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Anísio Teixeira - e a escola pública brasileira (projeto de educação integral)

Anisio Teixeira - (foto: Arquivo CPDOC/FGV)


"Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública."
- Anísio Teixeira


"Numa democracia, nenhuma obra supera a de educação. Haverá, talvez, outras aparentemente mais urgentes ou imediatas, mas estas mesmas pressupõem, se estivermos numa democracia, a educação. Todas as demais funções do estado democrático pressupõem a educação. Somente esta não é conseqüência da democracia, mas a sua base, o seu fundamento, a condição mesmo para a sua existência."
- Anísio Teixeira


Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caetité, sertão da Bahia, em 12 de julho de 1900.
Anísio Teixeira na Escola Parque - Salvador/BA
(Foto: Arquivo CPDOC/FGV)
Após sólida formação adquirida em colégios jesuítas de Caetité e Salvador, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro em 1922 e obteve o título de Master of Arts pelo Teachers College da Columbia University, em Nova York, em 1929. *Morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 11 de março de 1971 (ver neste página *"Anísio Teixeira e a Ditadura militar - Uma morte misteriosa").

Considerado um dos maiores educadores brasileiros, Anísio Teixeira deixou uma obra pública excepcional que, ainda hoje, está à frente do nosso tempo. Sua formação educacional foi fortemente influenciada pelo pragmatismo do filósofo John Dewey, de quem foi aluno no Teachers College e cujas idéias divulgou no Brasil. Mas foi, sobretudo, nos embates entre a gestão cotidiana da educação e sua visão de futuro, em meio a aliados e adversários, que aprendeu a organizar homens e instituições.

Iniciou-se na vida pública em 1924, no governo Góes Calmon (1924-1928), como Inspetor Geral do Ensino da Bahia, passando logo depois a Diretor da Instrução Pública desse estado. Mais tarde, já no Rio de Janeiro, assumiu a Secretaria de Educação e Cultura do Distrito Federal, no governo do prefeito Pedro Ernesto (1931-1935). Nessa gestão conduziu importante reforma educacional que o projetou nacionalmente, foi signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), teve participação ativa na Associação Brasileira de Educação (ABE), criou a Universidade do Distrito Federal (UDF). Demitiu-se em 1935, diante de pressões políticas que inviabilizaram sua permanência no cargo, refugiando-se no interior de seu estado natal. Entre 1937 e 1945, afastado da vida pública, permaneceu na Bahia, dedicando-se a atividades de mineração, comércio e tradução de livros.

Anísio Teixeira
Em 1946, a convite de Julien Huxley, assumiu o cargo de Conselheiro de Ensino Superior da UNESCO, retomando sua atividades na área educacional. De volta ao Brasil em 1947, aceitou o convite de Otávio Mangabeira, recém-eleito governador da Bahia, para ocupar a Secretaria de Educação e Saúde desse estado, posto no qual permaneceu até o final desse governo (1947-1951). 
Nessa administração fez construir em Salvador o Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, mais conhecido como Escola Parque, uma experiência inovadora de educação integral, onde atividades artísticas, socializantes e de preparação para o trabalho e a cidadania, e mais alimentação, higiene e atendimento médico-odontológico, complementavam as práticas educativas tradicionais. Esta obra, pioneira no Brasil, projetou-o internacionalmente.

Na década de 50 teve atuação destacada na esfera federal, no Ministério da Educação. Em 1951 assumiu a Secretaria Geral da Campanha de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, que seria por ele transformada em órgão, a CAPES. Em 1952 assumiu também o cargo de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP). Criou, então, o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE) e uma rede de 5 Centros Regionais, com o objetivo de elaborar estudos antropológicos e sociológicos sobre a realidade brasileira. Durante sua gestão na CAPES e no INEP, proferiu inúmeras conferências no Brasil e no exterior, incentivou a criação de bibliotecas no país, foi eleito por duas vezes presidente da SBPC, participou ativamente da discussão da LDB (1961). Nesses anos de árdua luta pela escola pública, editou o seu livro mais polêmico: Educação não é privilégio (1957). E foi ainda nessa época que se tornou professor universitário, assumindo a cadeira de Administração Escolar na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, hoje UFRJ.

A Estatueta que pertenceu a Anísio Teixeira - encontra-se em exposição
no Centro de Memória da Casa Anísio Teixeira - Desenho de Luciene Aguiar
No início dos anos 60, juntamente com Darcy Ribeiro, foi um dos mentores da Universidade de Brasília (1961), tornando-se seu 2º reitor em 1963. O golpe militar de 1964 o afasta, mais uma vez, das suas funções públicas. A convite de universidades americanas, viaja para os Estados Unidos para lecionar como “visiting scholar”. De volta ao Brasil, completou o seu mandato no Conselho Federal de Educação (1962-1968), tornou-se consultor da Fundação Getúlio Vargas e retomou suas atividades de tradutor e escritor na Editora Nacional, organizando coleções e reeditando alguns de seus livros.

A história da educação brasileira, no século XX, está marcada por suas idéias e ações em favor da democratização das oportunidades de acesso à educação pública, universal, gratuita, laica e de qualidade. Sua obra representa um patrimônio importante da cultura nacional. O que produziu e criou permanece vivo como mensagem inspiradora dos intelectuais e educadores brasileiros na virada do milênio.




“Democracia sem educação e educação sem liberdade são antinomias em teoria, que desfecham, na prática, em fracassos inevitáveis.”
- Anísio Teixeira, citação consta no livro Anísio Teixeira: educador singular, de Hermano Gouveia Neto, p. 82.


“Jamais fizemos da educação o serviço fundamental da República...”
- Anísio Teixeira, em trecho de discurso na Assembleia Constituinte Baiana, em 1947.


"… Anísio Teixeira é o pensador mais discutido, mais apoiado e mais combatido do Brasil. Ninguém como ele provoca a admiração de tantos. Ninguém é também tão negado e tem tantas vezes o seu pensamento deformado (…) Suas teses educacionais se identificam tanto com os interesses nacionais e com a luta pela democratização de nossa sociedade que dificilmente se admitiria pudessem provocar tamanha reação num país republicano."
- Darcy Ribeiro


Anísio Teixeira e o filósofo-pedagogo John Dewey
INFLUÊNCIA DA ESCOLA AMERICANA
Anísio Teixeira trouxe para o Brasil as idéias do pedagogo e filósofo americano John Dewey (1859 - 1952) e as introduziu em nossa educação a partir da década de 1930. Entre essas idéias, as duas principais eram a defesa da escola pública e gratuita e a necessidade da implantação de experiências práticas nas salas de aula.
A relação entre ensino e democracia também estava sendo discutida nos Estados Unidos. Dewey era um ferrenho defensor do direito de todas as classes sociais à educação.

Além disso, ele definia a aprendizagem como um processo ativo. Dewey criou a expressão "escola ativa" para denominar o ensino baseado em experiências práticas. "Todo conhecimento autêntico vem da experiências", dizia. Essa foi uma das bases do movimento da Escola Nova.



