Eliane Brum - foto: Lilo Clareto |
:: Fonte: agenciariff. (acessado em 2.1.2016).
"Ora, quem sou eu? Não sei quem sou eu. E, quando penso que sei, me escapo. Alguém já conseguiu responder a esta pergunta com alguma quantidade razoável de certeza? Ainda assim, por não ter uma resposta fácil para uma pergunta que define as relações do nosso mundo, tornei-me um incômodo. Mas, como a questão é legítima, tenho me aprofundado nela."
- Eliane Brum, em "A prisão da identidade". revista Época, 29.11.2011.
"Escrever, para mim, é um ato físico, carnal. Quem me conhece sabe a literalidade com que escrevo. Eu sou o que escrevo. E não é uma imagem retórica. Eu sinto como se cada palavra, escrita dentro do meu corpo com sangue, fluídos, nervos, fosse de sangue, fluídos, nervos. Quando o texto vira palavra escrita, código na tela de um computador, continua sendo carne minha. Sinto dor física, real e concreta, nesse parto."
- Eliane Brum, em "O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real". São Paulo: Globo, 2008, p. 127.
PRÊMIOS COMO JORNALISTA
PRÊMIOS COMO JORNALISTA
Eliane Brum - foto: Kiko Ferrite |
PRÊMIOS COMO ESCRITORA
:: Prêmio Açorianos de autora-revelação, pela obra "Coluna Prestes: o avesso da lenda", 1994;
:: Prêmio Jabuti, pela obra "A vida que ninguém vê", 2007;
:: Prêmio Açorianos de Melhor Livro do Ano, pela obra "A menina quebrada", 2013.
"Sou uma escutadeira. (…) A vida é um traçado irregular de memórias no tempo. Quero que, como inventário do vivido, meu corpo tenha as marcas de todas as histórias que fizeram de mim o que sou. E, se meus netos e bisnetos forem me contar, espero que jamais cheguem a qualquer conclusão fechada sobre a minha identidade. Esta seria a maior prova de que vivi."
- Eliane Brum, em "A prisão da identidade". revista Época, 12.10.2011.
OBRA/LIVROS DE ELIANE BRUM
Conto e crônica
Eliane Brum - foto Lilo Clareto |
:: A menina quebrada. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2013, 432p.
:: O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real. São Paulo: Globo, 2008, 423p.
Romance
:: Uma duas. São Paulo: Leya Brasil, 2011, 176p.
Biografia
:: Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras. São Paulo: Leya Brasil, 2014, 144p.
Ensaio e história
:: Coluna Prestes: o avesso da lenda. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1994.
Obra traduzida
Inglês
:: Uma duas. [tradução Lucy Graves].. (formatos impresso e e-book).. Amazon, 2014.
Antologias e obras [participação]
:: Dignidade. Itália: Editora Feltrinelli, 2011; São Paulo: Editora LeYa Brasil, 2012.
:: Raimundo, o dono da bola (Raimundo und der Ball. Eine Fußballgeschichte).. [tradução Michael Kegler]. {em alemão} CulturBooks, 2014.
“Como contadora de histórias reais, a pergunta que me move é como cada um cria sentido para os dias, quase nu e com tão pouco. Como cada um habita-se [...] Esta é a minha memória. Dela eu sou aquela que nasce, mas também sou a parteira.”
:: Dignidade. Itália: Editora Feltrinelli, 2011; São Paulo: Editora LeYa Brasil, 2012.
:: Raimundo, o dono da bola (Raimundo und der Ball. Eine Fußballgeschichte).. [tradução Michael Kegler]. {em alemão} CulturBooks, 2014.
“Como contadora de histórias reais, a pergunta que me move é como cada um cria sentido para os dias, quase nu e com tão pouco. Como cada um habita-se [...] Esta é a minha memória. Dela eu sou aquela que nasce, mas também sou a parteira.”
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014
Entrevistas com Eliane Brum
APPEL, Camila. Morte sem tabu. Entrevista com Eliane Brum. Blog Folha de São, 20.08.2015. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).Entrevistas com Eliane Brum
CARPINEJAR, Fabrício. Eliane Brum [entrevista]. in: A Máquina/TV Gazeta. (Completo), 03/11/15. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
COMTEXTO/ARTE 1. “Eu sou uma escutadeira, fico sempre escutando e olhando”. A entrevista foi ao ar em 18/7/2013. Disponível no portal do Arte1/Band. (acessado em 3.1.2016).
