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Raymundo Faoro - foto: (...) |
Colaborou na imprensa desde o tempo de estudante
universitário. Co-fundador da revista Quixote, em 1947, escreveu para diversos
jornais do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Além de jurista, foi
um dos mais importantes cientistas sociais brasileiros, autor de ensaios de
direito e ciências humanas. Referência obrigatória na teoria política do Brasil
contemporâneo, Faoro conquistou o respeito dos intelectuais do país através de
suas análises críticas do Estado, que contribuíram para o desenvolvimento da
literatura crítica nacional.
Seus leitores mais críticos (entre os quais Mino Carta e
Bob Fernandes) lhe atribuíram dons proféticos. Em Os donos do poder, publicado
em 1958, analisou a formação do patronato brasileiro e buscou as raízes de uma
sociedade na qual o poder público é exercido, e usado, como se fosse privado. É
um teorema que Faoro demonstrou percorrendo a história luso-brasileira dos seus
primórdios até Getúlio Vargas e antecipando os rumos seguintes. Em enquete
feita pela revista Veja com os principais intelectuais brasileiros, este ensaio
foi incluído entre os vinte livros mais importantes já publicados por autores
brasileiros.
No ensaio A pirâmide e o trapézio, publicado
primeiramente em 1974 (mesmo ano da reedição revista e ampliada de Os donos do
poder), Faoro interpretou com mestria e originalidade a obra de Machado de
Assis, cuja mensagem está na dissecação da sociedade da capital do país no
final do século XIX. Ao escrever seu ensaio levou em conta os estudos
machadianos até o início dos anos 70, dialogando especialmente com Augusto
Meyer, Eugênio Gomes, Astrogildo Pereira, Raimundo Magalhães Jr., e também
Sílvio Romero.
Este vasto estudo sobre Machado de Assis pode ser visto
como uma continuidade e um complemento do ensaio anterior. Seu grande objeto de
estudo era ainda o Brasil, pois pretendia captar a vida que Machado de Assis
infundiu em seus personagens e ao Brasil, o funcionamento concreto e cotidiano
da ação dos donos do poder e seus agregados, a presença dos valores e da
ideologia, os vícios e as virtudes, a constrição das instituições (família,
Estado, igreja), os preconceitos, o amplo e variadíssimo jogo da vida social e
individual.
Foi presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil,
de 1977 a 1979. Lutou pelo fim dos Atos Institucionais e ajudou a consolidar o
processo de abertura democrática nos anos 70. Com ele a sede da OAB, no Rio,
transformou-se num front de resistência pacífica contra o regime militar.
Partiu de lá a primeira grande denúncia circunstanciada contra a tortura de
presos políticos. No governo João Figueiredo lutou pela anistia ampla, geral e
irrestrita. Com a anistia e a retomada das liberdades políticas, a casa de
Faoro nas Laranjeiras tornou-se lugar de encontro de políticos como Tancredo Neve
e Luís Inácio Lula da Silva. Este propôs, sem sucesso, que Faoro entrasse na
disputa presidencial em 1989, como candidato a vice-presidente.
Desde o momento em que deixou a OAB, foi colaborador
permanente da revista Senhor (segunda fase), inspirador e parceiro na revista
IstoÉ e no Jornal da República, das quais foi presidente. Colaborou também na
revista Carta Capital.
Recebeu o Prêmio José Veríssimo, da Academia Brasileira
de letras (1959); Prêmio Moinho Santista - Ciências Sociais -1978 (foi o terceiro
premiado, depois de Fernando de Azevedo e Gilberto Freyre); Medalha Teixeira de
Freitas, do Instituto dos Advogados do Brasil.
É o quinto ocupante da Cadeira 6, da Academia Brasileira de Letras – ABL, eleito em 23 de novembro de
2000, na sucessão de Barbosa Lima Sobrinho e recebido pelo Acadêmico Evandro
Lins e Silva em 17 de setembro de 2002.