"Anísio Teixeira foi um profeta do saber, da cultura e da transformação social, sobretudo da transformação social. Foi um dos homens mais cultos deste país, mas ao mesmo tempo o menos exibicionista dos homens cultos deste país. Toda a produção intelectual de Anísio Teixeira é motivada por seu desejo de transformação social. O que ele foi, acima de tudo, foi um educador voltado para a prática da educação e da administração. E por causa dessa prática, que demandava conhecimento teórico, é que fez os seus livros. Ele não foi um teórico que se fez prático. Ele foi um homem que essa dialética do fazer e do conhecer acompanhou permanentemente. Lembrem-se de que, num momento de ostracismo, a prática que ele desenvolveu foi a de um minerador, de um exportador, de um comerciante e de um tradutor de obras que ele achava relevantes."
- Antônio Houaiss.


Anísio Teixeira na Escola Parque - Salvador/BA
(Foto: Arquivo CPDOC/FGV)

“A realidade, porém, é que nos acostumamos a viver em dois planos, o real com suas particularidades e originalidades e o oficial com seus reconhecimentos convencionais de padrões inexistentes. Continuamos a ser, com a autonomia, a nação de dupla personalidade, a oficial e a real.”
- Anísio Teixeira, trecho citado na revista Educação e Sociedade, ano 20, n. 68/Especial, dez.1999, p. 81.


OBRA DE ANÍSIO TEIXEIRA
Livros publicados
TEIXEIRA, Anísio. Aspectos americanos de educação. Salvador: Tip. De São Francisco, 1928. 166p.
TEIXEIRA, Anísio. A educação e a crise brasileira. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1956. 355p.
TEIXEIRA, Anísio e ROCHA e SILVA, Maurício. Diálogo sobre a lógica do conhecimento. São Paulo: Edart Editora. 116p.
TEIXEIRA, Anísio. Educação e o mundo moderno. 2ªed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1977. 245p.
Anísio Teixeira, pelo artista Enilson Meira.
TEIXEIRA, Anísio. Educação é um direito. 2ªed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996. 221p.
TEIXEIRA, Anísio. Educação e universidade. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1998. 187p.
TEIXEIRA, Anísio. Educação no Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1969. 385p.
TEIXEIRA, Anísio. Educação não é privilégio. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994. 250p.
TEIXEIRA, Anísio. Educação para a democracia: introdução à administração educacional. 2ªed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997. 263p.
TEIXEIRA, Anísio. Educação progressiva: uma introdução à filosofia da educação. 2ªed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1934. 210p.
TEIXEIRA, Anísio. Em marcha para a democracia: à margem dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, s.d. [1934 ?]. 195p.
TEIXEIRA, Anísio. Ensino superior no Brasil: análise e interpretação de sua evolução até 1969. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1989. 186p.
TEIXEIRA, Anísio. Pequena introdução à filosofia da educação: a escola progressiva ou a transformação da escola. 5ªed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1968. 150p.


Cartas (*) e Correspondências
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Abgar Renault, Rio de Janeiro, 19 maio 1964. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 54.05.11/2).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Alberto Venancio Filho, New York, 28 jun. 1960.
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Alceu de Amoroso Lima, Rio de Janeiro, 17 maio 1964. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 64.05.17).
Anísio Teixeira.
TEIXEIRAAnísio. Carta a Anna Spínola Teixeira e Deocleciano Pires Teixeira. Caetité, 25 mar. 1920. (Carta publicada sob o título "Carta aos Pais". In: ROCHA, João Augusto de Lima et alii. Anísio em movimento: a vida e as lutas de Anísio Teixeira pela escola pública e pela cultura no Brasil. Salvador: Fundação Anísio Teixeira, 1992. p.226).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Cândido Mota Filho. [Rio de Janeiro?], dez. 1954. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 54.12.00).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Deocleciano Pires Teixeira. Bahia, 18 nov. 1927. Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc22.03.06.
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Emília Ferreira Teixeira. Bahia, 31 jul. 1930. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 30.06.22).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Fernando de Azevedo. Rio de Janeiro, 18 jan.1971. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 31.12.27).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Fernando Azevedo. Rio de Janeiro, 4 fev. 1971. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 31.12.27).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a George S. Counts. S.l., 29 ago. 1963. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira -ATc 60.07.01. - Carta citada por Luís Viana Filho em Anísio Teixeira: a polêmica da educação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. p.176).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Gustavo Corção. Rio de Janeiro, 23 fev. 1958. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 58.02.23).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Maurício da Rocha e Silva. Rio de Janeiro, dez. 1965. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 65.12[25]).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Monteiro Lobato. Sl, [1936 (?)]. (Carta publicada no livro Conversa entre amigos: correspondência escolhida entre Anísio Teixeira e Monteiro Lobato. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC, 1986).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Monteiro Lobato. Bahia, 06 jun. 1945. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 28.06.22 - Carta publicada no livro Conversa entre amigos: correspondência escolhida entre Anísio Teixeira e Monteiro Lobato. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas / CPDOC, 1986. p.97-98).
Capa do livro Educação não
é privilégio
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Monteiro Lobato [a bordo do Queen Elizabeth], 29 jan.1947. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 28.06.22).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Monteiro Lobato. Nova York, 13 fev. 1947. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 28.06.22).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Paulo Duarte Guimarães. Rio de Janeiro, 13 ago. 1964. (Localização do documento: Arquivo privado - Paulo Duarte Guimarães).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Paulo Duarte Guimarães. Nova Iorque, 10 nov. 1964.(Localização do documento: Arquivo privado - Paulo Duarte Guimarães).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Paulo Duarte. S.l., 28 dez. 1964.
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Paulo Duarte Guimarães. Rio de Janeiro, 8 jun. 1969. (Localização do documento: Arquivo privado - Paulo Duarte Guimarães).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Paulo Duarte Guimarães. Rio de Janeiro, 5 set. 1969. (Localização do documento: Arquivo privado - Paulo Duarte Guimarães).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Pedro Ernesto Batista. Rio de Janeiro, dez.1935. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATC 32.03.15).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Péricles Madureira de Pinho. Rio de Janeiro, 4 out. 1954. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 49.00.00).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Rubem Braga. [Rio de Janeiro?], maio 57. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 57.05.00).

TEIXEIRA, Anísio. Carta a San Tiago Dantas. Rio de Janeiro, 21 jul. 1959. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 32.04.22/3).
TEIXEIRA, Anísio. Carta a Thiago de Mello. Rio de Janeiro, 19 maio 1964. (Localização do documento: Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - Arquivo Anísio Teixeira - ATc 64.05.08).
(*Cartas. Disponíveis online.
(**Cartas a Anísio Teixeira - de: Fernando de Azevedo, Pedro Ernesto Batista, Luiz Gonzaga Cabral, Paulo Duarte Guimarães, Terezinha Eboli, Julien Huxley, Monteiro Lobato, Manoel Bergström, Lourenço Filho, Péricles Madureira de Pinho, Thiago de Mello, Homero Pires, Darcy Ribeiro, Augusto Ricardo, Dom Augusto da Silva, Anna Spínola Teixeira, e Luiz Viana Filho – (disponível online.
(***Cartas entre terceiros – de: Jaime Abreu, Alceu Amoroso Lima, Afrânio Peixoto e Darcy Ribeiro. Disponível online


"Concretizar a revolução que não é o resultado de revoltas populares mas conseqüência do progresso do conhecimento humano e do despertar das aspirações que, a difusão, pelos novos meios de comunicação, gera inevitavelmente. Nesta situação é que já se encontra o Brasil, cuja necessidade maior é a da preparação do homem para os novos deveres de produção da sua conjuntura atual e os direitos que decorrem daqueles deveres."
- Anísio Teixeira


Anísio Teixeira
Artigos em Revistas e Jornais
TEIXEIRA, Anísio. 1963: ano da educação. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 122, jan. 1963. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. Administração pública brasileira e a educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.25, n. 63, 1956. p. 3-23.
TEIXEIRA, Anísio. O alto sertão da Bahia. Revista do Instituto Geographico e Historico da Bahia. Salvador, v.52, 1926. p. 295-309.
TEIXEIRA, Anísio. Análise de sistemas e educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.59, n. 129, jan./mar. 1973. p. 57-59.
TEIXEIRA, Anísio. Aspectos da reconstrução da Universidade Latino-Americana. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.47, n. 105, jan./mar. 1967. p. 55-67.
TEIXEIRA, Anísio. Autonomia para educação na Bahia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.11, n. 29, jul./ago. 1947. p. 89-104.
TEIXEIRA, Anísio. Bases da teoria lógica de Dewey. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.23, n. 57, jan./mar. 1955. p. 3-27.
TEIXEIRA, Anísio. Bases para uma programação de educação primária no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.27, n. 65, jan./mar. 1957. p. 28-46.
TEIXEIRA, Anísio. Bases preliminares para o plano de educação referente ao Fundo Nacional de Ensino Primário. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.38, n. 88, out./dez. 1962. p. 97-107.
TEIXEIRA, Anísio. Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.25, n. 61, jan./mar. 1956. p. 145-149.
TEIXEIRA, Anísio. Centro Educacional Carneiro Ribeiro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.31, n. 73, jan./mar. 1959. p. 78-84.
TEIXEIRA, Anísio. Centro Regional de Pesquisas Educacionais de Recife. Boletim Mensal do CEPE. Rio de Janeiro, v.1, n. 1, nov. 1957. p. 5-10.
TEIXEIRA, Anísio. Ciência e arte de educar. Educação e Ciências Sociais. v.2, n. 5, ago. 1957. p. 5-22.
TEIXEIRA, Anísio. Ciência e Educação. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 50, 1957. p. 1-3.
TEIXEIRA, Anísio. Ciência e humanismo. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.24, n. 60, 1955. p. 30-44.
TEIXEIRA, Anísio. Condições para a reconstrução educacional brasileira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.18, n. 49, 1953. p. 3-12.
TEIXEIRA, Anísio. Confronto entre a educação superior dos EUA e a do Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.33, n. 78, abr./jun. 1960. p. 63-74.
Celso Furtado e Anísio Teixeira - acervo CPDOC/FGV.
TEIXEIRA, Anísio. A crise educacional brasileira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.19, n. 50, abr./jun. 1953. p. 20-43.
TEIXEIRA, Anísio. Cultura e tecnologia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.55, n. 121, jan./mar. 1971. p. 12-37.
TEIXEIRA, Anísio. Custo mínimo da educação primária por aluno. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.35, n. 82, abr./jun. 1961. p. 3-5.
TEIXEIRA, Anísio. O desafio da educação para o desenvolvimento. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 112, 1962. p. 1-3.
TEIXEIRA, Anísio. Dewey e a filosofia da educação. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 85, dez. 1959. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. Discurso de posse do Director Geral de Instrucção Pública. Boletim de Educação Pública. Rio de Janeiro, v.2, n. 1/2, jan./jun. 1932. p. 75-76.
TEIXEIRA, Anísio. Discurso de posse do Professor Anísio Teixeira no Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. v.17, n. 46, 1952. p. 69-79.
TEIXEIRA, Anísio. Editorial. Educação e Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v.7, n. 3, fev. 1960. p. 3-13.
TEIXEIRA, Anísio. Editorial. Educação e Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v.8, n. 15, set. 1960. p. 3-8.
TEIXEIRA, Anísio. Educação - problema da formação nacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.29, n. 70, abr./jun. 1958. p. 21-32.
TEIXEIRA, Anísio. Educação como experiência democrática para cooperação internacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.45, n. 102, abr./jun. 1966. p. 257-272.
TEIXEIRA, Anísio. A educação comum do homem moderno. Arte e Educação. Rio de Janeiro, v.1, n. 3, mar. 1971. p. 13.
TEIXEIRA, Anísio. A educação e a constituição de 1946. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.33, n. 77, jan./mar. 1960. p. 68-82.
TEIXEIRA, Anísio. Educação e cultura na Constituição do Estado da Bahia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.65, n. 151, set./dez. 1984. p. 685-696.
TEIXEIRA, Anísio. Educação e Desenvolvimento. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.35, n. 81, jan./mar. 1961. p. 71-92.
TEIXEIRA, Anísio. Educação e nacionalismo. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.34, n. 80, out./dez. 1960. p. 205-208.
TEIXEIRA, Anísio. Educação não é privilégio. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.70, n. 166, 1989. p. 435-462.
TEIXEIRA, Anísio. A educação que nos convém. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.21, n. 54, abr./jun. 1954. p. 16-33.
TEIXEIRA, Anísio. Educação, suas fases e seus problemas. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.56, n. 124, out./dez. 1971. p. 284-286.
TEIXEIRA, Anísio. Educar para o equilíbrio da sociedade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.55, n. 122, abr./jun. 1971. p. 191-196.
TEIXEIRA, Anísio. O ensino brasileiro. Boletim da CBAI. v.7, n. 10, 1953. p. 1122-1124.
TEIXEIRA, Anísio. O ensino cabe à sociedade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.31, n. 74, 1959. p. 290-298.
TEIXEIRA, Anísio. Ensino humanístico e ensino científico em nosso tempo. Temas. São Paulo, v.1, n. 1, maio 1971. p. 5-12.
TEIXEIRA, Anísio. O ensino secundário. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 66, maio 1958. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. Entrevista ao Correio da Manhã. Educação e Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v.3, n. 8, 1958. p. 133-137.
TEIXEIRA, Anísio. A escola brasileira e a estabilidade social. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.28, n. 67, jul./set. 1957. p. 3-29.
Anísio Teixeira nas comemorações do centenário
do Land-Grant Colleges and Universities.
TEIXEIRA, Anísio. A Escola Parque da Bahia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.47, n. 106, abr./jun. 1967. p. 246-253.
TEIXEIRA, Anísio. A escola pública. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 48, 1956. p. 1-3.
TEIXEIRA, Anísio. Escola pública é o caminho para a integração social. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.52, n. 95, jul/set. 1964. p. 210-213.
TEIXEIRA, Anísio. A escola pública universal e gratuita. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.26, n. 64, out./dez. 1956. p. 3-27.
TEIXEIRA, Anísio. A escola secundária em transformação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.21, n. 53, abr./jun. 1954. p. 3-20.
TEIXEIRA, Anísio. Escolas de educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.51, n. 114, abr./jun. 1969. p. 239-259.
TEIXEIRA, Anísio. As escolinhas de arte de Augusto Rodrigues. Arte e Educação. Rio de Janeiro, v.1, n. 1, set. 1970. p. 3.
TEIXEIRA, Anísio. La escuela brasileña y la estabilidad social. La Educación. v.2, n. 8, Oct./Dic. 1957. p. 5-14.
TEIXEIRA, Anísio. O espírito científico e o mundo atual. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.23, n. 58, 1958. p. 3-25.
TEIXEIRA, Anísio. Estado atual da educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.39, n. 89, jan./mar. 1963. p. 8-16.
TEIXEIRA, Anísio. Estudo sobre o projeto de Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.18, n. 48, out./dez. 1952. p. 72-123.
TEIXEIRA, Anísio. A expansão do ensino superior no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.36, n. 83, jul./set. 1961. p. 3-4.
TEIXEIRA, Anísio. Extensão do ensino primário brasileiro. Boletim CBAI. Rio de Janeiro, v.10, n. 6, 1956. p. 1614-1618.
TEIXEIRA, Anísio. Falando francamente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.30, n. 72, out./dez. 1958. p. 3-16.
