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Mestre Vitalino - a arte feita de barro


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]
“Eu via fazê uma procissão no mato – fazê a novena, botá os santo no andô, saí o povo com o zabumba…Eu estudei aquilo e botava no barro…”
- Mestre Vitalino, em 'depoimento' a René Ribeiro, da Fundação Joaquim Nabuco.


Vitalino Pereira dos Santos (Ribeira dos Campos, Caruaru PE, 10 de julho de 1909 - Alto do Moura, Caruaru, 20 de janeiro de 1963). Ceramista popular e músico. Filho de lavradores, ainda criança começa a modelar pequenos animais com as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos, para serem vendidos na feira de Caruaru. Ele cria, na década de 1920, a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal. Muda-se para o povoado Alto do Moura, para ficar mais próximo ao centro de Caruaru.
Sua atividade como ceramista permanece desconhecida do grande público até 1947, quando o desenhista e educador Augusto Rodrigues (1913 - 1993) organiza no Rio de Janeiro a 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, com diversas obras suas. Segue-se uma série de eventos que contribuem para torná-lo conhecido nacionalmente e são publicadas diversas reportagens sobre o artista, como a editada pelo Jornal de Letras em 1953, com textos de José Condé, e na Revista Esso, em 1959.
Em 1955, integra a exposição Arte Primitiva e Moderna Brasileiras, em Neuchatel, Suíça. O Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais e a Prefeitura de Caruaru editam o livro Vitalino, com texto do antropólogo René Ribeiro e fotografias de Marcel Gautherot (1910 - 1996) e Cecil Ayres. Nessa época, conhece Abelardo Rodrigues, arquiteto e colecionador, que forma um significativo acervo de peças do artista, mais tarde doadas para o Museu de Arte Popular, atual Museu do Barro de Caruaru.
 Casa-Museu Mestre Vitalino, foto: Daniel Fama, Jan/2010.
Mestre Vitalino, em 1960, realiza viagem ao Rio de Janeiro e participa da Noite de Caruaru, organizada por intelectuais como os irmãos João Condé e José Condé, ocasião em que suas peças são leiloadas em benefício da construção do Museu de Arte Popular de Caruaru. Participa de programas de televisão e exibições musicais, comparece a eventos e recebe diversas homenagens, como Medalha Sílvio Romero. Nessa ocasião, a Rádio MEC realiza a gravação de seis músicas da banda de Vitalino, lançadas em disco pela Companhia de Defesa do Folclore Brasileiro na década de 1970. Em 1961, atendendo a pedido da Prefeitura de Caruaru, doa cerca de 250 peças ao Museu de Arte Popular, inaugurado nesse ano.
Em 1971, é inaugurada no Alto do Moura, no local onde o artista residiu, a Casa Museu Mestre Vitalino. No espaço, administrado pela família, estão expostas suas principais obras, além de objetos de uso pessoal, ferramentas de trabalho e o rústico forno a lenha em que fazia suas queimas.
COMENTÁRIO CRÍTICO
Mestre Vitalino se notabiliza por suas figuras inspiradas nas crenças populares, em cenas do universo rural e urbano, no cotidiano, nos rituais e no imaginário da população do sertão nordestino brasileiro. Ainda criança, começa a modelar pequenos animais de seu repertório rural: boi, bode, burro e cavalo. Na década de 1930, possivelmente influenciado pelos conflitos armados do período, modela seus primeiros grupos, formados por figuras de cangaceiros, soldados, bacharéis e políticos. No início, a cor é obtida por meio de argilas de diferentes tons, avermelhado e branco. Depois, Vitalino pinta os bonecos com tintas industriais, o que lhes confere um aspecto alegre e lúdico. A partir de 1953, deixa de pintar as figuras, mantendo-as na cor da argila queimada.
