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Olga Savary - foto: (...) |
"Vida é o som do não, do sim, da pata do poeta: acrobata."
- Olga Savary, em "Poesia do Grão-Pará". Graphia Editorial, 2001, p. 308.
Olga Augusta Maria Savary carioca por adoção, nasceu em
Belém do Pará, em 21 de maio de 1933 - Teresópolis/RJ, 15 de maio de 2020. Escritora (poeta,
contista, romancista, crítica, ensaísta, tradutora e jornalista), a poeta como gostava de ser chamada, tem inúmeros
livros publicados, tendo sido agraciada com vários dos principais prêmios
nacionais de literatura, entre eles o Prêmio Jabuti de Autor Revelação, pelo
livro Espelho Provisório, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (1971), o
Prêmio de Poesia, pelo livro Sumidouro, concedido pela Associação Paulista de
Críticos de Arte (1977), e o Prêmio Artur de Sales de Poesia, concedido pela
Academia de Letras da Bahia pelo livro Berço Esplêndido (1987).
Traduziu mais de 40 obras de mestres hispano-americanos
(Borges, Cortázar, Fuentes, Lorca, Neruda, Octavio Paz, Semprún, Vargas Llosa e
outros), e os mestres japoneses do hai-kai, (Bashô, Buson e Issa).
Correspondente de revistas culturais no Brasil e no
exterior, organizou várias antologias de poesia, entre as quais a maior e mais
completa já editada no Brasil, para a Secretaria Municipal de Cultura –
Fundação RioArte / Rio de Janeiro. Representou o Brasil no Poetry International
(1985), congresso mundial realizado em Roterdã. Sua obra está presente em
diversas antologias brasileiras e internacionais.
A Antologia de Poesia da América Latina, editada na
Holanda em 1994, com apenas 18 poetas — inclusive dois prêmios Nobel: Neruda e
Paz — inclui Olga Savary entre os maiores poetas do continente.
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Olga Savary - foto: (...) |
Além de seu
trabalho profissional integralmente dedicado à literatura desde 1947, Olga
Savary tem presença ativa em instituições culturais e comunitárias: é membro
titular do Pen Clube (associação mundial de escritores, vinculada à Unesco), da
Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa) e do Instituto Brasileiro de Cultura
Hispânica. Foi presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Rio de
Janeiro em 1997-98. Por serviços relevantes prestados à cultura nacional, foi
escolhida "Mulher do Ano" pelo jornal O Globo, em 1975, e pela
Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, em 1996.
Na poesia radicalmente feminina de Olga Savary, o vigor
poético se alia a uma profunda brasilidade. As raízes culturais brasileiras
estão presentes ao longo de sua obra, inclusive no uso sistemático de palavras
em tupi, língua original falada em Pindorama, depois Brasil. Em 2008, a Fundação Biblioteca Nacional, em parceria
com a Universidade de Mogi das Cruzes e a MultiMais Editorial, publicou Repertório Selvagem - obra Reunida, de Olga Savary.
:: Fonte: Releituras
“A Literatura é
uma dama exigente, não dá descanso.
Ou você entrega
a ela toda a sua energia ou ela lhe vira as costas.”
- Olga Savary, em entrevista a Clauder Arcanjo.
Revista de Humor e Cultura Papangu nº 40, maio de 2007.
PRÊMIOS
:: 1971 - Prêmio Jabuti (autor revelação),
pelo livro “Espelho Provisório”, concedido pela Câmara Brasileira do Livro;
:: 1977 - Prêmio de Poesia,
concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo livro “Sumidouro”;
:: 1977 - Melhor livro de poesia do ano,
escolhido pelo Jornal do Brasil, para o livro “Sumidouro”;
:: 1981 - Prêmio de Poesia Lupe Cotrim Garaude/UBE
- União Brasileira de Escritores, pelo livro “Altaonda”;
:: 1983 - Prêmio Olavo Bilac, da
Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo livro “Magma”;
:: 1987 - Prêmio Artur de Sales de Poesia,
concedido pela Academia de Letras da Bahia, pelo livro “Berço Esplêndido”;
:: 2007 - Prêmio
Internacional Brasil-América Hispânica, pelo livro “Berço
Esplêndido”;
OBRA DE OLGA SAVARY
Poesia
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Capa do livro "Espelho Provisório" de Olga Savary (1970) |
:: Espelho provisório. [prefácio
Ferreira Gullar e ilustrações Carlos Scliar]. Rio de Janeiro: José Olympio,
1970.