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Fonte:
Academia Brasileira de Letras – ABL![]() |
Raymundo Faoro - foto: (...) |
“O desenvolvimento não pode ser matéria de decretos, nem é assim que uma nação aprende de outra. Uma elite não pode, pela compulsão, pela ideologia, gerar a nação. A nação que quer se modernizar sob o impulso e o controle da classe dirigente cria uma enfermidade, que a modernidade, quando aflorar, extirpa, extirpando os Modernizadores. Todos os países que sofreram modernizações (...) expulsaram, para que o desenvolvimento se irradiasse ao povo, a elite, a classe dirigente, a burocracia (...). A modernidade emergiu com a ruptura, construindo, sobre a ruína das autocracias o desenvolvimento, capaz de se sustentar com o movimento próprio, eliminando, juntamente com os males antigos, os males modernos. Todos deixaram de ser uma dualidade, uma imobilizada oposição de direções, para revelarem sua identidade cultural, num vôo próprio, dentro do universo, libertos da tradição e da contemplação nacional.”
- Raymundo Faoro, em "Existe um pensamento político brasileiro?". São Paulo: Ática, 1994, p. 113.
OBRA
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Capa do livro Os Donos do Poder, de Raymundo Faoro |
Os donos do poder: formação do patronato político
brasileiro. Porto Alegre: Editora globo, 1958.
Machado de Assis - A pirâmide e o trapézio.
Porto Alegre: Editora Globo, 1975.
A Assembleia Constituinte - A legitimidade recuperada.
Rio de Janeiro: Brasiliense, 1980.
Existe um pensamento político brasileiro?.
Rio de Janeiro: Editora Ática, 1994.
Artigos, ensaios, entrevistas e discurso
FAORO,
Raymundo. Romance
sem heróis [Entrevista]. Veja, n. 399 (28 abr.), pp. 3-6, 1976.
FAORO,
Raymundo. Entrevista.
Pasquim, Rio de Janeiro, n.468, p1-6, dez. 1978.
FAORO,
Raymundo. Só a
nação poderá sepultar o ATO 5. O Estado de S. Paulo, 13 dez.
Suplemento Especial, p.12, 1978.
FAORO,
Raymundo. O funeral
da ditadura[Entrevista], revista Isto É. (1979), in DIAS,
Mauricio (org,) (2008). Raymundo Faoro: a democracia traída. São Paulo, Globo,
p.21-33.
FAORO,
Raymundo. Entrevista
Raimundo Faoro. Nosso Tempo, Foz do Iguaçu, de 2 a 8/12/1981,
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FAORO,
Raymundo. O
desate do nó. [Depoimento[, Isto É, São Paulo, n.171, p.24, 2
abr. 1980.
FAORO,
Raymundo. A
democracia absorveu a ditadura: entrevista a Senhor. (1985), in
DIAS, Mauricio (org.). Raymundo Faoro: a democracia traída. São Paulo, Globo,
p.35-65, 2008.
FAORO, Raymundo. Uma constituinte tutelada: entrevista a
Senhor (1986), in DIAS, Mauricio (org.). Raymundo Faoro: a
democracia traída. São Paulo, Globo, p.67-94, 2008.
FAORO,
Raymundo. Existe
um pensamento político brasileiro?. In: Estudos Avançados, São
Paulo, v. 1, n. 1, p. 9-58, out/dez, 1987. Disponível no link. (acessado em 14.12.2013).
FAORO,
Raymundo. As afinidades
eletivas. Istoé/Senhor, São Paulo, n. 1073, 11 abr., p. 21,
1990.
FAORO,
Raymundo. Um
ensaio de tradução. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1075, 25 abr., p. 21, 1990.
FAORO,
Raymundo. Governar
é prender gente. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1077, 9 maio, p. 23, 1990.
FAORO,
Raymundo. O
Plano: o improviso e a incerteza. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1071, 28 mar., p. 31, 1990.
FAORO,
Raymundo. Pulhas
ingênuos ou dança de inverno. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1074, 18 abr., p. 26, 1990.
FAORO,
Raymundo. Inovar
não é reformar, nem mudar. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1093, 29
ago., p. 25, 1990.