"Vitalino, o Menino que virou Mestre"
pelo cartunista Sill
Sem se preocupar com a concorrência, não se incomoda que outros artesãos observem seu trabalho, imitem sua técnica e suas inovações de motivos. Vitalino deixa vários discípulos, como Zé Rodrigues e Zé Caboclo, além de filhos e netos, que seguem produzindo trabalhos de cerâmica com o mesmo repertório temático e o vocabulário formal criado por ele. Boa parte de seus trabalhos se refere aos três principais ritos de passagem: nascimento, casamento e morte. As cenas de batizados são como crônicas do cenário rural. O tema do casamento aparece com freqüência, em trabalhos como Casamento no Mato, O Noivo e a Noiva. Os enterros também são composições reveladoras dos hábitos e do cotidiano da região. Comparando Enterro na Rede, Enterro no Carro de Boi e Enterro no Caixão, por exemplo, pode-se perceber a diferença de status dos mortos de acordo com o modo como são transportados. Somam-se a esses trabalhos as diversas procissões criadas pelo artista, bem como as cenas que remetem a aspectos do imaginário popular, como em A Luta do Homem com o Lobisome (sic), O Vaqueiro que Virou Cachorro e Diabo Atentando o Bêbado.
As cenas que remetem à ordem e ao crime no sertão brasileiro são recorrentes em sua produção. Entre bandidos e soldados, policiais, ladrões de cabra e de galinha, destacam-se as figuras dos cangaceiros Lampião, Maria Bonita e Corisco. Os aspectos sociais da região, como a seca e a migração, são captados em obras como Retirantes. Bastante freqüentes são as figuras e cenas ligadas ao trabalho, que permitem notar a divisão entre atividades laborais e tipos masculinos - vaqueiros, lavradores, homens carregando água ou tirando leite - e femininos - lavadeiras, rendeiras, mulheres cozinhando e costurando. As profissões do contexto urbano, como dentista, médico, veterinário, barbeiro, costureira, vendedor de fumo de rolo, também são modeladas por Vitalino, em parte para atender às demandas do mercado. Vale mencionar os trabalhos em forma de animais, como boi, burro, cavalo, cachorro, onça, modelados pelo artista no decorrer de sua carreira; a série em que ele compõe cenas de si próprio trabalhando, como em Vitalino Cavando Barro, Vitalino Queimando a Loiça e Vitalino e Manuel Carregando a Loiça; e sua produção de ex-votos.
Mestre Vitalino, desenho de Adriano Freire
Segundo a pesquisadora Lélia Coelho Frota, autora de livro sobre o artista, Vitalino representa um agente-chave de transformação na região. Pelo reconhecimento artístico alcançado por mestres como ele e o sucesso comercial da cerâmica no mercado nacional, a partir de sua geração, famílias inteiras se ocupam desse ofício na comunidade de Alto do Moura, em Caruaru. E transforma o povoado em referência nacional na produção de cerâmica, concentrando cerca de 200 artesãos, considerado pela Unesco um dos mais importantes centros de arte figurativa das Américas. Nesse processo, Vitalino é o principal agente de renovação visual, criando diversos motivos, e dono de um estilo pessoal marcante, que se revela na expressividade das feições e gestos e posturas corporais, na composição teatralizada das cenas. Embora todos esses aspectos de sua arte justifiquem a notoriedade alcançada por Vitalino, em certa medida seu sucesso está relacionado a uma tendência cultural mais ampla de valorização dos traços populares, considerados originais e exemplos de brasilidade. Inegavelmente sua produção é interpretada como representativa dessas manifestações "autênticas" e "simples" que muitos intelectuais e artistas, na primeira metade do século XX, elegem como modelo.
Fonte: Enciclopédia de Artes Visuais/Itaú Cultural