TEIXEIRA, Anísio. Falsa elite. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 60, nov. 1957. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. Filosofia e educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.32, n. 75, jul./set. 1959. p. 14-27.
TEIXEIRA, Anísio. Fraude contra a educação popular. Leitura. Rio de Janeiro, v.16, n. 10, abr. 1958. p. 32-33.
TEIXEIRA, Anísio. Funções da universidade. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 135, Fev. 1964. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. Gilberto Freyre, mestre e criador da Sociologia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.40, n. 91, jul./set. 1963. p. 29-36.
TEIXEIRA, Anísio. Grave problema do livro didático. Leitura. Rio de Janeiro, v.17, n. 22, abr. 1959. p. 24-25.
TEIXEIRA, Anísio. O humanismo técnico. Boletim CBAI. Rio de Janeiro, v.8, n. 2, 1954. p. 1186-1187.
TEIXEIRA, Anísio. Interpretação do artigo 15 da Lei de Diretrizes e Bases. Documenta. Rio de Janeiro, n. 81, fev. 1968. p. 3-9.
TEIXEIRA, Anísio. A lei de diretrizes. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.18, n. 48, 1952. p. 280-283
TEIXEIRA, Anísio. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; um inquérito. Comentário. v.3, n. 2, abr./jun. 1962. p. 125-127.
TEIXEIRA, Anísio. Lei e tradição. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 54, maio 1957. p. 1-3.
TEIXEIRA, Anísio. A longa revolução de nosso tempo. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.49, n. 109, jan./mar. 1968. p. 11-26.
TEIXEIRA, Anísio. Mais uma vez convocados. Educação e Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v.4, n. 10, abr. 1959. p. 5-33.
TEIXEIRA, Anísio. O manifesto dos pioneiros da educação nova. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.65, n. 150, maio/ago. 1984. p. 407-425.
TEIXEIRA, Anísio. Meia vitória, mas vitória. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.37, n. 86, abr./jun. 1962. p. 222-223.
TEIXEIRA, Anísio. A mensagem de Rousseau. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.38, n. 88, out./dez. 1962. p. 3-5.
TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.40, n. 92, out./dez. 1963. p. 10-19.
TEIXEIRA, Anísio. O mito da cultura geral no ensino superior. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 41, 1956. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. A municipalização do ensino primário. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.27, n. 66, abr./jun. 1957. p. 22-43.
TEIXEIRA, Anísio. Notas para a história da educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.37, n. 85, jan./mar. 1962. p. 181-188.
TEIXEIRA, Anísio. Notas sobre a educação e a unidade nacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.18, n. 47, jul./dez. 1952. p. 33-49.
TEIXEIRA, Anísio. A nova Lei de Diretrizes e Bases: um anacronismo educacional. Comentário. Rio de Janeiro, v.1, n. 1, jan./mar. 1960. p. 16-20.
TEIXEIRA, Anísio. Padrões brasileiros de educação [escolar] e cultura. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.22, n. 55, jul./set. 1954, p. 3-22.
TEIXEIRA, Anísio. O pensamento precursor de McLuhan. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.54, n. 119, jul./set. 1970. p. 242-248.
TEIXEIRA, Anísio. Plano de construções escolares de Brasília. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.35, n. 81, jan./mar. 1961. p. 195-199.
TEIXEIRA, Anísio. Plano e finanças da educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.41, n. 93, jan./mar. 1964. p. 6-16.
TEIXEIRA, Anísio. Plano Nacional de Educação. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 123, fev. 1963. p. 1-3.
TEIXEIRA, Anísio. Por uma escola primária organizada e séria para formação básica do povo brasileiro. Educação e Ciências Sociais. v.3, n. 8, 1958. p. 139-141.
Anísio Teixeira, com o reitor da Columbia University 
e a esposa Emília Teixeira, por ocasião do recebimento 
da Medalha por Serviços prestados.
TEIXEIRA, Anísio. Porque ‘Escola Nova’. Boletim da Associação Bahiana de Educação. Salvador, n. 1, 1930. p. 2-30.
TEIXEIRA, Anísio. Por que especialistas de educação? Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 62, 1958. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. O problema de formação do magistério. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.46, n. 104, out./dez. 1966. p. 278-287.
TEIXEIRA, Anísio. Os processos democráticos da educação nos diversos graus do ensino e na vida extra-escolar. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.25, n. 62, abr./jun. 1956. p. 3-16.
TEIXEIRA, Anísio. A propósito da ‘Escola Única’. Revista do Ensino. Salvador, v.1, n. 3, 1924.
TEIXEIRA, Anísio. Que é administração escolar? Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.36, n. 84, 1961. p. 84-89.
TEIXEIRA, Anísio. Reforma do selvagem humano? Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 120, nov. 1962, p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. Reorganização do Ensino Normal e sua transposição para o plano universitário: creação. Boletim de Educação Pública. Rio de Janeiro, v.2, n. 1/2, jan./jun. 1932. p. 110-117.
TEIXEIRA, Anísio. Reorganização e não apenas expansão da escola brasileira. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 58, set. 1957. p. 1-2.
TEIXEIRA, Anísio. Resenha do livro ‘Uma escola diferente’. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.51, n. 113, jan./mar. 1969. p. 145-148.
TEIXEIRA, Anísio. Revolução e educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.39, n. 90, abr./jun. 1963, p. 3-7.
TEIXEIRA, Anísio. Romper com a simulação e a ineficiência do nosso ensino. Formação. Rio de Janeiro, v.16, n. 176, 1953. p. 11-16.
TEIXEIRA, Anísio. Sobre o problema de como financiar a educação do povo brasileiro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.20, n. 52, 1953. p. 27-42.
TEIXEIRA, Anísio. Tecnologia e pensamento. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.51, n. 113, jan./mar. 1969. p. 157-159.
TEIXEIRA, Anísio. Um educador: Abílio Cesar Borges. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.18, n. 47, jul./dez. 1952. p. 150-155.
TEIXEIRA, Anísio. Um grande esforço de toda a vida. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n. 96, nov. 1960. p. 1-3.
TEIXEIRA, Anísio. Um presságio de progresso. Habitat. São Paulo, v.4, n. 2, 1951. p. 175-177.
TEIXEIRA, Anísio. Uma experiência de educação primária integral no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.38, n. 87, jul./set. 1962. p. 21-33.
TEIXEIRA, Anísio. Uma perspectiva da educação superior no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.50, n. 111, jul./set. 1968. p. 21-82.
TEIXEIRA, Anísio. União intelectual das três Américas. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.35, n. 82, abr./jun. 1961. p. 180-183.
TEIXEIRA, Anísio. Unidade do Brasil. Boletim Informativo CAPES. n. 132, nov.1963. p. 1-4.
TEIXEIRA, Anísio. A universidade americana em sua perspectiva. Revista Brasileira de Estudos Pedagógios. Rio de Janeiro, v.36, n. 84, out./dez. 1961. p. 48-60.
TEIXEIRA, Anísio. A universidade de ontem e de hoje. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.42, n. 95, jul./set. 1964. p. 27-47.
TEIXEIRA, Anísio. A universidade e a liberdade humana. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.20, n. 51, jul./set. 1953. p. 3-22.
TEIXEIRA, Anísio. Variações sobre o tema da liberdade humana. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.29, n. 69, jan./mar. 1958. p. 3-18.
TEIXEIRA, Anísio. Valores proclamados e valores reais nas instituições escolares brasileiras. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.37, n. 86, abr./jun. 1962. p. 59-79.
TEIXEIRA, Anísio. Villa-Lobos nas escolas. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.36, n. 84, out./dez. 1961. p. 186-187.
TEIXEIRA, Anísio e outros. Educação para o desenvolvimento e a democracia. Documenta. Rio de Janeiro, n. 4, jun. 1962. p. 136-142.
TEIXEIRA, Anísio; RIBEIRO, Darcy. The University of Brasília. The Educational Forum. Wisconsin, v.26, n. 3, Part 1, mar. 1962. p. 309-319.
TEIXEIRA, Anísio; RAMOS, Jairo; CARDOSO, Fernando Henrique. Universidade de Brasília. Anhembi. São Paulo, v.11, n. 128, jul. 1961. p. 259-267.