FAORO,
Raymundo. Réquiem
para mais um plano. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1095, 12 set.,
p. 23, 1990.
FAORO,
Raymundo. Todos
os homens do presidente. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1111, 9
jan. , p. 15, 1991.
FAORO,
Raymundo. A
triste “modernização”. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1113, 23 jan,
p. 47, 1991.
FAORO,
Raymundo. Uma
instituição ausente. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1114, 30 jan., p.
19, 1991.
FAORO,
Raymundo. O governo
da ineficiência [Entrevista]. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n.1114, 30
jan., p. 4-8, 1991.
FAORO,
Raymundo. As
inesperadas coincidências. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1126, 24
abr., p. 25, 1991.
FAORO,
Raymundo. A
mania das grandezas. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1131, 29 maio,
p. 19, 1991.
FAORO,
Raymundo. Entre
o direito e o torto. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1133, 12 jun., p. 17, 1991.
FAORO,
Raymundo. A
pata do centralismo. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1135, 26 jun.,
p. 19, 1991.
FAORO,
Raymundo. Um desapontamento
judicial. Istoé/Senhor, São Paulo, n. 1137,10 jul., p. 29, 1991.
FAORO,
Raymundo. Enquanto
o senhor lobo não vem. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1140, 31 jul.,
p. 27, 1991.
FAORO,
Raymundo. A
Gaiola eletrônica. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1141, 7 ago., p.
25, 1991.
FAORO,
Raymundo. O
eterno retorno. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1142, 14 ago., p.
23, 1991.
FAORO,
Raymundo. Mudar
a Constituição. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1143, 21 ago., p.
25, 1991.
FAORO,
Raymundo. Um
ensaio de governo. Istoé/Senhor, São Paulo, n. 1144, 28 ago., p.
35,1991.
FAORO,
Raymundo. A
guarda pessoal do presidente. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1145, 4
set., p. 25, 1991.
FAORO,
Raymundo. Num
lugar da Mancha. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1148, 25 set., p.
19, 1991.
FAORO,
Raymundo. O
monstro e a indecência. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1151, 16
out., 1991.
FAORO,
Raymundo. O
fim do ano. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1152, 23 out., p. 25, 1991.
FAORO,
Raymundo. Onde
estamos?. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1154, 6 nov., p. 23,
1991.
FAORO,
Raymundo. A
justificação da incompetência. IstoÉ/Senhor: São Paulo, n. 1155, 13 nov., p. 23, 1991.
FAORO,
Raymundo. Uma
controvérsia ou equívoco?. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1156, 20 nov., p. 29, 1991.
FAORO, Raymundo.
O plano é encolher
o Brasil. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1164, 22 jan., pp. 4-8, 1992.
FAORO,
Raymundo. A
questão nacional: a modernização. In: Estudos Avançados, São
Paulo, v. 6, n.14, p. 7-22, jan/ abr, 1992.
FAORO,
Raymundo. O
jogo em três dimensões. IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1166, 5 fev., p. 15, 1992.
FAORO, Raymundo. Um inventário do Caos.
IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1173, 25 mar,
p. 31, 1992.
FAORO,
Raymundo. Um
detalhe na arte de furtar. Istoé, São Paulo, n. 1174, 1 abr.,
p. 21, 1992.
FAORO,
Raymundo. O
difícil e estéril aprendizado. Istoé, São Paulo, n. 1175, 8
abr., p. 23, 1992.
FAORO,
Raymundo. Onde
está o liberalismo. Istoé, São Paulo, n. 1178, 29 abr., p. 21,
1992.
FAORO,
Raymundo. A
fronteira da recessão. Istoé, São Paulo, n. 1181, 20 maio, p.
21, 1992.
FAORO,
Raymundo. O
desafio pessoal e o constitucional. Istoé, São Paulo, n. 1182, 27
maio, p. 25, 1992.
FAORO,
Raymundo. Um
estratagema tardio. Istoé, São Paulo, n. 1187, 01 jul., p. 17,
1992.