“Eu, além de analfabeto, criei-me trancado vivo, (...) cismado que só saguim criado no meio do mato.”
- Mestre Vitalino, em 'depoimento' a René Ribeiro, da Fundação Joaquim Nabuco.

Mestre Vitalino e a família [foto autoria desconhecida]

CRONOLOGIA DO MESTRE VITALINO
1909 – Nasce em 10 de julho, no Sítio Campos - Caruaru/ PE.
1915 - Realiza, aos seis anos de idade, o seu primeiro boneco de barro: um gato maracajá trepado numa árvore, acuado por um cachorro e um caçador fazendo pontaria.
Mestre Vitalino, por Emerson Fialho
1924 - Passa a tocar pífanos e cria sua banda, composta por quatro músicos.
1948 – Muda-se para Alto do Moura – Caruaru/PE.
1960 - Participa, na residência do industrial Drault Hermanny, no Rio de Janeiro, a 29 de outubro, de uma Noite de Caruaru, durante a qual 37 dos seus bonecos são leiloados. Destina a renda para a construção do Museu de Arte Popular de Caruaru.
03/11/1960 - Recebe do Governo da Guanabara a "Medalha Sílvio Romero", atribuída aqueles que contribuem para a divulgação do folclore nacional. Ao agradecer a honraria, diz: "Viva Deus, viva a mãe de Deus e viva quem me deu essa medalha". Nesse mesmo dia, inaugura a Exposição de Arte Popular, promovida pela Escolinha de Arte do Brasil e na ocasião é homenageado.
05/11/1960 - Recebe homenagem de Leopold Arnaud, adido cultural dos Estados Unidos no Rio de janeiro.
1960 – Em Novembro, Vitalino viaja ao Rio de Janeiro, para participar de uma "Noite de Caruaru", organizada por intelectuais como os irmãos Condé, e levou junto a sua banda. O objetivo da festa era uma exposição de arte, mas a banda agradou tanto que acabou gravando, nos estúdios da Rádio MEC, seis músicas que em 1975, já depois de sua morte, fariam parte do disco "Vitalino e Sua Zabumba" lançado pela Companhia de Defesa do Folclore Brasileiro. 
1961 - A embaixada do Brasil em Lima, Peru, realiza uma exposição das peças do mestre Vitalino.
16/11/1961 - Doa 250 peças de sua autoria ao Museu de Arte Popular de Caruaru.
1960/1963 - Brasil - Viaja por todo o país, participando de exposições e mostrando sua técnica.
1963 – Morre pobre, no dia 20 de janeiro, vítima de varíola, em Caruaru/PE.



Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


ACERVOS DA OBRA DO MESTRE VITALINO
Casa Museu Mestre Vitalino - Alto do Moura/PE
Museu Casa do Pontal - Rio de Janeiro/RJ
Museu de Folclore Edison Carneiro - Funarte - Rio de Janeiro/RJ
Museu do Barro de Caruaru – Caruaru/PE
Museu do Homem do Nordeste - Fundação Joaquim Nabuco - Recife PE
Museu Nacional de Belas Artes - MNBA - Rio de Janeiro RJ
Museu Theo Brandão - Universidade Federal de Alagoas - UFAL – Maceió/AL
Museus Castro Maya - IPHAN/MinC - Rio de Janeiro/RJ
Museu do Louvre - Paris/França
Coleções particulares – (sendo que a maior parte de suas obras faz parte de coleções particulares).


“Ele não capta somente o seu mundo e o transporta ao barro. Ele veicula, pela intencionalidade das suas composições, pelo efeito de certos artifícios de atitude e de exagero de peculiaridades, ou ainda através do conteúdo de suas histórias, os valores desse mundo – estéticos, econômicos, sociais, morais, religiosos.”
- René Ribeiro (antropólogo), em "Vitalino – um Ceramista Popular do Nordeste", Fundação Joaquim Nabuco, 1972.


Mestre Vitalino


EXPOSIÇÕES DA OBRA DO MESTRE VITALINO
Exposições Coletivas
1947 - Rio de Janeiro/RJ - Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana, [organizada, por Augusto Rodrigues].
1949 - São Paulo/SP - Coletiva, no MASP.
1954 - Goiânia/GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais.
1955Neuchatel/Suíça - Arte Primitiva e Moderna Brasileiras (integra a exposição).


Exposições Póstumas
Mestre Vitalino
1984 - São Paulo/SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal.
1992 - Zurique/Suíça - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, Kunsthaus Zürich
1993 - Rio de Janeiro/RJ - Mestre Vitalino, Centro Cultural Banco do Brasil
1995 - Rio de Janeiro/RJ - Mestre Vitalino - 80 anos de arte popular. Museu Nacional de Belas Artes.
2006 - São Paulo/SP - Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro, Museu Afro-Brasil.
2009 - Caruaru/PE - 100 olhares de Vitalino.  Galpão das Artes, antiga estação ferroviária.
2009-2010Rio de Janeiro/RJ - A Arte do Barro e o Olhar da Arte Vitalino e Verger. Museu Casa do Pontal. [12/12/2009 a 12/08/2010 - comemoração dos 100 anos de Vitalino].
2010 - São Paulo/SP - Mestre Vitalino: a terra e o imaginário. Galeria de Artes do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus da Barra Funda na capital paulista.
2011 - Brasília DF - O Brasil na Arte Popular - Acervo Museu Casa do Pontal, Museu Nacional de Brasília.


“Estudei um dia de fazer uma peça… Peguei um pedacinho de barro e fiz uma tabuleta; do mesmo barro peguei uma talisca e botei em pé, assim; botei três maracanãs (onças) naquele pé de pau, o cachorrinho acuado com os maracanãs e o caçador fazendo ponto nos maracanã pra atirar”
- Mestre Vitalino, em 'depoimento' a René Ribeiro, da Fundação Joaquim Nabuco.