Eliane Brum - foto: Martin Carone dos Santos |
ELIANE Brum. 'Sempre um Papo' - Palácio das Artes/BH, 30 de set de 2014. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
ENTREVISTA com Eliane Brum. in: Observatório de noticias/Itau Cultural. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
GENTIL, Cristine. Era uma vez uma menina que virou palavra - entrevista com Eliane Brum. in: Correio Braziliense, 27/04/2014. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
GURGEL, Luiz Henrique. Entrevista: Eliane Brum. in: Escrevendo o Futuro. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
KRYMINICE, Felipe; REBINSKI JUNIOR, Luiz. Entrevista: Eliane Brum. in: Cândido - Jornal da Biblioteca Pública do Paraná. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
LOPES, Carlos Herculano. Eliane Brum defende que literatura e jornalismo têm compromisso com a emoção e a verdade. [entrevista]. in: EM Cultura/Divirta-se Uai, 16/11/2013. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
MARTINS, Eliane. Entrevista – Eliane Brum. ABI - Associação Brasileira de Imprensa, 05/02/2010.Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
MAROCCO, Beatriz; ZAMIN, Angela; RAMOS, Júlia Capovilla Luz. Eu sou uma escutadeira. Entrevista com Eliane Brum. In: MAROCCO, Beatriz. O jornalista e a prática: entrevistas.. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2012.
MASSUELA, Amanda. Escrevo lambuzada pelo meu tempo. (entrevista Eliane Brum). revista CULT, edição 208. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
PAIXÃO, Patrícia. Entrevista com Eliane Brum: “A pergunta é uma forma de controle”. realizada em 13 de dezembro de 2011, pulicado originalmente em "Mestres da Reportagem". São Paulo: FAPSP - Faculdade do Povo, 2012/in: Formando Focas. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
TV PUC. Entrevista coletiva com Eliane Brum. in: TV PUC, nov. 2012. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
UCHA, Francisco; STEFANO, Marcos. A repórter do cotidiano [entrevista com Eliane Brum]. Jornal da ABI, março 2012. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
"Tenho tentado escapar da prisão da identidade. Ou da prisão de uma identidade imutável como a impressão digital do meu polegar. E esbarro no funcionamento do mundo - na necessidade persistente do mundo de me encaixotar em alguma identidade fixa e fácil de compreender."
- Eliane Brum, em "A prisão da identidade". revista Época, 29.11.2011.
- Eliane Brum, em "A prisão da identidade". revista Época, 29.11.2011.
FORTUNA CRÍTICA DE ELIANE BRUM
ALMEIDA, Guilherme Fumeo. Dos picadeiros aos palanques: o espetáculo no documentário Gretchen - filme estrada. (Monografia Graduação em Jornalismo). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, 2014. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
AMIN, Marcela FERIANI. Jornalismo Literário na Internet: Um estudo da coluna de Eliane Brum para o portal da Revista Época. (Dissertação Mestrado em Comunicação). Faculdade Cásper Líbero, FCL, 2015. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
ANTEDOMENICO, Edilson. Da bioética ao biodireito: uma reflexão a apartir do documentário Uma história Severina. in: 10ª Mostra Acadêmica UNIMEP, 23 a 25 de outubro de 2012. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
BAZZO, Gabriela Santos. Jornalismo dos invisíveis: os deferenciais no jornalismo de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Jornalismo). Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, 2011. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
BORTOLI, Suzana Rozendo; MEGA, Vinícius. A humanização dos relatos em João do Rio e Eliane Brum: observação e consonância que perpassam o tempo. Rastros (Joinville), v. 1, p. 23-38, 2014.
CAMARGO, Ricardo Leite; BRONZATTO, M.. A força de um olhar diferente: uma reflexão sobre o papel humanizador do docente a partir das crônicas de Dostoiévski e Eliane Brum. Saberes da Educação, v. 2, p. 1-8, 2011.
CARDOSO, Anelise Zanoni; MENDONÇA, Luan Pazzini. O Olho da Rua: o jornalismo literário na obra de Eliane Brum. in: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2015, Rio de Janeiro. Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2015. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
CARDOSO, Anelise Zanoni; MENDONÇA, Luan Pazzini. Jornalismo Literário em Textos de Eliane Brum: Narrativas de Vidas Vividas. in: XVI Congresso de Ciências da Comunicação, 2015, Joinville. XVI Congresso de Ciências da Comunicação. Joinville, 2015.