FAORO,
Raymundo. Uma
crise ou um impasse?.
Istoé, São Paulo, n. 1190, 22 jul., p. 21, 1992.
FAORO,
Raymundo. Uma
onda de moralismo?.
Istoé, São Paulo, n. 1191, 29 jul., p. 19, 1992.
FAORO,
Raymundo. A
farsa dos 35 milhões de votos. Istoé, São Paulo, n. 1194, 19
ago., p. 21, 1992.
FAORO, Raymundo.
A encruzilhada de
suas excelências. Istoé, São Paulo, n. 1193, 12 ago., p. 29,
1992.
FAORO,
Raymundo. O
último ato. Istoé, São Paulo, n.1192 (05 ago.), p. 25, 1992.
FAORO,
Raymundo. Um
tempo novo, numa nova política?. Istoé, São Paulo, n. 1196, 2
set., p. 29, 1992.
FAORO,
Raymundo. Que
fazer com as ruas?. Istoé, São Paulo, n. 1201, 7 out., p. 25,
1992.
FAORO,
Raymundo. Os
dois últimos atos do drama. Istoé, São Paulo, n. 1200, 30 set.,
p. 30, 1992.
FAORO,
Raymundo. Um
prazo curto em dois tempos. Istoé, São Paulo, n. 1204, 28 out.,
p. 23, 1992.
![]() |
Raymundo Faoro - foto: (...) |
FAORO,
Raymundo. A
política e os números. IstoÉ, São Paulo, n.1229, 21 abr.,p.19,
1993.
FAORO,
Raymundo. Deixar
para depois. E orar. IstoÉ, São Paulo, n.1237, 16 jun.,p.31,
1993.
FAORO,
Raymundo. A
aventura liberal numa ordem patrimonialista. Revista USP. São
Paulo, n. 17, p. 14-29, 1993.
FAORO,
Raymundo. FHC
caiu na vida [Entrevista]. Revista Carta Capital, São Paulo,
n.77, p.38-41, 24 junho 1998.
FAORO,
Raymundo. Sérgio
Buarque de Holanda: analista das instituições brasileiras. In:
CANDIDO, Antonio (Org.). Sérgio Buarque de Holanda e o Brasil. São Paulo:
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FAORO,
Raymundo. Um
momento decisivo na história. Estudos Avançados, v.12, n. 34 -
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FAORO,
Raymundo. A
rotina da corrupção. Revista Carta Capital, São Paulo, n.98, p.
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FAORO,
Raymundo. O
modelo e o precursor. Revista Carta Capital, São Paulo, n.101,
p.33, 07 julho 1999.
FAORO,
Raymundo. A
via Florentina, Cartas do Trópico. Revista Carta Capital, São
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FAORO,
Raymundo. O
Brasil é otário [Entrevista]. Revista Carta Capital, São Paulo,
n.137, p.28-31, 06 dez.2000.
FAORO,
Raymundo. Entrevista. Folha de S.
Paulo, São Paulo, 14 maio. Caderno Mais, p. 6-13, 2000. Disponível no link. (acessado em 13.12.2013).
FAORO,
Raymundo. O
Clube dos Trezentos, Cartas do Trópico. Revista Carta Capital,
São Paulo, p. 30-31, 10 de maio de 2000.
FAORO,
Raymundo. Entrevista.
Isto É, São Paulo, n.1657, p.7-11, 5 jul. 2001.
FAORO,
Raymundo. O
anjo caído. Revista Carta Capital, São Paulo, n.146, p.27, 09
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FAORO,
Raymundo. Discurso de agradecimento de
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Raymundo. Discurso
de posse na Academia Brasileira de Letras. Disponível no link. (acessado em 9.12.2013).
FAORO,
Raymundo. A
utopia nacionalista: Trechos do discurso de posse na ABL. Revista
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FAORO,
Raymundo. Lula
pode ganhar. Revista Carta Capital, São Paulo, n.214, p.30-33,
15 Maio 2002.
"Em
Raymundo Faoro, a história brasileira não é examinada como simples sucessão de
lutas de classes, ou de ajustes e desajustes entre grupos sociais. Ele introduz
as noções de estamento, casta e classe social de modo inovador, jogando luz
sobre os diversos aspectos de nossa formação, em que nossa 'modernidade'
aparece amarrada em formas serôdias de organização social e mental: uma cultura
estamental-oligárquica e de substrato escravista que ainda comanda o
presente."