OBRAS DO MESTRE VITALINO
[Seleção de obras]

"Vitalino criou uma narrativa visual expressiva sobre a vida no campo e nas vilas do interior pernambucano. Fez esculturas antológicas, como “Violeiros”, “O enterro na rede”, “Cavalo-marinho”, “Casal no boi”, “Noivos a cavalo”, “Caçador de onça”, “Família lavrando a terra”, entre outras"
- Angela Mascelani


Boi (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]

Retirantes, (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]


Vaquejada (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]


Noivos a cavalo (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]


Cangaceiro (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]

Violeiros (cerâmica policromada), Mestre Vitalino. Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro/RJ]


Cangaceiro a cavalo (cerâmica policromada), Mestre Vitalino
[Acervo do Museu do Barro - Espaço Zé Caboclo, Caruaru, PE]

Lampião (cerâmica policromada), Mestre Vitalino
[Acervo Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro/RJ]

Retirantes (cerâmica policromada), Mestre Vitalino [déc. 1960]
Reprodução fotográfica Anibal Sciarretta


Casa de Farinha (cerâmica policromada), Mestre Vitalino [s.d.]
 Reprodução fotográfica Anibal Sciarretta
[Acervo Museu do Homem do Nordeste, Recife/PE]


MESTRE VITALINO E A MÚSICA
Dono de um grande talento musical, aprendeu a tocar pífano (espécie de flauta sem claves e com 7 furos) e com apenas 15 anos montou sua própria banda, a Zabumba Vitalino.

"Eu aprendi tocar pela cadência, tirando tudo do juízo"
- Mestre Vitalino

Mestre Vitalino e a Zabumba de Mestre Vicente[foto autoria desconhecida]


DOCUMENTÁRIOS

Filme:  O mundo de Mestre Vitalino
Diretor: Armando Laroche
Ano: 1953


Filme: Adão foi feito de barro
Diretor: Fernando Spencer
Ano: 1976


Filme: Vitalino, Lampião
Diretor: Geraldo Sarno
Ano: 1977



Filme: Mestre Vitalino e nós no barro
Sinopse: Tributo ao Mestre Vitalino
Direção: 150 alunos da rede municipal de ensino de fundamental de Vitória/ES 
Roteiro: Alunos da Rede Municipal de Vitória
Duração: 10 min
Ano: 2008
Cidade: Vitória/ES - Brasil
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Empresa Produtora: Instituto Marlin Azul/Projeto Animação





Documentário Mestre Vitalino



Mestre Vitalino em De Lá pra Cá -  Apres. Anselmo Góes - Parte I


Mestre Vitalino em De Lá pra Cá -  Apres. Anselmo Góes - Parte II


Mestre Vitalino em De Lá pra Cá -  Apres. Anselmo Góes - Parte III


O MESTRE DO BARRO PELAS LENTES DO FOTOGRAFO PIERRE VERGER
O cotidiano de Mestre Vitalino foi fonte de inspiração para outro mestre: Pierre Verger. O fotógrafo francês percorreu o agreste pernambucano e conheceu o trabalho do artista na década de 1940. Parte dessa documentação fotográfica realizada no ano de 1947 estão publicadas aqui. 


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947



Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]

Casa Mestre Vitalino -Foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]

Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


Ferramentas-Mestre Vitalino, foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]



Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]

Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
Feira de Caruaru [
Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]