CESTARI, Rebeca Stiago R.. Crônica 3.0: um mergulho no universo do texto de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Comunicação Social - Ênfase em Mídia Eletrônica). Faculdades Assesc, 2012.
CHINAZZO, Marcelo. Características de Eliane Brum nas reportagens do livro "Olho da Rua". (Monografia Graduação em Comunicação Social - Jornalismo). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC RS, 2014.
COELHO, Regis Virgens. A Literatura na escrita de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Letras Português /Inglês).Faculdades Integradas Torricelli, 2012.
CORRÊA, Jéssica Díez. O uso de personagens no jornalismo: uma análise da obra ?A Vida Que Ninguém Vê?, de Eliane Brum. (Monografia Graduando em Jornalismo). Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2015.
COUTINHO, Emilio Portugal. Uma conversa com Eliane Brum. in: Casa dos Focas, 01 de abril de 2015. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
DINIZ, Débora. Por que não julgar a ADPF 54?. XI Boletim Informativo do NUDEM, Ano 3 - Edição nº 11 – dez. 2011. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
FABRI, Gabriel; BOCCACCIO, Gabriela. A palavra salva de Eliane Brum. Portal Fórum, 11 de abril de 2014. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
FECHINE, Dani. Eliane Brum pelas veias do Jornalismo Literário. in: La Parola, 09 de abril de 2015. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
FEIJÓ, Camila Costa. Entre o literário e a web: uma análise da produção de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Jornalismo). Universidade Federal de Pelotas, UFPel, 2014.
FRANÇA, Camila Soares. Seis Propostas para o Jornalismo Literário: Análise da reportagem de Eliane Brum pela obra de Ítalo Calvino. (Monografia Graduação em Jornalismo). Centro Universitário de Belo Horizonte, 2012.
Eliane Brum - foto: divulgação |
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COUTINHO, João Luiz da Fonseca Pinho. Jornalismo e literatura nas crônicas de Eliane Brum e a questão social. (Monografia Graduação em Comunicação Social). Universidade Federal Fluminense, UFF, 2013.
DIAS, Henrique Silva. O papel da fonte na reportagem literária: uma proposta de classificação analisando as reportagens de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Jornalismo). Universidade Federal de Mato Grosso, UNEMAT, 2015.DINIZ, Débora. Por que não julgar a ADPF 54?. XI Boletim Informativo do NUDEM, Ano 3 - Edição nº 11 – dez. 2011. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
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GUILHEM, Dirce; DINIZ, Débora; ZICKER, Fábio (Ed.). Pelas Lentes do Cinema: ética em pesquisa e bioética. Brasília: LetrasLivres; EdUnB, 2007.
HEINRICH, Evelyn Costa. O uso do novo jornalismo nas crônicas-reportagem de Eliane Brum publicadas no portal da Revista Época. (Monografia Graduação em Jornalismo). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC RS, 2015.
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MARTINS, Lilian Juliana; SARDINHA, Antonio Carlos. Aproximações entre os campos da Literatura e do Jornalismo: Olhar sobre a reportagem de Eliane Brum. Ave Palavra (UNEMAT), v. 01, p. 01-21, 2012.
MARTINEZ, Monica. O jornalista-autor em ambientes digitais: A produção da jornalista Eliane Brum para o portal da Revista Época. Revista Comunicação Midiática (Online), v. 9, p. 56-77, 2014.
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MIZOUGUCHI, Lara Hausen. Uma escrita acerca da representaçnao de utopia em "A vida que ninguém vê", de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Jornalism). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC RS, 2009.
NAGANUMA, Mathias Yoneda. Uma Reflexão ao Texto de Eliane Brum. Jornal O Rio Branco, Rio Branco - AC, 12 jan. 2014.
OTERO, Júlia Charão. Com todos os sentidos atentos - a apuração de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Comunicação Social). Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC RS, 2011.
PASINATO, Nícolas Fernandes. Olhar peculiar de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Comunicação Social - Jornalismo). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC RS, 2014.
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Eliane Brum - foto: Marcia Minillo |
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ROSA, Marciela Macagnan da.. Jornalismo literário: uma análise da elaboração noticiosa de Eliane Brum. (Monografia Graduação em Jornalismo). Universidade de Passo Fundo, 2014.
SANTORO, Andre Cioli Taborda. O que há de literário no jornalismo literário? Estudo sobre a utilização de personagens em narrativas jornalísticas. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2014. Disponível no link. (acessado 3.1.2016).
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Eliane Brum - foto: Lilo Clareto |
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SCHEIBE, Roberta. A vida que ninguém vê?: as crônicas de Eliane Brum refletidas sob a ótica da sociologia das ausências.. in: XIII Intercom Norte - Congresso de Comunicação da Região Norte, 2014, Belém-PA. Anais do XIII Congresso de Comunicação da Região Norte. São Paulo: Intercom, 2014. v. 1. p. 1-9. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
SILVA, Andréia. Do jornalismo para a ficção: Eliane Brum fala sobre seu primeiro livro ficcional, Uma Duas. in: Saraiva Conteúdo, 17 de agosto de 2011. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
SILVA, Letícia Bernardino da.. Literatura da vida real - uma análise das reportagens de Eliane Brum na revisa Época. (Monografia Graduação em Comunicação Social - Jornalismo). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC RS, 2008.
VELOSO, Maria do Socorro Furtado; PAVAN, Maria Angela. Jornalismo como tessitura do cotidiano na obra de Eliane Brum. in: João Freire Filho; Maria das Graças Pinto Coelho. (Org.). Jornalismo, cultura e sociedade: visões do Brasil contemporâneo. 1ª ed., Porto Alegre: Sulina, 2014, v. , p. 1-.
ZIGUNOVAS, Priscila Rossana. Dedo na garganta: uma análise do escrever jornalístico e literário contemporâneo no Brasil a partir das reportagens de Eliane Brum e da correspondência de Caio Fernando Abreu. (Monografia Graduação em Letras). Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2010.
ZULIAN, Jocemar. Devaneios de Eliane Brum. in: deHameletaTeló, 6 de outubro de 2012. Disponível no link. (acessado em 3.1.2016).
Eliane Brum - foto: Lilo Clareto |
CITAÇÕES DE OBRAS DE ELIANE BRUM
"É tudo verdade. Da primeira à última linha, todas as palavras foram ditas, todos os sentimentos vividos. A vida que ninguém vê é o resultado da busca de uma repórter pela notícia que não estava no jornal. Os textos são reportagens pautadas pelo exercício de um olhar atento aos pequenos acontecimentos, ao que se passa na existência das pessoas desconhecidas. É a trajetória de uma repórter em busca do extraordinário em cada vida – só aparentemente – ordinária. É o avesso do jornalismo padrão."
"É tudo verdade. Da primeira à última linha, todas as palavras foram ditas, todos os sentimentos vividos. A vida que ninguém vê é o resultado da busca de uma repórter pela notícia que não estava no jornal. Os textos são reportagens pautadas pelo exercício de um olhar atento aos pequenos acontecimentos, ao que se passa na existência das pessoas desconhecidas. É a trajetória de uma repórter em busca do extraordinário em cada vida – só aparentemente – ordinária. É o avesso do jornalismo padrão."
- Eliane Brum, em "A vida que ninguém vê". Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2006, capa.
"Um zoológico serve para muitas coisas, algumas delas edificantes. Mas um zoológico serve, principalmente, para que o homem tenha a chance de, diante da jaula do outro, certificar-se de sua liberdade. E da superioridade de sua espécie. Pode então voltar para o apartamento financiado em 15 anos satisfeito com sua vida. Abrir as grades da porta contente com seu molho de chaves e se aboletar no sofá em frente à TV. Acorda na segunda-feira feliz para o batente. Feliz por ser homem. E por ser livre."
"Um zoológico serve para muitas coisas, algumas delas edificantes. Mas um zoológico serve, principalmente, para que o homem tenha a chance de, diante da jaula do outro, certificar-se de sua liberdade. E da superioridade de sua espécie. Pode então voltar para o apartamento financiado em 15 anos satisfeito com sua vida. Abrir as grades da porta contente com seu molho de chaves e se aboletar no sofá em frente à TV. Acorda na segunda-feira feliz para o batente. Feliz por ser homem. E por ser livre."
- Eliane Brum, em "A vida que ninguém vê". Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2006, p. 54.
