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Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa |
Aracy Moebius de Carvalho (Rio Negro/PR, 5 de dezembro de 1908 — São Paulo/SP, 3 de março de 2011) foi uma poliglota brasileira que prestou serviços ao Itamaraty, tornando-se a segunda esposa do escritor João Guimarães Rosa.
Aracy também é conhecida por ter seu nome escrito no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel, por ter ajudado muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas. A homenagem foi prestada em 8 de julho de 1982, ocasião em que também foi homenageado o embaixador Luiz Martins de Souza Dantas. Ela é uma das pessoas homenageadas também no Museu do Holocausto de Washington (EUA). É conhecida pela alcunha de O Anjo de Hamburgo.
A paranaense, ainda criança foi morar com os pais em São Paulo. Em 1930, Aracy casou com o alemão Johan von Tess, com quem teve o filho Eduardo Carvalho Tess, mas cinco anos depois se separou, indo morar com uma irmã de sua mãe na Alemanha. Por falar quatro línguas (português, inglês, francês e alemão), conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Secção de Passaportes.
No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra J, que identificava quem era judeu. Nessa época, João Guimarães Rosa era cônsul adjunto. Ele soube do que ela fazia e apoiou sua atitude, com o que Aracy intensificou aquele trabalho, livrando muitos judeus da prisão e da morte.
A paranaense, ainda criança foi morar com os pais em São Paulo. Em 1930, Aracy casou com o alemão Johan von Tess, com quem teve o filho Eduardo Carvalho Tess, mas cinco anos depois se separou, indo morar com uma irmã de sua mãe na Alemanha. Por falar quatro línguas (português, inglês, francês e alemão), conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Secção de Passaportes.
No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra J, que identificava quem era judeu. Nessa época, João Guimarães Rosa era cônsul adjunto. Ele soube do que ela fazia e apoiou sua atitude, com o que Aracy intensificou aquele trabalho, livrando muitos judeus da prisão e da morte.
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Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa |
Aracy ficou viúva no ano de 1967 e não se casou novamente. Sofria de Mal de Alzheimer, faleceu em 3 de março de 2011, na cidade de São Paulo/SP, aos 102 anos.
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Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa em várias fases de sua vida: viveu 102 anos. [1908 - 2011] |
O ANJO DE HAMBURGO
Com Aracy, Guimarães Rosa, teve, além da companheira de quase três décadas, uma leitora atenta e participativa em suas criações, bem como um modelo de coragem e posicionamento diante das injustiças. Afinal, ao ser perguntada por que se arriscara ao conceder vistos a judeus ela respondeu: “Porque era justo”.
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Aracy era uma funcionaria consular meticulosa, que se preocupava em anotar detalhes do trabalho. |
“Nunca tive medo, quem tinha medo era o Joãozinho. Ele dizia que eu exagerava, que estava pondo em risco a mim e a toda a família, mas não se metia muito e me deixava ir fazendo.”
- Aracy, ao Jornal do Brasil
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Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (dir). Aracy e João |
“O Guima tinha um papel fundamental. Era ele que assinava os passaportes.”
- Aracy
Pelo seu trabalho em Hamburgo, em 1982 Aracy de Carvalho Guimarães Rosa foi incluída entre os quase 22 mil nomes que estão no Jardim dos Justos, no Museu do Holocausto, em Jerusalém. Trata-se de uma homenagem e um reconhecimento que o Estado de Israel presta aos góim (não-judeus) que ajudaram judeus a escapar do genocídio. Entre os mais famosos estão o empresário alemão Oskar Schindler - que inspirou o filme A lista de Schindler, de Steven Spielberg - e o diplomata sueco Raoul Wallenberg. Apenas outro brasileiro, o embaixador Luiz de Souza Dantas (1876-1954), recebeu a mesma honraria, em 2003. "Discreta, sem jamais ter caído na tentação de se promover por ter sido quem foi, Aracy pagou o preço do esquecimento", diz o historiador e escritor René Daniel Decol, empenhado no resgate dessa personagem. "Até sua influência sobre o escritor tem sido negligenciada pela crítica, pelos historiadores da literatura e pela mídia."
Uma justa homenagem a uma justa entre as nações
A HOMENAGEM
- Em 8 de julho 1982, recebe o título de "Justa entre as Nações", concedido pelo Museu do Holocausto de Jerusalém, por salvar a vida de vários judeus vítimas do nazismo.
- É considerada o Anjo de Hamburgo, prêmio da ONG B’nai B’rith (instituição judaica). “Ela me inspirou para construir a seguinte frase: para que os maus triunfem, basta que os bons não façam nada”, afirma Leahy.
- É considerada o Anjo de Hamburgo, prêmio da ONG B’nai B’rith (instituição judaica). “Ela me inspirou para construir a seguinte frase: para que os maus triunfem, basta que os bons não façam nada”, afirma Leahy.
- O nome dela foi dado a um bosque do Keren Kayemet nas cercanias da cidade sagrada.
- Museu do Holocausto, em Washington.
A única mulher mencionada no Museu do Holocausto, em Israel e nos Estados Unidos, é importante ressaltar sua existência e exaltá-la na história do Brasil na II Guerra Mundial.
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Aracy de Carvalho Guimarães Rosa homenageada em Israel, 1983. |
"se pudesse faria tudo novamente."
- Aracy
“Perdemos um símbolo: símbolo da dignidade, da crença em valores universais e da solidariedade.”
- Claúdio Lottenberg, Presidente da Confederação Israelita do Brasil, em 04 mar. 2011.
Em 3 de junho de 1982, o Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel reconheceu Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, como "Justa entre as Nações." |
"Ela tinha uma bondade enorme. Ajudou muitos judeus. Além da sua bondade, era muito bonita."
- Maria Margarethe Levy [Amiga e judia]
O COMPOSITOR GERALDO VANDRÉ
Depois que Guimarães Rosa morreu, Aracy continuou vivendo no apartamento do casal no Rio. Em 1968, quando o regime baixou o AI-5, ela escondeu nele o compositor Geraldo Vandré, perseguido pela ditadura militar por causa da canção “Pra não dizer que não falei de flores" ou "caminhando" como ficou conhecida, que virou um hino de protesto contra a ditadura. No prédio, próximo ao Forte de Copacabana, moravam vários oficiais. Enquanto a repressão caçava Vandré, ele compunha no sofá de Aracy. Depois, seu neto, Eduardo Tess Filho, levou Vandré para São Paulo numa Kombi. E de lá para o exílio.
Aracy não conhecia pessoalmente o compositor. Sabia que ele tinha feito a trilha sonora do filme A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965), de Roberto Santos, baseado num conto homônimo de Sagarana, primeiro livro de Guimarães Rosa.
JOÃO GUIMARÃES ROSA E ARACY DE CARVALHO GUIMARÃES ROSA

João Guimarães Rosa e Aracy Carvalho, 1939
Hamburgo - Alemanha.
Foi no consulado em Hamburgo, em 1938, que Aracy conheceu o grande amor de sua vida, o cônsul-adjunto João Guimarães Rosa, que mais tarde se tornaria um dos maiores escritores da literatura brasileira. "Ele sabia que ela ajudava os judeus a fugir da guerra e aprovava, mas sempre lhe advertia sobre os riscos, porque ela não tinha imunidade consular. Ele falava: "Aracy, tome cuidado, os nazistas são perigosos?", conta o único filho Eduardo Tess, do primeiro casamento, que mora em São Paulo.
Quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha em 1942, os funcionários da embaixada ficaram "internados" por quatro meses na cidade de Baden-Baden. Ainda no mesmo ano, Aracy e Guimarães Rosa vieram ao Brasil e, em 1947, se casaram por procuração na Embaixada do México, no Rio, pelo fato de já terem sido casados e a legislação brasileira não reconhecer a união entre desquitados.
O casamento "não oficial" dificultava a indicação dos dois para trabalharem na mesma embaixada. Ela recebeu um convite para trabalhar como secretária da Embaixada no Equador enquanto Guimarães Rosa foi chamado para a Colômbia. No entanto, ela preferiu abdicar da carreira a se separar de "Joãozinho", como o chamava carinhosamente.

Aracy de Carvalho e João Guimarães Rosa, em Paris, 1949.
Em 1948, Aracy e Guimarães Rosa seguiram para Paris, onde ele atuava como conselheiro da embaixada brasileira. Dois anos depois, o casal veio para o Rio, onde se estabeleceu no bairro de Copacabana. Foi durante o tempo em que moraram no Brasil e estiveram casados que Guimarães escreveu suas obras literárias mais importantes e desenvolveu sua prosa "roseana", como Sagarana e Primeiras Estórias. À amada, ele dedicou o livro Grande Sertão: Veredas. "A Aracy, minha mulher, Ara, pertence este livro". Com a morte de Guimarães Rosa em 1967, ela nunca mais se casou.

Aracy e Rosa, em Baden-Baden, 1942.
JOÃO GUIMARÃES ROSA E ARACY DE CARVALHO GUIMARÃES ROSA
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João Guimarães Rosa e Aracy Carvalho, 1939 Hamburgo - Alemanha. |
Quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha em 1942, os funcionários da embaixada ficaram "internados" por quatro meses na cidade de Baden-Baden. Ainda no mesmo ano, Aracy e Guimarães Rosa vieram ao Brasil e, em 1947, se casaram por procuração na Embaixada do México, no Rio, pelo fato de já terem sido casados e a legislação brasileira não reconhecer a união entre desquitados.
O casamento "não oficial" dificultava a indicação dos dois para trabalharem na mesma embaixada. Ela recebeu um convite para trabalhar como secretária da Embaixada no Equador enquanto Guimarães Rosa foi chamado para a Colômbia. No entanto, ela preferiu abdicar da carreira a se separar de "Joãozinho", como o chamava carinhosamente.
Aracy de Carvalho e João Guimarães Rosa, em Paris, 1949. |
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Aracy e Rosa, em Baden-Baden, 1942. |
Escreve Guimarães Rosa:
“Serás tudo para mim: mulher, amante, amiga e companheira. Sim, querida, hás de ajudar-me, a escrever os nossos livros. Não só passarás à máquina que eu escrever, como poderás auxiliar-me muito. Tu mesma não sabes o que vales. Eu sei, e sempre disse, que tens extraordinário gosto, para julgar coisas escritas. Muito bom gosto e bom senso crítico. Serás, além de inspiradora, uma colaboradora valiosa, apesar ou talvez mesmo por não teres pretensões de ‘literata pedante'. E estaremos sempre juntos, leremos juntos, passearemos juntos, nos divertiremos juntos, envelheceremos juntos, morreremos juntos."
- Guimarães Rosa [6/11/1942].
- Guimarães Rosa [6/11/1942].
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Cartas e cartões postais de João Guimarães Rosa a Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. |
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Guimarães Rosa e Aracy em uma viagem de férias ao sul da Itália, em 1950. |
- Guimarães Rosa [Bogotá, 24/3/1943].
Aracy Carvalho Guimarães Rosa, recebeu do marido uma das homenagens que merecia. É dedicado a ela um dos livros fundamentais da moderna literatura brasileira: "Grande Sertão: Veredas".
"A Aracy, minha mulher, Ara, pertence este livro."
"Seriam duas alegrias enormes: a chegada de ARA e a chegada de SAGARANA. Mas, em caso de perigo - TÓI! Tói! Tói! - joga fora o Sagarana e venha só a ARA, que é trezentos bilhões de vezes mais importante para mim."
- Guimarães Rosa [24.3.1946].
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Aracy e Rosa, em Florença, 1950. |
“Antes e depois, beijar, longamente, a tua boquinha. Essa tua boca sensual e perversamente bonita, expressiva, quente, sabida, sabidíssima, suavíssima, ousada, ávida, requintada, ‘rafinierte’, gulosa, pecadora, especialista, perfumada, gostosa, tão gostosa como você toda inteira, meu anjo de Aracy bonita, muito minha, dona do meu coração.”