- Carlos Guilherme Mota (historiador)
FORTUNA CRÍTICA DE RAYMUNDO FAORO
[Estudos acadêmicos - bibliografia: Teses, dissertações, monografias, livros, ensaios e artigos]
![]() |
Raymundo Faoro - foto: (...) |
ABREU, Maria
Aparecida Azevedo. Raimundo Faoro: quando
o mais é menos. Perspectivas, São Paulo, 29: 169-189, 2006. Disponível no
link. (acessado em 14.12.2013).
AGUILAR FILHO,
Helio Afonso de. Estado e Atraso
Econômico no Brasil Uma Abordagem a partir das Teorias de Douglass North e
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AGUILAR FILHO,
Helio Afonso de. O Atraso Econômico e a
Matriz Institucional Brasileira - Uma Abordagem a Partir de Raymundo Faoro e
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mudança ou continuidade: uma análise sobre a mentalidade e os procedimentos
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no link. (acessado em 9.12.2013).
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Raymundo Faoro - foto: Osvaldo José dos Santos (Jornal da USP) |
CURI, Isadora
Volpato. A construção da cidadania: poder
público e poder privado na obra de Raymundo Faoro e de Victor Nunes Leal.
(Trabalho de conclusão do curso de Especialização em Direito Constitucional).
Escola Superior de Direito Constitucional, ESDC, 2007.
CURI, Isadora
Volpato. A construção da Cidadania: Poder
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Raymundo Faoro, por Netto |
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Raymundo Faoro - foto: (...) |
CITAÇÕES E TRECHOS DE OBRAS DE
RAYMUNDO FAORO
“Todos
colaboraram na grande arrancada, submissos, famintos de honras e de saques,
ávidos de lucros, ardentes de fé – todos por si sob a bandeira real, que lhes
cobria e lhes dava cor, vida e energia. O estamento, só ele, esquivo,
encoberto, impessoal, representava a realidade – tudo o mais, mera aparência.
Seu espírito: cruzada, rapina, pirataria, comércio, dilatação do império e da
fé.”
- Raymundo Faoro, em "Os donos do poder –
formação do patronato político brasileiro". Vols. 1 e 2., Porto Alegre:
Editora Globo, 1977, p. 56.
“O estamento,
cada vez mais de caráter burocrático, filho legitimo do Estado patrimonial,
ampara a atividade que lhe fornece os ingressos, com os quais alimenta sua nobreza
e seu ócio de ostentação, auxilia o sócio de suas empresas, estabilizando a
economia, em favor do direito de dirigi-la, de forma direta e intima. O
encadeamento das circunstâncias históricas, que parte do patrimonialismo e
alcança o estamento, fecha-se sobre si mesmo, com a tutela do comércio de
transito, fonte do tesouro régio, do patrimônio do rei, fonte das rendas da nova
aristocracia, erguida sobre a revolução do Mestre de Avis, engrandecida na
pirataria e na guerra que incendeiam os oceanos Índico e Atlântico.”
- Raymundo Faoro, em "Os donos do poder –
formação do patronato político brasileiro". Vols. 1 e 2., Porto Alegre:
Editora Globo, 1977, p. 59.
“O
mercantilismo empírico português, herdado pelo Estado brasileiro, fixou-se num
ponto fundamental, inseparável de seu conteúdo doutrinário, disperso em
correntes, facções e escolas. Este ponto, claramente emergente da tradição
medieval, apurado em especial pela monarquia lusitana, acentua o papel diretor,
interventor e participante do Estado na atividade econômica. O Estado organiza
o comercio, incrementa a indústria, assegura a apropriação da terra, estabiliza
preços, determina salários, tudo para o enriquecimento da nação e o proveito do
grupo que a dirige. (...) O Estado, desta forma elevado a uma posição prevalente,
ganha poder, internamente contra as instituições e classes particularistas, e,
externamente, se estrutura como nação em confronto com outras nações”
- Raymundo Faoro, em "Os donos do poder –
formação do patronato político brasileiro". Vols. 1 e 2., Porto Alegre:
Editora Globo, 1977, p. 62.