:: Sumidouro. [prefácio Nelly
Novaes Coelho e ilustrações Aldemir Martins]. São Paulo: Massao Ohno / João
Farkas Editores, 1977, 61p.
:: Altaonda. [prefácio Jorge
Amado e xilogravuras Calasans Neto]. Salvador/São Paulo: Macunaíma / Massao
Ohno, 1979.
:: Magma. [prefácio Antônio
Houaiss e capa Tomie Ohtake]. São Paulo: Massao Ohno; Roswitha Kempf, 1982,
72p.
:: Hai-Kais. [prefácio Gerardo
Mello Mourão e capa Sun Chia Chin]. São
Paulo: Roswitha Kempf,1986.
:: Linha d'água. [Prefácio
Felipe Fortuna; apresentação Antonio Houaiss; capa-foto Ciça Alves Pinto e ilustrações
Kazuo Wakabayashi]. São Paulo: Massao Ohono; Hipocampo, 1987.
:: Retratos. [prefácio Dalma
Nascimento; Capa Kazuo Wakabayashi e ilustrações(nanquins) Henri Matisse]. São
Paulo: Massao Ohno, 1989.
:: Rudá. [prefácio Gilberto
Mendonça Teles]. Rio de Janeiro: UERJ, 1994.
:: Éden Hades: poesia. [prefácio
Olga de Sá e capa Guita Charifker]. . (Coleção Poesia Brasileira). São Paulo:
Massao Ohno, 1994, 63p.
:: Morte de Moema. [xilogravura
Marcos Varella]. Rio de Janeiro: Impressões do Brasil, 1996.
:: Anima
Animalis. Voz de bichos brasileiros. [prefácio
Jorge Vanderlei ]. São Paulo: Massao Ohno, 1996.
:: Berço esplendido. Editora Palavra & Imagem, 2001, 140p.
Conto
:: O Olhar dourado do abismo. [prefácio
de Dias Gomes e xilogravuras de Rubem Grilo]. Rio de Janeiro: Impressões do
Brasil, 1997.
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Capa do livro "Repertório Selvagem - obra reunida", de Olga Savary (1998) |
:: O olhar dourado do abismo: contos de paixão
e espanto. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil:
FBN, 2001, 160p.
Seleta
:: Natureza Viva - uma seleta dos
melhores poemas de Olga Savary. [prefácio Ferreira Gullar e capa
Pedro Savary]. Recife/PE: Edições Pirata, 1982, 43p.
Antologia poética reunida
:: Repertório Selvagem - Obra poética reunida - 12 livros de poesia,
1947-1998. [Prefácio de Antônio Olinto]. Rio de Janeiro: Biblioteca
Nacional; MultiMais Editorial e Universidade de Mogi das Cruzes,
1998, 431p.
“Olga Savary
conquistou, com garbo de fundas e discretas emoções, seu espaço poético em
nossa língua. É senhora, também, de outro espaço relevante para a construção do
Homem comum – a tradução.”
- Antonio Houaiss, em "Prefácio" ao livro
"Magma", de Olga Savary - Rio de Janeiro, 27 de julho de 1981.
Obra traduzida
Avond van de portuguese en braziliaanse poësie: Olga
Savary [tradução August Willemsen]. Rotterdam: Poetry
International, 1985.
Antologias [organizadas]
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Olga Savary - foto: (...) |
SAVARY, Olga. Antologia da nova
poesia brasileira. (Organização, seleção e apresentação Olga
Savary). Rio de Janeiro: RioArte / Secretaria Municipal de Cultura, PRJ /
Hipocampo, 1992, 334p.
Livros de Arte [participação]
FUNDAÇÃO CULTURAL
BANCO DO BRASIL. Paz. Rio de
Janeiro: Fundação Cultural Banco do Brasil / Spala, 1989. 40 poetas e
escritores em edição trilíngue: português, inglês e espanhol.
ROCHA, Valdir;
GADELHA, Raimundo. Intimidades Transvistas. São Paulo:
Escrituras, 1997.
ARRUDA,
Eunice. Fui eu. São Paulo:
Escrituras, 1998.
CASA FERNANDO PESSOA; PEN português. Poesia em
Lisboa / Poésie à Lisbonne / Poetry in Lisboa. Lisboa: Casa Fernando Pessoa
/ PEN português, 2000. Edição trilíngue: português, francês e inglês.
Antologias de poesia editadas no Brasil [participação]
SAMPAIO,
Adovaldo Fernandes. Voces femeninas de la
poesía brasileña. Goiânia: Oriente, 1979.
