Lila Ripoll - Acervo Delfos/PUCRS |
Em 1930, Lila ingressou no magistério estadual e lecionou Canto Orfeônico no Grupo Escolar Venezuela. Nessa época, aproximou-se do grupo de escritores gaúchos que ficou conhecido como a Geração de 30, o qual contava com a participação de Reynaldo Moura, Manoelito de Ornellas, Dyonélio Machado, Carlos Reverbel e Cyro Martins, entre outros.
Em 1934 , com o assassinato, por motivos políticos, de seu primo e irmão de criação Waldemar Ripoll, militante do Partido Libertador Lila engajou-se na luta política. Em 1935, Lila Ripoll participou da Frente Intelectual do Partido Comunista, militou no Sindicato dos Metalúrgicos, onde fundou, inclusive, um Coral.
Em 1938, Lila publicou De Mãos Postas, livro bem acolhido pela crítica; em 1941, o seu segundo livro de poemas, Céu Vazio, obra que obteve o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. Em 1944, casou-se com Alfredo Luis Guedes.
Após 1945, com a legalização do Partido Comunista, a escritora intensificou a sua participação no Partido Comunista, lutando pelas reivindicações do operariado. Ao mesmo tempo, publicava seus textos na revista A província de São Pedro.
Em 1947, Lila lança o livro Por quê? no Rio de Janeiro. Em 1949, ficou viúva e, muito deprimida, voltou-se mais ainda para a militância política, atuação que fora muito apoiada pelo marido. Em 1951, Lila participava ativamente na Revista Horizonte, publicava renomados escritores da época, tais como Pablo Neruda e Gabriela Mistral. Da equipe gráfica da Revista, faziam parte grandes artistas plásticos do sul, como Carlos Scliar, Iberê Camargo, Vasco Prado e outros. Nesse mesmo ano, Lila lançou Novos Poemas, obra que lhe rendeu o prêmio Pablo Neruda da Paz. Junto com outros grandes escritores, Lila empenhava-se em campanhas pacifistas.
1954 é o ano de Primeiro de Maio, longo poema sobre o massacre do dia do trabalhador em Rio Grande. Em 1955, colaborou com A Tribuna, órgão do Partido Comunista. Em 1958, ocorreu a estréia de sua peça Um Colar de Vidro no Theatro São Pedro, sob direção de Luiz Carlos Saroldi. Em 1961, publicou O coração Descoberto, com apoio de intelectuais cariocas.
Em 1964 foi presa, logo após o Golpe Militar, mas libertada em seguida devido ao seu estado de saúde, vítima de câncer em estágio avançado. Em 1965, escreveu Águas Móveis e, em 1967, faleceu em Porto Alegre, sendo enterrada no cemitério da Santa Casa de Misericórdia pelos companheiros do Partido.
:: Fonte: Delfos Espaço de Documentação e Memória Cultural - PUCRS. (15.8.2015).
PRÊMIOS
1941 – Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras pela obra Céu vazio.
1951 – Prêmio Pablo Neruda pela obra Novos Poemas.
Capa do livro "Obra completa Lila Ripoll" |
Poesia
:: De mãos postas. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1938.
:: Céu vazio: poesia. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1941.
:: Por quê?. Rio de Janeiro J. Olympio, 1947. Poesia.
:: Novos poemas. Porto Alegre: Horizonte, 1951.
:: Primeiro de maio. Porto Alegre: Horizonte, 1954.
:: Poemas e canções. Porto Alegre: Horizonte, 1957.
:: O coração descoberto. Rio de Janeiro. Vitória, 1961.
:: Águas móveis. Poemas inéditos de 1965.
Teatro
:: Um colar de vidro (peça teatral inédita). Porto Alegre, 1958.
Antologia e obra completa
:: Antologia poética. [organização Walmyr Ayala]. Rio de Janeiro Leitura; Instituto Nacional do Livro / MEC, 1967.
:: Poesias. [organização e compilação Sergio Faraco]. Cadernos do Extremo Sul. Alegrete, 1968.
:: Ilha difícil: antologia poética. [organização e seleção Maria da Glória Bordini]. Porto Alegre Editora da Universidade / UFRGS, 1987.
:: Obra completa. [organização Alice T. Campos Moreira]. Porto Alegre: IEL/ Movimento, 1998.
