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Clarival do Prado Valladares - foto: (...) |
“Entendo arte como contingência humana, que nem sempre tem o nome de arte pelos grupos que a exercem, executam. Arte entendida primordialmente como esthesia: o homem posto dentro de uma motivação por uma matéria de criatividade decisiva na sua vida. Arte entendida como contingência antropológica amplia sua extensão a tal ponto que hoje eu colocaria o problema da manifestação artística como não sendo mais possível de ser uma novidade. Porque é condição humana, tão propriamente humana que é a mesma coisa de dizer “alguém inventa respiração? alguém inventa o sonho? alguém pode reformular as condições do homem sonhar? Alguém pode parar o homem de produzir arte? Na contingência humana da esthesia antes de ser estética, o homem, através de sua sensibilidade, necessita se excluir de todos os processos imediatos e utilitaristas de sua vida e se pôr dentro da sua condição biológica mesmo de ‘demorar’. O termo filosófico é esse mesmo, demorar. Esse termo – que é tomado de Joaquim Cardozo, em arquitetura, onde ele estabelece a diferença entre a arquitetura de morar e a de demorar - eu me apropriei dessa diferença, substitui para traduzir, é o devir de Bergson. É o tempo de assuntar. Você tem aí um período, que na própria linguagem do nordestino, do brasileiro nordestino calha também. É o tempo de assuntar: é o tempo que se demora para que o consumo de uma impressão seja maior; mais penetrante. É o tempo da música, é o tempo do místico, é o tempo da reza, é o tempo de tudo. Nós é que vamos batizar com “arte” uma série enorme desse tempo de assuntar que os grupos humanos praticam.”
- Clarival do Prado Valladares, em depoimento ao Museu da Imagem e do Som (RJ), 1982.
Clarival do Prado Valladares (Salvador
BA 1918 - Rio de Janeiro RJ 1983). Crítico de arte, historiador da arte,
fotógrafo, poeta, médico. Durante a juventude, vive no Recife, onde é auxiliar
de pesquisa de campo de Gilberto Freyre (1900-1987) e inicia o curso de
medicina. Em 1941, transfere-se para o Rio de Janeiro e, mais tarde, para
Salvador, onde conclui a faculdade. Defende tese de doutorado na Universidade
Federal da Bahia (UFBA), em 1952. Entre 1953 e 1956, realiza pós-graduação em
patologia, na Universidade de Harvard, e em biologia, no Massachusetts
Institute of Technology (MIT), em Boston, Estados Unidos. Ao voltar ao Brasil
em 1956, torna-se docente de anatomia patológica na UFBA. A partir de 1959,
leciona também história da arte na Escola de Belas Artes e na Escola de Teatro
da mesma universidade.
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Clarival do Prado Valladares - foto: (...) |
Participa do júri da Bienal Internacional de São Paulo em
1967, 1973 e 1977, da 1a Bienal Nacional de Artes Plásticas, em 1966, em
Salvador, e de eventos semelhantes de nível internacional, como a 3a Bienal
Interamericana de Arte, em Córdoba, Argentina, e o 1o Festival Mundial de Artes
Negras, em Dacar, Senegal, ambos em 1966.
Integra ainda a Comissão Nacional de Belas Artes entre
1964 e 1967, além de tornar-se membro do Conselho Federal de Cultura, ainda em
1967. Entre 1971 e 1977, faz parte do júri de premiação do Panorama de Arte
Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna São Paulo (MAM/SP).
Na década de 1960, publica os livros Emiliano Di
Cavalcanti e Lasar Segall pela editora argentina Codex. Em 1978, saem Rio
Barroco e Rio Neoclássico, e o autor recebe o Prêmio Gonzaga Duque, da Associação Brasileira de Críticos de Arte
(ABCA) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), pelo livro Lula Cardoso
Ayres - Revisão Crítica e Atualidade. Em 1981, publica Aspectos da Arte
Religiosa no Brasil - Bahia, Pernambuco, Paraíba e Albert Eckout: Pintor de
Mauricio de Nassau no Brasil (1637-1644).
Comentário Crítico
Clarival do Prado Valladares contribui para os estudos de
arte brasileira com o levantamento de uma larga iconografia dos temas
abordados, entendendo-se o próprio crítico e historiador da arte como um
"fotógrafo-pesquisador (1)". São muitos os títulos de documentação
iconográfica produzidos por ele, como Rio Barroco, Rio Neoclássico, Arte e
Sociedade nos Cemitérios Brasileiros, Aspectos da Arte Religiosa no Brasil, entre
outros.
O crítico possui como interesses centrais aspectos
arcaicos e populares da arte brasileira. Entre os trabalhos acerca desses
assuntos estão: Agnaldo Manuel dos Santos - Origin, Revelation and Death of a
Primitive Sculptor, 1963; Artesanato Brasileiro, 1978; e Comportamento Arcaico
Brasileiro, 1965. O historiador da arte Walter Zanini (1925) observa ainda o
interesse de Valladares pela arte afro-brasileira, exemplificado pela
publicação The Impact of African Culture on Brazil, 1977. (2)
Segundo escreve o crítico em Arte e Sociedade nos
Cemitérios Brasileiros, a cultura popular "genuína" cessa quando
"as áreas de comportamento arcaico (insuladas no sertão ou marginalizadas
na periferia urbana) são atingidas pelo progresso industrial em termos de
sistemas viários, comunicação massificada, mercado de trabalho codificado,
automação e sobrecarga publicitária". (3)
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Capa dos livros Rio Barroco e Rio Neoclássico, [2 Volumes].
de Clarival do Prado Valladares
|
Os interesses de Valladares se estendem ainda à arte
brasileira moderna, escrevendo sobre a obra de Candido Portinari (1903 - 1962),
Di Cavalcanti (1897 - 1976) e Lasar Segall (1891 - 1957). Pancetti (1902 -
1958), Guignard (1896 - 1962) e Djanira (1914 - 1979) figuram ainda em textos
críticos de menor fôlego. Além desses, artistas nordestinos como Lula Cardoso
Ayres (1910 - 1987), Genaro de Carvalho (1926 - 1971) e Alberto Valença (1890 -
1983), tiveram lugar privilegiado na produção crítica de Valladares.
A monografia sobre o pintor Lula Cardoso Ayres, premiada
em 1978 pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, pode ser vista como um
exemplo significativo do pensamento de Valladares. Nesse trabalho, o crítico
faz uma análise da obra do artista pernambucano que, para ele, reúne tanto
aspectos da arte moderna como traços da arte popular nordestina. Visando
legitimar essa característica de Ayres, e apontando outros artistas de renome
que também trabalharam nesse sentido de investigação das formas primitivas, o
autor lembra, por exemplo, o interesse de Fernand Léger (1881-1955) pela
"síntese geometrizada da arte genuína". (5)
A escolha de Léger, figura consagrada da arte moderna,
como parâmetro de comparação não é arbitrária. Ao aproximar o artista francês e
Ayres, o crítico coloca o artista pernambucano ao lado dos modernistas Tarsila
do Amaral (1886 - 1973) e Di Cavalcanti, em cujas obras observa também a
presença da influência de Léger. Para Valladares, o interesse desses artistas
seria conquistar uma forma, a partir da cultura local, que pudesse ser
entendida universalmente.
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Capa da Obra seleta Clarival Valladares |
Os textos de Clarival Valladares demonstram um olhar
aprofundado sobre as manifestações da arte popular, atento ao diálogo entre ela
e a arte erudita. A vasta investigação iconográfica, por sua vez, contribui com
inúmeros subsídios para pesquisas sobre arte no Brasil, facilitando o acesso do
pesquisador ao complexo das obras de determinados períodos e locais.
_____
Notas
(1) VALLADARES, Clarival do Prado. Obra Seleta.
Salvador: Museu de Arte da Bahia; Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand; Museu Nacional de Belas Artes;
Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1983.
(2) ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no
Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães,
1983, p.1057.
(3) VALLADARES, Clarival do Prado. Arte e Sociedade
nos Cemitérios Brasileiros: um estudo da arte cemiterial ocorrida no Brasil
desde as sepulturas de igrejas e as catacumbas de ordens e confrarias até as
necrópoles secularizadas. Rio de Janeiro; Brasília: Conselho Federal de
Cultura. Departamento de Imprensa Nacional, 1972, p.35.
(4) Idem. Aspectos da Arte Religiosa no Brasil -
Bahia, Pernambuco, Paraíba. Rio de Janeiro: Spala / Construtora Norberto
Odebrecht, 1981, p.30.
(5) Idem. Lula Cardoso Ayres - revisão crítica e
atualidade. Rio de Janeiro: Spala / Construtora Norberto Odebrecht, 1979, 2ª
ed., p.28.
(6) Idem, p.131.
“Provocar
atenção pelo que é menos conhecido, é sua filosofia. O evangelho científico é o
da possessão. Você tem que fazer uma coisa por paixão mesmo. Tudo o mais não é
verdade. É o que estou fazendo com o Nordeste (o projeto da obra NHM). Estou
apaixonado e vou morrer fazendo este trabalho, nem quero saber de mais nenhum
outro.”
- Clarival do Prado Valladares, 1976.
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Clarival do Prado Valladares - foto: (...) |
CRONOLOGIA
Crítico de arte, historiador da arte, fotógrafo, poeta,
médico
s.d. - Durante a juventude é auxiliar de
pesquisa de campo de Gilberto Freyre (1900 - 1987);
s.d. - Inicia o curso de medicina;
1941 - Transfere-se para o Rio de Janeiro
e, mais tarde, para Salvador, onde conclui a faculdade;
1952 - Defende tese de doutorado na
Universidade Federal da Bahia (UFBA);
1953 - 1956 - Realiza pós-graduação em
patologia, na Universidade de Harvard, e em biologia, no Massachusetts
Institute of Technology (MIT), em Boston, Estados Unidos;
1956 - Torna-se docente de anatomia
patológica na Universidade Federal da Bahia (UFBA);
1959 - Leciona também história da arte na
Escola de Belas Artes e na Escola de Teatro da mesma universidade;
1960 - Retorna ao Rio de Janeiro onde
intensifica sua atividade no campo das artes plásticas;
1962 - Publica Paisagem Rediviva,
coletânea de textos sobre arte;
1964 - Integra a Comissão Nacional de
Belas Artes;
1965 - Escreve O Comportamento Arcaico
Brasileiro;
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Capa do Livro Albert Eckhout - pintor de Maurício de Nassau no Brasil 1637-1644, de Clarival do Prado Valladares |
1966 - Participa do júri da 1ª Bienal
Nacional de Artes Plásticas, em Salvador, da 3ª Bienal Interamericana de Arte,
em Córdoba e do 1o. Festival Mundial de Artes Negras, em Dacar;
1967 - Escreve Riscadores de Milagres: um
Estudo sobre Arte Genuína. Colabora no Jornal do Brasil e na revista GAM
(Galeria de Arte Moderna), entre outras publicações. Participa do júri da Bienal
Internacional de São Paulo. Torna-se membro do Conselho Federal de Cultura;
Década de 1970 - Publica os livros
Emiliano Di Cavalcanti e Lasar Segall pela editora argentina Codex;
1978 - Publica Rio Barroco e Rio
Neoclássico. Recebe o Prêmio Gonzaga Duque, da Associação Brasileira de
Críticos de Arte (ABCA) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), pelo livro
Lula Cardoso Ayres - Revisão Crítica e Atualidade;
1981 - Publica
Aspectos da Arte Religiosa no Brasil - Bahia, Pernambuco, Paraíba e Albert Eckout:
Pintor de Mauricio de Nassau no Brasil (1637-1644).
“Tudo o que aprendi na vida, aprendi com Clarival”
- Erica do
Prado Valladares
OBRA
Artes
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Capa do livro Riscadores de Milagres, de Clarival do Prado Valladares |
Agnaldo Manoel dos Santos - Origin, Revelation and
Death of a 'Prirnitive Sculptor (Monografia).. [Tradução para o
inglês Russel Hamilton]. Publicação: Centro de Estudos Afro-Orientais da
Universidade da Bahia, Série Estudos nº 2, Salvador, 1963, 41p, 12 il.
20 anos CNOSA. [Livro-álbum
comemorativo do 20º aniversário da Construtora Norberto Odebrecht].. (Redação
do Prefácio, revisão do texto e concepção artística Clarival do Prado
Valladares; Capa de Roberto Burle Marx; e desenhos de DareI Valença). São
Paulo: Edições Melhoramentos, 1964-1965.
Cândido Portinari. {Autores: Cândido Portinari, Flávio de Aquino
e Clarival do Prado Valladares}.. (Tradução
Silvia Farré).. [Volume 83 de Pinacoteca de los genios]. Buenos Aires: Editora
Codex, 1964, 8p.
Emiliano Di Cavalcanti. {Autores:
Emiliano Di Cavalcanti e Clarival do
Prado Valladares}.. (Tradução Silvia Farré).. [Volume 96 de Pinacoteca de los
Genios]. Buenos Aires: Editora Codex,
1964, 7p.
Lasar Segall. {Autores: Lasar Segall, Geraldo
Ferraz e Clarival do Prado Valladares}.. (Tradução Silvia Farré).. [Volume 109
de Pinacoteca de los genios]. Buenos Aires: Editora Codex, 1965, 12p.
Alberto da Veiga Guignard. {Autores: Alberto
da Veiga Guignard e Clarival do Prado
Valladares}.. (Tradução Silvia Farré).. [Volume 123 de Pinacoteca de los
genios]. Buenos Aires: Editora Codex, 1965, 7p.
Guignard. Rio de Janeiro: Ediarte,
1967.
Djanira. [Livro-álbum contendo 5
gravuras, 5 serigrafias, 5 reproduções de desenhos, duas partituras musicais,
três poemas ilustrados, de Djanira].. (Clarival do Prado Valladares e Mário
Barata). Rio de Janeiro: Ediex Gráfica Editora, 1967.
Riscadores de Milagres: um estudo sobre a arte
genuína. Rio de Janeiro: Sociedade Gráfica Vida Doméstica;
Salvador: Superintendência de Difusão Cultural da Secretaria de Educação do
Estado da Bahia, 1967, 168p, 53 il.
Considerações sobre o Teatro Castro Alves e sua
interpretação estética. in: Teatro Castro Alves.[Edição
comemorativa da inauguração do Teatro Castro Alves, junho/1958], patrocinada
pela Construtora Norberto Odebrecht. São Paulo: Edições Cia. Melhoramentos,
1967.
80 anos de abolição. [Edição especial
comemorativa aos 80 anos de Abolição da Escravatura no Brasil]. Cadernos
Brasileiros, nº 47, maio-junho/1968.
Arte e Sociedade nos Cemitérios Brasileiros: um estudo
da arte cemiterial ocorrida no Brasil desde as sepulturas de igrejas e as
catacumbas de ordens e confrarias até as necrópoles secularizadas.
[2 volumes]. Rio de Janeiro: Conselho
Federal de Cultura – Departamento de Imprensa Nacional. 1972, 502p., il.
![]() |
Capa dos livros Arte e sociedade nos cemitérios Brasileiros - [2 volumes] de Clarival do Prado Valladares |
Arte Brasileira - 2. [José Piquet -
Coordenação e edição; e Clarival do Prado Valladares - introdução e análise
crítica das obras reproduzidas de: Anita Malfatti, Antonio Bandeira, Burle
Marx, Di Cavalcanti, Djanira, Glauco Rodrigues, Guignard, Pancetti, Volpi].Rio
de Janeiro, 1973.
Restauração e Recuperação do Teatro Amazonas.
Edição Governo do Estado do Amazonas; e Rio de Janeiro: Bloch Editores, 1974, 128p,
70 il.
7 Brasileiros e Seu Universo. Artes, Ofícios, Origens,
Permanências - Benedito, Dezinho de Valença, G. T. O., Louco,
Maria de Beni, Nhozim, Nô Caboclo. [Lélia Coelho Frota e Clarival do
Prado Valladares]. Rio de Janeiro: Editora MEC, 1974, 215p. ilustrado.
Roberto Burle Marx. [Catálogo]. Museu
de Arte de São Paulo. Agosto/Setembro 1974.
Analise Iconográfica Monumental de Portinari nos
Estados Unidos. [Catalogo]. Rio de Janeiro Edições Museu
Nacional Belas Artes, 1975.
Sergio Telles Mangue Ruas Retratos (Catalogo)..
[Texto Clarival do Prado Valladares e Raymond Cogniat]. Rio de Janeiro. Bolsa
de Arte, 1975.
Djanira da Motta e Silva. [textos: Clarival
Valadares e Flávio de Aquino; e apresentação Maria Elisa Carrazzoni]..
(Catalogo da Mostra realizada MNBA). Rio de Janeiro: FUNART/MEC, 1976.
Fernando Coelho - desenhos. [Os
desenhos fazem parte de uma série de duzentos originais, executados no ano
1977, para a empresa Zanini S/A]. . (Texto ensaístico de apreciação crítica da
série de Fernando Coelho, por Clarival do Prado Valladares ). São Paulo:
Editora Colorama, 1977.
The Impact of African Culture on Brazil. [Catálogo da exposição do II FESTAC, Lagos -
Nigéria]. Rio de Janeiro: Editora MEC, 1977.
Tempo e Lembrança de Dom Pedro II - um estudo
iconográfico. Rio de Janeiro: Funarte, 1977.
Rio Barroco e Rio Neoclássico - analise iconográfica. [2 volumes]. Rio de Janeiro: Bloch
Edições, 1978.
O mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro.
[Clarival do Prado Valladares e Bruno Pedrosa]. Rio de Janeiro: Edições Lumem
Christi, 1979, 76p.
Lula Cardoso Ayres revisão crítica e atualidade.
Rio de Janeiro: Spala / Construtora Norberto Odebrecht, 1979, 200p. 83 il.
Roberto Burle Marx - litografias. Rio
de Janeiro: Lithos Edições de Arte Ltda, 1979.
Artesanato brasileiro. [Introdução pág.
9 a 32 - Clarival do Prado Valladares]. Rio de Janeiro: Funarte, 1978, 165p.il..
Djanira. [texto para o catálogo do IV
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novembro/1978.
Igrejas do Brasil - Via-sacra de Mercier.
[Autores: Clarival do Prado Valladares - Jorge de Lima - Lúcio Cardoso - Coelho
Netto]. Brasília: Editora Cultura – nº 34, 1980.
Alberto Valença: um estudo biográfico e crítico.
[vida e obra do pintor]. Salvador: Edições Construtora Norberto Odebrecht, 1980,
400p, 132 il.
Guarany: 80 Anos de Carrancas. [Clarival
do Prado Valladares e Paulo Pardal]. Rio
de Janeiro: Editora Berlendis & Vertecchia, 1981.
Anna Vasco 1881 - 1938. Aquarelas do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro: Editora Banerj, 1981.
Aspectos da Arte Religiosa no Brasil- Bahia,
Pernambuco, Paraíba. Rio de Janeiro: Spala / Construtora
Norberto Odebrecht, 1981, 386p, 221 il.
400 Anos do Mosteiro de São Bento da Bahia.
[Textos: Dom Paulo Rocha, Dom Timóteo Amoroso, Clarival Valladares, Waldeloir
Rego].. (Edição português, inglês e alemão). Salvador: Mosteiro de São Bento da
Bahia; Construtora Norberto Odebrecht 1982, 165p., 107 il.
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Capa do livro Nordeste Histórico e Monumental [vol I e II] de Clarival do Prado Valladares |
Clarival Valladares, obra seleta: exposição Museu de Arte da Bahia, Museu de Arte de
São Paulo Assis Chateaubriand, Museu Nacional de Belas Artes.
(Organização Pietro Maria Bardi). Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1983,
50p.
Nordeste Histórico e Monumental. [ 4
volumes].. (edição bilíngue - português / inglês). Salvador: Edições Odebrecht,
1982-1990.
Albert Eckhout: pintor de Maurício de Nassau no Brasil
-1637 a 1644. [Revisão crítica e atualidade].. (44 ilustrações).
Rio de Janeiro, Livroarte, 1981, 102p.
Albert Eckhout - a presença da Holanda no Brasil
século XVll. [Clarival do
Prado Valladares e Luiz Emygdio de Mello Filho]. Rio de Janeiro: Edições Alumbramento,
1998.
Poesia [Coletânea]
Bahia invenção.
anti-antologia de poesia. [coletânea com poemas de: A.
Gilberto Lima; Alberto Baraúna; Aloysio Reis; Armindo Bião; Augusto de Campos;
Caetano Veloso; Clarival Valladares; Erthos Albino de Souza; Fernando da Rocha
Peres; Gregório de Matos; José Falcon; Luciano Diniz; Pancho; Pedro Kilkerry;
Rogério Duarte; e Waly Sailormoon].. (Projeto Antonio Riserio). Salvador, Bahia: Execução Apro/gfm propeg,
1974.
Artigos, ensaios, conferências, depoimentos e relatórios
VALLADARES,
Clarival do Prado. Tapeçaria de Genaro de Carvalho. Salvador: Jornal da Bahia, Caderno 2, 6-7 jan. 1963, p.8.
______ . Pinturas
de um esteta: Lúcio Cardoso. in: Cadernos Brasileiros, Rio de
Janeiro, nº 29, maio/junho 1965.
______ . Pinturas de Lúcio Cardoso. in: Galeria
Goeldi. Rio de Janeiro, 19 maio 1965.
______ . Pancetti. [Texto crítico para o
livro-álbum do artista com 11 pranchas e capa colorida].Rio de Janeiro:
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______ . Congresso e I Festival de Arte Negra -
UNESCO/DAKAR, mar/abr/1966.
______ . O atributo iconológico da culinária afro-brasileira.
Suplemento literário de O Estado de S. Paulo, nº 513, 1967. (Publicado
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______ . A iconologia africana no Brasil.
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______ . Yaponi: pintor de estórias do nordeste [Artes
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______ . Biografia da Lagoa Rodrigo de Freitas [Clarival
em 20 páginas ilustradas narra a história antiga e as crônicas contemporâneas
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______ . Sobre o comportamento arcaico brasileiro.
In: Sete brasileiros e seu universo: artes, ofícios, origens, permanências.
Brasília, Departamento de Documentação e Divulgação /DAC/ MEC, 1974.
______ . Integração dos Museus na educação do povo.
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Salvador, de 5 a 9 de julho de 1976. Publicada no Boletim do Conselho Federal
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______ . Memória do Brasil
- um estudo da epigrafia erudita e popular. Lição de Sapiência,
na solenidade de abertura dos cursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
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______ . José Pancetti - O pintor Marinheiro. [Prefácio].
Rio de Janeiro: Fundação Conquista, 1979, 326p.
______ . Introdução. Emanoel Araújo - Afrominimalista Brasileiro & O Construtivismo
Afetivo de Emanoel Araújo. [texto, do professor e crítico de arte
norte-americano George Nelson Preston; prefácio de Pietro Maria Bardi e
introdução do historiador Clarival do Prado Valladares].. (edição bilíngue -
português / inglês). 1981.
______ .
Agnaldo Manoel dos
Santos: origin, revelation and death of a primitive sculptor. Salvador:
Centro de Estudos Afro-Orientais, Universidade Federal da Bahia, nº 14, 1983.
Disponível no link. (acessado em 04.04.2014).
______ . Primitivos, genuínos e arcaicos. In:
MOSTRA do Redescobrimento: arte popular = popular arts. São Paulo: Associação
Brasil 500 Anos Artes Visuais: Fundação Bienal de São Paulo, 2000. p. 92-101.
[1ª. ed. 1966].
______ . O negro nas artes plásticas. In: MOSTRA
do Redescobrimento: negro de corpo e alma = black in body and soul. São Paulo:
Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais: Fundação Bienal de São Paulo, 2000.
p. 426-429. [1ª. ed. 1968].
Biografia
ROCHA, Carlos
Eduardo da; VALLADARES, Katia Prado.
Clarival Valladares [Biografia].
Salvador: Fundação Emilio Odebrecht, 1985, 51p.
____
O conjunto da obra entre 1958-1983, conta com 2 livros de poesia; 234 escritos diversos (artigos, entrevistas, depoimentos, publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras); 68 textos para catálogos de exposições (Brasil e exterior); 38 ensaios críticos publicados; 33 livros e álbuns sobre crítica e história da arte (incluídos autoria e projeto editorial); 16 exposições iconográficas com fotos e textos do autor.
EXPOSIÇÕES [1960
-1980]
[realizou 16 exposições iconográficas]
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Retrato de Clarival Valladares, por Alberto Valença, 1952 |
1968 – Rio de
Janeiro - A Arte Cemiterial Brasileira,
Galeria Goeldi ;
1970 – Rio de
Janeiro - Do Barroco Nordestino ao
Sertanista, Museu Nacional de Belas Artes (MNBA);
1972 –
Bratislava/Eslováquia - Arte Genuína
Brasileira, na III Trienal de Arte Ínsita;
1972 – África
(diversos países) - O Negro na Formação e
na Cultura Brasileira, Ministério
das Relações Exteriores;
1973 – Rio de
Janeiro - Revelação Ótica do Barroco
Mineiro, Museu Nacional de Belas Artes (MNBA);
1975 – Rio de
Janeiro - Análise Iconográfica da Pintura
Monumental de Portinari nos Estados Unidos, Museu Nacional de Belas Artes
(MNBA);
1977 – Lagos/Nigéria - The Impact of African Culture on Brazil, no II FESTAC;
1977 – Rio de
Janeiro - Tempo e Lembrança de D. Pedro II [Comemoração do sesquicentenário de
nascimento do imperador brasileiro]. Museu Nacional de Belas Artes (MNBA).
"[...] Clarival sabia de poesia, de arte, de
literatura, de ciência. Era aquele aglomerado de conhecimentos que fizeram dele
uma figura fora do comum. [...]"
- Roberto
Burle Marx, 1991.
FORTUNA CRÍTICA
ALVES,
Marieta. Intelectuais e escritores
baianos. Salvador: Museu da Cidade, 1977.
BORGES, Maria
Elizia. Arte Funerária no Brasil:
Contribuições para a Historiografia da Arte Brasileira. XXII Colóquio
Brasileiro de História e Arte, CBHA - 2002. Disponível no link. (acessado em 4.4.2014).
CAVALCANTI,
Carlos; AYALA, Walmir. Dicionário brasileiro de artistas plásticos.
Brasília: MEC; Instituto Nacional do Livro, 1980.
FREYRE,
Gilberto. Meus caros colegas do CFC.
Diário de Pernambuco, Recife, 29 de maio de 1983.
GASPAR, Lúcia.
Clarival do Prado Valladares.
Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível no link. (acessado
em 3.4.2014).
LEITE, José
Roberto Teixeira. Dicionário crítico da
pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1989.
MARX, Roberto
Burle. Prefácio. In: VALLADARES, Clarival
do Prado. Nordeste histórico e monumental.
Salvador: Odebrecht, 1991. v. 4, p.11-14.
NUNES, Eliane.
Raimundo Nina Rodrigues, Clarival do
Prado Valladares e Marianno Carneiro da Cunha: três historiadores da arte
afro-brasileira. Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da
Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, 2007.
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Capa do livro Albert Eckhout - Presença da Holanda no Brasil do Século XVII |
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(org.). História geral da arte no Brasil.
São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983.
O Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival
do Prado Valladares é conferido anualmente a um projeto de
pesquisa que contribua significativamente para um maior entendimento da
formação econômica, sociopolítica ou artística brasileira.
Desde 2003, quando foi instituído, o Prêmio já viabilizou
a geração e o registro de conhecimentos originais sobre o período
pré-colombiano do território brasileiro, o comércio do açúcar nos primeiros
anos de efetiva colonização, a participação de ordens religiosas na formação
nacional, a engenharia e a urbanização de nossas cidades nos séculos XIX e XX,
entre outros. Os livros de arte, editados com apuro e ricamente ilustrados, em
que resultam os projetos são distribuídos gratuitamente a universidades e
instituições culturais e postos à venda nas livrarias.
Outras Informações: Site oficial do Prêmio
REFERÊNCIAS E
OUTRAS FONTES DE PESQUISA
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Clarival do Prado Valladares |
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© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Clarival do Prado Valladares - o acendedor de lampiões. Templo Cultural Delfos, abril 2014. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Clarival do Prado Valladares - o acendedor de lampiões. Templo Cultural Delfos, abril 2014. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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