HORTAS, Maria
de Lourdes. Palavras de Mulher. Rio
de Janeiro: Fontana, 1979.
GRUPO Poeco. Ensaio IV. São Paulo: s.e., 1980.
KRANZ,
Patrícia; HENRIQUES NETO, Afonso. Te quero verde: Poesia & consciência
ecológica. Rio de Janeiro: s.e., 1982.
COUTINHO,
Edilberto. Presença poética do Recife.
Rio de Janeiro: José Olympio / FUNDARPE, 1983.
ALVES, L.
Henrique. Poetas contemporâneos. São
Paulo: Roswitha Kempf, 1985.
VENCEDORES do
4º Concurso Nacional de Poesia sobre o Vinho. Ave Vinho. Caxias do Sul: Educs / Editora da Universidade de Caxias
do Sul, 1989.
SAITO,
Roberto; GOGA, H. Masuda; HANDA, Francisco. 100 haicaístas brasileiros. São Paulo: Aliança Cultural
Brasil-Japão / Massao Ohno, 1990.
SOLÉ, José; NEJAR, Carlos. De amar e amor. Vitória: Fundação Ceciliano Abel de Almeida, 1992.
SENEGAL,
Humberto; GOGA, H. Massuda; SAITO, Roberto; HANDA, Francisco. Antologia
do haicai latino-americano. São Paulo: Aliança Cultural Brasil-Japão /
Massao Ohno, 1993.
PRÊMIO Caetano
Veloso. Poemas fora da ordem. Salvador:
STIEP/ AEPET/ Sidiquímica/ Fundação Gregório de Mattos, 1993.
MACIEL, Nilto.
Alma Gentil / Novos sonetos de Amor.
Brasília: Códice, 1994.
LYRA, Pedro; ARAGÃO, Verônica de. Sincretismo - A poesia da geração 60.
Rio de Janeiro: Topbooks/Fundação Cultural de Fortaleza/Fundação RioArte, 1995.
FARIA, Álvaro
Alves de. Anjos poéticos. São Paulo:
Nova Alexandria, 1995.
CARDOSO FILHO,
Jusberto. Antologia poética de Ouro Preto.
Ouro Preto: Ed. Autor, 1995.
HÜHNE, Leda
Miranda. Poesia Viva nº 2. Rio de Janeiro:
UAPÊ, 1996.
TAUIL, Néa. Poetismo brasileiro. São Paulo: ABNL,
1997.
ALCÂNTARA,
Beatriz; SARMENTO, Lourdes. Águas dos trópicos. Fortaleza / Recife:
SECULT DO CEARÁ / Ed. Bagaço, 2000.
HÜHNE, Leda
Miranda; HÜHNE, Hans. Naturaleza - Imagens e versos. Rio de
Janeiro: UAPÊ, 2000.
BARCELOS, Cleide.
Santa Poesia. Rio de Janeiro: Casarão
Hermê, 2001.
MORICONI,
Ítalo. Os cem melhores poemas brasileiros.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Antologias de contos editadas no Brasil [participação]
COUTINHO,
Edilberto. Erotismo no conto brasileiro.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
DENSER,
Márcia. Muito prazer - Contos Eróticos
Femininos. Rio de Janeiro: Record, 1982.
DENSER,
Márcia. O prazer é todo meu - Contos
Eróticos Femininos. Rio de Janeiro: Record, 1984.
PERCIA,
Vicente de. Quer que eu te conte um
conto?. Rio de Janeiro: Achiamé, 1984.
NASCIMENTO,
Esdras do. Histórias de amor infeliz.
Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.
SECRETARIA
MUNICIPAL DE CULTURA DE CATAGUESES,
MG. Contos Rosário Fusco/Poesia
Ascânio Lopes. Catagueses: Secretaria Municipal de Cultura de Catagueses,
MG, 1985.
LADEIRA,
Julieta de Godoy. Memórias de Hollywood.
São Paulo: Nobel, 1988.
MORICONI,
Ítalo. Os cem melhores contos brasileiros
do século. Rio de Janeir
o: Objetiva, 2000.
Antologias de poesia editadas no Exterior [participação]
KOVADLOFF,
Santiago. Las voces solidarias
(Antología bilingue de la poesía brasileña contemporânea). Buenos Aires: Ed.
Calicanto, 1978.
MATOS, Gramiro
de; SEABRA, Manuel de. Antologia da novíssima poesia brasileira.
Lisboa: Livros Horizonte, 1981.