"Sempre gostei de histórias pequenas. Das que se repetem, das que pertencem à gente comum. Das desimportantes. O oposto, portanto, do jornalismo clássico. Usando o clichê da reportagem, eu sempre me interessei mais pelo cachorro que morde o homem do que pelo homem que morde o cachorro – embora ache que esta seria uma história e tanto. O que esse olhar desvela é que o ordinário da vida é o extraordinário. E o que a rotina faz com a gente é encobrir essa verdade, fazendo com que o milagre do que cada vida é se torne banal. Esse é o encanto de A vida que ninguém vê: contar os dramas anônimos como os épicos que são, como se cada Zé fosse um Ulisses, não por favor ou exercício de escrita, mas porque cada Zé é um Ulisses. E cada pequena vida uma Odisséia."
"Sempre gostei de histórias pequenas. Das que se repetem, das que pertencem à gente comum. Das desimportantes. O oposto, portanto, do jornalismo clássico. Usando o clichê da reportagem, eu sempre me interessei mais pelo cachorro que morde o homem do que pelo homem que morde o cachorro – embora ache que esta seria uma história e tanto. O que esse olhar desvela é que o ordinário da vida é o extraordinário. E o que a rotina faz com a gente é encobrir essa verdade, fazendo com que o milagre do que cada vida é se torne banal. Esse é o encanto de A vida que ninguém vê: contar os dramas anônimos como os épicos que são, como se cada Zé fosse um Ulisses, não por favor ou exercício de escrita, mas porque cada Zé é um Ulisses. E cada pequena vida uma Odisséia."
- Eliane Brum, em "A vida que ninguém vê". Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2006, p. 187.
"Olhar dá medo porque é risco. Se estivéssemos realmente decididos a enxergar não sabemos o que vamos ver. Quando saio da redação, tenho uma idéia de onde devo olhar e o que pretendo buscar, mas é uma ideia aberta, suficiente apenas para partir. Tenho pena de repórteres de teses prontas, que saem não com blocos, mas com planilhas para preencher aspas predeterminadas. Donos apenas da ilusão de que a vida pode ser domesticada, classificada e encaixotada em parágrafos seguros. Tudo o que somos de melhor é resultado do espanto. Como prescindir da possibilidade de se espantar? O melhor de ir para a rua e espiar o mundo é que não sabemos o que vamos encontrar. Essa é a graça maior de ser repórter (Essa é a graça maior de ser gente)."
"Olhar dá medo porque é risco. Se estivéssemos realmente decididos a enxergar não sabemos o que vamos ver. Quando saio da redação, tenho uma idéia de onde devo olhar e o que pretendo buscar, mas é uma ideia aberta, suficiente apenas para partir. Tenho pena de repórteres de teses prontas, que saem não com blocos, mas com planilhas para preencher aspas predeterminadas. Donos apenas da ilusão de que a vida pode ser domesticada, classificada e encaixotada em parágrafos seguros. Tudo o que somos de melhor é resultado do espanto. Como prescindir da possibilidade de se espantar? O melhor de ir para a rua e espiar o mundo é que não sabemos o que vamos encontrar. Essa é a graça maior de ser repórter (Essa é a graça maior de ser gente)."
- Eliane Brum, em "A vida que ninguém vê". Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2006, p. 193.
"Como repórter e como gente eu sempre achei que mais importante do que saber perguntar era saber ouvir a resposta... Eu não arranco nada. Só me comprometo a ouvir, a escutar de verdade, sem preconceitos. Mais do que saber perguntar precisamos saber ouvir."
"Como repórter e como gente eu sempre achei que mais importante do que saber perguntar era saber ouvir a resposta... Eu não arranco nada. Só me comprometo a ouvir, a escutar de verdade, sem preconceitos. Mais do que saber perguntar precisamos saber ouvir."
- Eliane Brum, em "O Olho da rua: uma repórter em busca da literatura da vida real". São Paulo: Globo, 2008, p.11.
"Elas nasceram do ventre úmido da Amazônia, do norte extremo do Brasil, do estado ainda desgarrado do noticiário chamado Amapá. O país não as escuta porque perdeu o ouvido para os sons do conhecimento antigo, a toada de suas cantigas. Muitas desconhecem as letras do alfabeto, mas lêem a mata, a água e o céu. Emergiram dos confins de outras mulheres com o dom de pegar menino. Sabedoria que não se aprende, não se ensina, nem mesmo se explica. Acontece apenas. Esculpidas por sangue de mulher e água de criança, suas mãos aparam um pedaço do Brasil."
