestido de côro,
Brigando com o
tôro no mato fechado,
Que pega na
ponta do brabo novio,
Ganhando lugio
do dono do gado.
Eu canto o
mendigo de sujo farrapo,
Coberto de
trapo e mochila na mão,
Que chora
pedindo o socorro dos home,
E tomba de
fome, sem casa e sem pão.
E assim, sem
cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo
contente e feliz com a sorte,
Morando no
campo, sem vê a cidade,
Cantando as
verdade das coisa do Norte.
- Patativa do Assaré, em "Cante lá que eu
canto cá". [Filosofia de um trovador nordestino].. (Organização Antônio
Gonçalves da Silva). 5ª ed., Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1984. (grafia
original)
Antônio Gonçalves da Silva (Serra de
Santana CE, 5 de março de 1909 - Assaré CE 2002). Poeta e repentista. Filho dos agricultores
Pedro Gonçalves Silva e Maria Pereira Silva, muda-se com a família, pouco
depois de seu nascimento, para uma pequena propriedade nas proximidades de
Assaré, Ceará. Em 1910, o poeta perde parcialmente a visão do olho direito, sequela
de um sarampo. Com a morte do pai, em 1917, auxilia no sustento da casa,
trabalhando em culturas de subsistência e na produção de algodão.
Frequenta a
escola por apenas seis meses e descobre a literatura por meio de folhetos de
cordel e de repentistas. Adquire um violão em 1925 e passa a dedicar-se à
composição de versos musicados. Viaja,
em 1929, para Fortaleza e frequenta os salões literários do poeta Juvenal
Galeno (1836 - 1931). Do Ceará parte para Belém, onde conhece o jornalista
também cearense José Carvalho de Brito, responsável pela publicação de seus
primeiros textos no jornal Correio do Ceará. Deve-se a Brito a alcunha de
Patativa, utilizada pela primeira vez no capítulo que lhe dedica em seu livro O
Matuto Cearense e o Caboclo do Pará. A estreia
de Assaré em livro ocorre em 1956, no Rio de Janeiro, com a publicação de
Inspiração Nordestina, incentivado pelo latinista José Arraes de Alencar. Com a
gravação, em 1964, de Triste Partida, por Luiz Gonzaga (1912 - 1982), e de
Sina, em 1972, pelo cantor Raimundo Fagner (1949), amplia-se a visibilidade de
sua obra. Em 1978, lança Cante Lá que Eu Canto Cá e se engaja na luta contra a
ditadura militar. No ano seguinte, volta a morar em Assaré.
** Outras informações
biográficas - acesse no link.
"Ah! O sertão é... o sertão é a riqueza natural que nós temos... é o ponto melhor da vida, para quem sabe ver é o sertão, pois ali tudo o que a natureza cria, tudo que é belo, que é bom, que é puro, nós temos pelo sertão[...] o diamante antes de ser lapidado... porque o diamante só é alguma coisa depois dele ser lapidado. Aí é que ele vai brilhar[...] mas o sertão é puro, tão puro quanto o diamante antes de seu trabalho[...]"
- Patativa do Assaré, em "Patativa do Assaré – Digo e não peço segredo". (Organização e prefácio Luiz Tadeu Feitosa). São Paulo: Editora Escrituras, 2001, p. 21 e 25.
CRONOLOGIA
Patativa do Assaré, por Netto |
1902 - Nasce
em Serra de Santana, Ceará, no dia 5 de março, filho dos agricultores Pedro
Gonçalves Silva e Maria Pereira Silva;
1910 - Perde
parte da visão por conta de uma doença associada ao sarampo que ataca a córnea;
1921 -
Frequenta a escola por seis meses;
1922 - Escreve
seus primeiros versos;
1925 - Adquire
uma viola usada e inicia a composição de versos seguindo a tradição do
improviso sertanejo;
1929 -
Acompanhando o primo José Montoril, viaja para Fortaleza, e de lá para Belém,
onde conhece o jornalista cearense José Carvalho de Brito, responsável pela
publicação de seus primeiros textos no jornal Correio do Ceará. Deve-se a ele a
alcunha de Patativa, utilizada pela primeira vez no capítulo que Carvalho Brito
lhe dedica no livro O Matuto Cearense e o Caboclo do Pará;
1929 - Com
Mentoril, viaja para o Amapá;
1929 - Retorna
para Fortaleza e frequenta os salões literários realizados na casa do poeta
Juvenal Galeno (1836 - 1931);
1954 - Recita
poemas de sua autoria na Rádio Araripe. Por meio desse recital, o latinista
José Arraes de Alencar conhece sua obra;
1955 - Até
essa data o autor não redigia seus textos, guardando-os todos na memória. O
registro de seus poemas é feito por Moacir Mota, amigo de Alencar, que reside
em Crato, Ceará;
1956 - Com
incentivo de José Arraes de Alencar, edita no Rio de Janeiro seu primeiro
livro, Inspiração Nordestina. Compõe a música Triste Partida, gravada por Luiz
Gonzaga (1912 - 1989) em 1964;
1962 - No
Recife, participa de uma série de recitais de poesia promovidos pela
prefeitura;
1965 - Publica
no jornal A Semana, periódico de Crato, o poema Caboclo Roceiro, que desagrada
aos órgãos de censura do regime militar, que o intimam a depor no serviço
secreto do Exército;
1970 - O poema
Vaca Estrela e Boi Fubá é gravado pelo compositor Raimundo Fagner (1949);
Patativa do Assaré, por (...) |
1979 - O
cineasta Rosemberg Cariry (1956) dirige o documentário em curta metragem
Patativa do Assaré, um Poeta Camponês em Fortaleza. Grava o disco Poemas e
Canções. Em Fortaleza, recebe homenagem da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência - SBPC, no campus da Universidade Federal do Ceará. O
título de seu livro, Cante Lá que Eu Canto Cá, é usado pela entidade como mote
para sua atuação no movimento pela anistia. Volta para Assaré;
1981 -
Apresenta-se com o Fagner no Festival de Verão do Guarujá, São Paulo. O Banco
do Estado do Ceará produz o disco Patativa do Assaré;
1982 -
Participa, em Fortaleza, do show Canto Popular, realizado na Concha Acústica da
Universidade Federal do Ceará;
1984 - É
inaugurado em Assaré, o Centro de Cultura Popular Patativa do Assaré. Participa das manifestações favoráveis à realização
de eleições diretas no Brasil;
1984 - Em
Fortaleza, Rosemberg Cariry e Jefferson Jr. dirigem o documentário de curta metragem Patativa do Assaré: Um Poeta do Povo;
1985 - Lança o
disco Patativa do Assaré;
1988 -
Submete-se a uma cirurgia de transplante de córnea na cidade de Campinas, São
Paulo;
1989 - Lança o
disco Canto Nordestino. Apresenta-se em dois shows em São Paulo, o primeiro com
Théo Azevedo, no Memorial da América Latina, e o outro com Fagner, no Teatro
das Nações;
1991 - Com seu
sobrinho Geraldo Gonçalves, organiza o livro Balseiros, com poemas de sua
autoria e de diversos outros autores assareenses
Patativa do Assaré, por (...) |
1995 - Em
cerimônia realizada em Fortaleza, é homenageado com a Medalha José de Alencar,
oferecida pelo presidente da república; Fernando Henrique Cardoso. É lançado o
disco Patativa do Assaré: 85 Anos de Poesia;
1995 - A
Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, publica uma coletânea de textos em
homenagem ao poeta intitulada Aqui Tem Coisa;
1995 - Em
Fortaleza, Plácido Cidade Nuvens, publica o ensaio Patativa e o Universo
Fascinante do Sertão;
1999 - É
inaugurado em Assaré o Memorial Patativa do Assaré;
2001 - Recebe
o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Regional de Cariri, da
Universidade Federal do Ceará e da Universidade Tiradentes de Sergipe;
2002 - As
fundações Demócrito Rocha e Raimundo Fagner relançam, em CD, os discos gravados
pelo artista;
2002 - Morre
na cidade de Crato, no dia 8 de julho.
"Aqui de longínqua serra / De Camões o que direi? / Quer na paz ou quer na guerra / que ele foi grande eu bem sei / exaltou a sua terra mais do que seu próprio rei / e por isso é sempre novo no coração do seu povo / e eu, que das coisas terrestres tenho bem poucas noções / porque no tive dos mestres as preciosas lições / só tenho flores silvestres pra coroa de Camões / veja a minha pequenez ante o bardo português."
- Patativa do Assaré, em "Patativa do Assaré – Digo e não peço segredo". (Organização e prefácio Luiz Tadeu Feitosa). São Paulo: Editora Escrituras, 2001, p. 20.
Patativa do Assaré, por Walber Benevídes |
PRÊMIOS E TÍTULOS
1982 - Diploma de “Amigo
da Cultura”, outorgado pela Secretaria da Cultura do Estado,
pela “decidida atuação a favor do aprimoramento cultural do Ceará”;
1982 - Cidadão de
Fortaleza, título aprovado pela Câmara Municipal;
1987 - Medalha da
Abolição, pelos “relevantes serviços prestados ao Estado”;
1989 - Doutor Honoris
Causa pela Universidade Regional de Cariri – Cariri/CE;
1995 - Prêmio do
Ministério da Cultura na categoria Cultura Popular entregue pelo
Presidente da República Fernando Henrique Cardoso no Teatro José de Alencar,
Fortaleza/CE;
1998 - Medalha Francisco
Gonçalves de Aguiar, do Governo do Estado do Ceará, outorgada
pela Secretaria de Recursos Hídricos, em 22 de maio;
1999 - Doutor Honoris
Causa da Universidade Estadual do Ceará - UECE;
1999 - Doutor Honoris
Causa da Universidade Federal do Ceará - UFC;
1999 - Prêmio Unipaz,
VII Congresso Holístico Brasileiro, Fortaleza, dia 20 de outubro;
2000 - Cidadão do Rio
Grande do Norte;
2000 - Doutor Honoris
Causa da Universidade Tiradentes, de Sergipe;
2001 - Troféu “Sereia de
Ouro”, do Grupo Edson Queiroz, no Memorial Patativa do Assaré,
dia 28 de setembro;
2002 - Prêmio FIEC,
"Artista do Turismo Cearense", Fortaleza;
Patativa do Assaré - Foto: Antonio Vicelmo |
2003 - Prêmio UniPaz,
V Congresso Holístico de Crianças e Jovens, Fortaleza;
2004 - Cidadão
Empreendedor, da Escola de Formação de Empreendedores Sociais -
EFESO;
2004 - Troféu MST,
homenageado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra;
2005 - Medalha
Ambientalista Joaquim Feitosa;
2005 - Doutor Honoris
Causa da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN),
Mossoró, Rio Grande do Norte.
HOMENAGENS
1989 -
Inauguração da rodovia “Patativa do Assaré”, com 17 km, ligando Assaré a
Antonina do Norte;
1991 - Enredo
da Escola Acadêmicos do Samba, de Fortaleza/CE;
1999 -
Inauguração do Memorial Patativa do
Assaré – Assaré/CE;
2005 -
Inauguração da Biblioteca Pública Patativa do Assaré, Piauí;
2005 -
Inauguração da Biblioteca Municipal Patativa do Assaré, Vila Nova, Piauí.
"Patativa é certamente um dos grandes poetas populares brasileiros."
- Ariano Suassuna
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
"Mudei para cá por causa do estudo dos meus netos. Meus filhos todos pobres, com o estado financeiro muito fraco, viu? E eu que tinha mais jeito, passei para o Assaré para que os meninos estudassem, ficassem lendo e escrevendo. [...] Por que o analfabetismo é até um crime, é uma tristeza. rapaz, o analfabetismo é, é uma tristeza, é um crime."
- Patativa do Assaré, em "Patativa do Assaré: as razões da emoção: capítulo de uma poética sertaneja", de Cláudio Henrique Sales Andrade. Fortaleza: UFC; São Paulo: Nankim, 2003. p. 59.
OBRA DE PATATIVA DO ASSARÉ
[primeiras edições]
Poesia
Patativa do Assaré, por Glauco |
Inspiração nordestina. Rio de Janeiro,
Borsoi Editor, 1956.
Inspiração nordestina: cantos do Patativa.
Rio de Janeiro, Borsoi Editor, 1967.
Patativa do Assaré: novos poemas comentados.,
por José de Figueiredo Filho, Fortaleza: Imprensa Universitária, 1970.
Cante lá que eu canto cá. [Filosofia de um trovador
nordestino].. (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro:
Editora Vozes, 1978.
Ispinho e Fulô. (Organização Antônio
Gonçalves da Silva; edição Rosemberg Cariry). Fortaleza: IOCE, 1988; Rio de
Janeiro: Editora Vozes, 1990.
Cordéis do Patativa [caixa com 13
folhetos]. Juazeiro do Norte, Lira Nordestina: Edição Secult, apoio da
Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, 1993.
Aqui tem coisa. Fortaleza: Secult/IOCE,
1994.
Biblioteca de cordel: Patativa do Assaré.
(Organização Sylvie Debs). 2000.
Patativa do Assaré - Antologia Poética.
(Organização Francisco Gilmar Cavalcante de Carvalho). Fortaleza: Edições
Demócrito Rocha, 2001.
Melhores poemas de Patativa do Assaré.
(Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de Janeiro: Global Editora,
2006, 384p.
Cordéis e outros poemas. (Organização Francisco
Gilmar Cavalcante de Carvalho). Fortaleza: Editora UFCE, 2008.
Memória e
biografia
Folheto de cordel, arte Carlus |
Patativa do Assaré – Digo e não peço segredo.
(Organização e prefácio Luiz Tadeu Feitosa). São Paulo: Editora Escrituras,
2001, 134p.
Miscelânea
O Poeta do Povo. Vida e Obra do Patativa do Assaré.
[reúne obras inéditas, um ensaio fotográfico e um CD encartado com poemas
recitados por ele e entrevistas].. (Organização Assis Angelo). São Paulo: Ed. CPC-UMES, 1999.
Patativa e
outros poetas de Assaré
Balceiro. Patativa e outros Poetas de Assaré.
(Organização Patativa do Assaré e Geraldo Gonçalves de Alencar; e edição de
Rosemberg Cariry). Fortaleza, SECULT/IOCE, 1991.
Balceiro 2. Patativa e outros Poetas de Assaré.
(Organização Patativa do Assaré e Geraldo Gonçalves de Alencar São Paulo:
Terceira Margem/ Fortaleza: Secult., 2001.
Em parceria
Folheto de cordel, arte (...) |
Ao pé da mesa, motes e glosas. (Patativa
do Assaré e Geraldo Gonçalves de Alencar). São Paulo: Terceira Margem/
Fortaleza: Secult., 2001.
Antologias e
coletâneas (participação)
Nordestinos. [Coletânea poética do
Nordeste brasileiro].. (Organização Pedro Américo de Farias). Lisboa, Editorial
Fragmentos, 1994.
Letras ao Sol. [Antologia da Literatura
Cearense].. (Organização Osvald Barroso e Alexandre Barbalho). Fortaleza,
Fundação Demócrito Rocha, 1998.
Poésie du Nordeste du Brésil [Coletânea de poetas eruditos e populares
cearenses].. (tradução Jean-Pierre Rousseau e ilustrações de José Leite
Mesquita). Pairs/França: Edição Cahiers Bleus, 2002.
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas nunca esmorece, procura vencê,
Da terra adorada, que a bela caboca
De riso na boca zomba no sofrê.
Não nego meu sangue, não nego meu nome,
Olho para fome e pergunto: o que há?
Eu sou brasilêro, fio do Nordeste,
Sou cabra da peste, sou do Ceará."
- Patativa do Assaré, do poema " Sou cabra da peste", em “Melhores poemas de Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de Janeiro: Global Editora, 2006, p. 159.
Triste partida, composição de Patativa do Assoré, musica de Luiz Gonzaga
interpretação Luiz Gonzaga
"Patativa é a grande voz da poesia brasileira de todos os tempos. E não adianta querer enquadrá-lo em rótulos menores, como poeta popular, sertanejo, camponês. Sua voz, ativa, sonora e contundente, rompe as barreiras das divisões arbitrárias impostas pels preconceitos de parte da crítica e de alguns leitores. Herdeiro de uam tradição que se perfaz na voz, Patativa atualiza uma tradição que vem de Homero, Tirésias, Cego Aderaldo e faz uma poesia que não perde de vista a denúncia social (sem fazer disso manifesto) e se inscreve no telúrico, no amor, numa poesia que eu chamaria de cidadã."
- Gilmar de Carvalho
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
POEMAS ESCOLHIDOS DE PATATIVA DO ASSARÉ
A Verdade e a
mentira...
Foi a verdade e
a mentira
Nascida no
mesmo dia,
A verdade, no
chão duro
Porque nada
possuía
E a mentira por
ser rica
Nascer na cama
macia
E por causa
disto mesmo
Criou logo
antipatia,
Não gostava da
verdade,
Temendo a sua
energia,
Pois onde a
mentira fosse
A verdade
também ia
O que a mentira
apoiava
A verdade não
queria
O que a mentira
formava
A verdade
desfazia,
O segredo da
mentira
A verdade
descobria,
E a mentira
esmorecendo
Vendo que não
resistia
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
Chamou depressa
o dinhêro
Para sua
companhia,
Levou o dinhêro
com ele
A inveja, a
hipocrisia,
A ambição, a
calúnia,
O orgulho, o
crime e a ironia,
A soberba e a
vaidade
Que são da
mesma famia
E fizeo um tal
fofó
Um ingôdo, uma
ingrizia
Que a verdade pelejava
Pra desmanchá e
não podia
E a mentira
aposentou-se
Com esta grande
quadria.
Depois,
casou-se o dinherô
Com a sua prima
anarquia
E com quatro ou
cinco mês
Dela nasceu uma
fia,
Caçaro logo os
padrinho
Mas no mundo
não havia
Satanaz com a
mãe dele
Lhe apresentaro
na pia
E com todo
atrevimento
Com toda
demagogia
Caçaro um nome
bonito
Na sua infernal
cartia
E dissero: essa
menina
Se Chama
democracia,
Tudo se danou
de quente
E a verdade
ficou fria.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e
Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 1990. (grafia original)
Amanhã
Amanhã, ilusão
doce e fagueira,
Linda rosa
molhada pelo orvalho:
Amanhã,
findarei o meu trabalho,
Amanhã, muito
cedo, irei à feira.
Desta forma, na
vida passageira,
Como aquele que
vive do baralho,
Um espera a
melhora no agasalho
E outro, a cura
feliz de uma cegueira.
Com o belo
amanhã que ilude a gente,
Cada qual anda
alegre e sorridente,
Como quem vai
atrás de um talismã.
Com o peito
repleto de esperança,
Porém, nunca
nós temos a lembrança
De que a morte
também chega amanhã.
- Patativa do Assaré, em “Melhores poemas de
Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de
Janeiro: Global Editora, 2006.
Caboclo roceiro
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
Caboclo
Roceiro, das plagas do Norte
Que vive sem
sorte, sem terra e sem lar,
A tua desdita é
tristonho que canto,
Se escuto o meu
pranto me ponho a chorar
Ninguém te
oferece um feliz lenitivo
És rude e
cativo, não tens liberdade.
A roça é teu
mundo e também tua escola.
Teu braço é a
mola que move a cidade
De noite tu
vives na tua palhoça
De dia na roça
de enxada na mão
Julgando que
Deus é um pai vingativo,
Não vês o
motivo da tua opressão.
Tu pensas,
amigo, que a vida que levas
De dores e
trevas debaixo da cruz
E as crises
constantes, quais sinas e espadas
São penas
mandadas por nosso Jesus
Tu és nesta
vida o fiel penitente
Um pobre
inocente no banco do réu.
Caboclo não
guarda contigo esta crença
A tua sentença
não parte do céu.
O mestre divino
que é sábio profundo
Não faz neste
mundo teu fardo infeliz
As tuas
desgraças com tua desordem
Não nascem das
ordens do eterno juiz
A lua se apaga
sem ter empecilho,
O sol do seu
brilho jamais te negou
Porém os
ingratos, com ódio e com guerra,
Tomaram-te a
terra que Deus te entregou
De noite tu vives
na tua palhoça
De dia na roça,
de enxada na mão
Caboclo
roceiro, sem lar, sem abrigo,
Tu és meu
amigo, tu és meu irmão.
- Patativa do Assaré, em “Melhores poemas de
Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de
Janeiro: Global Editora, 2006.
Desilusão
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
Como a folha no
vento pelo espaço
Eu sinto o
coração aqui no peito,
De ilusão e de
sonho já desfeito,
A bater e a
pulsar com embaraço.
Se é de dia,
vou indo passo a passo
Se é de noite,
me estendo sobre o leito,
Para o mal
incurável não há jeito,
É sem cura que
eu vejo o meu fracasso.
Do parnaso não
vejo o belo monte,
Minha estrela
brilhante no horizonte
Me negou o seu
raio de esperança,
Tudo triste em
meu ser se manifesta,
Nesta vida
cansada só me resta
As saudades do
tempo de criança.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e
Fulô", Ceará: UECE/Prefeitura Municipal de Assaré, 2001, p. 182. (grafia
original)
Dois quadros
Na seca
inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais
quente e o céu mais azul
E o povo se
achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura
das terra do Sul.
De nuvem no
espaço, não há um farrapo,
Se acaba a
esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa
da festa do sapo,
Agita-se o
vento levando a poeira.
A grama no
campo não nasce, não cresce:
Outrora este
campo tão verde e tão rico,
Agora é tão
quente que até nos parece
Um forno
queimando madeira de angico.
Na copa redonda
de algum juazeiro
A aguda cigarra
seu canto desata
E a linda
araponga que chamam Ferreiro,
Martela o seu
ferro por dentro da mata.
O dia desponta
mostrando-se ingrato,
Um manto de
cinza por cima da serra
E o sol do
Nordeste nos mostra o retrato
De um bolo de
sangue nascendo da terra.
Porém, quando
chove, tudo é riso e festa,
O campo e a
floresta prometem fartura,
Escutam-se as
notas agudas e graves
Do canto das
aves louvando a natura.
Alegre esvoaça
e gargalha o jacu,
Apita o nambu e
geme a juriti
E a brisa
farfalha por entre as verduras,
Beijando os
primores do meu Cariri.
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
De noite
notamos as graças eternas
Nas lindas
lanternas de mil vagalumes.
Na copa da mata
os ramos embalam
E as flores
exalam suaves perfumes.
Se o dia
desponta, que doce harmonia!
A gente aprecia
o mais belo compasso.
Além do balido
das mansas ovelhas,
Enxames de
abelhas zumbindo no espaço.
E o forte
caboclo da sua palhoça,
No rumo da
roça, de marcha apressada
Vai cheio de
vida sorrindo, contente,
Lançar a
semente na terra molhada.
Das mãos deste
bravo caboclo roceiro
Fiel,
prazenteiro, modesto e feliz,
É que o ouro
branco sai para o processo
Fazer o
progresso de nosso país.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e
Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 1990. (grafia original)
Flores murchas
Depois do nosso
desejado enlace
Ela dizia,
cheia de carinho,
Toda ternura a
segredar baixinho:
— Deixa,
querido, que eu te beije a face!
Ah! se esta
vida nunca mais passasse!
Só vejo rosas,
sem um só espinho;
Que bela aurora
surge em nosso ninho!
Que lindo sonho
no meu peito nasce!
E hoje, a
coitada, sem falar de amor,
Em vez daquele
natural vigor,
Sofre do tempo
o mais cruel carimbo.
E assim
vivendo, de mazelas cheia,
Em vez de
beijo, sempre me aperreia
Pedindo fumo
para o seu cachimbo.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e
Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 1990. (grafia original)
Minha viola
Minha viola
querida,
Certa vez, na
minha vida,
De alma triste
e dolorida
Resolvi te
abandonar.
Porém, sem as
notas belas
De tuas cordas
singelas,
Vi meu fardo de
mazelas
Cada vez mais
aumentar.
Vaguei sem
achar encosto,
Correu-me o
pranto no rosto,
O pesadelo, o
desgosto,
E outros
martírios sem fim
Me faziam, com
surpresa,
Ingratidão,
aspereza,
E o fantasma da
tristeza
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
Chorava junto
de mim.
Voltei
desapercebido,
Sem ilusão, sem
sentido,
Humilhado e
arrependido,
Para te pedir
perdão,
Pois tu és a
jóia santa
Que me prende,
que me encanta
E aplaca a dor
que quebranta
O trovador do
sertão.
Sei que, com
tua harmonia,
Não componho a
fantasia
Da profunda
poesia
Do poeta
literato,
Porém, o verso
na mente
Me brota
constantemente,
Como as águas
da nascente
Do pé da serra
do Crato.
Viola, minha
viola,
Minha
verdadeira escola,
Que me ensina e
me consola,
Neste mundo de
meu Deus.
Se és a estrela
do meu norte,
E o prazer da
minha sorte,
Na hora da
minha morte,
Como será nosso
adeus?
Meu predileto
instrumento,
Será grande o
sofrimento,
Quando chegar o
momento
De tudo se
esvaicer,
Inspiração,
verso e rima.
Irei viver lá
em cima,
Tu ficas com
tua prima,
Cá na terra, a
padecer.
Porém, se na
eternidade,
A gente tem
liberdade
De também
sentir saudade,
Será grande a
minha dor,
Por saber que,
nesta vida,
Minha viola
querida
Há de passar
constrangida
Às mãos de
outro cantor.
- Patativa do Assaré, em “Melhores poemas de
Patativa do Assaré”. (Seleção e apresentação de Cláudio Portela). Rio de
Janeiro: Global Editora, 2006.
O peixe
Tendo por berço o lago cristalino,
Folga o peixe,
a nadar todo inocente,
Medo ou receio
do porvir não sente,
Pois vive
incauto do fatal destino.
Se na ponta de
um fio longo e fino
A isca avista,
ferra-a insconsciente,
Ficando o pobre
peixe de repente,
Preso ao anzol
do pescador ladino.
O camponês,
também, do nosso Estado,
Ante a campanha
eleitoral, coitado!
Daquele peixe
tem a mesma sorte.
Antes do
pleito, festa, riso e gosto,
Depois do
pleito, imposto e mais imposto.
Pobre matuto do
sertão do Norte!
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e
Fulô". (Organização Antônio Gonçalves da Silva). Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 1990. (grafia original)
Saudade
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
Saudade dentro
do peito
É qual fogo de
monturo
Por fora tudo
perfeito,
Por dentro
fazendo furo.
Há dor que mata
a pessoa
Sem dó e sem
piedade,
Porém não há
dor que doa
Como a dor de
uma saudade.
Saudade é um
aperreio
Pra quem na
vida gozou,
É um grande
saco cheio
Daquilo que já
passou.
Saudade é canto
magoado
No coração de
quem sente
É como a voz do
passado
Ecoando no
presente.
A saudade é
jardineira
Que planta em
peito qualquer
Quando ela
planta cegueira
No coração da
mulher,
Fica tal qual a
frieira
Quanto mais
coça mais quer.
- Patativa do Assaré, em "Ispinho e
Fulô", Ceará: UECE/Prefeitura Municipal de Assaré, 2001, p. 138. (grafia
original)
Sina
Eu venho desde
menino
Desde muito
pequenino
Cumprindo o
belo destino
Que me deu
Nosso Senhor
Ilustração (...) |
Não nasci pra
ser guerreiro
Nem infeliz
estrangeiro
Eu num me
entrego ao dinheiro
Só ao olhar do
meu amor
Carrego nesses
meus ombros
O sinal do
Redentor
E tenho nessa
parada
Quanto mais
feliz eu sou
Eu nasci pra
ser vaqueiro
Sou mais feliz
brasileiro
Eu num invejo
dinheiro
Nem diploma de
doutor
- Patativa do Assaré (musicado e gravado por
Fagner)
Vida sertaneja
Sou matuto
sertanejo,
Daquele matuto
pobre
Que não tem
gado nem quêjo,
Nem ôro, prata,
nem cobre.
Sou sertanejo
rocêro,
Eu trabaio o
dia intêro,
Que seja
inverno ou verão.
Minhas mão é
calejada,
Minha péia é
bronzeada
Da quintura do
sertão.
Por força da
natureza,
Sou poeta
nordestino,
Porém só canto
a pobreza
Do meu mundo
pequenino.
Eu não sei
cantá as gulora,
Também não
canto as vitora
Dos herói com
seus brasão,
Nem o má com
suas água...
Só sei cantá
minhas mágua
E as mágua de
meus irmão.
Canto a vida
desta gente
Que trabaia
inté morrê
Sirrindo,
alegre e contente,
Sem dá fé do
padecê,
Desta gente sem
leitura,
Que, mesmo na
desventura,
Se sente alegre
e feliz,
Sem nada sabê
na terra,
Sem sabê se
existe guerra
De país cronta
país.
Eu canto o
forte cabôco,
De gibão e
chapéu de côro,
Que, com corage
de lôco,
Infrenta a
raiva do tôro
Com um agudo
ferrão.
E das noite de
São João
Eu canto as
bela foguêra
Com seu fogo
milagroso,
Segredo
misterioso
Das moça
casamentêra.
Eu canto o
sertão querido,
A fonte dos
meus poema,
Onde se iscuta
o tinido
Do grito da
sariema
E onde o
sertanejo véio
Observa os
Evangéio
E nas noite de
luá,
Sirrindo,
alegre e ditoso,
Conta istora de
Trancoso
Para o seu neto
iscutá.
Sou sertanejo e
me gabo
De já tê visto
o vaquêro,
Atrás do novio
brabo
Atravessá o
tabulêro.
Amo a vida
camponesa,
Nunca invejei a
beleza
E a fantasia da
praça.
Eu sou irmão do
cabôco,
Que ri, que
zomba e faz pôco
Da sua própia
desgraça.
Cabôco que não
cubiça
Riqueza nem
posição
E nem aceita a
maliça
Morá no seu
coração.
Cabôco que,
nesta vida,
Além da sua
comida,
O que mais
estima e qué,
É a paz, a
honra e o brio,
O carinho de
seus fio
E a bondade da
muié.
O que mais
preza e percura
O matuto
camponês
É não quebrá
sua jura,
Que, no
casamento, fez.
Sem enfado e
sem preguiça,
Quando vai uvi
a missa,
De paz, amô e
alegria,
Leva o seu
coração cheio,
Prumode uvi os
consêio
Do padre da
freguezia.
Com a famia que
tem,
Não inveja nem
deseja
O gozo de seu
ninguém.
Mas, por
infelicidade,
Cronta seu
gosto e vontade,
Munta vez, o
pobre vê
A muié morrê de
parto,
Gemendo dentro
de um quarto,
Sem ninguém lhe
socorrê.
Morre aquela
criatura,
Depois, a pobre
coitada,
No rumo da
sepultura,
Vai numa rêde
imbruiada.
Um adjunto de
gente,
Uns atrás,
ôtros na frente,
Num apressado
rojão,
Quando um
sorta, o ôtro pega:
É assim que se
carrega
Morto pobre, no
sertão.
Fica, o viúvo,
coitado!
De arma triste
e dilurida,
Para sempre
separado
Do mió de sua
vida,
Mas, porém, não
percebeu
Que a sua muié
morreu,
Só por fartá um
dotô.
E, como nada
conhece,
Diz, rezando a
sua prece:
Foi Deus que
ditriminou!
Pensando assim
desta forma,
Resignado,
padece;
Paciente, se
conforma
Com as coisa
que acontece.
Coitado! Ignora
tudo,
Pois ele não
tem estudo,
Também não tem
assistença.
E por nada
conhecê
Em tudo o
camponês vê
O dedo da
Providença.
Conhece, repara
e vê
É tê que pagá
tributo
Sem ninguém lhe
socorrê,
É derramá seu
suó,
Com paciença de
Jó,
Mode botá seu
roçado,
Esperto, forte
e disposto
E tê que pagá
imposto
Sem ninguém tê
lhe ajudado.
Às vez, alegre
e contente,
Quanto é tempo
de fartura,
Ele diz pra sua
gente:
Nossa safra tá
segura!
Mas, de
repente, intristece,
Pruquê magina e
conhece
Que os home de
posição
Só óia para o
seu rosto
Pra ele pagá
imposto
Ou votá nas
inleição.
Quando aparece
um sujeito,
De gravata e
palitó,
Todo alegre e
sastifeito,
Como quem caça
xodó,
O matuto
experiente
Repara pra sua
gente
E, sem tê medo
de errá,
Diz, com um
certo desgosto:
<
Ou pedi pra
nóis votá>>
- Patativa do Assaré, em "Cante lá que eu
canto cá". [Filosofia de um trovador nordestino].. (Organização Antônio
Gonçalves da Silva). 5ª ed., Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1984. (grafia
original)
Patativa do Assaré - Foto: Guy Veloso (2001) |
FORTUNA CRÍTICA DE PATATIVA DO ASSARÉ
(Estudos acadêmicos: livros teses, dissertações, monografias, artigos e ensaios)
AGUIAR, Rafael
Hofmeister de. Patativa do Assaré: voz
habitante da identidade sertaneja. (Dissertação Mestrado em Processos e
Manifestações Culturais). Universidade Feevale, FEEVALE, 2013.
AGUIAR, Rafael
Hofmeister de; CONTE, Daniel. Patativa do Assaré: o canto ilimitado.
In: Juracy Assamann Saraiva; Paula Regina Puhl. (Org.). Processos Culturais e
suas Manifestações. 1ª ed., Novo Hamburgo: FEEVALE, 2012, v. 1, p. 95-116.
ALENCAR, Maria
Silvana Militão de. A Linguagem Regional
Popular na Obra de Patativa do Assaré: Aspectos Fonético-Lexicais.
(Dissertação Mestrado em Linguística). Universidade Federal do Ceará, UFC,
1997.
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
ALENCAR, Maria
Silvana Militão de. Marcas de Oralidade
na Poesia de Patativa do Assaré. In: I Congresso Nacional de Literatura - I
CONALI, 2012, João Pessoa. EU, cem anos de poesia. João Pessoa: Ideia, 2012. p.
1296-1305.
ALENCAR, Maria
Silvana Militão de; CARVALHO, G.. O léxico regional e o prestígio social das
palavras. In: CARVALHO, Gilmar de. (Org.). Patativa em sol maior.
Fortaleza: Edições UFC, 2009, v. , p. 79-92.
ALMEIDA, Ivone
Tormin Afonso de. Naturalidade na fala de
Patativa do Assaré: Poeta Popular do Nordeste. (Dissertação Mestrado em
Letras e Lingüística). Universidade Federal da Bahia, UFBA, 1985.
ANDRADE,
Cláudio Henrique Sales. Patativa do Assaré: As razões da emoção
(Capítulos de uma Poética Sertaneja). 1ª ed., São Paulo: Nakin Editorial,
2004. v. 1. 239p.
ANDRADE,
Cláudio Henrique Sales. Aspectos e
Impasses da Poesia de Patativa do Assaré. (Tese Doutorado em Letras).
Universidade de São Paulo, USP, 2008. Disponível no link. (acessado em 29.8.2013).
ANDRADE,
Cláudio Henrique Sales. Patativa do
Assaré: As razões da emoção - Capítulos de uma poética sertaneja.
(Dissertação Mestrado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, 2001.
ANDRADE,
Cláudio Henrique Sales. Leitura
sociológica de um discurso camponês em chave literária. REVISTA USP, São
Paulo, n.56, p. 106-124, dezembro/fevereiro 2002-2003. Disponível no link. (acessado 29.8.2013).
ANDRADE,
Cláudio Henrique Sales. Patativa do
Assaré: Um Dilúvio de Rimas sobre o Sertão.. Discutindo Literatura, São
Paulo, p. 50-57, 2004.
ASSARE,
Patativa (Org.); CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. (Org.). Cordéis -
Patativa do Assaré. 2ª ed., Fortaleza: Edições UFC, 2012. v. 1.000. 360p.
BEZERRA FILHO,
José. A Literatura de Cordel e a Poesia
de Patativa do Assaré. (Monografia Graduação em Letras - Português/Inglês).
Universidade Estadual de Maringá, UEM, 2003.
BRITO, Antonio
Iraildo Alves de.. Patativa do Assaré: porta-voz de um povo. 1ª ed., São Paulo:
Paulus, 2010. v. 1. 200p.
BRITO, Antonio
Iraildo Alves de.. Poética sertaneja: aspectos do sagrado em Patativa do Assaré.
(Dissertação Mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade). Universidade de
Caxias do Sul, UCS, 2009. Disponível no link. (acessado 29.8.2013).
BRITO, Antonio
Iraildo Alves de.. Patativa do Assaré:
Mediador e Intérprete do Sagrado. Nonada (Porto Alegre), v. Vol. 1, p.
6-22, 2010. Disponível no link. (acessado 30.8.2013).
BRITO, Antonio
Iraildo Alves de.. Patativa do Assaré:
Porta-voz do Sertão. Conexão (UCS), v. 8, p. 179-193, 2009. Disponível no
link. (acessado 30.8.2013).
BRITO, A. I. A.. Um passarinho poeta. Revista Páginas Abertas (São Paulo), v. 38, p. 20-20. Paulus, 2013.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. Patativa do Assaré: uma voz poética e profética do Brasil profundo. Revista Vida Pastoral, v. 55, p. 23-32. Paulus, 2014.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. Recorte e Conexões: Processos criativos em Patativa do Assaré. In: II CLISEM - Congresso Linguagem, Identidade, Sociedade: estudos sobre as mídias - diferentes diálogos e reflexões, 2015, São Paulo. II CLISEM, 2015.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. Uma voz que amplifica o Sertão. In: Anais do I Simpósio de Comunicação e Cultura, 2015. p. 1651-1662.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. A Voz como Cultura: uma abordagem a partir de Patativa do Assaré. In: III Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cultura, 2015, Crato. Anais do III Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cultura, 2015. p. 135-144.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. A Letra e a Voz: A Tradução do Sertão - Considerações a partir de Inspiração Nordestina, primeira coletânea de poemas escrita do poeta Patativa do Assaré. In: XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Rio de Janeiro, 2015.
BRITO, Francisco de Assis. O Metapoema em Patativa do Assaré: Uma Introdução ao Pensamento Literário do Poeta. Crato, Faculdade de Filosofia, 1984.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. Patativa do Assaré: uma voz poética e profética do Brasil profundo. Revista Vida Pastoral, v. 55, p. 23-32. Paulus, 2014.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. Recorte e Conexões: Processos criativos em Patativa do Assaré. In: II CLISEM - Congresso Linguagem, Identidade, Sociedade: estudos sobre as mídias - diferentes diálogos e reflexões, 2015, São Paulo. II CLISEM, 2015.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. Uma voz que amplifica o Sertão. In: Anais do I Simpósio de Comunicação e Cultura, 2015. p. 1651-1662.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. A Voz como Cultura: uma abordagem a partir de Patativa do Assaré. In: III Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cultura, 2015, Crato. Anais do III Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cultura, 2015. p. 135-144.
BRITO, Antonio Iraildo Alves de.. A Letra e a Voz: A Tradução do Sertão - Considerações a partir de Inspiração Nordestina, primeira coletânea de poemas escrita do poeta Patativa do Assaré. In: XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Rio de Janeiro, 2015.
BRITO, Francisco de Assis. O Metapoema em Patativa do Assaré: Uma Introdução ao Pensamento Literário do Poeta. Crato, Faculdade de Filosofia, 1984.
CARNEIRO,
Henrique Figueiredo; ROCHA, Henrique
Pereira; MARTINS, Jose Clerton de
Oliveira. Percepções do sofrimento
psíquico na obra de patativa do Assaré. Psicologia & Sociedade
(Online), v. 23, p. 592-597, 2011.
CARNEIRO,
Henrique Figueiredo; ROCHA, Henrique
Pereira; MARTINS, Jose Clerton de
Oliveira. Eu canto o sertão que é meu:
escrituras de sertão na poesia de Patativa de Assaré. Revista de História
(UFES), v. 24, p. 298-319, 2010.
CARNEIRO,
Henrique Figueiredo; ROCHA, Henrique
Pereira; MARTINS, Jose Clerton de
Oliveira. Música e poesia do ser(tão) nordestino
de Patativa do Assaré.. Opus (Belo Horiz. Online), v. 13, p. 54-72, 2007. Disponível
no link. (acessado 29.8.2013).
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de (Org.). Cordel Canta
Patativa. 1ª ed., Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002. v. 1000. 311p.
CARVALHO,
Francisco Gilmar Cavalcante de (org.). Patativa
do Assaré- Antologia Poética. 1ª ed., Fortaleza: Edições Demócrito Rocha,
2001. v. 1000. 323p.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de(Org.); REINALDO,
G. F. (Org.); FEITOSA, L. T. (Org.);
FRANCA JR., L. C. (Org.); LEMAIRE, R. (Org.); MATOS, E. (Org.); BENJAMIN, R. (Org.); ANDRADE,
C. H. S. (Org.); ALENCAR, M. S. M.
(Org.); DEBS, S. (Org.); MENDES, S. (Org.); CHEN, L. R. (Org.); SANTOS,
F. (Org.). Patativa em Sol Maior
[Treze Ensaios sobre o Poeta Pássaro]. 1ª ed., Fortaleza: Edições UFC, 2009. v.
1000. 193p.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Cem Patativa.
1ª ed., Fortaleza: Omni, 2009. v. 1000. 215p.
CARVALHO,
Francisco Gilmar Cavalcante de. Patativa
do Assaré - Pássaro Liberto. Edição Museu do Ceará, Fortaleza, 2002; 2ª
ed., Fortaleza: Museu do Ceará, 2011. v. 1000. 174p.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Patativa do Assaré-
um poeta cidadão. 1ª ed., São Paulo: Expressão Popular, 2008. v. 3000.
101p.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Patativa do Assaré:
Memórias da Cantoria. OPSIS (UFG), Catalão-GO, v. 2, p. 09-20, 2002.
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Patativa do Assaré:
memória e poética. MOARA, v. 5, p. 93-99, 1996.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Patativa do Assaré:
Natureza e Cultura. Revista do GELNE (UFC), Fortaleza, v. 2, p. 129-132,
1999.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Patativa do Assaré:
Poesia, Profecia e Performance. Revista de Ciências Sociais (Fortaleza),
Fortaleza, v. 30, p. 28-36, 1999.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Patativa e a
Comunidade Poética da Serra de Santana. Revista do GELNE (UFC), Fortaleza,
v. 2, p. 144-147, 2000.
CARVALHO,
Francisco Gilmar Cavalcante de. Patativa
Poeta Pássaro do Assaré. Fortaleza: Editora Inside Brasil, 2000; 2ª ed.,
Fortaleza: Omni Editora Asociados, 2002. v. 1000. 187p.
CARVALHO, Francisco
Gilmar Cavalcante de. Um aedo sertanejo -
Patativa do Assaré e o mundo do cordel. Revista da Biblioteca Mário de
Andrade, v. 66, p. 135-157, 2011.
CARVALHO,
José. O matuto Cearense e o Caboclo do
Pará. Reedição. Fortaleza: Edições UFC, 1973.
COBRA,
Cristiane Moreira. Literatura Popular e
Religiosidade: criatividade e hermenêutica em Patativa do Assaré. Último
Andar (PUCSP), v. nº15, p. página 29-página 48, 2006.
COBRA,
Cristiane Moreira. Patativa do Assaré,
uma hermenêutica criativa: a reinvenção da religiosidade na nação semi-árida.
(Dissertação Mestrado em Ciências da Religião). Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, PUC/SP, 2006. Disponível no link. (acessado 30.8.2013).
COBRA,
Cristiane Moreira. Patativa do Assaré:
Hermenêutica criativa da religiosidade no semi-árido. 1ª. ed., São Paulo:
Daikoku, 2010. v. 1. 152p.
COBRA,
Cristiane Moreira. Patativa do Assaré:
relações entre Estética, Hermenêutica, Religião e Arte. Rever (PUCSP), v.
ano 6, p. 1-16, 2006.
COSTA NETO,
Candido Bezerra da. Patativa do Assaré:
Dr. Honoris Causa. In: Inacio Arruda. (Org.). Patativa do Assaré: Poeta
Universal. Fortaleza: Gráfica Pouchain Ramos, 2009, v., p. 81-85.
COSTA,
Alessandro Lopes da. Discurso Popular e
Memória em Vicença e Sofia ou o Castigo de Mamãe de Patativa do Assaré.
(Dissertação Mestrado em Lingüística). Universidade Cruzeiro do Sul, UNICSUL,
2012.
DEBS, Sylvie. Patativa do Assaré – Uma voz do Nordeste.
São Paulo: Editora Hedra, 2000.
FEITOSA, Luiz
Tadeu. Diário de uma viagem. In: Gilmar
de Carvalho. (Org.). Patativa em sol maior: treze ensaios sobre o poeta
pássaro. 1ª ed., Fortaleza: Edições UFC, 2009, v. , p. 151-174.
FEITOSA, Luiz
Tadeu. O sertão de Patativa. Enredo:
revista da cultura, Fortaleza - Ceará, p. 8 - 15, 1 fev. 2009.
FEITOSA, Luiz
Tadeu. Patativa do Assaré: a imortalidade
do canto. In: Grupo de Estudos Lingüìsticos do Nordeste, 2002, Fortaleza.
Revista do Gelne. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 1999. v. 4. p.
307-315.
FEITOSA, Luiz
Tadeu. Patativa do Assaré: a trajetória
de um canto. (Tese Doutorado em Sociologia). Universidade Federal do Ceará,
UFC, 2002.
FEITOSA, Luiz
Tadeu. Patativa do Assaré: a trajetória
de um canto. 1ª ed., São Paulo:
Escrituras, 2003. v. 2000. 220p.
FEITOSA, Luiz
Tadeu. Um olhar sobre a vida e a obra de
Patativa do Assaré. In: Inácio Arruda. (Org.). Patativa do Assaré: poeta
universal. 1ª ed., Fortaleza: Gráfica Pouchain Ramos, 2009, v. , p. 54-62.
FERREIRA,
Rejane Maria de Araujo. Patativa do
Assaré: uma abordagem discursiva em... (Dissertação Mestrado em Letras).
Universidade Federal da Paraíba, UFPB, 2002.
FIGUEIREDO,
José Alves de. Patativa do Assaré.
Fortaleza: 1970.
FREIRE JUNIOR,
Orlando. Patativa do Assaré além da
inspiração: interações oralidade/escrita na poesia política de Patativa do
Assaré. (Dissertação Mestrado em Pós Graduação Em Literatura e Diversidade
Cultural). Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS, 2003.
FREIRE JUNIOR,
Orlando; DIAS, Léa Costa Santana. Patativa do Assaré leitor crítico de Castro
Alves. Revista Outros Sertões, v. 1, p. 95-103, 2005.
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
JACOB, Livia
Penedo. Aspectos Expressivos na Linguagem
Regional de Patativa de Assaré: Morfologia e Sintaxe. (Monografia Graduação
em Letras). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, 2007.
LEMOS, Julia
Cristina de Araujo. Patativa do Assaré. (Dissertação Mestrado em Estudos Românicos).
Universidade de Lisboa, UL, Portugal, 2006.
LEONARDELI,
Poliana Bernabé. Patativa do Assaré:
oralidade, memória e religiosidade. (Dissertação Mestrado em Letras).
Universidade Federal do Espírito Santo, UFES, 2009. Disponível no link. (acessado 29.8.2013).
LUCENA, Bruna
Paiva de. Estereotipos na literatura de
cordel: uma análise das personagens femininas na obra de Patativa do Assaré.
(Monografia Graduação em Letras). Universidade de Brasília, UNB, 2007.
LUCENA, Bruna
Paiva de. Novas dicções no campo
literário brasileiro: Patativa do Assaré e Carolina Maria de Jesus. Estudos
de Literatura Brasileira Contemporânea, v. 1, p. 73-92, 2009.
LUCENA, Bruna
Paiva de; DALCASTAGNÈ, Regina; LINS, P. D.. Novas dicções no campo literário brasileiro: Patativa do Assaré e
Carolina Maria de Jesus. In: Regina Dalcastagnè; Paulo C. Thomaz. (Org.).
Pelas margens: representação na narrativa brasileira contemporânea. Vinhedo:
Editora Horizonte, 2011, v., p. 82-100.
MATIAS,
Janaína Moreno. Um ser(tão) de vozes: o
estilo e acabamento estético na poesia de Patativa do Assaré. (Dissertação
Mestrado em Estudos da Linguagem). Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
UFRN, 2012.
MATIAS,
Janaína Moreno. Um ser (tão) de vozes: o
estilo e o acabamento estético na poesia de Patativa do Assaré. [artigo], Disponível
no link. (acessado 30.8.2013).
MONTEIRO,
Regina Marcia de Souza. A trajetória de
Patativa do Assaré na Mídia: um novo olhar sobre o cordel. (Dissertação
Mestrado em Mestrado em Mediação Cultural e Literária). Universidade do Minho,
UMINHO, Portugal, 2012.
MOREIRA,
Geovanny Cezar de Araújo. O Canto do
Matuto: a filosofia crítica da poética de Patativa do Assaré. (Dissertação
Mestrado em Literatura Brasileira). Universidade de Brasília, UNB, 2005.