ALETTI,
Adelina. Il cavalo de Troia. Milão:
Intrapresa, 1982.
WILLENSEN, August. Hymne
aan de nacht. Roterdam: Rotterdamse Kunstsichting, 1985.
WILLENSEN, August. Renga.
Roterdam: Rotterdamse Kunstsichting, 1985.
LASCHEN, Gregor. Zerstreuung
des alphabets. Alemanha: Die Horen, 1986.
VARIN, Claire. Trois.
Montréal: Conseil des Arts du Canada / Ministère des Affairs Cuilturelles du
Québec, 1988.
ROCA,
Augustina. Puro Cuento. Buenos Aires:
Puro Cuento S.R.L., s.d.
PURGATORIO,
Agnese. Proto. Bari, Itália: Proto,
1990.
POËSI is een gebaar -
Latijns Amerika. Roterdam:
Poetry International, 1994.
CASTRO,
Sílvio. Poeti brasiliani contemporanei.
Veneza / Padova, Itália: Universitá di Padova, 1997.
SARMENTO,
Lourdes. Poésie du Brésil. Paris:
Vericuetos, 1997.
MEYER-CLASON ,
Curt. Modernismo Brasileiro und die
brasilianische Lyrik. Berlim: Druckhaus Galrev, 1997.
ANTO. Amarante, Portugal: Edições do Tâmega.
Nº 3, 1998.
MÄKI, Hilka. Parnasso. Neljas Kirja. Finlândia: s.e.,
2000.
FARIA, Álvaro
Alves de. Brasil 2000: antologia de
poesia contemporânea brasileira. Coimbra, Portugal: Alma Azul, 2000.
POESIA e artes plásticas nº 10. Tabacaria.
Lisboa: Casa Fernando Pessoa, 2001.
Traduções realizadas
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Olga Savary - foto: (...) |
ALEGRÍA, Ciro.
Grande e estranho é o mundo. (El
mundo es ancho y ajeno). Romance. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1981.
ARIAS, Juan. A Bíblia e seus segredos. (La Biblia y
sus secretos) Ensaio . [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004,
286p.
ARIAS, Arturo.
Itzam Na. Romance. [tradução Olga
Savary]. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.
BASHÔ.
Hai-Kais de Bashô. [tradução Olga Savary]. São Paulo: Hucitec, 1989. Poesia.
BASHÔ. Sendas de Oku. (Diário de viagens),
Poesia. [tradução Olga Savary]. São Paulo:
Roswitha Kempf, 1983.
CABEZAS, Omar.
A montanha e algo mais que uma imensa
estepe verde. (La montaña es algo más que una inmensa estepa verde).
Memórias [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Codecri, 1983.
CANO, Román. Os segredos dos sonhos. (Los secretos de
los sueños). Ensaio [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Record, 1985.
CASTEDO,
Helena. O paraíso. (El paraíso).
Romance. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994.
CORTÁZAR,
Julio. Fora de hora. (Deshoras).
Contos. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
CORTÁZAR,
Julio. O livro de Manuel. (El libro
de Manuel). Romance. [tradução Olga
Savary]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
ESQUIVEL,
Laura. Como água para chocolate. Romance [tradução Olga Savary]. São Paulo:
Martins Fontes, 1993. Prêmio Jabuti para
Tradução, da Câmara Brasileira do Livro.
FUENTES,
Carlos. Aura. (Aura). Novela. [tradução
Olga Savary]. Porto Alegre: L&PM, 1981.
GUEVARA,
Ernesto Che. Guerrilha! Memórias. [tradução
Olga Savary]. Rio de Janeiro: Codecri, 1980.
LORCA,
Federico García. Assim que passem cinco
anos. (Así que pasen cinco años). Peça teatral. [tradução Olga Savary]. Rio
de Janeiro: Peça encenada, 1990.
NERUDA, Pablo.
A rosa separada. (La rosa separada).
Poesia. [tradução Olga Savary]. Porto
Alegre: L&PM, 1982.
NERUDA, Pablo. A
barcarola. (La barcarola). Poesia [tradução Olga Savary]. Porto Alegre:
L&PM, 1983.
NERUDA, Pablo.
Ainda. (Aún). Poesia. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1975.
NERUDA, Pablo.
Confesso que vivi. (Confieso que he
vivido). Memórias. [tradução Olga
Savary]. Rio de Janeiro: Difel, 1977.
NERUDA, Pablo.
Fulgor e morte de Joaquim Murieta.
(Fulgor y muerte de Joaquín Murieta). Peça teatral. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
1988.
