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Kaká Werá e a sua ecologia do ser

 
Kaká Werá - foto: © Eduardo Fujise e Gideoni Junior / Itaú Cultural

© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske
Por gentileza citar conforme consta no final desse trabalho. 


"Para nós, a literatura indígena é uma maneira de usar a arte, a caneta, como uma estratégia de luta política. É uma ferramenta de luta. E por que uma luta política? Por que à medida que a gente chega à sociedade e a sociedade nos reconhece como portadores de saberes ancestrais e como intelectuais, ela vai reconhecer também que existe uma cidadania indígena. E que dentro da cidadania existem determinados direitos constitucionais que não ferem, que não desagregam a sociedade, seja indígena ou não indígena."
- Kaka Werá. Coleção Tembetá. Azougue Editorial, 2015.

ESBOÇO BIOBIBLIOGRÁFICO DE KAKÁ WERÁ

Kaká Werá Jecupé (São Paulo, São Paulo,  1964-), escritor, ambientalista e tradutor. É descendente do povo Tapuia e acolhido pelos guarani, junto aos quais desenvolve uma extensa pesquisa histórica, linguística e cultural. Envolvido em processos educativos, atua na valorização, registro e difusão dos saberes ancestrais de povos indígenas.

Nos anos oitenta Kaká Werá notabilizou-se pelo empreendedorismo social; desenvolvendo projetos sustentáveis, criando tecnologias sociais que aliaram arte, valorização de culturas e cooperatividade.

Tornou-se um dos precursores da literatura indígena no Brasil e uma autoridade na difusão dos saberes e valores ancestrais. Destaca-se hoje no desenvolvimento de pessoas e como facilitador de processos de autoconhecimento, tendo por base a sabedoria da tradição tupi-guarani.

Aprofunda e amplia seus estudos unindo a experiência pessoal, à antropologia cultural e às iniciações espirituais em filosofias ancestrais do ocidente e oriente.

É Integrante do Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT) e educador na Unipaz (Universidade Holística da Paz) há mais de 20 anos. Já percorreu mais de 10 países (entre eles Estados Unidos, Inglaterra e França) abordando temas ligados à ancestralidade, cultura de paz, espiritualidade, autoconhecimento e auto-liderança.

Atualmente Kaká realiza sua missão de difusão dos saberes ancestrais e seus valores espirituais através da literatura e da facilitação de processos de autodesenvolvimento em imersões, seminários, retiros, cursos presenciais e on-line e em palestras por todo o Brasil e exterior.

Kaká é, desde criança, um apaixonado pela literatura e considera esta a sua forma de expressar, despertar reflexões e sensibilizar as pessoas para os valores contidos nas sabedorias ancestrais.

É autor de diversos livros,  dentre eles os mais recentes são: A Águia e o Colibri (2019), escrito em parceria com Roberto Crema, com o Selo Arapoty e  O Trovão e o Vento, pela Ed. Polar (2016).

Sua produção literária  iniciou com o título Todas as Vezes que Dissemos Adeus (1994), em seguida veio Terra dos Mil Povos (1997),  traduzido para o francês e o alemão e  Fabulosas Fábulas de Iauaretê (1999), que receberam vários prêmios e recomendações nacionais e internacionais, dentre eles do Programa Nacional do Livro Didático (2010), do Catálogo de Bolonha na Itália (1998, 2008) e foram considerados Altamente Recomendados pela Fundação Nacional do Livro. Ainda publicou  Tupã Tenondé (2001) e  em 2018 colaborou com a criação da Coleção Tembetá, da Editora Azougue, que reuniu as biografias de líderes indígenas brasileiros, sendo um dos títulos destinado a seu nome.

Kaká Werá também escreveu duas peças de teatro  premiadas, Morená (2010)  e O Menino Trovão (2012), que já foram encenadas por companhias de teatro no Brasil e em Portugal.
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*Outras informações biográficas AQUI! (acessado em 7.12.2021).