"Elas nasceram do ventre úmido da Amazônia, do norte extremo do Brasil, do estado ainda desgarrado do noticiário chamado Amapá. O país não as escuta porque perdeu o ouvido para os sons do conhecimento antigo, a toada de suas cantigas. Muitas desconhecem as letras do alfabeto, mas lêem a mata, a água e o céu. Emergiram dos confins de outras mulheres com o dom de pegar menino. Sabedoria que não se aprende, não se ensina, nem mesmo se explica. Acontece apenas. Esculpidas por sangue de mulher e água de criança, suas mãos aparam um pedaço do Brasil."
- Eliane Brum, em "O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real". São Paulo: Globo, 2008, p. 19.
"A riqueza da linguagem das parteiras e a forma como cada uma se expressa é o coração desta reportagem. As palavras também nasciam dessas mulheres extraordinárias de parto natural. E emergiam como literatura da vida real. Nem que eu quisesse, nem que eu estivesse fazendo ficção e pudesse inventar, eu chegaria perto da beleza com que elas se expressavam (...). Foi quase como uma psicografia de gente viva."
"A riqueza da linguagem das parteiras e a forma como cada uma se expressa é o coração desta reportagem. As palavras também nasciam dessas mulheres extraordinárias de parto natural. E emergiam como literatura da vida real. Nem que eu quisesse, nem que eu estivesse fazendo ficção e pudesse inventar, eu chegaria perto da beleza com que elas se expressavam (...). Foi quase como uma psicografia de gente viva."
- Eliane Brum, em "O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real". São Paulo: Globo, 2008, p. 38.
"Escrevo como se fosse música. As palavras para mim obedecem a uma composição imaginária, seguem uma melodia, eu tenho arranjos diferentes. Fico atenta para não usar os truques melódicos de sempre, me desafio, faço repentes comigo mesma. E, quando alguém mexe no meu texto, eu ouço e ele desafina. E dói o ouvido."
"Escrevo como se fosse música. As palavras para mim obedecem a uma composição imaginária, seguem uma melodia, eu tenho arranjos diferentes. Fico atenta para não usar os truques melódicos de sempre, me desafio, faço repentes comigo mesma. E, quando alguém mexe no meu texto, eu ouço e ele desafina. E dói o ouvido."
- Eliane Brum, em "O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real". São Paulo: Globo, 2008, p. 128.
"É um alguém desordenado todo ele. Como são as vidas. Essa é, em parte, a diferença entre a vida e a literatura, onde os personagens, por mais irrelevantes, têm todas as saídas e as entradas em cenas calculadas, fazem todos um sentido na trama. Na vida, não. Rostos somem e outros aparecem, e outros que sumiram reaparecem mais tarde, e outros nunca mais. E poucas vezes esse entra-e-sai faz algum sentido, porque na vida tudo é caos e descaminho, tudo é encontro e desencontro. É por isso também que esse é um álbum estranho. Não apenas porque foi atirado à morte, mas porque é fiel à desordem da existência."
- Eliane Brum, em "O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real". São Paulo: Globo, 2008, p. 158.
"É um alguém desordenado todo ele. Como são as vidas. Essa é, em parte, a diferença entre a vida e a literatura, onde os personagens, por mais irrelevantes, têm todas as saídas e as entradas em cenas calculadas, fazem todos um sentido na trama. Na vida, não. Rostos somem e outros aparecem, e outros que sumiram reaparecem mais tarde, e outros nunca mais. E poucas vezes esse entra-e-sai faz algum sentido, porque na vida tudo é caos e descaminho, tudo é encontro e desencontro. É por isso também que esse é um álbum estranho. Não apenas porque foi atirado à morte, mas porque é fiel à desordem da existência."
- Eliane Brum, em "O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real". São Paulo: Globo, 2008, p. 158.
"Há realidades que só a ficção suporta. Precisam ser inventadas para ser contadas."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 78.
"A palavra é o outro corpo que habito. Não sei se existe vida após a morte. Desconfio que não. Sei que para mim não existe vida fora da palavra escrita. Só sei ser – por escrito."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 83.
"Aprendi nesse território por desbravar que o princípio não é o verbo, mas o cheiro. Meu primeiro ato era inspirar aquelas folhas virgens, as quais eu seria a primeira a decifrar. Depois eu passava a ponta dos dedos na capa, sentindo a pele e a forma, acariciava as páginas com reverência. Só então lia a primeira palavra, toda arrepiada. Até hoje repito esse ato nas livrarias, causando algum estranhamento. Para mim, os livros sempre foram sagrados, mas apenas para que pudessem ser profanados. Mais tarde eu faria sexo da mesma maneira, ligando os corpos e as letras para sempre na minha apreensão do mundo."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 102.
"Aprendi ali que ninguém é substituível. Alguns se tornam substituíveis ao se deixar reduzir a apertador de parafusos da máquina do mundo. Alienam-se do seu mistério, esquecem-se de que cada um é arranjo único e irrepetível na vastidão do universo. Quando a alma estala fingem não saber de onde vem a dor. Então engolem a última droga da indústria farmacêutica para silenciar suas porções ainda vivas. Teriam mais chance se ousassem se apropriar de sua singularidade. E se tornassem o que são. Para se perder logo adiante e se buscar mais uma uma vez, já que ser é também a experiência de não ser."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 102.
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 89."A palavra é o outro corpo que habito. Não sei se existe vida após a morte. Desconfio que não. Sei que para mim não existe vida fora da palavra escrita. Só sei ser – por escrito."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 83.
"Aprendi nesse território por desbravar que o princípio não é o verbo, mas o cheiro. Meu primeiro ato era inspirar aquelas folhas virgens, as quais eu seria a primeira a decifrar. Depois eu passava a ponta dos dedos na capa, sentindo a pele e a forma, acariciava as páginas com reverência. Só então lia a primeira palavra, toda arrepiada. Até hoje repito esse ato nas livrarias, causando algum estranhamento. Para mim, os livros sempre foram sagrados, mas apenas para que pudessem ser profanados. Mais tarde eu faria sexo da mesma maneira, ligando os corpos e as letras para sempre na minha apreensão do mundo."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 102.
"Aprendi ali que ninguém é substituível. Alguns se tornam substituíveis ao se deixar reduzir a apertador de parafusos da máquina do mundo. Alienam-se do seu mistério, esquecem-se de que cada um é arranjo único e irrepetível na vastidão do universo. Quando a alma estala fingem não saber de onde vem a dor. Então engolem a última droga da indústria farmacêutica para silenciar suas porções ainda vivas. Teriam mais chance se ousassem se apropriar de sua singularidade. E se tornassem o que são. Para se perder logo adiante e se buscar mais uma uma vez, já que ser é também a experiência de não ser."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014, p. 102.
A escritora Eliane Brum na Livraria da Vila, em São Paulo - foto: (...) |
DOCUMENTÁRIOS DE ELIANE BRUM
Filme: Uma história Severina
Sinopse: Severina Maria Leôncio Ferreira teve a vida alterada por um ato dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Em 20 de outubro de 2004, ela estava internada em um hospital do Recife, grávida de um feto sem cérebro. No dia seguinte, começaria o processo de interrupção da gestação. Nesta mesma data, os ministros derrubaram a liminar que permitia a mulheres como Severina antecipar o parto quando o bebê fosse incompatível com a vida. Severina, mulher pobre do interior de Pernambuco, deixou o hospital com sua barriga e sua tragédia. E começou uma peregrinação por um Brasil que era feito terra estrangeira: o da Justiça para os analfabetos. Neste mundo de papéis indecifráveis, Severina e seu marido Rosivaldo, plantadores de brócolis em terra emprestada, passaram três meses de idas, vindas e desentendidos até conseguirem autorização judicial. Não era o fim. Severina precisou enfrentar então um outro mundo, não menos hostil: o da Medicina para os pobres. Quando finalmente Severina venceu, por resistência, vieram as dores de um parto sem sentido, vividas na mesma maternidade em que mães sorriam embalando bebês com futuro. E o reconhecimento de um filho que era dela, mas que já vinha morto. A saga desta mãe severina termina não com o berço, mas num caixão branco pequenino.
Duração: 23 min.
Uma história Severina (xilogravura). J. Borges |
Ficha técnica
Ano/país: 2005, BrasilDuração: 23 min.