NERUDA, Pablo.
Incitação ao nixonicídio e louvor da
revolução chilena. (Incitación al nixonicidio y alabanza de la revolución
chilena). Poesia. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1980.
NERUDA, Pablo. Livro das perguntas. (Libro de las
preguntas). Poesia. [tradução Olga
Savary]. Porto Alegre: L&PM, 1980.
NERUDA, Pablo.
O coração amarelo. (El corazón
amarillo). Poesia. [tradução Olga Savary]. Porto Alegre: L&PM, 1982.
PAZ, Octavio. 23 poemas de Octavio Paz. [tradução Olga
Savary]. São Paulo: Roswitha Kempf, 1983.
PAZ, Octavio. O arco e a lira. (El arco y la lira).
Ensaio. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
PAZ, Octavio. Os filhos do barro. (Los hijos del
limo). Ensaio. [tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
PAZ, Octavio. Vislumbres da Índia. [tradução Olga
Savary]. São Paulo: Mandarim/Siciliano, 1996.
PAZ, Octavio
& RIOS, Julián. Solo a duas vozes. (Solo a dos voces).
Entrevista.. [tradução Olga Savary]. São Paulo: Roswitha Kempf, 1987.
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Olga Savary - foto: (...) |
POETAS holandeses. [tradução Olga Savary]..
(tradução do Inglês>português).
Rotterdam: Poetry International, 1985.
RATEAU,
Véronique. O mago das cores. (Le
magicien des coulers). Peça de teatro infantil. [traudução Olga Savary]. Rio de
Janeiro: Peça encenada, 1978.
SANTANA,
Nahuel. Poemas do Rio. [tradução Olga
Savary]. Feira de Santana: Estrada, 1977.
SEMPRÚN,
Jorge. Autobiografia de Federico Sánchez.
[tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (Autobiografia de
Federico Sánchez). Romance.
SHAWN KEYS,
Kerry. Quingumbo. Nova poesia
norte-americana. [tradução Olga Savary]. São Paulo: Vertente, 1980. Poesia.
SIMONS,
Edison. Mosaicos. [tradução Olga
Savary]. Rio de Janeiro: Rio ArteRecord, 1986. (Mosaicos). Poesia.
SVANASCINI,
Osvaldo. O Livro dos Hai-Kais.
[tradução Olga Savary]. São Paulo: Massao Ohno / Roswitha Kempf Editores, 1980.
(Bashô, Buson, Issa: Tres maestros del haikku). Poesia, Ensaio.
VARGAS LLOSA,
Mario. Conversa na Catedral.
[tradução Olga Savary]. Rio de Janeiro: Francisco Alves Editora, 1978.
(Conversación en la Catedral). Prêmio Odorico Mendes de Tradução - 1980, da
ABL. Romance.
“(...) os
hai-kais dessa admirável poeta que é Olga Savary. Ela guarda, com mestria maior,
aquilo que os haikaistas definem como a virtualidade poética típica do hai-kai:
- o conhecimento lírico que nos situa como ´num fio de navalha, entre o diáfano
e o espesso`. (...) o contraponto do hai-kai brasileiro de Olga Savary, que
guarda a inuberância – para usar uma palavra rilkeana – do cânon milenar de
dezessete pés métricos. Cada um caindo sobre nós, lapidado como um cristal, mas
também vivo como uma gota de orvalho, na brevidade de sua expressão. Como uma
gota de poesia”
- Gerardo de Mello Mourão, em "O hai-kai
brasileiro de Olga Savary - prefácio" ao livro “Hai Kays”, de Olga Savary,
1986.
"Existe
uma intenção cosmopolita na poesia de Olga Savary, e a água exprime esse
desejo. Do fundo de sua serenidade, de sua meditação concentrada em poemas de
poucos versos, emerge um projeto assombroso: dizer tudo."
- Felipe Fortuna, em "Prefácio" ao livro
"Linha d'água" de Olga Savary, 1987.
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Olga Savary no Fórum Literário Internacional 2011 - foto: (...) |
POEMAS
ESCOLHIDOS
Água Água
[A Walmir Ayala]
Menina
sublunar, afogada,
que voz de
prata te embala
toda
desfolhada?
Tendo como um
só adorno
o anel de seus
vestidos
ela própria é
quem se encanta
numa canção de acalanto
presa ainda na
garganta.
- Olga Savary (Belém, 8 novembro 1953), em “Espelho
provisório”, 1970.