"Andar é humano. Quem anda seus males espanta. Caminhar para mim é algo que une duas coisas: a saúde e o sagrado. Faz o corpo lembrar que está vivo; permite que músculos, órgãos e todo um complexo de motricidade cumpram sua tarefa. Faz todas as partes do organismo sentirem-se importantes, presentes, lúcidas e como resultado, brilha vitalidade pelos poros. Além do mais, faz parte da natureza humana tecer caminhos, abrir trilhas, estradas, conectar pontos, pessoas e lugares."
- Kaká Werá, em "Caminhar é preciso". site do autor.  dez/2021.

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Kaká Werá - foto: © Arquivo pessoal

OBRA DE KAKÁ WERÁ

Livros
:: Oré Awé Roiru'a Ma: Todas as vezes que dissemos adeus. Kaká Werá JecupéSão Paulo: Editora Triom, 1994; 2ª ed., 2002.
:: A terra dos mil povos: História Indígena do Brasil contada por um índio. Kaká Werá Jecupé. [ilustrações Taísa Borges]. São Paulo: Editora Peirópolis, 1998; 3ª ed., 2000.
:: Tupã Tenondé: A criação do Universo, da terra e do homem segundo a tradição oral Guarani. Kaká Werá Jecupé. São Paulo: Editora Peirópolis, 2001.
:: A criação do mundo segundo os guaranis – A voz do TrovãoKaká Werá JecupéEdição bilíngue português/alemão. Editora Antroposófica; Instituto Arapoty, 2013.
:: O trovão e o vento: um caminho de evolução pelo xamanismo Tupi-Guarani. Kaká Werá Jecupé. São Paulo: Polar Editora, 2016.
:: Kuaracy KoráKaká Werá Jecupé. Ebook. São Paulo: Arapoty Livros, 2020.
:: O poder do sonhoKaká Werá Jecupé. São Paulo: Arapoty Livros,  2021. {disponível também em ebook}.

Infanto-juvenil
:: As fabulosas fábulas de Iauaretê. Kaká Werá Jecupé. [ilustrações Sawara]. São Paulo: Editora Peirópolis, 1999; 2007.
:: Menino - trovão. Kaka Wera. [ilustrações Mauricio Negro]. Coleção Giralssol. Editora Moderna, 2022 {Selo Cátedra 10 Unesco}.

Em parceria
:: A águia e o colibri. Roberto Crema e Kaká Werá. São Paulo: Arapoty Livros, 2019.

Coleção Tembetá
:: Kaka Werá. [coordenação Sérgio Cohn e Idjahure Kadiwel]. Coleção Tembetá. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2015.

Organização
:: Coleção Tembetá. [organização Kaká Werá; coordenação Sérgio Cohn e Idjahure Kadiwel; produção Cristino Wapichana]. Rio de Janeiro: Azougue Editorial / Revistas de Cultura; Lisboa: Oca Editorial. 2015-2019. {autores da coleção: Kaka Werá, Sonia Guajajara, Álvaro Tukano, Ailton Krenak, Jaider Esbell, Eliane Potiguara, Daniel Munduruku, Biraci Yawanawá, ...}.