Direção e roteiro: Eliane Brum e Débora Diniz
Direção de produção: Fabiana Paranhos
Direção de arte e edição: Ramon Navarro
Finalização: Ramon Abreu
Xilogravuras e cordel: J. Borges
Música-tema: “A Semente da Dor e Sofrimento”, de Mocinha de Passira
Realização: Imagens Livres
Prêmios
- Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro [2005]
:: Melhor Filme – Prêmio da Crítica
- Fort Lauderdale International Film Festival [2005]
:: Terceiro Colocado
- É Tudo Verdade / It’s All True International Film Festival [2006]
:: Menção Honrosa – Júri Oficial
:: Melhor Documentário pela Associação Brasileira de Documentaristas
:: Prêmio Revelação Megacolor
- 5º Santa Maria Vídeo e Cinema [2006]
:: Melhor Curta
- IV Festival Guaçuano de Vídeo [2006]
:: Melhor Vídeo Documentário – Júri Oficial
:: Melhor Vídeo Documentário – Júri Popular
:: Disponível online no youtube. (acessado em 3.1.2016).
Direção de produção: Fabiana Paranhos
Direção de arte e edição: Ramon Navarro
Finalização: Ramon Abreu
Xilogravuras e cordel: J. Borges
Música-tema: “A Semente da Dor e Sofrimento”, de Mocinha de Passira
Realização: Imagens Livres
Prêmios
- Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro [2005]
:: Melhor Filme – Prêmio da Crítica
- Fort Lauderdale International Film Festival [2005]
:: Terceiro Colocado
- É Tudo Verdade / It’s All True International Film Festival [2006]
:: Menção Honrosa – Júri Oficial
:: Melhor Documentário pela Associação Brasileira de Documentaristas
:: Prêmio Revelação Megacolor
- 5º Santa Maria Vídeo e Cinema [2006]
:: Melhor Curta
- IV Festival Guaçuano de Vídeo [2006]
:: Melhor Vídeo Documentário – Júri Oficial
:: Melhor Vídeo Documentário – Júri Popular
:: Disponível online no youtube. (acessado em 3.1.2016).
Filme: Gretchen Filme Estrada (Mixer)
Sinopse: Há 30 anos Gretchen rebola por muitos Brasis. Rebolou por oito copas do mundo, por quatro papados, com e sem inflação, antes e depois do divórcio, pré e pós utopias. Rebolou na ditadura, na morte de Tancredo Neves, na queda de Collor, no governo de Lula. Em 2008, Gretchen decidiu parar de rebolar. Candidatou-se à prefeitura da Ilha de Itamaracá (PE) pela coligação PPS-PV. Este documentário narra a última turnê e a primeira campanha política da rainha do rebolado.
Duração: 90 min.
Ficha técnica
Ano/país: 2010 - BrasilDuração: 90 min.
Direção: Eliane Brum e Paschoal Samora
Produção: Gil Ribeiro, João Daniel Tikhomiroff e Michel Tikhomiroff
Produção executiva: Marcia Vinci
Fotografia: Jay Yamashita e Pablo Nóbrega
Direção de produção: Tatê Abrahão
Montagem: Adriana Schwarz
Som direto: Phelipe Cabeça e Guga Rocha
Edição de som e mixagem: Diogo Poças e Plug In
Produtora: Mixer
"O passado só existe a partir de um narrador no presente que é tanto um decifrador quanto um criador de sentidos."
“Lembro que, quando tudo começou, era escuro. E hoje, depois de todos esses anos de labirinto, todos esses anos em que avanço pela neblina empunhan do a caneta adiante do meu peito, percebo que o escuro era uma ausência. Uma ausência de pala vras. Essa escuridão é minha pré-história. Eu antes da história, eu antes das palavras. Eu caos."
- Eliane Brum, em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”. São Paulo: Editora Leya, 2014.
ELIANE BRUM NA REDE
Eliane Brum - foto: divulgação |
:: Colunista do 'El País'
:: Colunista da revista 'Época'
:: No twitter: @brumelianebrum
OUTRAS FONTES E REFERÊNCIAS DE PESQUISA
:: Portal Jornalistas
:: Geledes
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© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Eliane Brum - um diálogo entre literatura e jornalismo. Templo Cultural Delfos, janeiro/2016. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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