Antologia (participação)
:: Perfis de musas, poetas e proseadores brasileiros. [organização Alzira Freitas]. Porto Alegre: Thurmann, 1956.
:: Antologia da poesia quaraiense. [organização João Batista Marçal]. Porto Alegre: Pirâmides, 1977.
Artigos em periódicos
Lila Ripoll, de Carlos Scliar (1953) |
:: Bilhete a Mario Quintana. em: Dom Casmurro. Rio dc Janeiro. v.4, n.165, p.7, 7 set. 1940.
:: Procissão. em: Revista do Globo. nº 290, p.45, 22 fev. 1941.
:: Ciranda. em: Revista do Globo. nº.296, p.16, 31 maio 1941.
:: Sombras. em: Revista do Globo. nº 309, p.41, 6 dez. 1941.
:: Assovio. em: Revista do Globo. nº.309, p.41, 6 dez. 1941.
:: Sem solução. em: Revista do Globo. n309, p.41,6 dez. 1941.
:: Abstração. em: Revista do Globo. n.371, p.41, 18 abr. 1942.
:: Procedência. em: Revista do Globo. nº.371, p.41, 18 abr. 1942.
:: Nilson Bertoline, jovem de 20 anos. Uma nova expressão da poesia. em: Revista do Globo. nº.355, p.12, 22 jan. 1944.
:: Anunciação. em: Província de São Pedro. v.1, n.2, p.56-57, set. 1945.
:: Milagre. em: Província de São Pedro. v.1, n.2, p.57, set. 1945.
:: Momento. em: Província de São Pedro. v.1, n.2, p.57-58, set. 1945.
:: Naufrágio. em: Província de São Pedro. v.2, n.4, p.46, mar. 1946.
:: Rondó. em: Província de São Pedro. v.2, n.4, p.46-47, mar. 1946.
:: Cançãozinha sem sentido. em: Província de São Pedro. v.3, n.10, p.49, dez. 1947.
:: Degredo. em: Província de São Pedro. v.3, n.10, p.50, dez. 1947.
:: Que a aurora desponte no céu de amanhã. em: Horizonte. Porto Alegre. n.4, p.3, 20 dez. 1950.
:: Ciranda. em: Horizonte. Porto Alegre. n.5, p.124, maio 1951.
:: Apresentação do poeta Carlos Castro Saavedra. em: Horizonte. Porto Alegre, n.6, p.109-111, 1951.
:: A Gabriela Mistral. em: Horizonte. Porto Alegre. n.9, p.254, set. 1951.
:: Não guasqueies, sem precisão nem grites sem ocasião. em: Horizonte. Porto Alegre. n.10, p.288, out. 1951.
:: A um poeta. em: Horizonte. Porto Alegre. n.11/12, p.317, nov./dez. 1951.
:: Ralada. em: Horizonte. Porto Alegre. v.2, n.6, p.146-147.
:: Alvorada. em: Horizonte. Porto Alegre. v.2, n.10, p.268, dez. 1952.
:: Poesia. em: Horizonte. Porto Alegre. v.4, n.26, p.19, jan / fev.1954.
:: Primeiro de Maio. em: Horizonte. Porto Alegre. v.4, n. 27, p.55-56, mar. /abr. 1954.
:: Crianças e brinquedos. em: Horizonte. Porto Alegre. v.4, n.29, p.124, nov./dez.1954.
:: Momentos líricos. em: Correio do Povo. Porto Alegre, 1 out. 1961. p.5.
:: Grito. em: Correio do Povo. Porto Alegre. 8 jan. 1967. p.11. Crítica Literária.
:: Noite. em: Correio do Povo. Porto Alegre. 8 jan. 1967. p.12. Crítica Literária.
:: Lirismo. em: Correio do Povo. Porto Alegre. 5 fev.
:: Piano. em: Correio do Povo - Letras e livros. Porto Alegre. 21 ego 1982, p.6.
:: Rosas. em: Correio do Povo - Letras e livros. Porto Alegre, p.6.
:: Noite. em: Correio do Povo - Letras e livros. Porto Alegre. 21 ago. 1982, p. 6.
:: Campo. em: Correio do Povo - Letras e livros. Porto Alegre. 21 ago. 1982, p. 6.
:: Chorinho. em: Documento. Porto Alegre. v.1, jul./ago. 1990.