FORTUNA CRÍTICA DE MESTRE VITALINO
[Bibliografia e referências de pesquisa sobre Mestre Vitalino]
ABREU, Regina. O enigma de Os Sertões. Rio de Janeiro: Rocco,Funarte, 1998.
ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979. 1008 p., il. color. 2v.
CARNAVAL. [homenageado]. “O mundo de barro do Mestre Vitalino” - tema de desfile da Escola de Samba "Império da Tijuca", - Rio de Janeiro, em 1977.
Mestre Vitalino
CATALOGO. Arte do barro e o olhar da arte - Vitalino e Verger, [Catalógo comemorativo ao centenário de nascimento de Vitalino Pereira dos Santos. Mestre Vitalino]. Editora Fundação Pierre Verger, pág.132, 2009.
COIMBRA, Silvia; MARTINS, Flávia e DUARTE, Letícia. O reinado da Lua – escultores populares do Nordeste. Rio de Janeiro: Salamandra,1980. 
CRISTOVÃO, José Severino. Biografia de Mestre Vitalino. [Folheto de Cordel], pág. 08. Caruaru/PE, Il. Xilogravura.
DISCO/LP. "Vitalino e sua Zabumba". [Gravou com sua banda seis músicas, nos estúdios da Rádio MEC, em novembro de 1960]. Disco lançado pela Companhia de Defesa do Folclore Brasileiro, em 1975.
DOCUMENTÁRIO. A Herança de Mestre Vitalino [Dvd e caderno educativo]. Instituto Arte na Escola, 2006. Disponível no link. (acessado 20.1.2013)
FROTA, Lélia Coelho. Mestre Vitalino. Recife: Fundação Joaquim Nabuco,Massangana, 1986. 
FROTA, Lélia Coelho. Mestre Vitalino. [Tradução James Mulholand]. São Paulo: Ed. Publicações e Comunicações, 1988. 143 p., il. color/foto.
FUNDARPE. O Barro da Vida - 100 anos do Mestre Vitalino. 1ª ed.Recife: Fundarpe, 2009. 83 p.: il.
LOSSIO, Rubia Aurenivea Ribeiro; PEREIRA. C. M. . Mestre Vitalino: cem anos de louça lúdica. Micromonografias do folclore, Fundação Joaquim Nabuco, p. 1-4, 15 maio 2009.
MARINS, Pedro Henrique. Mestre Vitalino elevou seus bonecos de barro à categoria de arte respeitada por intelectuais e artistas. publicado no site vitalino.net.br, 10.10.2012. Disponível no link. (acessado 20.1.2013).
MARTINS, José de Souza . 'Mestre' Vitalino, popular art in the conformist imagery. In: Tania Tribe (ed). (Org.). Heroes and Artists - Popular Art and the Brazilian Imagination. 1ed.Cambridge (UK): Brazil Conects/The Fitzwilliam Museum, 2001, v. 1, p. 50-53.
MASCELANI, Angela. O Mundo da arte popular brasileira: Museu da Casa do Pontal. Rio de Janeiro: Mauad, 2002. 144 p., il: color.
MASCELANI, Angela.Todos amam VitalinoRevista de História. 08/07/2009. Disponível no link.
MELLO, Paulino Cabral de. Vitalino sem barro: o homem. Fundação Assis Chateaubriand/Ministério da Cultura, 1995.
PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Texto Mário Barata, Lourival Gomes Machado, Roberto Pontual, Carlos Cavalcanti, Flávio Mota, Aracy Amaral, Walter Zanini, Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 559 p., il. p&b., color.
RIBEIRO, René. Vitalino: ceramista popular do Nordeste. Recife: Ministério da Educação e Cultura, Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1972.
Mestre Vitalino
RUMAN, Evelyn. Herdeiros de Vitalino: cerâmica de Caruaru. Texto Cleber Papa. São Paulo: São Paulo ImagemData. [14] p., il. color. (Brasil das artes).
SILL, Silvano. HQ Vitalino, o menino que virou mestre. pág. 103,  2ª ed., 2012.O Livro pode ser comprado pela internet no blog.
SILVA, Lívia Moraes e; BRAINER, J.. Vitalino Pereira dos Santos: do barro à vida. O Barro da Vida - 100 anos do Mestre Vitalino. 1ª ed.Recife: Fundarpe, 2009, v. 1, p. 7-10.
SIQUEIRA NETO, Moysés Marcionilo de. Representação e Silêncio na Preservação da Casa-Museu Mestre Vitalino. In: MICHELON, Francisca Ferreira; LIMA, Paula Garcia. (Org.). Cadernos Memória e Patrimônio políticas e acervo.. Pelotas: Editora e Gráfica Universitária, 2009, v. , p. 191-198.
SIQUEIRA NETO, Moysés Marcionilo de. Museu, memória e silêncio: a casa-museu Mestre Vitalino. Revista Revivendo à História, Vitória de Santo Antão - PE, , v. 1, p. 12 - 14, 20 maio 2010.
SOUZA, Jorge Antonio Quintino de . A arte figurativa do mestre Vitalino no processo de significação do Alto do Moura. In: Seminário de Ensino e Pesquisa, 2002, Caruaru. Seminário de Ensino e Pesquisa. Caruaru: FAFICA, 2002.
TEATRO, Peça. Auto das 7 Luas de Barro. [musical conta a história de vida e morte do Mestre Vitalino], de Vital Santos.
VILAÇA, Marcos Vinicios Rodrigues. Mestre Vitalino, trancado vivo. Site da ABL. [Originalmente publicado Jornal do Commercio (PE), 12/5/2009]. Disponível no link. (Acessado 20.1.2013)
VITALINO, Mestre. Mestre Vitalino.Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 1993. , il. color.
WALDECKGuacira Bonácio Coelho (texto e org.). Mestre Vitalino e artistas pernambucanos. Rio de Janeiro : IPHAN, CNFCP, 2009.48 p. : il. [Catálogo da exposição realizada na Galeria Mestre Vitalino, no período de 17 de dezembro de 2009 a 21 de fevereiro de 2010]. Disponível no link. (acessado 20.1.2013).
WALDECK, Guacira Bonácio Coelho. Vitalino como categoria cultural: estudo antropológico sobre as classificações da obra de Vitalino Pereira dos Santos, Mestre Vitalino. (Mestrado em Sociologia e Antropologia). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil, 2002.