Em antologias
:: Poranduba - Roda de histórias indígenas - 1 Livro + 4 CD'S: CD 1 – Criação e amor - CD 2 – Metamorfose e magia - CD 3 – Fogo, água, céu e terra - CD 4 – Plantas e animais. [organização Rute Casoy]. Editora Nau, 2009. {Um mergulho nas histórias de 28 mitos indígenas brasileiros. O projeto Poranduba é uma realização do grupo “Roda de Histórias Indígenas”, do INBRAPI (Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual) e da Nau Editora e contou com o patrocínio do Programa Petrobras Cultural, na linha de Educação para as Artes, visando à produção de materiais para educadores | Histórias dos povos: Bororo, Desana, Guarani, Kayapó, Kaingang, Kamaiurá, Karajá, Kaxinawá, Krenak, Kuikuro, Macuxi, Mawé, Munduruku, Nambikwara, Taulipang, Tikuna, Tukano, Waijãpi, Wapichana, Xavante. | Possui histórias narradas por: Ailton Krenak e Kaká Werá Jecupé | Participações especiais de: Alvaro Tukano, Daniel Munduruku, Naná Vasconcelos, Pajé Kaba Biboy Munduruku, Cristino Wapichana, entre outros}.
:: Poesia indígena hoje: resiliência. [organização Beatriz Azevedo e Julie Dorrico]. Dossiês 1. Revista p-o-e-s-i-a, n. 1 . 2020. {“Cardumes poéticos” - conta com participação de: Ailton Krenak, Aline Pachamama (puri), Auritha Tabajara, Ãtekáy (pataxó), Eliane Potiguara, Edson Krenak, Graça Graúna (potiguara/RN), Gustavo Caboco (wapichana), Ian Wapichana, Itayná Ranny Tuxá, Jamile Nunes (parintintim), Juliana Kerexu (guarani), Julie Dorrico (makuxi), Marcia Mura, Marcia Kambeba, Olivio Jecupé (guarani), Renata Machado (Tupinambá), Tiago Hakiy (mawé), Yaguaré Yamã (sateré-mawé) e Zélia Balbina (puri) | ensaios “Sementes” - conta com participação de: Daniel Munduruku, Fernanda Vieira (xocó/SE), Geni Ñunez (guarani), Jaider Esbell (makuxi), Kaka Werá (Tapuia) e Maria Elis Nunc-Nfôonro (xokleng)}. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
:: Firmando o pé no território: temática indígena em escolas. [organização Angelise Nadal Pimenta, Paula Mendonça de Menezes; ilustrações Ailton Krenak]. Rio de Janeiro: Pachamama Editora, 2020. {vários autores}.
:: Apytama: floresta de histórias. [organização Kaka Wera; ilustações Digo Cardoso]. Coleção Veredas. Editora Moderna, 2023. {autores presentes: Daniel Munduruku, Kaká Werá, Cristino Wapichana, Ademario Ribeiro Payayá, Tiago Hakiy, Edson Kaiapó, Auritha Tabajara, Trudruá Dorrico e Márcia Kambeba}.


Kaká Werá - foto: © revista Trip

ÁLBUNS MUSICAIS

DISCO "PORÃ-HEI – A TRADIÇÃO DO SOL, DA LUA E DOS SONHOS" • Kaká Werá • 2002

- músicas -
1 - Aguijeveve.
2 - Eju apy.
3 - I-Guara.
4 - .
5 - Ayvu rapyta.
6 - Mitã.
7 - Ava Tenondé.
8 - Nheen'g.
9 - Ibi-cy.
10 - Maino-I.
11 - Toré do arco-íris.
- ficha técnica - 
Músicos: Pedro Sá (baixo, guitarras e synth), Corciolli (teclados), Kassin (bases de narração), Leo Monteiro (percussões eletrônicas), Kaká Werá (vozes e percussões).
Produção: Moreno Veloso e Bartolo
Selo Azul Music
Formato: CD
Ano: 2002.
* Disponível no Spotify e Work Archive (acessado em 7.12.2021).

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DISCO "NHEMONGUATÁ" • Grupo Manuí • 2012  