TRADUÇÕES REALIZADAS POR LILA RIPOLL
BARDÉSIO, Orfila. Canto da camponesa. [tradução Lila Ripoll]. Revista do Globo n.327: 41, 26 set. 1942.
HIKMET, Nazim. Um poeta. [tradução Lila Ripoll]. Horizonte. Porto Alegre. n.11 e 12. nov./dez. 1951, p.323.
ARAGON, Louis. Balada para o que cantou no suicídio. [tradução Lila Ripoll]. Horizonte. Porto Alegre. n.11 e 12. nov./dez. 1951, p. 323.
Lila Ripoll - Acervo Delfos/PUCRS |
Anunciação
Voam-me pássaros em torno,
numa ciranda sem motivos.
A estrada é fria.
Estou de branco.
Brilha uma estrela em minha mão.
Revoam pássaros em torno.
Meu ombro esquerdo vai ferido.
Medrosos passos vão levando
a fina sombra do meu corpo.
Volteiam folhas,
dança o vento
e a gaze clara do vestido.
Minha cabeça vai pendida
e há uma estrela em minha mão.
Que estranho o caminho andado,
de branco, na estrada fria,
por entre pássaros voando,
por sobre flores caindo
e o ombro esquerdo sangrando.
O mar canta em meus ouvidos
e a Montanha inacessível
estende ramos de paz.
Passam âncoras e cruzes
e há uma estrela em minha mão.
Por que me levam de branco,
na fria estrada de pedra,
com este ombro sangrando,
entre perfumes e asas?
Que anunciam essas cruzes?
Essas âncoras partidas?
Esses pássaros revoando?
E essa estrela em minha mão?
Quem me leva e para onde
com essa estrela na mão?
- Lila Ripoll, em "Por quê?". 1947.
Canção da Chuva
Cai uma chuva tão fina
que quase nem molha a gente.
É uma música em surdina
que apenas a alma sente.
Junto meu rosto à vidraça
e olho a rua sem pensar.
Fico em estado de graça,
como quem vai comungar.
Senhora dos mundos vivos,
Nossa Senhora da Vida,
quantos dias negativos
na minha estrada perdida!
Senhora tu não devias
permitir tantos enganos.
Há excesso de alegrias,
e excesso de desenganos.
Por onde andaram meus passos
vi sinais de desalentos.
Vaguei por muitos espaços
e senti todos os ventos.
Ventos do sul, vento norte,
ventos do leste e do oeste,
tão diversos como a sorte
que tu, na vida, nos deste.
Senhora dos mundos vivos,
Nossa Senhora da Vida —
quantos dias negativos
na minha estrada perdida!
- Lila Ripoll, em "Céu vazio: poesia". 1941.
Canção de agora
Ontem meu peito chorava.
Hoje, não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Estava ontem sozinha,
tendo a meu lado, sombria,
minha própria companhia.
Hoje, não.
Morreu de tanto morrer
a pena que em mim vivia.
Morreu de tanto esperar.
Eu não.
Relógios do tempo andaram
marcando o tempo em meu rosto.
A vida perdeu seu tempo.
Eu não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
- Lila Ripoll, em "O coração descoberto". 1961.
Cantiga de roda
"Bota terra no meu lenço,
pra plantá manjericão."
— Ai! versos da minha infância,
meus anos não volverão.
"Atirei um limão verde
por cima da sacristia."
— Ai! vozes que me prenderam
a um passado de alegria!
"Menina, minha menina,
cinturinha de retrós."
— Ai! balcão de nossa loja,
onde andarão meus avós?
"O cravo brigou com a rosa
defronte de uma sacada."
— Ai! cantigas esquecidas,
crianças de mãos trançadas.
"Roda, roda cirandinha,
vamos todos cirandar."
— Ai! prendas da minha infância,
deixem meus olhos chorar!
"Lá vem o sol, vem chegando
redondo como um botão."
— Ai! joguem terra em meu corpo
mas deixem meu coração.
Ai! joguem terra em meu corpo
mas poupem meu coração.
Botem terra no meu corpo
mas plantem manjericão!
- Lila Ripoll, em "O coração descoberto". 1961.
Correntes
Tantos e tantos caminhos
e os meus pés aqui parados
na negativa de andar.
Cansei a boca e o desejo,
Desenrolei pensamentos,
Pedi, pedi que seguissem
E eles ficaram imóveis,
Como rocha junto ao mar.
Há correntes invisíveis
Enroladas no meu corpo.
– Ninguém as pode partir! –
Fico parada às estradas,
Encho a cabeça de sonhos,
Atiro as mãos para frente
Mas nunca posso seguir.
Minha roupa às vezes toma
A forma exata de um barco
Que morre por navegar.
Mas – ai! De mim! – faltam remos,
A água vem, vai e volta,
Molha meus pés invisíveis
E as correntes não me deixam.
– Meu destino é renunciar. –
Os caminhos estão claros
E há um convite sem medidas...
– Ah! Partir minhas correntes! –
Prisioneira do meu corpo,
Sobem ondas de desejos,
Descem ondas de esperança –
Vai e vem soturno e triste
Como a água das vertentes!
Pode a vida fechar todos
os caminhos que me abriu.
Meus pés não querem andar.
Falei sempre inutilmente...
Minha boca é um traço triste
Que perdeu seu movimento
De pedir... sem alcançar...
- Lila Ripoll, em "Céu vazio: poesia". 1941.
Poema VI
Hoje pensar me dói como ferida.
O próprio poema não é poema.
Tem qualquer coisa de trágico.
De sangue junto ao muro.
De pétalas descidas.
De véu cobrindo o retrato
de um morto.
Hoje pensar me dói como ferida.
Mas é uma imposição-pensar.
Não quero estado de graça,
nem aceito determinismo.
Só a morte é irreversível.
A opressão do azul
aumenta meu conflito,
e é cruel escutar as razões
da razão.
Quisera repartir-me
no cristal da manhã.
Ser um pouco daquela rosa
tocada de irrealidade;
de tênue luz ferindo
o espelho do rio;
daquela estátua pudica
que parece ter ressuscitado
a inocência
Mas em vez disso,
aqui estou:
queimada em pensamentos,
quebrados os instrumentos
do sonho.
- Lila Ripoll, em Poemas inéditos/in: Antologia poética. Rio de Janeiro: Leitura; Brasília: INL, 1968.
Primavera
Setembro entrou pela janela adentro,
com um puro frescor de primavera.
Inunda-se de luz toda a paisagem
e o meu canto transborda à tua espera.
A doçura da tarde é uma carícia.
Entreabrem-se flores docemente.
As nuvens estão nítidas e imóveis
no céu azul aberto à minha frente.
Há murmúrios e vozes pela rua.
Frescos risos distraem meus ouvidos
e ficam borbulhando como fonte
ou como choque de cristais partidos.
A ternura contida de meu peito
ameaça transbordar dentro da tarde.
como um rio fugindo de seu leito.
Minha pobre ternura ignorada,
minha heróica ternura impressentida,
teima em mostrar-se como a primavera,
pensa em tocar de leve a tua vida.
É difícil ser poeta e ser mulher.
É difícil cantar sem revelar.
Pode o poeta contar o seu segredo,
mas a mulher o seu deve guardar.
A ternura contida de meu peito
ameaça transbordar dentro da tarde,
como um rio fugindo de seu leito.
Fecharei a janela à primavera
e calarei o poeta nesta tarde,
para que o sonho em nada me perturbe,
nem meu canto transborde à tua espera.
- Lila Ripoll, em "Poemas e Canções". Cadernos da Horizonte. Porto Alegre: Horizonte, 1957.
Retrato
Chego junto do espelho. Olho meu rosto.
Retrato de uma moça sem beleza.
Dois grandes olhos tristes como agosto,
olhando para tudo com tristeza!
Pequeno rosto oval. Lábios fechados
para não revelar o meu segredo...
Os cabelos mostrando, sem cuidados,
Uns fios brancos que chegaram cedo.
A longa testa aberta, pensativa.
No meio um traço, leve, vertical,
indicando uma idéia muito viva
e os sérios pensamentos: — o meu mal!...
O corpo bem magrinho e pequenino.
— Sete palmos de altura, com certeza. —
Tamanho de qualquer guri menino
que a idade, a gente fica na incerteza!
E nada mais. A alma? Ninguém vê.
O coração? Coitado! está bem doente.
Não ama. Não odeia. Já não crê...
E a tudo vive alheio, indiferente!...
Meu retrato. Eis aí: Bem igualzinho.
O espelho é meu amigo. Nunca mente.
No meu quarto, ele é o móvel mais velhinho.
E sabe desde quando estou descrente!...
- Lila Ripoll, em "De mãos postas". 1938.
Rosas
Rodearam-me de rosas
e o quarto branco do hospital
transfigurou-se.
Rosas vermelhas,
vermelhas rosas,
bandeiras amotinadas
a machucar o silêncio.
Rodearam-me de rosas
e um frêmito vermelho
sacudiu a quietude.
As rosas, as bandeiras
amotinadas, invadiram
o quarto.
Minha cabeça não consegue
pousar no travesseiro.
Porque elas, as rosas,
as bandeiras amotinadas,
são um toque de levantar
- Lila Ripoll, em "Águas Móveis". 1965.
Ternura
Eu te amo com a ternura das mães
que embalam os filhos pequeninos.
E te amo sem desejos.
Perto de ti meus sentidos desaparecem.
Meu corpo tem castidades de santa e de menina.
Quando falas nenhuma sobra se interpõe entre nós dois
Fico presa à palavra de tua boca
e à palavra de teus olhos.
Nada existe fora de nós. Longe de nós...
Tu és o Princípio e o Fim. O Tempo e o Espaço
Cada palavra tua mais espiritualiza
o meu sentimento e a minha ternura.
Tenho vontade de que meus braços se transformem
num grande berço,
para embalar teu sono de homem triste.
Nenhuma estrela brilha mais clara que os teus olhos
na minha alma,
e que a tua palavra no meu coração.
Nenhum homem foi amado com tanta pureza sem pecado,
nem tanta adoração!
Nenhuma mulher vestiu de tanta castidade
seu corpo e sua alma,
para a tristeza de um amor que quer viver,
e quer morrer.
- Lila Ripoll, em "Céu vazio: poesia". 1941.
FORTUNA CRÍTICA DE LILA RIPOLL
[Estudos acadêmicos - teses, dissertações, ensaios e artigos]
Lila Ripoll |
BAIRROS, Maria Helena Campos de.. Lírica e Representação Social: Uma Leitura da Trajetória Poética de Lila Ripoll. (Dissertação Mestrado em Lingüística e Letras). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, 1992.
BALBUENO, Luciana Haesbaert. A produção de Lila Ripoll na Revista Horizonte. (Dissertação de Mestrado em Lingüística e Letras). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2001.
BALBUENO, Luciana Haesbaert. A trajetória intelectual de Lila Ripoll. (Tese Doutorado em Lingüística e Letras). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2005.
BALBUENO, Luciana Haesbaert. Lila Ripoll e a revista Horizonte. In: IV Seminário Internacional de História da Literatura, 2001, Porto Alegre. Anais do IV Seminário Internacional de História da Literatura. Porto Alegre: PUCRS, 2001.
BITTENCOURT, Gilda Neves da Silva. Vozes femininas na literatura sul-rio-grandense. Ciências e Letras, Porto Alegre, n. 15, 1995.
BORDINI, Maria da Glória. Lila Ripoll. Porto Alegre: IEL, 1987.
BORDINI, Maria da Glória. Erico Verissimo. Lara de Lemos. Lila Ripoll. Lya Luft. (Verbete de dicionário). In: ZILBERMAN, R.; MOREIRA,M.E.; ASSIS BRASIL, L.A. (Orgs.) Pequeno dicionário da literatura do Rio Grande do Sul.. Porto Alegre: Novo Século, 1999.
CANDELORO, Rosana Jardim. Elementos para uma possível articulação entre Lila Ripoll e Patrícia Galvão. Contexto & Educação, Ijuí, n.9, p. 93-99, 1989.
CLEMENTE, Elvo. Lila Ripoll: angústia e beleza. Revista da Academia Rio-Grandense de Letras. Porto Alegre, p 6 7-7 2, 1986.
CRUZ, Antonio Donizeti da.. A viagem na poesia de Cecília Meireles, Lila Ripoll e Helena Kolody: uma poética da travessia. In: Ana Maria Lisboa de Mello. (Org.). Cecília Meireles e Murilo Mendes (1901-2001). 1ª ed., Porto Alegre - RS: Uniprom, 2002, v. 1, p. 194-200.
CRUZ, Antonio Donizeti da.. Confluências de vozes na lírica de Helena Kolody e Lila Ripoll. In: Proceedings Of The Eleven Internacional Bakhtin Conference XI Conferência Internacional Sobre Bakhtin, 2004, Curitiba - PR. http://www.ufpr.br/bakhtin. Curitiba - PR: Editora da UFPR, 2003. v. 1. p. 229-237.