“O
patrimonialismo, organização política básica, fecha-se sobre si próprio com o
estamento, de caráter marcadamente burocrático. Burocracia não no sentido
moderno, com aparelhamento racional, mas da apropriação do cargo - o cargo
carregado de poder próprio, articulado com o príncipe, sem a anulação da esfera
própria de competência. O Estado ainda não é uma pirâmide autoritária, mas um
feixe de cargos, reunidos por coordenação, com respeito à aristocracia dos
subordinados.”
- Raymundo Faoro, em "Os donos do poder –
formação do patronato político brasileiro". Porto Alegre/ Rio de Janeiro: Editora Globo, 1984,
p. 84.
“Nesta dança,
orquestrada pelo estamento, não entra o povo: quem seleciona, remove e consolida
as chefias é a comunidade de domínio, num ensaio maquiavélico de captação do assentimento
popular. (...) Aqui está o ponto de contato da classe dirigente com o
estamento, força, este, aparentemente de reserva, depositário, na realidade,
das energias políticas. Por via desse circuito, torna-se claro que elite e
estamento são realidades deversas, articulada a primeira no serviço da segunda,
que a define, caracteriza e lhe infunde a energia. Há, todavia, situações em
que as funções da sociedade se desenvolvem por via do estamento, não
perfeitamente caracterizado ou confundido com a elite, despida esta de sua
individualidade conceitual. Uma longa herança – herança social e política –
concentrou o poder minoritário numa camada institucionalizada. Forma-se, desta
sorte, uma aristocracia, um estamento de caráter aristocrático, do qual se projeta,
sem autonomia, uma elite, um escol dirigente, uma ‘classe’ política.”
- Raymundo Faoro, em "Os donos do poder –
formação do patronato político brasileiro". Vols. 1 e 2., Porto Alegre:
Editora Globo, 1977, p. 92.
"Da mole
de documentos, sai uma organização emperrada, com papéis que circulam de mesa
em mesa, hierarquicamente, para o controle de desconfianças futuras. Sete
pessoas querem incorporar uma sociedade? O governo lhes daria autorização. Quer
alguém fabricar agulhas? O governo interviria com a permissão ou o privilegio.
O fazendeiro quer exportar ou tomar empréstimos? Entre o ato e a proposta se
interporão um atoleiro de licenças. Há necessidade de crédito particular? O
ministério seria chamado a opinar. O carro, depois da longínqua partida, volta
aos primeiros passos, enredado na reação centralizadora e na supremacia
burocrático-monárquica, estamental na forma, patrimonialista no conteúdo. Um
aparente paradoxo: o Estado, entidade alheia ao povo, superior e insondável,
friamente tutelador, resistente a nacionalização, gera o sentimento de que tudo
pode e o indivíduo quase nada é."
- Raymundo Faoro, em “Os Donos do Poder: Formação
do Patronato Político Brasileiro”. 3ª ed.(revisada), São Paulo: Editora Globo,
2001, p. 452.
“Sempre, no
curso dos anos sem conta, o patrimonialismo estatal, incentivando o setor
especulativo da economia e predominantemente voltado ao lucro como jogo e
aventura ou, na outra face, interessado no desenvolvimento econômico sob o
comando político, para satisfazer imperativos ditados pelo quadro
administrativo, com seu componente civil e militar.”
- Raymundo Faoro, em "Os donos do poder:
formação do patronato político brasileiro." 8ª ed., Rio de Janeiro: Globo,
1989, p. 733.