O CD Nhemonguatá são histórias indígenas do livro "As Fabulosas Fábulas de Iauaretê" escritas por Kaká Werá e interpretadas pelo Grupo Manuí. As músicas são de autoria dos integrantes do Manuí, do escritor e de domínio público.
- músicas - 
1 - A mulher que se casou com Iauaretê (Domingos de Salvi, Kaká Werá e Leandro Pfeifer) 
2 - Gerações (Leandro Pfeifer e Tatiana Zalla) 
3 - Juruá e Anhangá (Domingos de Salvi, Kaká Werá e Leandro Pfeifer)
4 - Juruá vira peixe (Kaká Werá)
5 - Juruá, o Boto e o Pirarucu (Kaká Werá e Toninho Carrasqueira)
6 - Iauaretê-mirim e o Jatobá (Domingos de Salvi e Kaká Werá) 
7 - Iauaretê-mirim e a oportunidade (Kaká Werá)
8 - Olha o Guará (Kaká Werá e Leandro Pfeifer)
9 - Iauaretê-mirim encontra Jacy Tatá, a mulher estrela (Kaká Werá e Toninho Carrasqueira)
10 - Licença pro menino (Leandro Pfeifer)
11 - Dona Maria (Domínio Público)
12 - Canção das quatro direções (Kaká Werá)
13 - Sobre o encarte (Tatiana Zalla)
- ficha técnica -
Direção musical: Toninho Carrasqueira
Arranjos: Edson Alves
Participação especial: Kaká Werá
Músicos: Domingos de Salvi(viola caipira); Thomas Rohrer (rabeca e violino); Gabriel Levy (acordeom); Ari Colares (percussão); Neymar Dias (contrabaixo); Julio Ortiz (violoncelo); Rosângela Macedo (vocais) 
Participação: Coral de crianças com direção musical e arranjos de Pedro Paulo Salles e regência de Daisy Fragoso; onto de Cultura Arapoty Cultural, coordenado por Elaine Saron
Concepção do encarte e site (desenhos): Sawara
Programação visual: Iago Sartini
Selo: Independente
Formato: CD
Ano: 2012
Distribuição: Tratore.
* Disponível no Spotify. (acessado em 7.12.2021).

Kaká Werá - foto: © Arquivo pessoal

FILMOGRAFIA DE KAKÁ WERÁ 

- participação -

Filme (Série): Alegorias do Brasil | Direção Murilo Salles
Documentário | Episódios* | Cor | 26 min. cada | Brasil | 2018

Episódio 1: "Identidade e Natureza"
Sinopse: Neste primeiro capítulo, investigamos que no Brasil não vigora um símbolo forte e essencial de identidade, mas, sim, alegorias fragmentadas do que é ser brasileiro. Em seguida, discutimos como esse sentimento de identificação dos brasileiros com seu país passa menos pela nossa história concreta e seus eventos políticos do que pela imaginação, ou seja, pela natureza e pela cultura.
Entrevistados: João Cezar de Castro Rocha, Antônio Risério, Beatriz Jaguaribe, Beatriz Resende, Carlos Andreazza, Contardo Calligaris, Daiara Tukano, Eduardo Jardim, Fausto Fawcet, Francisco Bosco, Fred Coelho, Giovana Xavier, Guilherme Wisnik, Guillermo Guicci, Heloísa Starling, Jeanne Marie Gagnebin, Kaká Werá, Laura de Mello e Souza, Lorenzo Mammi, Luiz Antônio Simas, M. D. Magno, Maurí­cio Lissovsky, Muniz Sodré, Paulo Sergio Duarte, Renato Lessa, Silviano Santiago, Thula Pires e Ynaê Lopes dos Santos

Episódio 6"Sem Fé, Sem Lei, Sem Rei"
Sinopse: O processo de colonização do Brasil deixou aos índios que habitavam o território as alternativas de morrer fisicamente ou simbolicamente. Mas, por outro lado, permitiu o intercurso entre suas culturas e a europeia. Essa aculturação é notável nas representações que, desde Pero Vaz de Caminha até o Romantismo e o Modernismo, foram feitas dos índios e moldaram a nossa imaginação sobre eles.
EntrevistadosAntônio Risério, Beatriz Jaguaribe, Carlos Fausto, Daiara Tukano, Danilo Marcondes, Eduardo Jardim, Guilherme Wisnik, Guillermo Guicci, Kaka Werá, Laura de Mello e Souza, Luiz Antônio Simas, Maria Augusta Fonseca, Ronaldo Vainfas e Ynaê Lopes dos Santos

Episódio 7"Vívidos de amor"
Sinopse: Entre as mais famosas alegorias do Brasil, está a da miscigenação. O papel desempenhado pela sexualidade na formação desse que é reconhecido o nosso principal traço cultural. A miscigenação ocorreu, mas não como por vezes se imaginou, ao criar o paradigma de democracia racial, mas ela se deu, também, na base da violência com mulheres negras e índias.
Entrevistados: Antônio Risério, Auterives Maciel, Beatriz Jaguaribe, Carlos Fausto, Contardo Calligaris, Guilherme Wisnik, