Sophia de Mello Breyner Andresen - foto: (...) |
Os ritmos
Inventei a dança
para me disfarçar.
Ébria de solidão
eu quis viver.
E cobri de gestos
a nudez da minha alma
Porque eu era
semelhante às paisagens esperando
E ninguém me
podia entender.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em
"Coral", 1950.
Sophia de Mello Breyner nasce a 6 de
novembro 1919 no Porto. A sua infância e adolescência passaram-se entre o Porto
e Lisboa, onde frequentou o curso de Filologia Clássica. Após o casamento com o
advogado Francisco de Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a
sua actividade entre a poesia e a intervenção cívica contra a ditadura de
Salazar, que então dominava o país. As duas actividades não são, no entanto,
separáveis: se, por um lado, foi candidata pela Oposição Democrática nas
eleições legislativas de 1969, sócia fundadora da Comissão Nacional de Socorro
aos Presos Políticos e, após a Revolução de Abril de 1974, deputada à
Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista, a poesia ergue-se também como
uma voz da liberdade, especialmente em O Livro Sexto.
Contemporânea de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade,
Alexandre O’Neill, Tomaz Kim, José Blanc de Portugal, Ruy Cinatti, António
Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira, fez parte da geração de Cadernos de Poesia
(1940-42) e colaborou também na Távola Redonda (1950-54) e na Árvore (1951-53),
o que a identifica com uma prática poética que afirma um ideal de modernidade,
mas que nessa afirmação valoriza acima de tudo a busca do mistério poético, aí,
e só aí, se inscrevendo um sistemático trabalho de depuração formal. Sophia é
um dos expoentes de uma poesia onde o culto das técnicas de expressão só em
função daquela busca e sua simultânea celebração ganha sentido, nunca enquanto
mera representação do real como acontecera com a geração precedente que deu
corpo ao ideal neo-realista, nem como mero jogo de intuições poéticas
imediatas, como o foi em grande parte a poesia surrealista que igualmente se
afirmou por esses anos. Nesse sentido, esta é, no seu equilíbrio de conceitos e
procedimentos, uma poesia naturalmente humana e por isso clássica no seu modo
de ser moderna.
Sophia fotografada por Fernando Lemos, no jardim da casa da Travessa das Mónicas, anos 50 |
Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a
linguagem poética de Sophia de Mello Breyner denota uma sólida cultura
clássica, onde se inscreve a sua paixão pela cultura grega como referente quase
sempre presente e onde a relação do signo com o mundo circundante é uma relação
de transparência e luminosidade. O ritmo, a construção melódica é expressão
desse equilíbrio como o é da tensão — que por isso deixa de o ser — entre a
vocação pura, emocional, e o seu modo reflectido, contido, de se escrever. A
inspiração poética confunde-se, por outro lado, em Sophia, com o registo e o
canto das coisas lisas e essenciais, um registo de imanência, e isso lhe
confere uma espécie de magia. Luz, verticalidade e magia estão, aliás, quase
sempre presentes na obra de Sophia: quer na obra poética, quer na importante
obra para crianças que, inicialmente destinada aos seus cinco filhos,
rapidamente se transformou num clássico da literatura infantil em Portugal,
marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como O Rapaz de
Bronze, A Fada Oriana ou A Menina do Mar.
Sophia é ainda tradutora para português de Anunciação a
Maria, de Claudel, "Purgatório” da Commedia de Dante (com prefácio do
Prof. Vieira de Almeida), Hamlet e Muito Barulho por Nada, de Shakespeare,
Medeia, de Eurípedes, e Ser Feliz e Um Amigo, de Leit Kristianson; e traduziu
para francês poemas de Camões, Cesário Verde, Mário de Sá-Carneiro e Fernando
Pessoa.
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de julho de
2004, em Lisboa, e o seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional
precisamente a 2 de julho de 2014, 10 anos após o seu falecimento.
___
Fonte: CDAP - Casa Fernando Pessoa e Porto Editora
Dai-me a casa
vazia e simples onde a luz é preciosa. Dai-me a beleza intensa e nua do que é
frugal. Quero comer devagar e gravemente como aquele que sabe o contorno
carnudo e o peso grave das coisas.
Não quero possuir
a terra mas ser um com ela. Não quero possuir nem dominar porque quero ser:
esta é a necessidade.
Com veemência e
fúria defendo a fidelidade ao estar terrestre. O mundo do ter perturba e
paralisa e desvia em seus circuitos o estar, o viver, o ser. Dai-me a claridade
daquilo que é exactamente o necessário. Dai-me a limpeza de que não haja lucro.
Que a vida seja limpa de todo o luxo e de todo o lixo. Chegou o tempo da nova
aliança com a vida.
- Sophia de Mello Breyner Andresen,
"inédito" - sem data.
Sophia de Mello Breyner Andresen - foto Inês Gonçalves |
CRONOLOGIA VIDA E OBRA SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
1919 – Nasce a
6 de Novembro no Porto, onde passou a infância. Aos 3 anos, tem o primeiro
contacto com a poesia, quando uma criada lhe recita A Nau Catrineta, que
aprenderia de cor. Mesmo antes de aprender a ler, o avô ensinou-a a recitar
Camões e Antero.
1926 –
Frequenta o Colégio do Sagrado Coração de Maria, no Porto, até aos 17 anos.
Primeiro semi-interna, depois externa. Tem professores marcantes, como a D.
Carolina (de Português). E, apesar da pouca estima por disciplinas como
Matemática e Química, nunca chumbou. Aos doze anos escreve os primeiros poemas.
Entre os 16 e os 23 tem uma fase excepcionalmente fértil na sua produção
poética
1936 – Estuda
Filologia Clássica, na Faculdade de Letras de Lisboa, mas não leva a
licenciatura até ao fim. Três anos depois, regressa ao Porto, onde vive até
casar com Francisco Sousa Tavares, altura em que se muda definitivamente para
Lisboa. Tem cinco filhos
1944 – Publica
o primeiro livro, Poesia, uma edição de autor de 300 exemplares, paga pelo pai,
que sairia em Coimbra por diligência de um amigo: Fernando Vale. Em 1975 seria
reeditado pela Ática. Este livro é uma escolha, que integra alguns poemas
escritos com 14 anos. E o início de um fulgurante percurso poético e não só.
Publicaria também ficção, literatura para crianças e traduziu, nomeadamente, Dante
e Shakespeare;
Sophia de Mello Breyner Andresen (c. 1990) - foto (...) |
1947 – O Dia
do Mar, Ática;
1950 – Coral,
Livraria Simões Lopes;
1954 – No Tempo Dividido, Guimarães;
1956 – O Rapaz
de Bronze (literatura infantil), Minotauro;
1958 – Mar
Novo, Guimarães; A Menina do Mar (infantil), Figueirinhas; A Fada Oriana
(infantil), Figueirinhas. Escreve um ensaio sobre Cecília Meireles na «Cidade
Nova»;
1960 – Noite
de Natal (infantil), Ática. Publica o ensaio Poesia e Realidade, na «Colóquio
8»
1961 – O
Cristo Cigano, Minotauro;
1962 – Livro
Sexto, Salamandra, distinguido com o Grande Prémio de Poesia da Sociedade
Portuguesa de Escritores, em 1964; Contos Exemplares (ficção), Figueirinhas;
1964 – O
Cavaleiro da Dinamarca (infantil), Figueirinhas;
1967 –
Geografia, Ática;
1968 – A
Floresta (infantil), Figueirinhas; Antologia, Portugália, cuja 5ª edição (1985
– Figueirinhas) é prefaciada por Eduardo Lourenço;
1970 – Grades,
D. Quixote;
1972 – Dual,
Moraes;
1975 – Publica
o ensaio O Nu na Antiguidade Clássica, integrado em O Nu e a Arte, uma edição
dos Estúdios Cor. Deputada pelo Partido Socialista à Assembleia Constituinte. A
sua actividade político-partidária, não foi longa, mas ao longo da sua vida
sempre foi uma lutadora empenhada pelas causas da liberdade e justiça. Antes do
25 de Abril, pertence mesmo à Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos;
1977 – O Nome
das Coisas, Moraes, distinguido com o Prémio Teixeira de Pascoaes;
1983 –
Navegações (IN-CM), recebe o Prémio da Crítica do Centro Português da
Associação de Críticos Literários;
1984 –
Histórias da Terra e do Mar (ficção), Salamandra;
1985 – Árvore
(infantil), Figueirinhas;
1989 – Ilhas,
Texto, distinguido com os Prémios D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus e
Inasset-INAPA (1990);
1990 – Reúne
toda a sua obra em três Volumes, Obra Poética, com a chancela da Editorial
Caminho; é distinguida com o Grande Prémio de Poesia Pen Clube;
1992 – Grande
Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças;
1994 – Musa,
Caminho. Recebe Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores.
Publica Signo, um livro/disco com poemas lidos por Luís Miguel Sintra, uma
edição Presença/Casa Fernando Pessoa;
1995 – Placa
de Honra do Prémio Petrarca, atribuída em Itália
1996 –
Homenageada do Carrefour des Littératures, na IV Primavera Portuguesa de
Bordéus e da Aquitânia;
1998 – O Búzio
de Cós, Caminho, distinguido com o Prémio da Fundação Luís Míguel Nava;
1999 – Prémio
Camões;
2004 – Sophia
de Mello Breyner Andresen morreu a 2 de Julho de 2004.
___
“A poesia é das raras atividades humanas que, no tempo atual, tentam salvar uma certa espiritualidade. A poesia não é uma espécie de religião, mas não há poeta, crente ou descrente, que não escreva para a salvação da sua alma – quer a essa alma se chame amor, liberdade, dignidade ou beleza.”
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em “JL 709” de 17/12/97.
PRÉMIOS
Busto de Sophia de Mello Breyner Andresen, por António Duarte |
1964 - Grande
Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores (pela obra Livro Sexto)
1977 - Prémio
Teixeira de Pascoaes (pelo livro O Nome das Coisas);
1979 – Medalha
de Verneil da Societé de Encouragement au Progrés, de França;
1983 - Prémio
da Crítica, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos
Literários (pelo conjunto da obra);
1989 - Prémio
D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus (pelo livro Ilhas);
1990 - Grande
Prémio de Poesia Inasset / Inapa (pelo livro Ilhas);
1990 - Grande
Prémio de Poesia do Pen Club (pelo livro Ilhas)
1992 - Grande
Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças (pelo conjunto da obra);
1994 - Prémio
cinquenta anos de Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores;
1995 - Placa
de Honra do Prémio Francesco Petrarca, Pádua, Itália;
1998 - Prémio
da Fundação Luís Miguel Nava (pelo livro O Búzio de Cós e Outros Poemas);
1999 - Prémio
Camões, (pelo conjunto da obra)
2000 - Prémio
Rosalia de Castro, do Pen Clube Galego;
2001 - Prémio
Max Jacob Étranger;
2003 - Prémio
Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana.
Por que será que
não há ninguém no mundo
Só encontrei
distância e mar
Sempre sem corpo
os nomes ao soar
E todos a
contarem o futuro
Como se fosse o
único presente
Olhos criavam
outras as imagens
Quebrando em dois
o amor insuficiente
Eu nunca pedi
nada porque era
Completa a minha
esperança
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "No tempo
dividido", 1954.
CONDECORAÇÕES
1981 - Grau de
Grã Oficial da Ordem de Sant'iago da Espada (9 de Abril de 1981);
1987 - Grã
Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (13 de Fevereiro de 1987);
1998 – Grã
Cruz da Ordem de Sant'iago da Espada (6 de Junho de 1998).
** Fonte: Ordens Honoríficas Portuguesas
"A poesia
de 'Sophia de Mello Breyner Andresen é (…) uma das vozes mais nobres da poesia
portuguesa do nosso tempo. Entendamos, por sob a música dos seus versos, um
apelo generoso, uma comunhão humana, um calor de vida, uma franqueza rude no
amor, um clamor irredutível de liberdade – aos quais, como o poeta ensina,
devemos erguer-nos sem compromissos nem vacilações."
- Jorge de Sena, "Alguns Poetas de 1938"
in Colóquio: Revista de Artes e Letras, nº 1, Janeiro de 1959.
Como é estranha a minha liberdade
As coisas
deixam-me passar
Abrem alas de
vazio p’ra que eu passe
Como é estranho
viver sem alimento
Sem que nada em
nós precise ou gaste
Como é estranho
não saber
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "No tempo
dividido", 1954.
BIOGRAFIA DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Poesia
:: Poesia. 1ª ed., 1944,
Coimbra, Edição da Autora • 2ª ed., 1959, Lisboa, Edições Ática • 3ª ed., Poesia I, 1975, Lisboa, Edições Ática • 4ª
ed., revista, 2003, Lisboa, Editorial Caminho • 5ª ed., revista, 2005, Lisboa,
Editorial Caminho • 6ª ed., 2007, Lisboa, Editorial Caminho • 1ª edição na
Assírio & Alvim (7ª ed.), Lisboa, 2013, prefácio de Pedro Eiras.
:: Dia do mar. 1ª ed., 1947,
Lisboa, Edições Ática • 2ª ed., 1961, Lisboa, Edições Ática • 3ª ed., 1974,
Lisboa, Edições Ática • 4ª ed., revista, 2003, Lisboa, Editorial Caminho • 5ª
ed., revista, 2005, Lisboa, Editorial Caminho • 6ª ed., 2010, Alfragide,
Editorial Caminho • 1ª edição na Assírio & Alvim (7ª ed.), Lisboa, 2014,
prefácio de Gastão Cruz.
Retrato de Sophia, desenho de Arpad Szenes (1958) [Coleção Família SMBA] |
:: Coral. 1ª ed., 1950, Porto,
Livraria Simões Lopes • 2ª ed., s/d [c. 1979], Lisboa, Portugália Editora • 3ª
ed., s/d [c. 1980], Lisboa, Portugália Editora, ilustrações de José Escada • 4ª
ed., revista, 2003, Lisboa, Editorial Caminho • 5ª ed., revista, 2005, Lisboa,
Editorial Caminho • 1ª edição na Assírio & Alvim (6ª ed.), Lisboa, 2013,
prefácio de Manuel Gusmão.
:: No tempo dividido. 1ª ed.,
1954, Lisboa, Guimarães Editores • 2ª ed., 1985, in No
Tempo Dividido e Mar Novo,
Lisboa, Edições Salamandra, ilustrações de Arpad Szenes • 3ª ed., revista, 2003,
Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., revista, 2005, Lisboa, Editorial Caminho •
1ª edição na Assírio & Alvim (5ª ed.), Lisboa, 2013, prefácio de Frederico
Bertolazzi.
:: Mar novo. 1ª ed., 1958,
Lisboa, Guimarães Editores • 2ª ed., 1985, in No Tempo Dividido e Mar Novo,
Lisboa, Edições Salamandra, ilustrações de Arpad Szenes • 3ª ed., revista,
2003, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., revista, 2005, Lisboa, Editorial
Caminho • 1ª edição na Assírio & Alvim (5ª ed.), Lisboa, 2013, prefácio de
Fernando J.B. Martinho.
:: O cristo cigano. 1ª ed., O
Cristo Cigano ou A Lenda do Cristo Cachorro, 1961, Lisboa, Minotauro,
ilustrações de Júlio Pomar • 2ª ed., 1978, Lisboa, Moraes Editores, ilustração
de José Escada • 3ª ed., revista, 2003, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed.,
revista, 2005, Lisboa, Editorial Caminho • 1ª edição na Assírio & Alvim (5ª
ed.), Lisboa, 2014, prefácio de Rosa Maria Martelo.
:: Livro sexto. 1ª ed., 1962,
Lisboa, Livraria Morais Editora • 2ª ed., 1964, Lisboa, Livraria Morais Editora
• 3ª ed., 1966, Lisboa, Livraria Morais Editora • 4ª ed., 1972, Lisboa, Moraes
Editores • 5ª ed., 1976, Lisboa, Moraes Editores • 6ª ed., 1985, Lisboa,
Edições Salamandra • 7ª ed., revista, 2003, Lisboa, Editorial Caminho • 8ª ed.,
revista, 2006, Lisboa, Editorial Caminho.
:: Geografia. 1ª ed., 1967,
Lisboa, Edições Ática • 2ª ed., 1972, Lisboa, Edições Ática • 3ª ed., 1990,
Lisboa, Edições Salamandra, ilustrações de Xavier Sousa Tavares • 4ª ed.,
revista, 2004, Lisboa, Editorial Caminho.
Sophia Mello Breyner Andersen. por Carlos Botelho |
:: Antologia. 1ª ed., 1968,
Lisboa, Portugália Editora • 2ª ed., 1970, Lisboa, Moraes Editores • 3ª ed.,
1975, Lisboa, Moraes Editores • 4ª ed., 1978, Lisboa, Moraes Editores, prefácio
de Eduardo Lourenço • 5ª ed., 1985, Porto, Figueirinhas.
:: Grades. [Antologia de Poemas
de Resistência], 1970, Lisboa, Publicações Dom Quixote.
:: 11 Poemas. 1971, Lisboa,
Movimento.
:: Poemas de um livro destruído.
1972, in Fevereiro — Textos de Poesia, Lisboa. (Incluído em No Tempo Dividido,
a partir da 2ª ed.).
:: Dual. 1ª ed., 1972, Lisboa, Moraes Editores • 2ª
ed., 1977, Lisboa, Moraes Editores • 3ª ed., 1986, Lisboa, Edições Salamandra •
4ª ed., revista, 2004, Lisboa, Editorial Caminho.
:: O nome das coisas. 1ª ed.,
1977, Lisboa, Moraes Editores • 2ª ed., 1986, Lisboa, Edições Salamandra • 3ª
ed., revista, 2004, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., revista, 2006, Lisboa,
Editorial Caminho.
:: Poemas escolhidos. 1981,
Lisboa, Círculo de Leitores.
:: Navegações. 1ª ed., versão
inglesa de Ruth Fainlight, versão francesa de Joaquim Vital, 1983, Lisboa,
Imprensa Nacional-Casa da Moeda, «Musarum officia», com um disco gravado pela
Autora • 2ª ed., 1996, Lisboa, Editorial Caminho • 3ª ed., 1996, Lisboa,
Editorial Caminho • 4ª ed., revista, 2004, Lisboa, Editorial Caminho.
:: O sol o muro o mar. 1984,
Lisboa. Portfolio com seis fotografias de Eduardo Gageiro. (Incluído em Ilhas.)
:: Ilhas. 1ª ed., 1989, Lisboa,
Texto Editora, ilustração de Xavier Sousa Tavares • 2ª ed., 1990, Lisboa, Texto
Editora • 3ª ed., 1992, Lisboa, Texto Editora, ilustração de Xavier Sousa
Tavares • 4ª ed., 2001, Lisboa, Texto Editora • 5ª ed., revista, 2004, Lisboa,
Editorial Caminho.
:: Obra poética I. 1ª ed., 1990,
Lisboa, Editorial Caminho • 2ª ed., 1991, Lisboa, Editorial Caminho • 3ª ed.,
1995, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., 1998, Lisboa, Editorial Caminho • 5ª
ed., 1999, Lisboa, Editorial Caminho • 6ª ed., 2001, Lisboa, Editorial Caminho.
:: Obra poética II.
1ª ed., 1991, Lisboa, Editorial Caminho • 2ª ed., 1995, Lisboa, Editorial
Caminho • 3ª ed., 1998, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., 1999, Lisboa,
Editorial Caminho.
:: Obra poética III. 1ª ed.,
1991, Lisboa, Editorial Caminho • 2ª ed., 1996, Lisboa, Editorial Caminho • 3ª
ed., 1999, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., 2001, Lisboa, Editorial Caminho.
Retrato de Sophia, por Menez (s/data) [Coleção Família SMBA |
:: Singraduras. 1991, Lisboa,
Galeria 111, com seis gravuras de David de Almeida. (Poema VI de «As Ilhas»,
incluído em Navegações.)
:: Obra poética I e Obra poética II,
1992, Lisboa, Círculo de Leitores.
:: Musa. 1ª ed., 1994, Lisboa,
Editorial Caminho • 2ª ed., 1995, Lisboa, Editorial Caminho • 3ª ed., 1997,
Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., 2001, Lisboa, Editorial Caminho • 5ª ed.,
revista, 2004, Lisboa, Editorial Caminho.
:: Signo (escolha de poemas), 1ª
ed 1994, Lisboa, Editorial Presença/Casa Fernando Pessoa (inclui um CD com
poemas ditos por Luís Miguel Cintra).
:: Ilhas.
[Poemas escolhidos/Islands — Selected poems]. 1995, Lisboa, Texto Editora/Expo’
98, versão inglesa de Richard Zenith, fotografias de Daniel Blaufuks.
:: O búzio de cós e outros poemas.
1ª ed., 1997, Lisboa, Editorial Caminho • 2ª ed., 1998, Lisboa, Editorial
Caminho • 3ª ed., 1999, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., 2002, Lisboa,
Editorial Caminho • 5ª ed., revista, 2004, Lisboa, Editorial Caminho.
:: Mar. [Antologia organizada
por Maria Andresen de Sousa Tavares], 1ª ed., 2001, Lisboa, Editorial Caminho •
2ª ed., 2001, Lisboa, Editorial Caminho • 3ª ed., 2001, Lisboa, Editorial
Caminho • 4ª ed., 2002, Lisboa, Editorial Caminho • 5ª ed., revista e
aumentada, 2004, Lisboa, Editorial Caminho • 6ª ed., 2006, Lisboa, Editorial
Caminho • 7ª ed., 2009, Alfragide, Editorial Caminho.
:: Orpheu e Eurydice. 2001,
Lisboa, Galeria 111, ilustrações de Graça Morais.
:: Cem poemas de Sophia. 1ª ed.,
2004, Lisboa, Visão/JL — Jornal de Letras, Artes e Ideias, selecção e
introdução de José Carlos de Vasconcelos.
:: Obra poética. (edição de
Carlos Mendes de Sousa), 1ª ed., 2010, Alfragide, Editorial Caminho • 2ª ed.,
2011, Alfragide, Editorial Caminho.
:: Poemas sobre Pessoa.
[Antologia organizada por Maria Andresen de Sousa Tavares], 1ª ed., 2012,
Alfragide, Editorial Caminho.
:: Obra Poética: Sophia de Mello Breyner Andresen (o livro reúne toda a poesia, incluindo parte de inéditos).. [prefácio Maria Andresen Sousa Tavares]. Lisboa: editora Assírio & Alvim, 2015.
:: Obra Poética: Sophia de Mello Breyner Andresen (o livro reúne toda a poesia, incluindo parte de inéditos).. [prefácio Maria Andresen Sousa Tavares]. Lisboa: editora Assírio & Alvim, 2015.