CRUZ, Antonio Donizeti da.. Mito e duplicidade na lírica de Lila Ripoll. In: XVI Seminário do CELLIP, 2003, Londrina - PR. Anais do XVI Seminário do CELLIP (Centro de Estudos Lingüísticos e Literários do Paraná). Londrina - PR: Editora da UEL - CELLIP, 2003. v. 1. p. 1-5.
CRUZ, Antonio Donizeti da.. O desdobramento do eu na lírica de Lila Ripoll. In: 5ª JELL - Jornada de Estudos Lingüísticos e Literários, 2002, Marechal Cândido Rondon - PR. 5ª JELL - Jornada de Estudos Lingüísticos e Literários - Tema: Linguagem e produção de sentido. Marechal Cândido Rondon - PR: Escala, 2002. v. 1. p. 29-40.
CRUZ, Antonio Donizeti da.. A viagem na poesia de Cecília Meireles, Lila Ripoll e Helena Kolody. In: Colóquio Brasileiro Cecília Meireles & Murilo Mendes, 2001, Porto Alegre - RS, 2001.
CRUZ, Antonio Donizeti da.. O universo imaginário de Lila Ripoll: Mito, Poesia e Memória. In: III Jornada Científica da Unioeste, 2005, Marechal Cândido Rondon. III Jornada Científica da Unio. Cascavel - PR: Unioeste - Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, 2005. v. 1. p. 1-5.
FIGUEIRA, Gaston. Poesía brasileña contemporânea (1920-1946) Crítica y antologia. Montevideo: Instituto de Cultura Uruguayo-Brasileño, 1947, 142p.
FLORES, Hilda Agnes Hübner. Lila Ripoll. In: Hilda Agnes Hübner Flores. (Org.). Palavras 2005. 1ª ed., Porto Alegre: Ediplat, 2005, v. 1, p. 37-42.
FRANCO, Helenita Rosa. Lila Ripoll, poeta e militante. Presença Literária, Porto Alegre, p. 83-88, 2006.
GONÇALVES, Ivani Calvano. A estrutura do texto artístico em Lila Ripoll. DLCV (UFPB), v. 5, p. 39-48, 2007.
MARANGONI, Marli Cristina Tasca; ARENDT, João Claudio. Lila Ripoll: intimismo e engajamento. Nau Literária (UFRGS), v. 5, p. 129-138, 2007.
PAVANI, Cinara Ferreira. A representação da mulher na poesia de Lila Ripoll. Revista eletrônica de crítica e teoria de literaturas - Comunicações dos fóruns. PPG-LET-UFRGS – Porto Alegre – Vol. 03 N. 02 – jul/dez 2007. Disponível no link. (acessado em 15.6.2015.
POZZER, Ranice Höehr Pedrazzi. Lila Ripoll, toda a poesia de uma revolucionária. Jornal A Razão, Santa Maria, 19 jun. 2007.
SILVA, Maria Cristina Müller da.. Representações do sagrado na poesia de Lila Ripoll. (Dissertação Mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade). Universidade de Caxias do Sul, 2009. Disponível no link. (acessado em 15.6.2015).
SILVA, Maria Cristina Müller da.. Representações do Sagrado na poesia de Lila Ripoll. In: I Seminário Internacional de Língua, Literatura e Processos Culturais, Caxias do Sul. 2011.
STEIN, Jaqueline; CRUZ, Antonio Donizeti da.. As imagens poéticas em Lila Ripoll: o memorialismo fixado na infância. Especialização em Língua, Literatura e Ensino, v. 1, p. 1-13, 2006.
ZILBERMAN, Regina. Literatura gaúcha. Temas e figuras da ficção e da poesia no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: L&PM, 1985.
REFERÊNCIA E OUTRAS FONTES DE PESQUISA
:: Delfos Espaço de Documentação e Memória Cultural - PUCRS
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Lila Ripoll - o fazer poético. Templo Cultural Delfos, agosto/2015. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Nunca é demais dizer o quanto esse site é maravilhoso! Sabem o oásis no meio do deserto? É o que penso a respeito. E ler a biobibliografia da querida conterrânea Lila Ripoll foi emocionante. Dedicarei um bom tempo aos poemas da amostra. Abraços e continuem com esse fantástico trabalho!
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