“Quando (...) a
modernização se instaura, como ação voluntária, quem a dirige é um grupo ou
classe dirigente — com muitos nomes e de muitas naturezas — que, na verdade,
não reflete passivamente a sociedade sobre a qual atua. Tal grupo, para mudar o
que não vai, ao seu juízo, bem, começa por dissentir da classe dirigente
tradicional. O desvio, entretanto, não altera a pirâmide social, nem os valores
dominantes. Um exemplo (...) [foi] a projetada e frustrada reforma que se quis
derivar da recepção do positivismo comtista, no século passado. Militares,
engenheiros e médicos, uma elite que não conseguia dar as cartas no estamento
imperial (...), formam não uma nova sociedade, mas um novo estamento, para que
ocupe o lugar do antigo. É claro que tal ascensão insegura só resultará numa
mudança espasmódica, limitada, incapaz de imantar toda a sociedade.”
- Raymundo Faoro, em "Existe um pensamento
político brasileiro?". São Paulo: Ática, 1994, p. 100.
“(...) entre a
sociedade civil, frágil e vigiada, e o estamento aristocrático, deu-se uma
transação, alterada em torno dos meados do século XIX. A conciliação política,
desarmando os antagonismos, regularia e controlaria a mudança. Mantida a
pirâmide — mantida a ‘ordem’, como se dizia — o Império escravocrata adia sua
mais urgente reforma social, a do cativeiro, logo adiante, para se modernizar.
Sem o sonho das manufaturas e arquivado o projeto colbertiano, joga-se na febre
das estradas de ferro e dos melhoramentos urbanos.”
- Raymundo Faoro, em "Existe um pensamento
político brasileiro?". São Paulo: Ática, 1994, p. 101-102.
“(...) se
circunscrevem ao tempo circular, com uma memória condicionada ao tempo
precário, que dura enquanto outra onda se sobrepõe à atual, desfazendo-se
ambas. A história que daí resulta será uma crônica de déspotas, de governos, de
elites, de castas, de estamentos, nunca a história que realiza, aperfeiçoa e
desenvolve. A história, assim fossilizada, é um cemitério de projetos, de ilusões
e de espectros.”
- Raymundo Faoro, em "Existe um pensamento
político brasileiro?". São Paulo: Ática, 1994, p. 112.
“Não acredito
que o sistema industrial-financeiro participe do processo de tomada de
decisões. A atuação dos tecnocratas consiste justamente nisso: uma deliberação
sem a participação dos
interessados.
Enquanto essas deliberações favorecem o empresário, ele tende a aceitar
tranqüilamente o processo. Só quando se julga prejudicado tenta protestar.
Como, no entanto, não dispõe de poder político, esse protesto não modifica substancialmente
as coisas”
- Raymundo Faoro, em "Entrevista". Veja,
São Paulo, n. 399, p. 3-6, 28 abr. 1976, p. 4.
“Lembre-se que
a trilha conservadora está calcada de estatismo, na economia, na supremacia
sobre a sociedade, nas oportunidades empresariais e de emprego. Pouco Estado?
Substituam-se, na cabine de comando, as velhas elites, por elites responsáveis,
no jogo intra--elitário. Era o Estado o principal agente econômico? O discurso
dirá de um Estado que sai de cena para colocar em seu lugar a iniciativa privada
e a economia de mercado. Enquanto a economia e a sociedade não mudam, rebeldes
à retórica oficial, substitua-se a reforma pela inovação. Mude-se o subsídio, o
incentivo, a concessão aberta e franca, a barreira alfandegária pelo subsídio
que cobre todos os subsídios. (...) Na verdade, debaixo da fumaça da inovação,
a intervenção do Estado, que era fluída e indolor, torna-se amarga e dura,
caindo como recairá sobre a classe que tem menores recursos de protesto.”
- Raymundo Faoro, em "Inovar não é reformar,
nem mudar". IstoÉ/Senhor, São Paulo, n. 1093, p. 25, 29 ago. 1990.
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Raimundo Faoro - a construção do estado brasileiro. Templo Cultural Delfos, dezembro/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Raimundo Faoro - a construção do estado brasileiro. Templo Cultural Delfos, dezembro/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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