Além de mim
Quero apenas
Além de mim,
quero apenas
essa
tranqüilidade de campos de flores
e este gesto
impreciso
recompondo a
infância.
Além de mim
- e entre mim e
meu deserto -
quero apenas
silêncio,
cúmplice
absoluto de meu verso,
tecendo a teia
do vestígio
com cuidado de
aranha.
- Olga Savary, em "Repertório selvagem: Obra Reunida". Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; MultiMais Edições; Universidade de Mogi das Cruzes, 1998.
Altaonda
[Para Carlos Drummond de Andrade]
Alta onda,
Altaonda,
constrói o teu retrato
de raro sal de
ferro, violento,
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Olga Savary - foto: (...) |
e esta imagem
me invadindo as tardes,
eu deixando,
certo certo
contaria todos
os meus ossos.
Então é isso:
o rigor da
ordem sobre o ardor da chama
de história
simples com alguma coisa de fatal,
estátua banhada
por águas incansáveis.
tigre saltando
o escuro
nos degraus da
escada, apenas pressentido.
este ir e vir
sobre os passos dados,
rua sem saída,
esbarro no muro,
Altaonda, diz
teu silêncio,
um silêncio ao
tumulto parecido,
um mistério que
é teu signo e mapa
sumindo no
fundo do mar.
- Olga Savary, em "Sumidouro". São Paulo:
Massao Ohno / João Farkas Editores, 1977.
Amanhã
Se devoras teus
sonhos
quando se
ensaiam apenas
e secamente
represas
essa linguagem
de flores
e teu desejo de
asas
que restam
subterrâneas,
quem serás tu,
depois
do grande sono,
amanhã?
- Olga Savary (Caieiras, janeiro 1954), em "Repertório selvagem: Obra Reunida". Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; MultiMais Edições; Universidade de Mogi das Cruzes, 1998.
Amurupé
Ao mar, ao mar
– diz o velame à nave que o conduz
E à confundida
cabeça geminiana: eu não te amo
Amo só o prazer
que tu me dás.
- Olga Savary, em "Hai Kays”. São Paulo:
Roswitha Kempf, 1986.
Auá
E ao ver poemas
que falavam
da alta
sensualidade de um ser,
corpo vestido
só de folhas,
que eu chamava
King Kong
– um lúdico
chamamento
da animal força
humana –
veio o ciúme,
sem perceber
que King Kong
sou eu,
a pele de água
coberta
pelo fervor
desta mulher
Olga, não de
homem.
- Olga Savary, em "Repertório selvagem: Obra Reunida". Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; MultiMais Edições; Universidade de Mogi das Cruzes, 1998. p. 325.
Auto despedida
Há algo nas
manhãs que não entendo agora
e a um grito de
minhas pernas não atendo.
Ainda depois da
noite, noite me espia
e sonho dúvidas
enormes e imóveis
como a
imobilidade das aranhas.
Tão pouco
tempo- e tenho de deixar-me
e queria nunca
ter de repartir-me.
Começa a raiva
da saudade
que inventei
vou ter de mim.
- Olga Savary, "Repertório selvagem: Obra Reunida". Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional/
MultiMais / Universidade de Mogi das Cruzes, 1998.
Aviso
Não te
abandones um só momento
sou inconstante
como a nuvem
sou mutável
como o vento.
Não te dês
inteiro um só momento
porque um dia
te quererás de volta
e levarás
somente um fragmento.
- Olga Savary (Belém, maio 1953), em "Repertório selvagem: Obra Reunida". Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; MultiMais Edições; Universidade de Mogi das Cruzes, 1998.
Caiçuçáua
Sempre o verão
e algum inverno
nesta cidade
sem outono
e pouca
primavera:
tudo isto te vê
entrar
em mim todo
inteiro
e eu em fogo
vou bebendo
todos os teus
rios
com uma
insaciável sede
que te segue às
estações
no dia aceso.
Em tua água sim
está meu tempo,
meu começo. E
depois nem poder ordenar:
te acalma,
minha paixão.
- Olga Savary, em "Linha d'água". São
Paulo: Massao Ohno; Niterói: Hipocampo, 1987.
Capa do livro "Hai kais" de Olga Savary |
Enquanto
Sou inconstante
como o vento
Sou inconstante
como a vaga
Por isso fica
enquanto estou desvelada
Enquanto eu não
for vento ou vaga.
- Olga Savary, em "Hai Kays”. São Paulo:
Roswitha Kempf, 1986.
Gazel
De amor, criei
(incriado)
este jardim
secreto
de rosas
fechadas em seu tédio
e espero
aquele que virá
e há de decifrar
hieróglifos de
ternura desenhados
pela lua em meu
corpo — seu legado.
O amado pedirá
em minha boca
o segredo
desvendado a todas as perguntas.
Eu lhe
responderei sem palavras
mas com o
perigoso silêncio parecido
ao rumor da
água caindo
sem cessar.
- Olga Savary (Belém, julho de 1953), em
"Espelho provisório". Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.
Iraruca
Destino é o
nome que damos
à nossa comodidade
à covardia do
não-risco
do
não-pegar-as-coisas-com-os-dentes
Quanto a mim,
pátria é o que
eu chamo poesia
e todas as
sensualidades: vida.
Amor é o que
chamo mar,
é o que chamo
água.
- Olga Savary, em "Linha d'água". São
Paulo: Massao Ohno; Niterói: Hipocampo, 1987, p. 28.
Mapa de
esperança
Vinha pisando
sobre toda a praia,
o sangue quieto
— ou quase quieto —,
os pensamentos
leves como espumas
e os cabelos
soltos como nuvens.
Trágica como
princesa de elegia,
meu estandarte
é o desespero,
minha bandeira,
indecisão.
Ainda assim,
alegria, te festejo.
- Olga Savary (Arraial do Cabo, 1971), em “Altoanda”.
Massao Ohno, de 1970.
Liberdade
[A Carlos Scliar]
Desligada
O vento morde
meus cabelos sem medo:
Tenho todas as
idades.
- Olga Savary, em "Hai Kays”. São Paulo:
Roswitha Kempf, 1986.
Limite
Ausente e
lassa, queria
estar pisando
a areia fina de
Arraial do Cabo,
a areia grossa
de Amaralina,
em Goiás Velho
urdir a tarde
com Bernardo
Elis e Cora Coralina,
farejar
cheiro de
candeia por toda Ouro Preto...
mas estou presa
à molduras de todos os meus retratos.
- Olga Savary (Goiás Velho, maio 1972), em “Altoanda”.
Massao Ohno, de 1970.
Nome
![]() |
Olga Savary - foto: (...) |
Tu, em tudo
presença,
vibrar de asa,
eu, que nem
nome tenho,
jamais nua de
água,
tu, felicidade
do corpo
embasado em
brasa,
eu, sequer
lembrança,
mero eco na
sala,
tu, veneno
curare
— e eu é que me
chamo naja?
- Olga Savary, em "Éden Hades", 1994.
Nua e crua
Não tendo pra
onde voltar é que me largo pra rua,
Eu que seria
leito de rio, leito de mar, maré,
Sem porto ou
barco, peixe fora d´água, pássaro no vôo
Mas quede a
asa?
- Olga Savary, em "Hai Kays”. São Paulo:
Roswitha Kempf, 1986.
Pássaro
A noite não é
tua
mas nos dias
— curtos demais
para o vôo —
amadureces como
um fruto.
Tuas asas
seguem as estações.
É tua a
curvatura da terra.
Pássaro,
metáfora de poeta.
- Olga
Savary, em "Sumidouro". São Paulo: Massao Ohno / João Farkas
Editores, 1977.
Pedido
[A Manuel Bandeira]
Quando eu
estiver mais triste
mas triste de
não ter jeito,
quando
atormentados morcegos
– um no cérebro
outro no peito –
me apunhalarem
de asas
e me cobrirem
de cinza,
vem ensaiando
de leve
leve linguagem
de flores.
Traze-me a cor
arroxeada
daquela
montanha – lembra?
que cantaste
num poema.
Traze-me um
pouco de mar
ensaiando-se em
acalanto
na líquida
ternura
que tanto já me
embalou.
Meu velho poeta
canta
um canto que me
adormeça
nem que seja de
mentira.
- Olga Savary (Caieiras, 25 jan. 1954), em “Espelho
provisório”. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.
Pitúna-Ára
Exilada das manhãs,
de noite é que
me visto.
Caminho só pela
casa
e o viajar na
casa escura
faz soar meus
passos mudos
como em
floresta dormida.
Me vêem, eu que
não me vejo,
as coisas — de
corpo inteiro.
O real está me
sonhando,
o real por todo
lado.
Não sou eu que
vivo o medo;
em seu tapete
de sombras,
por ele é que
sou vivida.
Aonde me levam
estes passos
que não soam e
que não vão:
às armadilhas
do vôo
como a paisagem
no espelho
espatifado no
chão?
O escuro é
tanque de limo
para minha
sombra escolhida
pela memória do
dia.
Deixo o mel e
ordenho o cacto:
cresço a favor
da manhã.
- Olga Savary (Rio, 1972), em "Sumidouro".
São Paulo: Massao Ohno / João Farkas Editores, 1977.
Quero apenas
Além de mim,
quero apenas
essa
tranqüilidade de campos de flores
e este gesto
impreciso
recompondo a
infância.
Além de mim
– e entre mim e
meu deserto –
quero apenas
silêncio,
cúmplice
absoluto do meu verso,
tecendo a teia
do vestígio
com cuidado de
aranha.
- Olga Savary (Belém, julho 1953)
Sextilha
Camoniana
Daqui dou o
viver já por vivido.
Quero estar
quieta, sozinha agora,
igual a uma
cobra de cabeça chata,
ficar sentada
sobre os meus joelhos
como alguém
coagulado em outra margem.
Daqui dou o
viver já por vivido.
- Olga Savary (Rio, 1973), em "Sumidouro".
São Paulo: Massao Ohno / João Farkas Editores, 1977.
Signo
A respiração de
novembro e de sua véspera
(outubro)
arde-me não no cérebro
nem no ombro
mas – anel de
fogo – nas ancas
e nas
entranhas.
Em ti eu amo os
amores todos.
Eu não podia
aceitar isto
mas aceito
agora. A vida
não cessa, é
eterno continuar.
Por mais que se
queira
o ávido sangue
não será saciado.
A tarde é quem
está bebendo este desejo
conivente com a
violência
da patada da
fera amada.
E numa noite de
novembro
é que fiquei
pronta para a vida
ao ver o mar
refletido no teu corpo
e ao meu rosto
assomar todo o desastre.
- Olga Savary, em "Magma". São Paulo: Massao Ohno;Roswitha Kempf, 1982.
Só na poesia?
Eu te pareço
bela ou bela
é só minha
poesia quando
só assim me
entrego?
Depois de
derrubada, foi em mim
que te ergueste
fortaleza – fortaleza de água, de igapó
e igarapé (a
que me comparas).
Então aposso-me
do teu rio
que corre para
minhas águas
e me carrega ao
momento de entrega:
ensolarada.
- Olga Savary, em "a Linha-d’Água", São
Paulo: Massao Ohno/Hipocampo, 1987, p. 30.
Venha a nós o
vosso reino
Cheios de
imagens os olhos
e de silêncio
os ouvidos.
Palavras: quase
nada.
A cor do barro
primitivo em tua pele,
terra-mãe,
vinho de frutos, fogo, água,
em ti se nasce
e em ti se morre.
Vais me
recolhendo e recompondo
no
labirinto-búzio-alto-das-coxas,
presságio de
submerso jardim,
um ideal jardim
em que me apresso
e tardo
retardar a troca das marés
quando para ti
me evado.
O que é amor
senão a fome rara,
o susto no
coração exposto
que com a chama
ou a água devora,
é devorada, que
desdenha a mente
por uma outra
fome, vago pasto
água igual a
fogo, fogo como lava?
Amor foi uma
volta inteira de relógio mais 7 horas.
Amor: chega de
gastar teu nome:
agora arde.
- Olga Savary, em "Magma". São Paulo: Massao Ohno;Roswitha Kempf, 1982.
Vida
Palavras, antes
esquecê-las
lambendo todo o
sal do mar
uma única
pedra.
- Olga Savary, em "100 hai-kais", 1986.
FORTUNA CRÍTICA DE OLGA SAVARY
[Estudos acadêmicos, ensaios, artigos, teses, dissertações, monografias, prefácios e afins]
![]() |
Olga Savary em seu escritório - foto: Jean Carlos Gomes |
AGUIAR, Maria
Alice. Cronos e aion no templo erótico de
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Olga Savary - foto: Jean Carlos Gomes |
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ligada às matrizes da vida, a poesia de Olga é expressão da mais cega vontade
da carne; é explosão da natureza desnuda. Eis a grandeza da poeta: dar forma,
pela palavra, às pulsões vivas do corpo, aos deuses primitivos que queimam
nosso âmago, que nos deixam em transe febril.”
- Alexandre Bonafim, em apresentação
"Magma", de Olga Savary
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Olga Savary, por Netto |
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Olga Savary - a voz das águas. Templo Cultural Delfos, maio/2020. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Olga Savary - a voz das águas. Templo Cultural Delfos, maio/2020. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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* Página atualizada em 16.5.2020.