“O mundo de barro do Mestre Vitalino”  
Escola de Samba "Império da Tijuca", em 1977.


“Meu pai foi um homem humilde. Se hoje o nome dele é riqueza, naquela época ele morreu estava pobre. Mas também foi o homem mais rico, na minha opinião, porque foi um dos responsáveis por fazer Caruaru crescer e ser reconhecida.”
- Severino Vitalino (filho do Mestre Vitalino), ao Jornal do Commercio, em 20/01/2013.


PATRIMÔNIO ARTÍSTICO DA HUMANIDADE
Alto do Moura - Caruaru, em Pernambuco é patrimônio artístico da humanidade, título concedido pela Unesco ao "maior centro de arte figurativa das Américas
[...]


CASA-MUSEU MESTRE VITALINO
Casa-Museu Mestre Vitalino - Alto do Moura, Caruaru/PE

Transformada em "Casa-Museu Mestre Vitalino", sua humilde morada foi incorporada ao patrimônio municipal pela lei Nº 2.070 de 26 de abril de 1969 e guarda o melhor e mais típico de sua criação. Uma homenagem de Caruaru, ao seu artista maior, orgulho de um povo e glória da Arte Popular Brasileira.  Caruaru, 18 de maio de 1971.
Administrado pelo seu filho Severino Vitalino, construída em 1959 estão expostos objetos de uso pessoal do artista, móveis e utensílios, ferramentas de trabalho, fotos da família, instrumentos musicais tocados pelo Mestre e mais. Ainda podemos apreciar seu filho retratando os bonecos do pai em obras fieis.

Localização: Rua Mestre Vitalino, 644 | Alto do Moura | Caruaru-PE
Visitação: Segunda a Sábado, das 8h às 12h e das 14h às 17h - Domingo das 9h as 17h
Telefone: (81) 3725-0805 
Outras informações: Site Oficial 



Boi (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]

MUSEU CASA DO PONTAL
Descrição: o maior e mais significativo acervo de arte popular do país, detém o maior número de obras do Mestre Vitalino.
Aberto ao público de terça a domingo, das 9h30 às 17h. 
Endereço: Estrada do Pontal, 3295, Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro/RJ.
Outras informações: Site Oficial




Mestre Vitalino
REFERÊNCIAS E FONTES DE PESQUISA

FOTOS E IMAGENS
Fotos Mestre Vitalino, por Pierre Verger. Fundação Pierre Verger.
Blog Arte Popular do Brasil
Blog Estadão - encontro de mestres


© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros

© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske


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Trabalhos sobre o autor:
Caso, você tenha algum trabalho não citado e queira que ele seja incluído - exemplo: livro, tese, dissertação, ensaio, artigo - envie os dados para o nosso "e-mail de contato", para que possamos incluir as referências do seu trabalho nesta pagina. 

Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Mestra Vitalino - a arte feita de barro. Templo Cultural Delfos, janeiro/2013. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
____
Página atualizada em 12.6.2013.



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8 comentários:

  1. não sabia a surpresa da página sobre Mestre Vitalino. Vou ler com mais tempo. Que bom, obrigado.

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    Respostas
    1. Obrigada!
      Espero que gostes do conteúdos.
      Abraços e volte sempre!

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    2. Trabalho maravilhoso inspiração, vidas recriadas pela arte

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  2. essas obras são mesmo inpiracoes vitalinas

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  3. Tudo muito lindo.Vou trabalhar com meus alunos da educação infantil aqui em Natal /RN

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