- Guimarães Rosa
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Aracy e Rosa, na Praça San Marco - Veneza. |
"Para mim tuas cartas são como marmelada, doce de laranja, aipim, manjar branco, artigo elogiando 'Sagarana' no suplemento do jornal ... Oh, Ara, que feitiço é esse?"
- Guimarães Rosa, [24/9/1946].
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Aracy e Rosa, em Dresden, 1940. |
“Os outros eu conheci por ocioso acaso. A ti vim encontrar porque era preciso.”
- Guimarães Rosa
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Em 1949, Rosa e Aracy estiveram em Chamonix, uma estação de esportes de inverno nos Alpes Frances. |
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Rosa e Aracy, no Zoológico, Rio de Janeiro. |
FORTUNA CRÍTICA DE ARACY MOEBIUS DE CARVALHO GUIMARÃES ROSA
AKCHOURIN, Elvira. Aracy de Carvalho Guimarães rosa, aos 80 anos: 'se pudesse faria tudo novamente'. Resenha Judaica, São Paulo, Primeira quinzena, junho de 1988, p. 24.
ALMEIDA, Ivana Ferrante Rebello e.. O que tepertence - a influência de Aracy Moëbius de Carvalho na escrita de Guimarães Rosa. In: OLIVA, Osmar Pereira.. (Org.). Vozes do Gênero. Autoria e representações.. 1ªed., Montes Claros: Editora UNIMONTES, 2011, v. 1, p. 91-108.ALMEIDA, Ivana Ferrante Rebello e.. O que te pertence - a influência de Aracy Moëbius de Carvalho na escrita de Guimarães Rosa. In: Vozes do Gênero: autoria e representações, 2011, Montes Claros. Vozes do Gênero: autoria e representações. Montes Claros: Editora UNIMONTES, 2011. v. 1. p. 91-108.
ARACY. Morre aos 102 anos viúva de Guimarães Rosa. São Paulo: Folha de São Paulo, Ilustrada, 3 mar. 2011. Disponível no link. (acessado 21.12.2011).
ARACY Moebius de Carvalho Guimarães Rosa (1908 - ). Vol. II. Acervo e pesquisa - biografia de mulheres. Disponível no link. (acessado em 10.5.2014).![]() |
Aracy de Carvalho Guimarães Rosa |
BONOMO, Daniel Reizinger. A Correspondência do Fundo Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. Revista Instituto Estudos Brasileiros, nº48 São Paulo, Mar. 2009. Disponível no link. (acessado 12.12.2011).
BRUM, Eliane. O último desejo de Guimarães Rosa. Revista Época, 18 set. 2008. Disponível no link. (acessado 17.12.2011).
BRUM, Eliane; JEAN, Frederic. "A lista de Aracy", Revista Época, Rio de Janeiro, Editora Globo, nº 517, 14/Abr/2008, pp. 118-124.
BRUM, Eliane. Duas mulheres indomáveis. Revista Época, 7/3/2011. Disponível no link. (acessado 21.12.2011).
CALÓ, Adriana. Resgate de memória: quem foi Aracy Moebius de Carvalho?. in: Obvious. Disponível no link. (acessado em 22.3.2016).
CARDOSO, Mônica. Os 100 anos da brasileira que casou com Guimarães Rosa e salvou judeus. São Paulo: O Estadão de São Paulo, 21 de dez. 2008. Disponível no link. (acessado 12.12.2011).
CAMARGO, Cláudio; STUDART, Hugo. Um país que esquece seus heróis... - uma heroína esquecida. 20 jan. 2008. Disponível no link. (acessado 17.12.2011).
CAMARGO, Cláudio; STUDART, Hugo. Conheça a história de uma heroína quase esquecida no Brasil. Istoé. Disponível no link. (acessado 17.12.2011).
CASO, Fabiana. A mulher que driblou o nazismo. São Paulo: O Estado de S.Paulo, 1 mar. 2008. Disponível no link. (acessado 17.12.2011).
CATALOGO Eletrônico do Fundo Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. IEB/USP. Disponível no link. (acessado 18.5.2013).
CAVALCANTE, Maria Neuma Barreto; MINÉ, Elza. Cartas inéditas de João Guimarães Rosa e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. In: Seminário Internacional Guimarães Rosa 50º Grande sertão: veredas, 2006, Belo Horizonte. Anais do Seminário Internacional Guimarães Rosa 50º Grande sertão: veredas, 2006.
DECOL, René Decol. O nome imortal de Aracy Guimarães Rosa. Revista nº 19, ano IV, fevereiro/Março de 2007.
DECOL, René Daniel. Aracy Guimaraes Rosa. Digestivo Cultural, Ensaios, 07 mai. 2007. Disponível no link. (acessado 13.12.2011).
DECOL, René Daniel.Grande Sertão: Hamburgo - o roteiro de Guimarães Rosa na cidade alemã. Lingua Franca, 30 set. 2008. Disponível no link. (acessado 13.12.2011).
DECOL, Rene Daniel. Uma certa Aracy, um chamado João. TPM, São Paulo, 1 maio 2007.
DECOL, René Daniel. D. Aracy, o anjo de Hamburgo. Revista 18, São Paulo, 1 fev. 2007.
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Aracy e Rosa, Hamburgo - 1938. |
FRESSIA, Alfredo. Aracy de Carvalho Guimarães Rosa - El adiós de una mujer justa. El País, Suplemento de Cultura, 8 abr. 2011. Disponível no link. (acessado 26.12.2011).
GAJARDONI, Almyr. Uma brasileira contra o nazismo. Blog do Noblat. 16 abr. 2007. Disponível no link. (acessado 17.12.2011).
HAAG, Carlos. A guerra dos Rosas - A experiência de salvar judeus na Alemanha nazista marcou a vida e a obra de Guimarães Rosa e sua mulher Aracy. Disponível no link. (acessado 28.12.2011).
LEAHY, Anthony. Instituto da Memória. In: Gazeta do Povo, 9/10/2010.
MIELLI, Renata. A coragem de uma mulher que salvou vidas. Blog Theresa Catarina de Góes Campos, 4 nov. 2008. Disponível no link. (acessado 17.12.2011).
MILAN, Pollianna. A heroína que o Paraná não conhece. Gazeta do Povo, 09/10/2010, Vida e Cidadania, p. 8.
SCHPUN, Mônica Raisa. Justa: Aracy de Carvalho e o resgate de judeus: trocando a Alemanha nazista pelo Brasil. Editora Civilização Brasileira, 2011.
SCHPUN, Mônica Raisa. Aracy de Carvalho et Margarethe Levy : une amitié née dans l urgence (Hambourg, 1938). Nuevo Mundo-Mundos Nuevos, v. 6, 2006.
SCHPUN, Mônica Raisa. Aracy de Carvalho e Margareth Levy, ou a história de um happy end transatlântico sob domínio nazista. In: SCARZANELLA, Eugenia; SCHPUN, Mônica Raisa. (Org.). Sin fronteras: dialogos de mujeres y hombres entre America latina y Europa (Siglos XIX y XX). 1ª ed., Madrid/Frankfurt am Main: Iberoamericana/Vervuert, 2008, v. 111, p. 223-241.
SCHPUN, Mônica Raisa. Aracy de Carvalho et Margarethe Levy : une amitié née dans l urgence (Hambourg, 1938). Nuevo Mundo-Mundos Nuevos, v. 6, 2006.
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SCHPUN, Mônica Raisa. Aracy Moebius de Carvalho Tess e Maria Margarethe Bretel Levy : História de um happy-end transatlântico. In: WOLFF, Cristina Scheibe; FÁVERI, Marlene de; RAMOS, Tânia Regina Oliveira. (Org.). Leituras em rede: gênero e preconceito. Ilha de Santa Catarina: Editora Mulheres, 2007, v. , p. 351-370.
SETTI, Ricardo. Aracy Moebius de Carvalho. revista Veja, online 8 de setembro de 2013. Disponível no link. (acessado em 10.5.2014).
SETTI, Ricardo. Aracy Moebius de Carvalho. revista Veja, online 8 de setembro de 2013. Disponível no link. (acessado em 10.5.2014).
SPITZCOVSKY, Jaime. A historia do "Anjo de Hamburgo". Revista Morashá, Edição 60, abril 2008. Disponível no link. (acessado 17.12.2011).
ACERVO FUNDO ARACY DE CARVALHO GUIMARÃES ROSA
Doado pela família, pertencente ao Instituto de Estudos Brasileiros da USP.
o Acervo: A Série Correspondência - totalizam 3070 documentos.
Aracy e Rosa em Veneza. |
DOCUMENTÁRIO
Documentário: Esse viver ninguém me tiraDocumentário conta a história de Aracy Moebius de Carvalho, mulher do escritor Guimarães Rosa. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela chefiou o setor de passaportes do consulado brasileiro em Hamburgo, na Alemanha, e foi responsável por auxiliar os judeus, fugidos do nazismo, a emigrarem para o Brasil.
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Aracy e Rosa, no Itamaraty. |
:: BONOMO, Daniel Reizinger. A Correspondência do Fundo Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. Revista Instituto Estudos Brasileiros, nº48 São Paulo, Mar. 2009.
:: Artigos e ensaios.
:: Diário "Alemão", de João Guimarães Rosa.
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:: Acervo Família Tess e internet.
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Fotos e imagens
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© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske
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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa - a coragem de uma mulher que salvou vidas. Templo Cultural Delfos, janeiro/2011. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Querida Elfi,
ResponderExcluirDelícia de blog. É muito bom estar com vc por aqui. Obrigado pelas músicas e agora informações escritas com tanto carinho e glamour. Nesse país isso é privilégio. Beijo carinhoso.
Edelvais
Olá Edelvais,
Excluirperdão pela demora em responder-te,
agradeço a visita, fico feliz que tenha gostado.
Volte sempre!
Abraços
Que lindo, fiquei emocionada com o que ela fez, em ajudar o povo de Deus, Jesus disse: Se alguém me serve, o Pai o honrará! (João 12.26)
ResponderExcluirOlá Lourdes,
Excluirobrigada pela visita, fico feliz que tenha gostado.
Volte sempre!
Abraços
Belíssimo artigo! Se já era grande meu amor e admiração por nosso inigualável Guimarães Rosa, fico ainda mais encantada em saber que ao seu lado conviveu esta mulher de similar grandeza.
ResponderExcluirOlá Leia,
Excluirobrigada pela visita e comentário. :)
Volte sempre, abraços
Lindo!
ResponderExcluirLindo demais!
ResponderExcluirAdmirável mulher e amante, soube como ninguém ajudar pessoas desconhecidas e amar a um conhecido com todo o cardação. Adorei toda a história.
ResponderExcluirPARABENSS!!! UM ORGULHO PARA A NAÇÃO!
ResponderExcluirEsses Brasileiros nos Fazem Refletir qual o Sentido na nossa Identidade Cultural!
Devemos seguir os Mesmos Exemplos! Mesmos que Sejam os Mais Simples,Mas que Elevem o Nome de nossa Nação e Não Inferiorize!
Tudo muito inspirador aqui. Adorei.
ResponderExcluirParabéns, Gabriela. Primeira vez que leio o seu blog. Já tinha lido alguma coisa sobre D. Aracy. Um imenso ser humano. Corajosa e inspiradora. Fico emocionado.
ResponderExcluirTão apaixonada que sou por Guima, agora encantei-me com o relato de Ara. Eu desconfiava de alguma coisa, quando da leitura da dedicatória: "A Aracy, minha mulher, Ara, pertence este livro." Mas, não sou vidente; agora, confirma-se tudo! Maravilhosos os dois! Tudo por tudo!
ResponderExcluirAchei fabulosa e maravilhosa a história de vida dessa linda mulher,inteligente que usou sua capacidade para o bem de muitas vidas....quanto orgulho conhecer esta história de vida que só dignificou o lugar que ocupava.....
ResponderExcluirCasal maravilhoso que marcou o século passado . Ambos passarão vinculados à História Mundial do século vinte . Viverão para sempre !
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