MOURA, Hernany
Donato de. O sertão de Patativa do Assaré.
(Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal de Sergipe, UFS, 2011.
NASCIMENTO,
Maria Eliza Freitas do. Entre discurso e
poesia: discutindo a identidade nordestina em Patativa do Assaré. In: Maria
Denilda Moura, Marcelo Amorim Sibaldo, Adeilson Pinheiro Sedrins. (Org.). Novos
Desafios da Língua: Pesquisas em Língua Falada e Escrita. 1ª ed., Maceió:
EDUFAL, 2010, v. 1, p. 83-86.
NASCIMENTO,
Maria Eliza Freitas do. Memória e identidade:
lados da mesma moeda na poesia popular de Patativa do Assaré. In: Sébastien
Joachim. (Org.). II Cidadania Cultural: diversidade cultural - linguagens e
identidades. Olinda: Livro Rápido, 2007, v. II, p. 939-947.
NASCIMENTO,
Maria Eliza Freitas do. Sentido, memória
e identidade no discurso poético de Patativa do Assaré. (Dissertação
Mestrado em Letras). Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, 2008.
NASCIMENTO,
Maria Eliza Freitas do. Sentido, memória
e identidade no discurso poético de Patativa do Assaré. 1ª ed., Recife:
Edições Bagaço, 2010. v. único. 163p.
NASCIMENTO, P.
S.; NÓBREGA, Geralda Medeiros. Descortinamento de um novo ethos na poética
de Patativa do Assaré: uma abordagem ecocrítica. In: Zélia Monteiro Bora;
Sarita Monteiro Bora Paulo; Aldemir Delfino Lopes. (Org.). As Linguagens da
Natureza e suas Representações Congresso Nacional de Literatura e Ecocrítica. 1ª
ed., João Pessoa: UFPB, 2012, v. 1, p. 634-650.
NASCIMENTO,
Paula Santos. Descortinamento de um novo
"ethos" na poética de Patativa do Assaré: uma abordagem ecocrítica.
(Dissertação Mestrado em Literatura e Interculturalidade). Universidade
Estadual da Paraíba, UEPB, 2012.
atativa do Assaré - Foto: (...) |
NUVENS,
Plácido Cidade. Patativa do Assaré – Um Clássico. A Província Edições. Crato, 2002.
NUVENS,
Plácido Cidade. Patativa e o Universo
Fascinante do Sertão. Fortaleza: Fundação Edson Queiroz, Unifor, 1995.
O LEGADO: memória: os versos que brotavam da alma.
[Cad. C.], Jornal do Commercio, Recife, 14 jul. 2002.
PINHEIRO,
Maria do Socorro. A Criação Poética de
Patativa do Assaré. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal
do Ceará, UFC, 2006.
PINHEIRO,
Maria do Socorro. Patativa do Assaré:
entre o oral e o escrito. Diadorim (Rio de Janeiro), v. 1, p. 7-214, 2006.
PINHEIRO,
Maria do Socorro. Patativa do Assaré: o
poeta do sertão e o sertão do poeta. In: Carlos Gildemar Pontes. (Org.). A
literatura e seus tentáculos; saberes e dizeres sobre a arte literária e sua
essência. 1ª ed., Fortaleza: Bagagem, 2011, v. 1, p. 9-192.
PINHEIRO,
Maria do Socorro. Patativa do Assaré:
poesia que brota da terra. Revista de Letras (Fortaleza), v. 1/2, p. 5-124, 2005. Disponível no link. (acessado 30.8.2013).
PINHO, Katia
Rose Oliveira de. Patativa do Assaré: do
preconceito à realidade literária. In: Cirinea do amaral Cezar; Margarida
Maria de Souza Pereira; Maria Lucia Cordeiro de Menezes. (Org.). Mosaico
cultural: múltiplos olhares sobre a cultura brasileira.. Recife: Baraúna, 2004,
v. 1, p. 139-147.
POLETTO,
Juarez; RODRIGUES, Luciana A.. Inspiração nordestina: uma representação do
trabalhador no cordel de Patativa do Assaré. In: Nanci Stancki da Luz;
Décio Estevão do Nascimento; Marilda Lopes Pinheiro Queluz. (Org.). Tecnologia
e sociedade: transformações sociais. 1ª ed., Curitiba: Editora da UTFPR, 2011,
v., p. 143-155.
ROCHA,
Henrique Pereira. Dimensões do sofrimento
cearense a partir da poesia popular: territorialidade e Identificação na obra
de Patativa do Assaré. (Dissertação Mestrado em Psicologia). Universidade
de Fortaleza, UNIFOR, 2006.
ROCHA, Jesus. Filosofando com Patativa. Fortaleza:
Stylus Comunicações, 1991.
ROCHA, Tereza
Raquel Arraes Alves. Patativa do Assaré -
100 anos de poesia. Zoom Cultural, Crato - Ceará, p. 25 - 26, 15 jul. 2009.
ROMERO, Jorge
Henrique da Silva. As formas da
inspiração: linguagem e criação poética em "Inspiração Nordestina" de
Patativa do Assaré. (Dissertação Mestrado em Teoria e História Literária).
Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 2011.
ROMERO, Jorge
Henrique da Silva. Os caminhos da cultura
popular na poesia de Patativa do Assaré. Língua & Educação, v. 1, p.
87-96, 2009.
ROMERO, Jorge
Henrique da Silva; SPERBER, Suzi
Frankl. Patativa do Assaré e a
experiência das tradições. Revista Alpha, v. 11, p. 153-160,
2010.iterária). Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 2011.
SANTANA, Ady
Sá Teles. Imagens do Sertão: Patativa do Assaré e Euclides da Cunha entre
identidade, representação e diferença. (Dissertação Mestrado em Literatura
e Diversidade Cultural). Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS, 2008.
SANTANA, T.; CARVALHO, Francisco Gilmar Cavalcante
de. Patativa do Assaré - o sertão dentro
de mim. 1ª ed., Fortaleza: Tempo d'Imagem, 2010. 144p.
SANTOS,
Francisca Pereira dos. Água da mesma
onda: a peleja poética epistolar entre a poetisa Bastinha e o poeta Patativa do
Assaré. 1ª ed., Fortaleza, CE: Editora Iris, 2011. v. 1. 112p.
SANTOS,
Francisca Pereira dos. As mulheres como
transmissoras da tradição poética em cordel: o caso de Patativa do Assaré.
In: CARVALHO, Gilmar de. (Org.). Patativa em sol maior: treze ensaios sobre o
poeta pássaro. Fortaleza, CE: Edições UFC, 2009, v. 294, p. 6-193.
SEEMANN, Jörn.
Geografia, geograficidade e a poética do
espaço: Patativa do Assaré e as paisagens da região do Cariri (Ceará).
Espaço e Cultura (UERJ), v. 1, p. 50-73, 2007.
SILVA, Antônio
Gonçalves da. Patativa do Assaré. In:
Patativa do Assaré uma voz do Nordeste. Introdução e seleção Sylvie Debes. São
Paulo: Hedra, 2000. (Biblioteca de Cordel)
SILVA,
Gilberto Xavier da. Patativa do Assaré:
um agricultor de versos a vida inteira. Cadernos de Literatura Comentada,
Belo Horizonte, p. 56 - 60, 4 ago. 2005.
SILVA, Juliana
de Fátima Alves da. Patativa do Assaré:
100 anos de versos e cantos que encantam. Revista Comércio, Fortaleza, 1
mar. 2009.
Patativa do Assaré - Foto: (...) |
SILVA,
Silvânia Lúcia de Araújo. A Criação
Poética de Patativa do Assaré: Uma análise sócio-geográfica literária.
(Dissertação Mestrado em Literatura e Interculturalidade). Universidade
Estadual da Paraíba, UEPB, 2008. Disponível no link. (acessado em 29.8.2013).
SILVA,
Silvânia Lúcia de Araújo. A poesia
metaforicamente sacralizante de Patativa do Assaré. In: Eli Brandão.
(Org.). Litteratheos. Olinda/PE: Editora Livro Rápido - Elógica, 2007, v. , p.
127-152.
SILVA,
Silvânia Lúcia de Araújo. O uso da
oralidade na poética de Patativa do Assaré como expressão de uma fala que
estigmatiza o povo nordestino. In: Juarez Nogueira Lins; Eduardo Jorge
Lopes da Silva. (Org.). Práticas de Linguagem e Educação. Natal-RN: Livro
Rápido, 2008, v. I, p. 83-92.
SILVA,
Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda
Medeiros. A voz do milho abandonado: A
voz de Patativa do Assaré. In: Juarez Nogueira Lins; Marineuma de Oliveira
Costa Cavalcanti. (Org.). Estudos de Linguagens em Interação: Língua,
Lingüística, Literatura e Ensino. Recife-PE: Livro Rápido, 2007, v. , p. 81-89.
SILVA,
Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda
Medeiros. Do Nordeste brasileiro para o
mundo: o canto poético de um Patativa intercultural. In: Sébastien Joachim.
(Org.). II Cidadania Cultural - Diversidade cultural, linguagens e identidades.
Recife/PE: Elógica Livro Rápido, 2007, v. II, p. 637-647.
SILVA,
Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda
Medeiros. Literatura Popular e Patativa
do Assaré: a poesia matuta enquanto reflexo da vida no mato. In: Rosilda
Alves Bezerra; Juarez Nogueira Lins; Carlos Alberto de Negreiro. (Org.).
Literatura e outras linguagens. 1ª ed., Natal: Livro Rápido, 2007, v. 1, p.
108-119.
SILVA,
Silvânia Lúcia de Araújo; NÓBREGA, Geralda
Medeiros. O local da memória e da
literatura de testemunho na poesia de Patativa do Assaré. In: Juarez
Nogueira Lins; Rosilda Alves Bezerra; Carlos Alberto de negreiro. (Org.).
Linguagem e Discussões Culturais. 1ª ed., Olinda/PE: Livro Rápido, 2006, v.
III, p. 222-236.