Prosa
Busto de Sophia em bronze, deMartins Correia, (195?).. [Coleção Família SMBA] |
:: Contos exemplares. 1ª ed.,
1962, Lisboa, Livraria Morais Editora • 2ª ed., 1966, Lisboa, Portugália
Editora • 3ª ed., 1970, Lisboa, Portugália Editora, prefácio de D. António
Ferreira Gomes • 11ª ed., 1982, Porto, Figueirinhas, desenho de Carlos
Natividade Corrêa • 35ª ed., 2004, Porto, Figueirinhas • 37ª ed., 2010, Porto,
Figueirinhas • 1ª edição na Porto Editora, Porto, 2013, ilustrações de João
catarino • 1ª edição na Assírio & Alvim (39ª ed.), Lisboa, 2014, prefácio
de Frederico Bertolazzi.
:: Os três reis do oriente. 1ª
ed., 1965, Lisboa, Estúdios Cor, ilustrações de Manuel Lapa • 2ª ed., s/d
[1980], Lisboa, Galeria S. Mamede/Portugália Editora, ilustrações de Francisco
Relógio • 3ª ed., s/d [2004], Porto, Figueirinhas, ilustrações de Fedra Santos.
(Incluído em Contos Exemplares, a partir da 3ª ed.) • 1ª edição na Porto
Editora, Porto, 2013, ilustrações de Fátima Afonso.
:: A casa do mar. Lisboa,
Galeria S. Mamede, 1979, ilustrações de Maria Helena Vieira da Silva. (Incluído
em Histórias da Terra e do Mar.)
:: Histórias da terra e do mar.
1ª ed., 1984, Lisboa, Edições Salamandra • 2ª ed., 1984, Lisboa, Edições
Salamandra • 3ª ed., 1989, Lisboa, Texto Editora • 21ª ed., 2002, Lisboa, Texto
Editora • reed., 2006, Porto, Figueirinhas • 1ª edição na Porto Editora, Porto,
2013, ilustrações de Jorge Nesbitt • 1ª edição na Assírio & Alvim (23ª
ed.), Lisboa, 2013, prefácio de Gustavo Rubim.
:: O carrasco. As Escadas não
Têm Degraus, n.º 5, 1991, Lisboa, Edições Cotovia.
:: Era uma vez uma praia atlântica.
1997, Lisboa, Expo’ 98.
:: Leitura no comboio. e O cego.
Colóquio/Letras, n.º 159-160, Janeiro-Junho de 2002, ilustrações de Tiago
Manuel.
:: O
anjo de Timor. 2003, Marco de Canaveses, Cenateca, Associação
Teatro e Cultura, ilustrações de Graça Morais.
:: Quatro contos dispersos. ed.
de Maria Andresen Sousa Tavares, 2008, Porto, Figueirinhas, ilustração de Diogo
Vaz. 1.ª edição na Porto Editora, Porto, 2012, ilustrações de João Caetano.
Contos para crianças
:: A menina do mar. 1ª ed.,
1958, Lisboa, Edições Ática, ilustrações de Sarah Affonso • 2ª ed., 1961,
Lisboa, Editorial Aster, ilustrações de Fernando de Azevedo • 3ª ed., 1972,
Porto, Figueirinhas, ilustrações de Armando Alves • 7ª ed., 1977, Porto,
Figueirinhas, ilustrações de Luís Noronha da Costa • 41ª ed., 2002, Porto,
Figueirinhas • ed. de Maria Andresen de Sousa Tavares, 2009, Porto,
Figueirinhas • 1ª edição na Porto Editora, Porto, 2012, ilustrações de Fernanda
Fragateiro.
Desenho de Júlio, 1941 [Coleção Família SMBA] (irmão de José Régio) |
:: A fada oriana. 1ª ed., 1958,
Lisboa, Edições Ática, ilustrações de Bió, capa de Quito sobre quadro de Nuno
de Siqueira • 2ª ed., 1964, Lisboa, Edições Ática • 3ª ed., s/d [c. 1972],
Lisboa, Edições Ática, ilustrações de Luís Noronha da Costa • 7ª ed., 1982,
Porto, Figueirinhas, ilustrações de Natividade Corrêa • 34ª ed., 2002, Porto,
Figueirinhas • 1ª edição na Porto Editora, Porto, 2012, ilustrações de Teresa
Calem.
:: A noite de natal. 1ª ed.,
1959, Lisboa, Edições Ática, ilustrações de Maria Keil • 2ª ed., s/d [1972],
Lisboa, Edições Ática, ilustrações de José Escada • 3ª ed., 1983, Lisboa,
Edições «O Jornal», ilustrações de José Escada • 4ª ed., 1989, Porto,
Figueirinhas, ilustrações de Júlio Resende.
:: O cavaleiro da Dinamarca. 1ª
ed., 1964, Porto, Figueirinhas, ilustrações de Armando Alves • 56ª ed., 2001,
Porto, Figueirinhas.
:: O rapaz de bronze. 1ª ed.,
1966, Lisboa, Minotauro, ilustrações de Fernando de Azevedo • 2ª ed., 1972,
Lisboa, Moraes Editores • ed. da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia
de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, 1977 (Moraes Editores),
ilustrações da colecção particular da Autora • 5ª ed., 1978, Lisboa, Moraes
Editores, ilustrações de Natividade Corrêa • 7ª ed., 1983, Lisboa, Moraes
Editores ilustração da capa de Vitorino Martins • 9ª ed., 1990, Lisboa, Edições
Salamandra, ilustrações de Júlio Resende • 19ª ed., 1994, Lisboa, Edições
Salamandra • reimpressão, 2006, Porto, Figueirinhas • 1ª edição na Porto
Editora, Porto, 2013, ilustrações de Inês de Carmo.
:: A floresta. 1ª ed., 1968,
Porto, Figueirinhas, ilustrações de Armando Alves • 23ª ed., 1995, Porto,
Figueirinhas, ilustrações de Teresa Olazabal Cabral • 35ª ed., 2003, Porto,
Figueirinhas. 1ª ed. na Porto Editora, Porto, 2013, ilustrações de Sofia Arez.
:: A árvore. 1ª ed., 1985,
Porto, Figueirinhas • 13ª ed., 2002, Porto, Figueirinhas. 1ª edição na Porto
Editora, Porto, 2013, ilustrações de Teresa Lima.
:: A cebola da velha avarenta. in:
A Antologia diferente — de que são feitos
os sonhos, organização de Luísa Ducla Soares, 1986, Porto, Areal Editores,
ilustração de Vítor Simões.
:: Os ciganos. [edição especial]..
(Sophia de Mello Breyner Andresen, Pedro Sousa Tavares). 1ª edição, 2012,
Porto, Porto Editora, ilustrações de Danuta Wojciechowska.
:: Os ciganos. (Sophia de Mello
Breyner Andresen, Pedro Sousa Tavares). 1ª edição, 2012, Porto, Porto Editora,
ilustrações de Danuta Wojciechowska.
Teatro
Retrato Sophia, desenho de Arpad Szenes (195?) [Coleção Família SMBA] |
:: O bojador. 1ª ed., s/d
[1961], Lisboa, separata da Escola Portuguesa, Direção-Geral do Ensino Primário
• 2ª ed., 2000, Lisboa, Editorial Caminho, ilustrações de Henrique Cayatte • 3ª
ed., 2006, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., 2007, Lisboa, Editorial Caminho
• 5ª ed., 2009, Lisboa, Editorial Caminho.
:: O colar. 1ª ed., 2001,
Lisboa, Editorial Caminho • 2ª ed., revista, 2002, Lisboa, Editorial Caminho •
3ª ed., 2005, Lisboa, Editorial Caminho • 4ª ed., 2006, Lisboa, Editorial
Caminho • 5ª ed., 2008, Alfragide, Editorial Caminho • 6ª ed., 2009, Lisboa,
Editorial Caminho • 1ª edição na Porto Editora, Porto, 2012, ilustrações de
Daniel Silvestre da Silva • 2ª edição, 2013, Porto, Porto Editora, ilustrações
de João Catarino. • 1ª edição na Assírio & Alvim (9ª ed.), Lisboa, 2013,
prefácio de Luis Miguel Cintra.
Ensaios (seleção)
:: A poesia de Cecília Meireles.
Cidade Nova — Revista de Cultura, IV Série, n.º 6, 1956.
:: Poesia e realidade. Colóquio —
Revista de Artes e Letras, n.º 8, 1960.
:: Hölderlin ou o lugar do poeta.
Jornal de Comércio, 30 de Dez. 1967.
:: Caminhos da divina comédia. Diário de
Lisboa, 13 de Maio e 1 de Julho de 1965 • republicado em Ler — Livros &
Leitores, n.º 58, Primavera de 2003, ilustrações de Tiago Manuel.
:: O nu na antiguidade clássica. 1ª ed.,
1975, in O Nu e a Arte, Lisboa,
Estúdios Cor • 2ª ed., s/d [c. 1979], Lisboa, Portugália
Editora • 3ª ed., 1992, Lisboa, Editorial Caminho.
Antologias organizadas pela autora
:: Poesia sempre I. (em colaboração com Alberto de Lacerda). s/d [1964], Lisboa, Livraria Sampedro Editora.
:: Poesia sempre II. s/d [1964], Lisboa, Livraria Sampedro Editora.
:: Primeiro livro de poesia. 1ª ed., 1991, Lisboa, Editorial Caminho, ilustrações de Júlio Resende • 11ª ed., 2008, Alfragide, Editorial Caminho.
Passagem
O êxtase do ar e
a palavra do vento
Povoaram de ti
meu pensamento.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Mar
novo", 1958.
Traduções realizadas pela autora
por Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia de Mello Breyner Andresen |
:: A vida quotidiana no tempo de Homero
(Émile Mireaux), 1ª ed., s/d [c.1957], Lisboa, Livros do Brasil • 3ª ed., s/d
[1979], Lisboa, Livros do Brasil.
:: A anunciação a Maria (Paul
Claudel), s/d [1960], Lisboa, Editorial Aster.
:: O purgatório (Dante), 1ª ed.,
1962, Lisboa, Minotauro, ilustrações de J. Pomar, L. Freitas, L. F. Abreu, M.
Keil, C. C. Pinto, F. Azevedo, C. Botelho, J. Júlio, A. Jorge, Menez, J. A.
Manta, A. Charrua • 2ª ed., 1981, Lisboa, Círculo de Leitores.
:: Muito barulho por nada
(William Shakespeare), 1964 (inédito).
:: Hamlet (William Shakespeare) [1965]; 1ª
ed., 1987, Porto, Lello & Irmão Editores.
:: Quatre Poètes Portugais — Camões, Cesário
Verde, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa . [tradução e apresentação de Sophia de Mello
Breyner Andresen]. 1ª ed., 1970, Paris, Presses Universitaires de France e
Fundação Calouste Gulbenkian — Centre Culturel Portugais • 2ª ed., 1979, Paris,
Presses Universitaires de France e Fundação Calouste Gulbenkian — Centre
Culturel Portugais.
:: Ser feliz (Leif
Kristiansson), 1ª ed., 1973, Lisboa, Editorial Presença • 6ª ed., 1997, Lisboa,
Editorial Presença.
:: Um amigo (Leif Kristiansson),
1ª ed., 1973, Lisboa, Editorial Presença • 11ª ed., 2001, Lisboa, Editorial
Presença.
:: Medeia (Eurípides), 2006,
Lisboa, Editorial Caminho, prefácio de Frederico Lourenço.
____
*Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal
Sozinha caminhei
no labirinto
Aproximei meu
rosto do silêncio e da treva
Para buscar a luz
dum dia limpo
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Livro sexto",
1962.
OBRA DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN PUBLICADO NO
BRASIL
:: Poemas escolhidos. Sophia de Mello Breyner Andresen.
[seleção e prefácio Vilma Arêas; capa Moema Cavalcanti]. São Paulo: Companhia
das Letras, 2004, 288p.
A voz sobe os
últimos degraus
Oiço a palavra
alada impessoal
Que reconheço por
já não ser minha
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Último
poema de Ilhas", 1989.
Sophia de Mello Breyner Andresen - foto: (...) |
POESIA ESCOLHIDA DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
A Hera
Mar
Metade da minha
alma é feita de maresia
- Sophia de Mello Breyner Andresen (5/1997), em "Poesia
I", 1975.
A solidão
I
A noite abre os
seus ângulos de lua
E em todas as
paredes te procuro
A noite ergue as
suas esquinas azuis
E em todas as
esquinas te procuro
A noite abre as
suas praças solitárias
E em todas as
solidões eu te procuro
Ao longo do rio a
noite acende as suas luzes
Roxas verdes
azuis.
Eu te procuro.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Cristo
Cigano", 1961.
As casas
Há sempre um deus
fantástico nas Casas
Em que eu vivo, e
em volta dos meus passos
Eu sinto os
grandes anjos cujas asas
Contêm todo o
vento dos espaços.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Dia do
mar", 1947.
As fontes
Um dia quebrarei
todas as pontes
Que ligam o meu
ser, vivo e total,
À agitação do
mundo do irreal,
E calma subirei
até às fontes.
Irei até às fontes
onde mora
A plenitude, o
límpido esplendor
Que me foi
prometido em cada hora,
E na face
incompleta do amor.
Irei beber a luz
e o amanhecer,
Irei beber a voz
dessa promessa
Que às vezes como
um voo me atravessa,
E nela cumprirei
todo o meu ser
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
As imagens
transbordam
As imagens
transbordam fugitivas
E estamos nus em
frente às coisas vivas.
Que presença
jamais pode cumprir
O impulso que há
em nós, interminável,
De tudo ser e em
cada flor florir?
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Dia do
mar", 1947.
As rosas
Quando à noite
desfolho e trinco as rosas
É como se
prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das
noites transparentes,
Todo o fulgor das
tardes luminosas,
O vento bailador
das Primaveras,
A doçura amarga
dos poentes,
E a exaltação de
todas as esperas.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Dia do
mar", 1947.
Biografia
Tive amigos que
morriam, amigos que partiam
Outros quebravam
o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era
fácil
Procurei-me na
luz, no mar, no vento.
- Sophia de Mello Breyner Andresen (5/1997), em "Mar
novo", 1958.
Brasília
[a Gelsa e Álvaro Ribeiro da Costa]
Brasília
Desenhada por
Lúcio Costa Niemeyer e Pitágoras
Lógica e lírica
Grega e
brasileira
Ecuménica
Propondo aos
homens de todas as raças
A essência
universal das formas justas
Brasília
despojada e lunar como a alma de um poeta muito jovem
Nítida como
Babilónia
Esguia como um
fuste de palmeira
Sobre a lisa
página do planalto
A arquitectura
escreveu a sua própria paisagem
O Brasil emergiu
do barroco e encontrou o seu número
No centro do
reino de Ártemis
— Deusa da
natureza inviolada —
No extremo da
caminhada dos Candangos
No extremo da
nostalgia dos Candangos
Athena ergueu sua
cidade de cimento e vidro
Athena ergueu sua
cidade ordenada e clara como um pensamento
E há no
arranha-céus uma finura delicada de coqueiro
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em
"Geografia", 1967.
Sophia na casa da Travessa das Mónicas, 1964 foto: Eduardo Gageiro |
Canção 2
Clara uma canção
Rente à noite
calada
Cismo sem atenção
Com a alma velada
A vida
encontrei-a
Tão desencontrada
Embora a lua
cheia
E a noite
extasiada
A vida mostrou-se
Caminho de nada
Embora brilhasse
Lua sobre a
estrada
Como se a beleza
Da lua ou do mar
Nada mais
quisesse
Que o próprio
brilhar
Por esta razão
Sem riso nem
pranto
Neste sem sentido
Se rompe o
encanto
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em
"Ilhas", 1989.
Como uma flor
vermelha
À sua passagem a
noite é vermelha,
E a vida que
temos parece
Exausta, inútil,
alheia.
Ninguém sabe onde
vai nem donde vem,
Mas o eco dos
seus passos
Enche o ar de
caminhos e de espaços
E acorda as ruas
mortas.
Então o mistério
das coisas estremece
E o desconhecido
cresce
Como uma flor
vermelha.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
Enquanto longe
divagas
I
Enquanto longe
divagas
E através de um
mar desconhecido esqueces a palavra
- Enquanto vais à
deriva das correntes
E fugitivo
perseguido por inomeadas formas
A ti próprio te
buscas devagar
- Enquanto
percorres os labirintos da viagem
E no país de
treva e gelo interrogas o mudo rosto das
[sombras
- Enquanto
tacteias e duvidas e te espantas
E apenas como um
fio te guia a tua saudade da vida
Enquanto navegas
em oceanos azuis de rochas negras
E as vozes da
casa te invocam e te seguem
Enquanto
regressas como a ti mesmo ao mar
E sujo de algas
emerges entorpecido e como drogado
- Enquanto
naufragas e te afundas e te esvais
E na praia que é
teu leito como criança dormes
E devagar devagar
a teu corpo regressas
Como jovem touro
espantado de se reconhecer
E como jovem
toiro sacodes o teu cabelo sobre os olhos
E devagar
recuperas tua mão teu gesto
E teu amor das
coisas sílaba por sílaba
II
O meu amor da
vida está paralisado pelo teu sono
É como árvore no
ar veloz detida
Tudo em mim se
cala para escutar o chão do teu regresso
III
Pois no ar
estremece a tua alegria
- Tua jovem
rijeza de arbusto –
A luz espera teu
perfil teu gesto
Teu ímpeto tua
fuga e desafio
Tua inteligência
tua argúcia teu riso
Como ondas do mar
dançam em mim os pés do teu regresso
- Sophia de Mello Breyner Andresen (6/1974), em
"O nome das coisas", 1977.
Escuto
Escuto mas não
sei
Se o que oiço é
silêncio
Ou Deus
Escuto sem saber
se estou ouvindo
O ressoar das
planícies do vazio
Ou a consciência
atenta
Que nos confins
do universo
Me decifra e fita
Apenas sei que
caminho como quem
É olhado amado e
conhecido
E por isso em
cada gesto ponho
Solenidade e
risco
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Geografia",
1967.
Esta gente
Às vezes luminoso
E outras vezes
tosco
Ora me lembra
escravos
Ora me lembra
reis
Faz renascer meu
gosto
De luta e de
combate
Contra o abutre e
a cobra
O porco e o
milhafre
Pois a gente que
tem
O rosto desenhado
Por paciência e
fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu
nome
E em frente desta
gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do
chão
E mais do que a
pedra
Humilhada e
calcada
Meus canto se
renova
E recomeço a
busca
Dum país liberto
Duma vida limpa
E dum tempo
justo.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Geografia",
1967.
Este búzio de Cós
Este búzio não o
encontrei eu própria numa praia
Mas na
mediterrânica noite azul e preta
Comprei-o em Cós
numa venda junto ao cais
Rente aos mastros
baloiçantes dos navios
E comigo trouxe o
ressoar dos temporais
Porém nele não
oiço
Nem o marulho de
Cós nem o de Egina
Mas sim o cântico
da longa vasta praia
Atlântica e
sagrada
Onde para sempre
minha alma foi criada
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "O búzio
de Cós" 1997.
Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais
obscura
Até o ar azul se
tornou grades
E a luz do sol se
tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de
amargura
Este é o tempo em
que os homens renunciam
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Mar
novo", 1958.
Sophia na casa da Travessa das Mónicas, 1964 foto: Eduardo Gageiro |
Eu busco o rastro
de alguém
Eu busco o rastro
de alguém
Que o mar
reflecte e contém.
Calma que
eterniza as suas horas,
Ou tumulto que
vibra
Nas marés
desesperadas e sonoras.
Eu busco o rastro
de alguém
Que ao meu
encontro vem
No sonho de cada
linha.
Alguém
Que no silêncio
dos pinhais caminha,
Rio correndo,
chama
Em tudo acesa.
Alguém que me
devasta e inflama
Me destrói e me
inunda de certeza.
Alguém que me
devora,
Ou infinitamente
longe me implora
Que venha.
Alguém que se
desenha
No perfil dos
montes
E sobe do fundo
da terra com as fontes.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1975.
Eu contarei
Eu contarei a
beleza das estátuas -
Seus gestos
imóveis ordenados e frios -
E falarei do
rosto dos navios
Sem que ninguém
desvende outros segredos
Que nos meus
braços correm como rios
E enchem de
sangue a ponta dos meus dedos.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "No tempo
dividido", 1954.
Eurydice
Este é o traço em
redor do teu corpo amado e perdido
Para que cercada
sejas minha
Este é o canto do
amor em que te falo
Para que
escutando sejas minha
Este é o poema –
engano do teu rosto
No qual busco a
abolição da morte.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "No tempo
dividido", 1954.
Exílio
Quando a pátria
que temos não a temos
Perdida por
silêncio e por renúncia
Até a voz do mar
se torna exílio
E a luz que nos
rodeia é como grades
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Livro sexto",
1962.
Felicidade
Pela flor pelo
vento pelo fogo
Pela estrela da
noite tão límpida e serena
Pelo nácar do
tempo pelo cipreste agudo
Pelo amor sem
ironia – por tudo
Que atentamente
esperamos
Reconheci a tua
presença incerta
Tua presença
fantástica e liberta
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Livro sexto",
1962.
Fundo do mar
No fundo do mar
há brancos pavores,
Onde as plantas
são animais
E os animais são
flores.
Mundo silencioso
que não atinge
A agitação das
ondas.
Abrem-se rindo
conchas redondas,
Baloiça o
cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil
braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram
os espaços.
Sobre a areia o
tempo poisa
Leve como um
lenço.
Mas por mais bela
que seja cada coisa
Tem um monstro em
si suspenso.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
Intacta memória
Intacta memória —
se eu chamasse
Uma por uma as
coisas que adorei
Talvez que a
minha vida regressasse
Vencida pelo amor
com que a lembrei.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "No tempo
dividido", 1954.
Ir beber-te
Ir beber-te num
navio de altos mastros
No mar alto
Ó grande noite
alucinada e pura,
Brilhante e
escura,
Bordada de
astros.
Para ti sobe a
minha inquietação e sobressalto,
O meu caos,
desilusão e agonia,
Pois trazes nos
teus dedos
A sombra, o
silêncio e os segredos,
A perfeição, a
pureza e a harmonia.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1975.
Iremos juntos
sozinhos pela areia
Iremos juntos
sozinhos pela areia
Embalados no dia
Colhendo as algas
roxas e os corais
Que na praia
deixou a maré cheia.
As palavras que
disseres e que eu disser
Serão somente as
palavras que há nas coisas
Virás comigo
desumanamente
Como vêm as ondas
com o vento.
O belo dia liso
como um linho
Interminável será
sem um defeito
Cheio de imagens
e conhecimento.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "No tempo
dividido", 1954.
Nunca mais
Nunca mais
Caminharás nos
caminhos naturais.
Nunca mais te
poderás sentir
Invulnerável,
real e densa -
Para sempre está
perdido
O que mais do que
tudo procuraste
A plenitude de
cada presença.
E será sempre o
mesmo sonho, a mesma ausência.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1975.
Sophia - foto: Fernando Lemos |
O jardim e a casa
Não se perdeu
nenhuma coisa em mim.
Continuam as
noites e os poentes
Que escorreram na
casa e no jardim,
Continuam as
vozes diferentes
Que intactas no
meu ser estão suspensas.
Trago o terror e
trago a claridade,
E através de
todas as presenças
Caminho para a
única unidade.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
O poema
O poema me levará
no tempo
Quando eu já não
for eu
E passarei
sozinha
Entre as mãos de
quem lê
O poema alguém o
dirá
Às searas
Sem passagem se
confundirá
Com o rumor do
mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais
concreto e mais atento
No ar claro nas
tardes transparentes
Suas sílabas
redondas
(Ó antigas ó
longas
Eternas tardes
lisas)
Mesmo que eu morra
o poema encontrará
Uma praias onde
quebrar as suas ondas
E entre quatro
paredes densas
De funda e
devorada solidão
Alguém seu
próprio ser confundirá
Com o poema no
tempo
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Livro sexto",
1962.
O sol o muro o
mar
O olhar procura
reunir um mundo
que foi
destroçado pelas fúrias.
Pequenas cidades:
muros caiados e recaiados para
manter intacto o
alvoroço do início.
Ruas metade ao
sol metade à sombra.
Janelas com as
portadas azuis fechadas: violento
azul sem nenhum rosto.
Lugares
despovoados, labirinto deserto: ausência
intensa como o
arfar de um toiro.
Exterior exposto
ao sol, senhor dos muros dos
pátios dos
terraços.
Obscuros
interiores rente à claridade, secretos e
atentos: silêncio
vigiando
o clamor do sol
sobre as pedras da calçada.
Diz-se que para
que um segredo não nos devore é
preciso dizê-lo
em voz alta no sol de um terraço
ou de um pátio.
Essa é a missão
do poeta: trazer para a luz e para
o exterior o
medo.
Muros sem nenhum
rosto morados por densas
ausências.
Não o homem mas
os sinais do homem, a sua arte
os seus hábitos,
o seu violento azul, o espesso
amarelo, a
veemência da cal.
Muro de taipa que
devagar se esboroa - tinta que
se despinta -
porta aberta para o pátio do chão
verde:soleira do
quotidiano onde a roupa seca e
espaço de teatro.
Mas também pórtico solene aberto
para a vida
sagrada do homem.
Muro branco que
se descaia e azula irisado de
manchas nebulosas
e sonhadoras.
A porta desenha
sua forma perfeita à medida do
homem: as cores
do cortinado de fitas contam a
nostalgia de uma
festa.
Lá dentro a
penumbra é fresca e vagarosa.
Nenhum rosto,
nenhum vulto.
As marcas do
homem contando a história do
homem.
No promontório o
muro nada fecha ou cerca.
Longo muro branco
entre a sombra do rochedo e
as lâmpadas das
águas.
No quadrado
aberto da janela o mar cintila coberto
de escamas e
brilhos como na infância.
O mar ergue o seu
radioso sorrir de estátua arcaica.
Toda a luz se
azula.
Reconhecemos
nossa inata alegria: a evidência do
lugar sagrado.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Ilhas",
1989.
Paisagem
Passavam pelo ar
aves repentinas,
O cheiro da terra
era fundo e amargo,
E ao longe as
cavalgadas do mar largo
Sacudiam na areia
as suas crinas.
Era o céu azul, o
campo verde, a terra escura,
Era a carne das
árvores elástica e dura,
Eram as gotas de
sangue da resina
E as folhas em
que a luz se descombina.
Eram os caminhos
num ir lento,
Eram as mãos
profundas do vento
Era o livre e
luminoso chamamento
Da asa dos
espaços fugitiva.
Eram os
pinheirais onde o céu poisa,
Era o peso e era
a cor de cada coisa,
A sua quietude,
secretamente viva,
E a sua exalação
afirmativa.
Era a verdade e a
força do mar largo,
Cuja voz, quando
se quebra, sobe,
Era o regresso
sem fim e a claridade
Das praias onde a
direito o vento corre.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
Poema
A minha vida é o
mar o Abril a rua
O meu interior é
uma atenção voltada para fora
O meu viver
escuta
A frase que de
coisa em coisa silabada
Grava no espaço e
no tempo a sua escrita
Não trago Deus em
mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o
real o mostrará
Não tenho
explicações
Olho e confronto
E por método é nu
meu pensamento
A terra o sol o
vento o mar
São minha
biografia e são meu rosto
Por isso não me
peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro
senão o mundo tenho
Não me peçam
opiniões nem entrevistas
Não me perguntem
datas nem moradas
De tudo quanto
vejo me acrescento
E a hora da minha
morte aflora lentamente
Cada dia
preparada
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Geografia",
1967.
Pudesse eu
Pudesse eu não
ter laços nem limites
Ó vida de mil
faces transbordantes
Para poder
responder aos teus convites
Suspensos na
surpresa dos instantes!
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
Quem és tu
Quem és tu que
assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar
branco dos caminhos,
Sob o rumor das
folhas inspiradas?
A perfeição nasce
do eco dos teus passos,
E a tua presença
acorda a plenitude
A que as coisas
tinham sido destinadas.
A história da
noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento
a tua juventude,
E o teu andar é a
beleza das estradas.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
Sacode as nuvens
Sacode as nuvens
que te poisam nos cabelos,
Sacode as aves
que te levam o olhar.
Sacode os sonhos
mais pesados do que as pedras.
Porque eu cheguei
e é tempo de me veres,
Mesmo que os meus
gestos te trespassem
De solidão e tu
caias em poeira,
Mesmo que a minha
voz queime o ar que respiras
E os teus olhos
nunca mais possam olhar.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em
"Coral", 1950.
Sinal de ti
I
Não darei o Teu
nome à minha sede
Sophia - foto: Joao Cutileiro |
De possuir os
céus azuis sem fim,
Nem à vertigem
súbita em que morro
Quando o vento da
noite me atravessa.
Não darei o Teu
nome à limpidez
De certas horas
puras que perdi,
Nem às imagens de
oiro que imagino
Nem a nenhuma
coisa que sonhei.
Pois tudo isso é
só a minha vida,
Exalação da
terra, flor da terra,
Fruto pesado,
leite e sabor.
Mesmo no azul
extremo da distância,
Lá onde as cores
todas se dissolvem,
O que me chama é
só a minha vida.
II
Tu não nasceste
nunca das paisagens,
Nenhuma coisa
traz o Teu sinal,
É Dionysos quem
passa nas estradas
E Apolo quem
floresce nas manhãs.
Não estás no
sabor nem na vertigem
Que as presenças
bebidas nos deixaram.
Não Te tocam os
olhos nem as almas,
Pois não Te vemos
nem Te imaginamos.
E a verdade dos
cânticos é breve
Como a dos
roseirais: exalação
Do nosso ser e
não sinal de Ti.
III
A presença dos
céus não é a Tua,
Embora o vento
venha não sei donde.
Os oceanos não
dizem que os criaste,
Nem deixas o Teu
rasto nos caminhos.
Só o olhar
daqueles que escolheste
Nos dá o Teu
sinal entre os fantasmas.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Poesia I",
1944.
Tolon
Um mar horizontal
corta os espelhos
E um sol de sal
cintila sobre a mesa
Habitamos o ar
livre rente ao dia
Rente ao fruto
rente ao vinho rente às águas
E sob o peso leve
da folhagem
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em
"Geografia", 1967.
Um dia
Um dia, mortos,
gastos, voltaremos
A viver livres
como os animais
E mesmo tão
cansados floriremos
Irmãos vivos do
mar e dos pinhais.
O vento levará os
mil cansaços
Dos gestos
agitados irreais
E há-de voltar
aos nossos membros lassos
A leve rapidez
dos animais.
Só então
poderemos caminhar
Através do
mistério que se embala
No verde dos
pinhais na voz do mar
E em nós
germinará a sua fala.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Dia do
mar", 1947.