"Somente a educação e a cultura poderão salvar o homem moderno e que a batalha educacional será a grande batalha do dia de amanhã."
- Anísio Teixeira


Entrevistas (*)
TEIXEIRA, Anísio. 1963: ano da educação. Entrevista. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 30 dez. 1962.
TEIXEIRA, Anísio. Anísio Teixeira: "Campanha contra o MCP é tudo fruto da mentira!". Entrevista. Tribuna da Imprensa. Fortaleza, 25 out. 1962.
TEIXEIRA, Anísio. Aptidões e inteligências diversificadas exigem variedade de cursos articulados. [Entrevista]. Diário de Notícias. Rio de Janeiro, 24 jun. 1956.
TEIXEIRA, Anísio. Curso, estágio e seminário para formação do professor. [Entrevista]. Jornal do Comércio. Rio de Janeiro, 20 abr. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Curso, estágio e seminário para formação do professor. [Entrevista]. Jornal do Comércio. Rio de Janeiro, 20 abr. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Em 100 alunos apenas 8 concluem o curso primário. [Entrevista]. A Notícia. Rio de Janeiro, (1952/1964).
TEIXEIRA, Anísio. As emoções do educador: tu pisavas os astros distraída. [Entrevista]. A Noite. Sessão Personalidade. Rio de Janeiro, 31 dez. 1955.
Anísio Teixeira, por Guima.
TEIXEIRA, Anísio. Desagrega-se a escola primária. [Entrevista]. Tribuna da Imprensa. Rio de Janeiro, 6 jan. 1953.
TEIXEIRA, Anísio. Descentralizar a educação, uma reforma que se impõe. [Entrevista]. O Globo. Rio de Janeiro, 7 dez. 1956.
TEIXEIRA, Anísio. O ensino cabe à sociedade. [Entrevista]. Diário de Notícias. Rio de Janeiro, 5 abr. 1959.
TEIXEIRA, Anísio. Entrevista. A Noite. Rio de Janeiro, 1961.
TEIXEIRA, Anísio. Entrevista. Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 26 mar. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Entrevista. Jornal do Comércio. Rio de Janeiro, 16 nov. 1952.
TEIXEIRA, Anísio. Escola pública não é invenção do socialismo nem do comunismo. [Entrevista]. O Globo. Rio de Janeiro, 27 fev. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Fazer de Brasília um modêlo para a educação no País. [Entrevista]. Correio Braziliense. Brasília, 21 jun. 1963.
TEIXEIRA, Anísio. O ginásio de hoje corresponde ao grupo escolar anterior à revolução. [Entrevista]. Diário de Minas. Belo Horizonte, 7 nov. 1956.
TEIXEIRA, Anísio. Necessário reformar o ensino no Brasil. [Entrevista]. Notícias de Hoje. São Paulo, 28 dez. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Nenhuma hostilidade do INEP contra escolas particulares. Entrevista. Diário da Noite. Rio de Janeiro, 21 abr. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Novos métodos para o ensino primário. [Entrevista]. Diário Carioca. Rio de Janeiro, 12 jun. 1955.
TEIXEIRA, Anísio. Falando francamente. [Entrevista]. Programa de TV. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Paris é um filho espiritual de Roma. [Entrevista]. A Tarde. Salvador, 30 nov. 1925.
TEIXEIRA, Anísio. Precisamos reformar o nosso sistema educacional. [Entrevista]. A Tarde. Salvador, 12 abr. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Prof. Anísio Teixeira: ensino no Brasil está formando parasitas. [Entrevista]. Última Hora. Rio de Janeiro, 27 mar. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Querendo tudo ensinar, o curso secundário falha completamente em sua finalidade. [Entrevista]. Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 26 mar. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Revolução social não se faz através de escola primária. [Entrevista]. Folha da Manhã. São Paulo, 9 maio 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Sete mil unidades escolares construídas pelo INEP. Entrevista. Correio do Povo. Porto Alegre, 3 mar. 1955.
TEIXEIRA, Anísio. Urgente uma reconstrução educacional. [Entrevista]. Diário Carioca. Rio de Janeiro, 13 jul. 1958.
TEIXEIRA, Anísio. Violenta fraude contra a educação. Entrevista. Última Hora. Rio de Janeiro, 12 mar. 1958.
(*) Disponível online.

"A educação para este período de nossa civilização ainda está para ser concebida e planejada e, depois disto, para executá-la, será preciso verdadeiramente um novo mestre, dotado de grau de cultura e de treino que apenas começamos a imaginar."
- Anísio Teixeira



"... A figura de Anísio é a própria imagem da inteligência brasileira, que o Brasil desperdiçou, porque parece ter medo das luzes que emanam das mentes esclarecidas. Que se pode esperar de uma nação que escorraça os representantes de sua cultura? ... "
- Afrânio Coutinho


Anísio Teixeira (centro) na Escola Parque/BA, 1956 - Foto: (...)

A ESCOLA PARQUE
Em 1932, Anísio Teixeira foi um dos signatários de um dos documentos mais importantes da história da educação no Brasil, o "Manifesto dos Pioneiros". O Manifesto defendia uma educação pública, gratuita, mista, laica e obrigatória, possibilitando a concretização do direito biológico à educação.

Anísio Teixeira apostava na educação para benefício e desenvolvimento de todos os indivíduos, voltada para a democracia e a liberdade de oportunidades. Criou o sistema educacional "Escola Parque" onde as escolas, além do currículo básico, propõem o acesso a aprendizagens sobre trabalho e à cultura ampla da humanidade, desenvolvendo o senso de responsabilidade, de ação prática e de criatividade.

A primeira unidade da "Escola Parque" de Anísio Teixeira foi instalada na Bahia, em Salvador, onde funciona até hoje com o nome de Centro Educacional Carneiro Ribeiro, reconhecida pela UNESCO como modelo educacional. Em 1957, Anísio Teixeira elaborou o plano de sistema escolar de Brasília, onde instalou várias outras unidades da Escola Parque, conhecidas como Escola Classe.

Em 1970, fundada a Escola Parque, no Rio de Janeiro, reiterando os ideais de educar para a vida e para a democracia. Tem por objetivo formar pessoas que se importem com o mundo onde vivem e que saibam viver no mundo e no tempo a que pertencem.

Escola Parque
ESCOLA PARQUE não é apenas um nome, mas um conceito complexo e profundo, uma filosofia de Educação. Neste início de século, certamente Anísio acompanharia com entusiasmo as modificações necessárias para a formação das novas gerações e conclamaria todos ao estudo, à discussão e às novas práticas, como sempre fez seu espírito inquieto.


"Não será espontaneamente que haveremos de sair da estrada do medo e da catástrofe para a da segurança e do razoável"... "os professores e a escola - cada vez mais importantes na civilização voluntária e inteligente que estamos criando, hão de ser os pioneiros nessa fronteira de progresso moral, que se terá de abrir de agora e por diante, na conquista do verdadeiro poder não só material mas humano sobre a vida neste planeta."
- Anísio Teixeira


COMPLEXO EDUCACIONAL CARNEIRO RIBEIRO - ESCOLA PARQUE



O Complexo Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque) projeto arquitetônico de Diógenes Rebouças, localizado no bairro da Caixa D'Água, criada pelo educador Anísio Teixeira, possui um grande tesouro artístico, que reflete os ecos do modernismo na Bahia, reunindo murais dos principais artistas da cena baiana da época.
Os cinco murais do pavilhão de trabalho, assinados por Mário Cravo, Carybé, Jenner Augusto, Maria Célia Mendonça e Carlos Mangano, com temas como 'o homem e a máquina', 'a energia' ou 'a evolução humana', encomendados pelo próprio Anísio Teixeira. Os dois principais painéis, de 20 metros de largura por 12 de altura, foram feitos por Cravo e Carybé, que utilizaram a técnica de têmpera a ovo sobre compensado, os afrescos de Jenner Augusto e Carlos Mangano e uma pintura a óleo sobre madeira de Maria Célia Mendonça.


MURAIS E PAINÉIS DA ESCOLA PARQUE


Mario Cravo – “O homem e a máquina
(técnica têmpera sobre compensado)

Carybé - “A energia” (técnica têmpera sobre compensado).


Maria Célia Mendonça – “A transformação da matéria
(óleo sobre madeira compensada).


Carlos Mangano – “A evolução humana” (técnica afresco).

Núcleo de Artes do Centro Educacional Carneiro Ribeiro.
Foto: S.E Cultural Material Escolar


“[...] Meu ponto de vista, pois, é simples: se alguém deseja ser professor é que resolveu devotar sua vida a estudar e como estudante é que vai ensinar. Como sua luta por aprender fez-se a sua própria vida, não há problema relativo a como aprender de que não tenha experiência [...]”
- Anísio Teixeira, trecho de uma carta escrita ao Professor Edivaldo Boaventura, em 13 de dezembro de 1968.


 Anísio Teixeira (criador da UnB) e Edgard Santos (criador da Ufba)
 - dois grandes educadores - Foto: (...)


“A Escola que possuímos é a escola para o tipo de civilização urbana, só aplicável ao campo na medida em que ele se urbaniza, reurbaniza, como dizem hoje, os sociólogos. Como isto, de fato acabará por se dar, em todo país, a escola deverá organizar-se tão bem quanto possível nas cidades e ir se estendendo pelo campo na sua missão de lhes transformar também gradualmente a vida...”
- Anísio Teixeira, trecho de carta a Rubem Braga, [Rio de Janeiro], maio de 1957.


"…Eureca! Eureca! Você é o líder, Anísio! Você há de moldar o plano educacional brasileiro. Só você tem a inteligência bastante aguda para ver dentro do cipoal de coisas engolidas e não digeridas pelos nossos pedagogos reformadores… Eles não conhecem, senão de nomes, aqueles píncaros (Dewey & Co.) por cima dos quais você andou e donde pode descortinar a verdade moderna. Só você, que aperfeiçoou a visão e teve o supremo deslumbramento, pode neste País falar de educação!"
- Monteiro Lobato

No centro Anísio Teixeira e Monteiro Lobato.

"(...)busca pela busca. Mas um buscar consciente da felicidade que produz esse esforço por encontrar; com encontros que constituem tão somente novas plataformas para novas buscas (...)."
Anísio Teixeira, em carta ao amigo Monteiro Lobato.


“Caro Lobato, amar a Unesco é uma coisa e casar com ela, outra. Com sete meses de vida marital, ando triste e desconsolado, nada me faz crer na Unesco de nossos sonhos.”
- Anísio Teixeira, trecho de carta a Monteiro Lobato. Londres, 1947.


"Anísio Spínola Teixeira, flor na ponta de galho, de uma raça nobre e inteligente do meu sertão, honra a Bahia. O Brasil nos inveja por ele. (...)"
- Afrânio Peixoto

Anísio Teixeira - Foto: (...)

FRAGMENTOS E CITAÇÕES
“A vida não me deixou ser senão um homem de ação, ... de administração, escrevendo ao comando da circunstância, do dever imediato do meu cargo...”
- Anísio Teixeira, em trecho de carta a Alceu de Amoroso Lima, Rio de Janeiro, 17/5/1964.


“As coisas melhores que pude construir até hoje foram as minhas amizades. O nosso amor há de ser qualquer coisa de maior e de melhor. Ajude-me pois a construí-lo. Com o seu auxílio, ele há de ser tão alto, tão sólido, tão humano e tão bom que irá para além do nosso sonho...”
- Anísio Teixeira, em trecho de carta a Emília Telles Ferreira. Bahia, 31 julho de 1930.


“Caiu-me nas mãos um precioso livrinho francês, L’Idée réparatrice. Nenhum outro livro me soube fazer conhecer, tão a fundo, a essência mesma da doutrina de Jesus que este; (...) parece que Deus me esclarecia, para poder transpor com convicção a única barreira que encontrava para a Companhia de Jesus: o afastamento da família. Este ano não tive a consolação de obter o vosso consentimento...”
Anísio Teixeira, por Jefferson Nepomuceno.
- Anísio Teixeira, em trecho de carta aos pais, Caetité, 25 de março de 1920, sexta-feira santa.


“O passado é extremamente importante, mas como luz que ilumina o presente e nos ajuda a vê-lo melhor, e a evitar os erros e omissões da experiência anterior.”
- Anísio Teixeira, trecho da nota explicativa do livro "Educação e o mundo moderno".


“Guardei de minha formação religiosa o sentimento de que viver é servir e nada mais esperar que o conforto desse possível serviço. A isto juntei sempre um agudo senso de certa insignificância pessoal, que jamais me permitiu pedir ou pleitear reconhecimento de qualquer espécie.”
- Anísio Teixeira, trecho de carta a Fernando de Azevedo, Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 19..?.


“A liberdade do administrador público é muito pouca...”
- Anísio Teixeira, trecho de sua fala na III Conferência Nacional de Educação, em Salvador-BA, 1967.


“Profissões se regulamentam, mas não se regulamenta a cultura. Um homem culto e um homem diplomado são duas coisas, infelizmente, bem diversas entre nós.”
- Anísio Teixeira, trecho retirado de discurso proferido quando reitor interino da Universidade do Distrito Federal, em 31 de julho de 1935.


Anísio Teixeira, 
ilustração UFRJ.
“O século XX ainda não descobriu que a verdadeira revolução é a Democracia, pois ela exige e impõe a transformação integral do ser humano e das sociedades”
- Citação extraída de “Anísio Teixeira: breve retrato de uma grande vida”, de Artur da Távola.


“Sou um homem a quem a vida dá e tira com a mesma grosseria e sinto que me vou desabituando à delicadeza”.
- Anísio Teixeira, trecho de carta a Abgar Renault, Rio de Janeiro, 19 de maio de 1964.


“No Brasil, a cultura isola, diferencia, separa. E isso por que? Porque os processos para adquiri-la são tão diversos, e os esforços para desenvolvê-la tão hostilizados e tão difíceis, que o homem culto, à medida que se cultiva, mais se desenraíza, mais se afasta do meio comum, e mais se afirma nos exclusivismos e particularismos da sua luta pessoal pelo saber.”
- Anísio Teixeira, trecho de discurso pronunciado como reitor interino da Universidade do Distrito Federal, Rio de Janeiro, 31 de julho 1935.



"A civilização moderna tem uma feição singular; ela é uma civilização em permanente mudança."
- Anísio Teixeira

Ao centro Anísio Teixeira, Carmem Teixeira e
Otávio Mangabeira (Governador). 21 Set. 1950, Salvador, BA.

"Todo o nosso passado, os nossos mais caros preconceitos, os nosso hábitos mais queridos, a nossa agradável vida paroquial, tudo isto se levanta contra o tumulto e a confusão de uma mudança profunda de cultura, como a que estamos sofrendo. Contudo, a mocidade, está a aceitar esta mudança, é verdade que um tanto passivamente, mas sem nada que lembre a nossa inconformidade. A mudança, todos sabemos, é irreversível. Só conseguiremos restaurar-lhe a harmonia, se conseguirmos construir uma educação que a aceite, a ilumine e a conduza no sentido humano."
- Anísio Teixeira


Gilberto Freyre, Anísio Teixeira e Jorge Amado, em 1961.

"Somos pela propaganda, condicionados para desejar o supérfluo, para atender necessidades inventadas, antes de haver atendido as nossas reais necessidades materiais e mais: uma sociedade cujo objetivo é o consumidor cada vez mais quantidades de bens materiais, inventando necessidades, lança o homem num delírio de busca ilimitada de excitação e falsos bens."
- Anísio Teixeira

Anísio Teixeira na Escola Parque - foto: (...)

ANÍSIO TEIXEIRA E A DITADURA MILITAR
Uma morte misteriosa
Diversas circunstâncias obscuras cercaram a morte de Anísio Teixeira. Dois meses antes de sua morte, ele escreveu: "Por mais que busquemos aceitar a morte, ela nos chega sempre como algo de imprevisto e terrível, talvez devido seu caráter definitivo: a vida é permanente transição, interrompida por estes sobressaltos bruscos de morte" (em uma carta a Fernando de Azevedo).
Por intercessão do amigo Hermes Lima, Anísio candidatou-se a uma vaga na Academia. Iniciou-se assim a série de visitas protocolares aos Imortais.
Depois da última visita, ao lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Anísio desapareceu. Preocupada, sua família investigou seu paradeiro, sendo informada pelos militares de que ele se encontrava detido.
Uma longa procura por informações teve início — repetindo um drama vivido por centenas de famílias brasileiras durante a ditadura militar. Mas, ao contrário das desencontradas informações e pistas falsas, seu corpo foi finalmente encontrado no fosso do elevador do prédio do imortal Aurélio, na Praia de Botafogo, no Rio. Dois dias haviam se passado de seu desaparecimento. Seu corpo não tinha sinais de queda, nem hematomas que a comprovassem. A versão oficial foi de "acidente".
Calava-se, para um Brasil mergulhado em sombras, uma voz em defesa da educação — portador da "subversiva" ideia de um país melhor. Era o dia 14 de março de 1971.
Em depoimento na UnB em 10 de agosto de 2012, o professor João Augusto de Lima Rocha afirmou: "Em dezembro de 1988, Luiz Viana Filho me confessou que Anísio Teixeira foi preso no dia que desapareceu (11/3/71) e levado para o quartel da Aeronáutica, em uma operação que teve como mentor o brigadeiro João Paulo Burnier, figura conhecida do regime militar e que tinha o plano de matar todos os intelectuais mais importantes do Brasil na época", disse João Augusto.
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XAVIER, Libânia Nacif. O Brasil como laboratório: educação e ciências sociais no projeto dos centros brasileiros de pesquisas educacionais CBPE/INEP/MEC (1950-1960). Bragança Paulista: CDAPH, 1999. 281p.
XAVIER, Libânia Nacif. Para além do campo educacional: um estudo sobre o Manifesto dos Pioneiros da educação nova. (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro: PUC/Departamento de Educação, 1993, 88p.

"... Cidadão íntegro, puro, decente. Além de inteligentíssimo, dono de cultura invulgar, mestre inconteste no que se refere à educação, Anísio Teixeira foi um brasileiro raro. Tão extraordinário a ponto de ter sido alvo durante toda a vida de restrições, suspeitas, aleivosias, perseguições, misérias de todo o tipo com que os imundos o perseguiram - sobram imundos no Brasil. Tentaram de todas as maneiras impedir Anísio Teixeira de realizar sua missão civilizadora mas ele era irredutível e invencível. O que o Brasil de hoje possui de melhor e de maior deve-se em grande parte a este humanista baiano de grandeza universal. ..."
- Jorge Amado





Lourenço Filho, Anísio Teixeira e Almeida Jr.
no Instituto de Educação em 1932.
"...Anísio Teixeira
Frente ao outro
manso falava

e o que escuro
claro ficava 

muito sabia,
mas perguntava

é que tranquilo
se inquietava

e que com o certo
já duvidava..."
- Augusto Rodrigues



DOCUMENTÁRIOS
BRASIL. Ministério da Educação. Um olhar para o mundo: homenagem ao centenário do nascimento de Anísio Teixeira. [Brasília]: MEC, TV Executiva, 1999. Fita de Vídeo, 116 min. – color.
RIO DE JANEIRO (RJ). Secretaria Municipal de Educação. Especial Anísio Teixeira Rio de Janeiro: MULTI Rio, 1999. Fita de Vídeo, 30 min. - color.

"Foi um gigante no pensamento e na ação. Sua presença se estende sobre o Brasil, é visível em todo nosso crescimento, não há setor da vida brasileira sobre o qual o trabalho silencioso de Anísio Teixeira pela educação e pela cultura não tenha exercido influência."
- Jorge Amado


Casa onde nasceu Anísio Teixeira, em Caitité/BA - hoje Centro Cultural


Carta do poeta Thiago de Mello a Anísio Teixeira



“A inteligência de Anísio Teixeira realizava-se esplendidamente no corpo-a-corpo com a folha de papel em branco, na reclusão de um gabinete de trabalho, era ainda mais viva, mais brilhante, mais luminosa, nas surpresas de um debate. Por isso, quem conheceu o escritor pelos livros, admirou-o como uma das figuras mais altas da cultura brasileira; mas só o conheceu verdadeiramente, na força impetuosa de sua inteligência, quem teve a sorte de o ouvir nos instantâneos de suas intervenções improvisadas..."
- Josué Mentello.