SOUSA, Vicente
Jurandy Temóteo de. Balceiro III -
Patativa e outros poetas do Assaré. 1ª ed., Crato - CE, 2003. 140p.
SOUSA, Vicente
Jurandy Temóteo de. Conversando com o
Patativa. [Entrevista]. A Província, Crato-CE, v. 10, p. 157 - 161, 04 dez.
1995.
SOUSA, Vicente
Jurandy Temóteo de. Conversando com
Patativa. A Província, Crato-CE, v. 15, p. 50 - 52, 15 abr. 1998.
SOUSA, Vicente
Jurandy Temóteo de. Patativa, o poeta
maior.. A Província, Crato-CE, v. 9, p. 118 - 129, 7 dez. 1995.
DISCOGRAFIA DE PATATIVA DO ASSARÉ
Luiz Gonzaga – Triste Partida –
1964.
Raimundo Fagner – “Manera
Fru-Fru”, 1972 (faixa Sina), parceria com Fagner e Ricardo Bezerra.
Patativa do Assaré – Poemas e
Canções, 1979.
Raimundo Fagner – “Raimundo
Fagner” 1980 (faixa Vaca Estrela e Boi Fubá).
Quinteto Agreste – (Seu dotô me
conhece) - Compacto em vinil com a música vencedora do 1 Festival Credimus da
Canção, parceria de Patativa do Assaré com Mário Mesquita, 1980.
Massafeira Livre. Patativa do
Assaré, disco 1, lado B (faixa “Senhor Doutor”), gravado ao vivo no Theatro
José de Alencar, em 1979. lançado pela CBS, 1980.
Patativa do Assaré – “A Terra é
Naturá”, produção de Raimundo Fagner. Gravadora CBS, 1981.
Som Brasil - Participação de
Patativa do Assaré, gravada ao vivo no Programa Som Brasil, dia 30 de novembro
de 1981.
Quinteto Agreste – “Quinteto
Agreste” (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Patativa
do Assaré – “Patativa do Assaré”, 1985 (Projeto Cultural do BEC).
Criação coletiva – “Seca D’Água”,
1985, a partir de poema de Patativa, interpetada por grandes nomes da música
popular brasileira. Produção de Fagner.
Patativa do Assaré, por Arievaldo |
Alcymar Monteiro – “Rosa dos
Ventos”, 1987 (faixa “Sofreu”).
Patativa do Assaré – “Canto
Nordestino”, Produzido por Rosemberg Cariry, 1989.
Patativa do Assaré – “80 anos de
Luz” 1989.
Joãozinho do Exu – “Lembrando
você”, 1983 (faixa – “A natureza chora”).
Patativa do Assaré – “85 anos de
poesia”, 1994.
José Fábio – “José Fábio”, 1994
(faixas “Vaca Estrela e Boi Fubá”, “Menino de Rua”, “Lamento de um nordestino”
e “Estrada da minha vida”).
Mastruz com Leite – “O Boi Zebu e
as Formigas” 1995 (faixa título).
Sérgio Reis – “Marcando Estrada”,
1995 (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Cícero do Assaré – “Meu passarinho
meu amor”, 1996 (faixas “Meu passarinho meu amor” e “Lamento de um
nordestino”).
Mastruz com Leite – “Em todo
canto tem cearense, inclusive neste cd” (faixa “Sem Terra”). Fortaleza.
Fagner – “20 Super Sucessos II”
(faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Pena Branca e Xavantinho – “Cio
da Terra”, 1996 faixa (“Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Gildário – “Sou Nordestino”
(faixas “Saudade”, “Tenha pena de quem tem pena”, “Assaré Querido” e “Sou
Nordestino”).
Cláudio Nucci e Nós & Voz –
“É boi” (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”).
Alcymar Monteiro – “3º Circuito
de Vaquejadas”, 1997 (faixas “Ingém de Ferro” e “Nordestino sim, nordestino
não”).
Renato Texeira e Pena Branca e Xavantinho
– “Ao Vivo em Tatuí” (faixa “vaca Estrela e Boi Fubá”).
Gildário – “Agora” (faixas “A tristeza”,
“Saudação a Juazeiro”, “Morena e Mastruz com Leite”).
Baby Som – “Quente e Arrochado –
volume 2” (faixa “Ao rei do baião”).
Alcymar Monteiro – “Eterno
Moleque” (faixa “Minha Viola”).
Daúde – “Daúde”( faixa “Vida
Sertaneja”).
Abidoral Jamacaru – “O Peixe”,
1997 (faixa título).
Simone Guimarães – “Cirandeiro”,
1997 (faixa “Sina”).
Cantorias e Cantadores 2 – Pena
Branca e Xavantinho (faixa “Vaca Estrela e Boi Fubá”). Kuarup Discos, s/d.
José Fábio – “José Fábio canta
Patativa do Assaré”, 1998.
Notícias do Brasil – Myrlla Muniz
canta “Casinha de Palha”. Cariri Discos. Fortaleza/Brasília - 2007.
Caixa do Patativa. [Músicas e
poemas de Patativa]. Interpretados por: Téti, Fernando Néri, Abdoral Jamacaru,
Gildário, Cícero de Assaré, Myrlla Muniz, Calé Alencar, Gylmar Chaves, Cainã
Cavalcante, Edmar Gonçalves, Palhoça das Artes, Banda de Pífanos dos Irmãos
Aniceto, Pingo de Fortaleza, Pachelly Jamacaru, Ricardo Guilherme, Quinteto
violado, Geraldo Amâncio, Zé Maria de Fortaleza, Quarteto Musiart. Produção: Calé
Alencar e Gylmar Chaves. Realização: Cariri Discos e Equatorial Produções.
Fortaleza – 1999.
** Fonte: Patativa o filme - dados
FILMOGRAFIA
Filme: Patativa do
Assaré – Um Poeta do povo
Sinopse: No sertão do Cariri, próximo a serra de Santana
no município de Assaré, interior do Ceará, vive a legendária figura do poeta
popular Patativa do Assaré. Sua obra poética oferece incomparável contribuição
ao estudo de problemas humanos que pretenda uma abordagem compreensiva da
realidade do sertão nordestino. Sua poesia, do ponto de vista do conteúdo
social, reflete todo o mundo visionário e fantasmagórico do sertanejo.Pode-se
identificar perfeitamente uma cosmovisão ou ideologia sertaneja, desapontada
com a modernização, sedenta de justiça, marcada pela saudade. O poema em que
decanta o antigo engenho de pau, rangedor, bucólico e injuria o moderno engenho
de ferro, a motor, elétrico, expressa muito bem esta visão, mais desapontada
que nostálgica. Além da visão dos dois mundos subsistentes nos mitos
sertanejos, o rural e o urbano, Patativa apresenta claramente as crenças, os
valores e os ideais de uma época e de uma região. O Poeta da roça capta e
descreve, com aguda perspicácia, a realidade social em toda a sua abrangência.
Brasil de baixo e Brasil de cima expressa com vigor, toda esta sensibilidade.
Na linguagem espontânea do povo, Patativa aborda o problema brasileiro numa
simplificada interpretação sociológica. Não apenas na candura lírica do seu
telurismo acentuado, mas numa configuração social bem delineada. Na
sensibilidade descritiva, aponta na combinação das variáveis componentes do
quadro atual, a preponderância da estrutura agrária, denunciada no poema Eu
Quero como responsável pela situação precária do camponês. O filme diz a poesia
do Patativa, das suas dores e de suas esperanças como homem sertanejo,
nordestino e brasileiro.
Ficha técnica
Formato: 16mm e 35mm
Patativa do Assaré, por (...) |
Ano/Local: 1984 – Fortaleza/CE e Distrito Federal/DF
Duração: 17 min.
Roteiro, argumento e direção: Jefferson Albuquerque Jr.,
Rosemberg Cariri
Ténico de som: Lia Camargo
Fotografia: Hermano Penna
Montagem: Márcio Curi
Trilha sonora: Eliza de Alencar, Malas e Bagagens
Produção: Armando Lacerda, Cariri Produções e Comunicação
Ltda, Firmino Holana, Gil Granjeiro, Jefferson Albuquerque Jr., José Roberto
França, Pronasec – Rural, Seps/Mec, Reinaldo Dantas, Roberto de Azevedo.
Prêmios
. Melhor Filme (Juri popular) Melhor Som e Menção Honrosa
(Juri oficial) no Festival do Filme Brasiliense, 2, 1984, Brasília - DF;
. Prêmio Paulo Emílio Salles Gomes;
. Prêmio da Universidade Federal da Bahia;
. Menção Honrosa na Jornada Brasileira de Curta-Metragem,
13, 1984, Cachoeira - BA.
Filme: Patativa do
Assaré
Formato: Vídeo documentário
Ano/Local: 1984 – Fortaleza/CE
Realização: Estudantes de comunicação Social da UFC.
Produção TV Educativa.
Filme: Seca D’Água
Criação coletiva
Formato: Video Clip a partir de poema de Patativa.
Ano/Local: 1985 - Rio de Janeiro /RJ.
Canção interpretada por grandes nomes da música popular
brasileira.
Produção Raimundo Fagner.
Patativa do Assaré, por (...) |
Filme: O Vôo da
Patativa
Formato: Vídeo, média metragem
Ano/Local: 1995 – Fortaleza/CE
Roteiro: Oswald Barroso
Direção e fotografia: Ronaldo Nunes
Realização e produção: TV Ceará.
Filme: Patativa do
Assaré – Um poeta Camponês
Formato: Super 8
Ano/Local: 1999 – Fortaleza/CE
Duração: 42 min.
Direção: Rosemberg Cariry
Fotografia: Luiz Carlos Salatiel, Rosemberg Cariry e
Jackson Bantim
Produção: José Wilton Dedê e João Teófilo Pierre
Filme: Patativa
Sinopse: Vida e obra de Patativa do Assaré - a trajetória
desse homem, personagem, mito, poeta embevecido pela compreensão crítica do
mundo.
Documentário e desenho animado
Ficha técnica
Formato/cor: 35mm, colorido
Ano/Local: 2001 – Fortaleza/CE
Duração: 10 min
Direção: Ítalo Maia
Produção: Guirlanda de Castro
Fotografia: Fernando Micelo, Roberto Iuri
Roteiro: Guirlanda de Castro, Ítalo Maia, Quiá Rodrigues
Edição: Flavio Zihel
Som Direto: Lênio Oliveira
Direção de Arte: Quiá Rodrigues
Animação: André Dias, Ítalo Maia, Paulo Ítalo, Quiá
Rodrigues, Ricardo Juliani
Trilha original: Adauto Oliveira
Patativa do Assaré, por (...) |
Filme: Assaré –
Sertão da Poesia
Vídeo documentário
Média metragem.
Ano/local: 2000 – São Paulo/SP
Realização: TV Cultura de São Paulo
Filme: Romance da
Terra da Água
Documentário
Ano/local: 2001 - Paris/França
Formato/cor: 35mm, colorido
Direção: Jean Pierre Duret
Produção: Andréa
Santana
Filme: Antonio
Gonçalves da Silva, a trajetória
Vídeo documentário
Média metragem
Ano/Local: 1997 – Crato/CE
Direção: Jackson Oliveira Bantim
Filme: Patativa do
Assaré – Ave Poesia
(Patativa of the Assaré - Bird
Poetry)
Sinopse: A vida e a obra do poeta Patativa do Assaré, a
relevância dos seus poemas, o significado político dos seus atos e a sua imensa
contribuição à cultura brasileira. Dono de um ritmo poético de musicalidade
única, mestre maior da arte da versificação e com um vocabulário que vai do
dialeto da língua nordestina aos clássicos da língua portuguesa, Patativa do
Assaré é a síntese do saber popular versus saber erudito. Patativa do Assaré
consegue, com arte e beleza, unir a denúncia social com o lirismo. Aço e rosa.
Quem lê ou escuta a poesia de Patativa do Assaré pensa, emociona-se e
conscientiza-se do mundo, porque na sua poesia estão presentes todas as lutas e
esperanças do povo; estão reunidas palavras e idéias que se erguem com a
dignidade guerreira dos justos, contra todas as formas de obscurantismos e de
exploração do homem. No ano de 2001, Patativa do Assaré foi escolhido como um
dos mais importantes cearenses do século XX.
Ficha técnica
Formato: Longa-metragem/Documentário
Ano/Local: 2007 - Fortaleza/CE
Cor e P&B.
Duração: 84 min.
Roteiro, Direção e Montagem: Rosemberg Cariry
Produção Executiva: Petrus Cariry e Teta Maia
Fotografia: Jackson Bantim, Ronaldo Nunes, Beto Bola,
Kin,
Rivelino Mourão, Luiz Carlos Salatiel e Fernando Garcia.
Trilha Sonora: Patativa do Assaré, Fagner, Fausto Nilo,
Mário Mesquita,
Ricardo Bezerra, Pingo de Fortaleza, Irmãos Aniceto e
outros.
Edição Digital: Kin, Débora Lima e Felipe Lobovsky
Edição de Som e finalização: Kin
Mixagem: Érico Paiva (Sapão)
Produção de finalização: Severino Dadá
Coordenação de Produção: Adriana Amaral e Bárbara Cariry
Realização: Cariri Filmes e Iluminura Filmes.
Blog do Filme
Patativa do Assaré, por Arievaldo |
Filme: Patativa do
Assaré – O Poeta Cidadão
Documentário
Ano/Local: 2007 – Fortaleza/CE
Realização: TV Legislativa.
Núcleo de documentação; Ângela Gurgel. Produção: Ana
Célia, Clara Pinho e Janaina Gouveia.
Filme: Passarim de
Assaré
Vídeo clip. Vídeo
digital.
Ano/Local: 2009 – Fortaleza/CE
Direção: Rosemberg Cariry
Fotografia: Kim
Música: Fagner e Fausto Nilo
Cantores: Fausto Nilo, Fagner e Amelinha
Filme: A Montanha
Mágica
Ficção/documentário
Curta metragem
Ano/Local: 2009 – Fortaleza/CE
Formato/cor: 35mm, colorido
Direção: Petrus Cariry
Patativa do Assaré - Episódio Completo
CARICATURAS DE PATATIVA DO ASSARÉ
- Patativa do Assaré, por Mayara de Araújo | Ilustração produzida para a revista Vida e Educação, da editora Peter Rohl / fonte: Béhance
Patativa do Assaré, D.Belinha e um amigo da família - Foto: Jackson Bantim |
D.Belinha, os filhos e Patativa do Assaré - Foto: Jackson Bantim |
ESTÁTUA PATATIVA DO ASSARÉ
Estátua de Patativa do Assaré, por (...) Foto: (...) |
Cantei e sempre hei de cantar
O que o meu coração sente,
Para mais compartilhar
Do sofrer de minha gente.
Com as rimas de meu canto
Quero enxugar o meu pranto,
Vivendo na soledade
Com esta gente querida,
Modesta e destituída
De orgulho, inveja e vaidade.
Esta gente boa e forte
Para enfrentar conseqüência,
Que zomba da própria sorte
Com dobrada paciência,
Que trabalha e não se cansa,
Porque a sua esperança
É sempre a safra vindoura;
O sonho do sertanejo,
Seu castelo e seu desejo
É sempre o inverno e a lavoura.
Desta gente eu vivo perto,
Sou sertanejo da gema
O sertão é o livro aberto
Onde lemos o poema
Da mais rica inspiração.
Vivo dentro do sertão
E o sertão dentro de mim,
Adoro suas belezas
Que valem mais que as riquezas
Dos reinados de Aladim.
- Patativa do Assaré, do poema "O retrato do sertão", no livro "Inspiração nordestina. São Paulo: Hedra. 2006, p.31-32.
O que o meu coração sente,
Para mais compartilhar
Do sofrer de minha gente.
Com as rimas de meu canto
Quero enxugar o meu pranto,
Vivendo na soledade
Com esta gente querida,
Modesta e destituída
De orgulho, inveja e vaidade.
Esta gente boa e forte
Para enfrentar conseqüência,
Que zomba da própria sorte
Com dobrada paciência,
Que trabalha e não se cansa,
Porque a sua esperança
É sempre a safra vindoura;
O sonho do sertanejo,
Seu castelo e seu desejo
É sempre o inverno e a lavoura.
Desta gente eu vivo perto,
Sou sertanejo da gema
O sertão é o livro aberto
Onde lemos o poema
Da mais rica inspiração.
Vivo dentro do sertão
E o sertão dentro de mim,
Adoro suas belezas
Que valem mais que as riquezas
Dos reinados de Aladim.
- Patativa do Assaré, do poema "O retrato do sertão", no livro "Inspiração nordestina. São Paulo: Hedra. 2006, p.31-32.
Patativa do Assaré, por Arievaldo |
REFERÊNCIAS E OUTRAS FONTES DE PESQUISA
EDITORA
© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros
© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
=== === ===
Trabalhos sobre o autor:Caso, você tenha algum trabalho não citado e queira que ele seja incluído - exemplo: livro, tese, dissertação, ensaio, artigo - envie os dados para o nosso "e-mail de contato", para que possamos incluir as referências do seu trabalho nesta pagina.
Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Patativa do Assaré - o poeta do sertão. Templo Cultural Delfos, abril/2023. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
____
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Patativa do Assaré - o poeta do sertão. Templo Cultural Delfos, abril/2023. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
____
Página atualizada em 7.4.2023.
Assisti um peça, onde contavam a perda da sua filha Ana e também o ataque aéreo a cidade do sertão. Eu não sabia. Fiquei encantada com a poesia e desapontada com minha ignorância sobre a história de meu país. O trabalho aqui apresentado está ótimo. Estimula a lê-lo mais.
ResponderExcluirRose Mary Duarte - Caxias do Sul - RS
O nome da peça é Concerto de Ispinho e Fulô da Cia do Tijolo (SP) e o fato acontecido foi o massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto em Crato Ceará. Não se assuste, essa história não é contada em qualquer lugar. A história oficial faz questão de esquecê-la
ExcluirAi que beleza!! Que maravilha de conteúdo... Vou desfrutar de cada letra...
ResponderExcluirBiografia, fotos, caricaturas e muita poesia ... Sou fão mesmo ...
Encantada com o contéudo! Linda página!
ResponderExcluirSua obra é extraordinária, vamos apoiar sua divulgação aos nossos irmãos, brasileiros.Miro Maciel Macapá-Amapá
ResponderExcluirAmeeeeeei
ResponderExcluirpatativa era um poeta com uma linguagem porem poética ,retratava a vida sofrida cara gente fina . o que vocês acham ?
ResponderExcluirSou Margarida Feitoza, Maranguape Ceará. Há tempos pesquiso a obre de Patativa,e quando encontro uma revista como essa com uma extensa publicação da obra de Patativa, fico feliz, Muito feliz.
ResponderExcluirPatativa foi um poeta "ispinho e fulô "
ResponderExcluirSó retificando, Luiz Gonzaga faleceu em 1989 e não em 1982 como descrito no texto.
ResponderExcluirTenho o livro Cante lá que eu Canto cá. Por ser do sertão, talvez não só por isso, comecei a admira-lo e a poesia dele quando ouvi pela primeira vez Triste Partida, imortalizada na voz de Luz Gonzaga
ResponderExcluiresse NOBRE Cidadão, ainda o vi em poucas ocasiões Lá pela cidade do Crato; bem como, também (fiquei) tenho o citado Livro "Cante Lá, que Canto Cá", com o Detalhe - meu pai que o conheceu bem antes, numa ocasião em viagem o encontrou na cidade do Crato: comprou o Livro, e ele então fez de próprio punho o Oferecimento e Autografou.
ResponderExcluirGostaria de saber se alguem tem o poema "coisas do rio de janeiro" do patativa de assare. Minha filha esta fazendo um projeto na escola e ta precisando desse poema. Agradeceria demais se alguém me ajudasse.
ResponderExcluir