Vela
Em redor da luz
A casa sai da
sombra
Intensamente
atenta
Levemente
espantada
Em redor da luz
A casa se
concentra
Numa espera densa
E quase silabada
Em redor da chama
Que a menor brisa
doma
E que um suspiro
apaga
A casa fica muda
Enquanto a noite
antiga
Imensa e exterior
Tece seus
prodígios
E ordena seus
milénios
De espaço e de
silêncio
De treva e de
esplendor
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Geografia",
1967.
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Escrita ao Texto], Público, 11 de Jun., 1998.
VASCONCELOS,
J. C.. Sophia: a luz dos versos.
Jornal da Letras, nº 468, 25 junho 1991, p. 8-11.
VASCONCELOS,
Maria Elizabeth de. A Harmonia da
Procura: a Obra de Sophia de Mello Breyner e seu Modelo Ciclo. (tese
mimeografada). Rio de Janeiro, Faculdade de Letras da Faculdade Federal do Rio
de Janeiro, 1980.
VECCHI,
Roberto. Pátria de Sophia de Mello
Breyner Andresen. In: Osvaldo Manuel Silvestre; Pedro Serra. (Org.). Século
de Ouro. Antologia crítica da poesia portuguesa do século XX.
Braga-Coimbra-Lisboa: Angelus Novus-Cotovia, 2002, v. , p. 257-262.
VIANNA,
Fernando Mendes. Sophia de Mello Breyner
Andresen. Revista do Livro ("Órgão do Instituto Nacional do
Livro/Ministério da Educação"), nº 13, Ano IV, Rio de Janeiro, 1959,
VIEIRA, Alice.
Sinónimo absoluto de poesia. Jornal
de Letras, 16 de Jun., 1999.
VIEIRA, Maria
Adelina. Arte Poética: Dom, Descrença e
Desafio de Horácio, Sá de Miranda e Sophia de M. B. Andresen. (Tese de
Mestrado). Braga, Universidade Católica Portuguesa, 1996.
VIVIAN, Ilse
Maria da Rosa. Sophia de Melo Breyner
Andresen: elementos culturais arcaicos em 'Poesia'(1944) e 'Dia do mar'(1947).
revista Idéias (UFSM), v. 9, p. 57-66, 1999.
XAVIER, Leonor.
Sophia de Mello Breyner Andresen. ‘O seu
olhar ensina o nosso olhar'. Máxima, Agosto, 1999.
Sophia com as filhas Maria e Sofia na Grécia, 1972 |
Era o tempo das
amizades visionárias
Entregues à
sombra à luz à penumbra
E ao rumor mais
secreto das ramagens
Era o tempo
extático das luas
Quando a noite se
azulava fabulosa e lente
Os dias como
harpas ressoavam
Era o tempo de
oiro das praias luzidias
Quando a fome de
tudo se acendia
- Sophia de Mello Breyner Andresen (7/1994), em
"O búzio de cós e outros poemas", 1997.
Ressurgiremos
Busto de Sophia, no Jardim Botânico do Porto |
Ressurgiremos
ainda sob os muros de Cnossos
E em Delphos
centro do mundo
Ressurgiremos
ainda na dura luz de Creta
Ressurgiremos ali
onde as palavras
São o nome das
coisas
E onde são claros
e vivos contornos
Na aguda luz de
Creta
Ressurgiremos ali
onde pedra estrela e tempo
São o reino do
homem
Ressurgiremos
para olhar para a terra de frente
Na luz limpa de
Creta
Pois convém
tornar claro o coração do homem
E erguer a negra
exactidão da cruz
Na luz branca de
Creta.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Livro
sexto", 1962.
A voz sobe os
últimos degraus
Oiço a palavra
alada impessoal
Que reconheço por
já não ser minha.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Último
poema de Ilhas", 1989.
Caminho da manhã
Vais pela estrada
que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o
silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a
curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas;
mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a
pesada mão do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima
e fresca. Até chegares às muralhas antigas da cidade que estão em ruínas. Passa
debaixo da porta e vai pelas pequenas ruas estreitas, direitas e brancas, até
encontrares em frente do mar uma grande praça quadrada e clara que tem no
centro uma estátua. Segue entre as casas e o mar até ao mercado que fica depois
de uma alta parede amarela. Aí deves parar e olhar um instante para o largo
pois ali o visível se vê até ao fim. E olha bem o branco, o puro branco, o
branco da cal onde a luz cai a direito. Também ali entre a cidade e a água não
encontrarás nenhuma sombra; abriga-te por isso no sopro corrido e fresco do
mar. Entra no mercado e vira à tua direita e ao terceiro homem que encontrares
em frente da terceira banca de pedra compra peixes. Os peixes são azuis e
brilhantes e escuros com malhas pretas. E o homem há-de pedir-te que vejas como
as suas guelras são encarnadas e que vejas bem como o seu azul é profundo e
como eles cheiram realmente, realmente a mar. Depois verás peixes pretos e
vermelhos e cor-de-rosa e cor de prata. E verás os polvos cor de pedra e as
conchas, os búzios e as espadas do mar. E a luz se tornará líquida e o próprio
ar salgado e um caranguejo irá correndo sobre uma mesa de pedra. À tua direita
então verás uma escada: sobe depressa mas sem tocar no velho cego que desce
devagar. E ao cimo da escada está uma mulher de meia idade com rugas finas e
leves na cara. E tem ao pescoço uma medalha de ouro com o retrato do filho que
morreu. Pede-lhe que te dê um ramo de louro, um ramo de orégãos, um ramo de
salsa e um ramo de hortelã. Mais adiante compra figos pretos: mas os figos não
são pretos: mas azuis e dentro são cor-de-rosa e de todos eles corre uma
lágrima de mel. Depois vai de vendedor em vendedor e enche os teus cestos de
frutos, hortaliças, ervas, orvalhos e limões. Depois desce a escada, sai do
mercado e caminha para o centro da cidade. Agora aí verás que ao longo das
paredes nasceu uma serpente de sombra azul, estreita e comprida. Caminha rente
às casas. Num dos teus ombros pousará a mão da sombra, no outro a mão do Sol.
Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada.
Lá dentro ficarás
ajoelhada na penumbra olhando o branco das paredes e o brilho azul dos
azulejos. Aí escutarás o silêncio. Aí se levantará como um canto o teu amor
pelas coisas visíveis que é a tua oração em frente do grande Deus invisível.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Livro
Sexto", 1962.
Partitura da autoria de Fernando Lopes Graça para o poema Pátria, de Sophia. [Acervo Fundo SMBA/BN] |
Na casa de Sophia poema de António Ramos Rosa - [Acervo Fundo SMBA/BN] |
Poema para a Sofia Andresen, de Eugénio de Andrade - [Acervo Fundo SMBA/BN] |
A estatua
Nas suas mãos a voz do mar dormia
Nos seus cabelos o vento se esculpia
A luz rolava entre seus braços frios
E nos seus olhos cegos e vazios
Boiava o rasto branco dos navios.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "No tempo dividido", 1954.
Estátua de Sophia de Mello Breyner Andresen, do escultor Francisco Simões no Parque dos Poetas em Oeiras (2003). |
Detalhe da estátua de Sophia , do escultor Francisco Simões |
O vazio desenhava
desde sempre a forma do teu rosto
Todas as coisas
serviram para nos ensinar
A ardente
perfeição da tua ausência.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, em "Geografia",
1967.
EDITORAS
"As coisas que passam ficam para sempre numa história exata."
- Sophia de Mello Breyner Andresen
REFERÊNCIAS E OUTRAS FONTES DE PESQUISA
Busto de Sophia em terracota António Duarte, [195..] Col. Família SMBA |
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© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Sophia de Mello Breyner Andresen - o navegar poético. Templo Cultural Delfos, julho/2014. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Que obra! Maravilhosa poeta!
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