Sessão de recebimento do diploma de conselheiro vitalício da Associação Brasileira de Educação
Esq./dir.: (sentados) Raul Jobim Bittencourt, Anísio Teixeira, Antônio Carneiro Leão, Djalma Regis Bettencourt, Armando Alvaro Alberto, José Augusto Bezrra de Medeiros, Manoel Bandeira, Lourenço; (em pé), Marly Mascarenhas de Oliveira Bastos(3ª), Eny Caldeira(5ª), Darcy Ribeiro(7º), Adalberto Menezes de Oliveira, Arlette Pinto de Oliveira e Silva, Risoleta Ferreira Cardoso, Helena Moreira Guimarães, Ismael França Campos, Joaquina Daltro(de óculos), Lúcia Marques Pinheiro, Iracema França Campos, Marcos Almir Madeira, Paschoal Lenne, Demerval Trigueiro, Leia Sheinwar e Lais Alves. 
Foto: Acervo CPDOC/FGV




"Será imensa a tarefa do professor e grande deve ser o preparo, para que possa conduzir o jovem nessa tentativa de dar a sua cultura básica a largueza, a segurança e a perspectiva de uma visão global do esforço do homem sobre a terra."
- Anísio Teixeira


ANÍSIO TEIXEIRA E A ESCOLA NORMAL DE CAETITÉ/BAHIA
A Escola Normal de Caetité foi originalmente criada ainda no século XIX, no governo do também caetiteense Joaquim Manoel Rodrigues Lima (1892-1896) - primeiro governador eleito do estado da Bahia.

Escola Normal de Caetité/Bahia
Breve existência teve, contudo, a primeira Escola Normal (para a formação de professores) do interior baiano: por razões de baixa política, o estabelecimento fora fechado em 1903, tendo formado somente uma única turma.
Na década seguinte uma lei recriou a instituição, mas isto acabou não se concretizando. Foi somente em 1926 que Anísio Teixeira, nomeado pelo governador Goes Calmon diretor de ensino do estado, que a instituição - reformada e ampliada - foi nova e definitivamente instalada.
De inegável importância não apenas para Caetité, mas para todo o Estado da Bahia - e outras unidades da federação, que acolheram os mestres ali formados - para ficarmos em três exemplos, o Coronel Geogino Jorge de Souza, paladino na cultura montesclarense, o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso e o ex-Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Desembargador Benito Figueiredo - são exemplos de ex-alunos formados nos seus bancos.

"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra."
- Anísio Teixeira

Anísio Teixeira e um grupo de professores visitando o curso
 profissionalizante da Escola Parque na Bahia, 1956. 
(Foto: Arquivo AT -CPDOC/FGV)

ACERVO ANÍSIO TEIXEIRA - CPDOC/FGV
O arquivo está organizado em 7 séries: Documentos Pessoais, Correspondência, Produção Intelectual, Legislação, Temática, Diversos e Recortes de Jornais.
O material possibilita a reconstituição das atividades públicas e privadas de Anísio Teixeira, especialmente no âmbito educacional. Inclui registros relativos à sua atuação à frente da Diretoria Geral de Instrução Pública da Bahia, no início da década de 1920, tratando basicamente de compra de material escolar no exterior e da política baiana. O arquivo contém documentos significativos abordando as questões religiosas e filosóficas que levaram o titular a abandonar a ideia de ingressar na Companhia de Jesus. Compreende ainda correspondência a respeito do curso de ciências da educação por ele concluído na Universidade de Colúmbia. O volume do material aumenta consideravelmente a partir da administração de Anísio Teixeira no Departamento de Educação do Distrito Federal, envolvendo principalmente discussões em torno do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, as atividades da Associação Brasileira de Educação, pedidos de emprego e questões administrativas. O afastamento do titular da Secretaria Geral de Educação e Cultura do Distrito Federal encontra-se pouco documentado, embora a correspondência de três de seus irmãos e de Nestor Duarte informe sobre o panorama político que resultou no golpe de 1937. Os documentos relativos ao período do Estado Novo referem-se aos empreendimentos privados de Anísio Teixeira e às traduções que realizou, existindo ainda farto material relativo a seu envolvimento na criação da UNESCO e na redemocratização do Brasil. 
Anísio Teixeira - Foto: (...)
Nos registros do período em que chefiou a Secretaria de Educação e Saúde da Bahia destacam-se as questões administrativas, grande número de pedidos de emprego, além de considerações sobre os problemas políticos e educacionais da época. O material referente à Capes e ao INEP revela continuidade e abrange todo o período em que Anísio Teixeira esteve à frente dessas instituições. Com relação à Capes, é constituído basicamente de pedidos de bolsas de estudo e de financiamento. Quanto ao INEP, envolve a totalidade das atividades desenvolvidas pelo titular, compreendendo desde a correspondência administrativa até os estudos e relatórios do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais. Inclui ainda numerosos documentos sobre as campanhas movidas pelo então deputado Fonseca e Silva (1956) e pelos bispos gaúchos (1958) contra sua permanência na chefia do INEP. A partir da década de 1950, o arquivo fornece informações sobre os debates e a elaboração da Lei de Diretrizes e Bases, especialmente na correspondência de Anísio Teixeira com educadores e parlamentares e em registros de sua participação no CHEAR. Aproximadamente metade dos documentos textuais concentra-se nos anos 60. A correspondência e a produção intelectual do titular indicam sua ligação com a UNESCO através dos estudos relativos ao processo de admissão nas universidades, sua participação no CFE e os primeiros anos da UnB. As modificações políticas introduzidas pelo movimento de 1964 estão refletidas no inquérito policial-militar instaurado contra Anísio Teixeira, destacando-se a correspondência com o advogado Heleno Fragoso, bem como nos contatos do titular com exilados políticos e amigos do exterior. Sua permanência nos Estados Unidos como professor-visitante da Universidade de Colúmbia e da Universidade da Califórnia encontra-se largamente documentada. 
Anísio Teixeira na Escola Parque - Salvador/BA
(Foto: Arquivo CPDOC/FGV)
O material referente ao período posterior ao seu retorno ao Brasil diz respeito às atividades que desenvolveu na Companhia Editora Nacional e no Instituto de Estudos Avançados de Educação da Fundação Getúlio Vargas. Os Documentos Audiovisuais apresentam aspectos da trajetória pública e privada o titular. Entre os assuntos registrados encontram-se a atuação de Anísio Teixeira na Secretaria de Educação e Saúde da Bahia, na direção do INEP e em conferências e reuniões no exterior. Existem ainda registros posteriores à morte do titular relativos à inauguração do Centro Educacional Anísio Teixeira - CEAT, no Rio de Janeiro, em 1978. O material sonoro consiste na entrevista realizada por Murilo Antônio Alves com Monteiro Lobato na Rádio Record, em São Paulo, 1948. O material IMPRESSO compreende basicamente obras sobre educação. Inclui diversos trabalhos do titular, entre os quais: "O problema de como financiar a educação do povo brasileiro: bases para discussão" (1953), "Panorama educacional" (1957) e "Filosofia e educação" (s.d.).
Site Oficial: Acervo Anísio Teixeira 


BIBLIOTECA VIRTUAL ANÍSIO TEIXEIRA
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Fotos e Imagens: Fundação Getúlio Vargas / CPDOC, arquivo Anísio Teixeira e Internet.


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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Anísio Teixeira - e a escola pública brasileira (projeto de educação integral). Templo Cultural Delfos, agosto/2016. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 6.8.2016.
Página original FEVEREIRO/2011



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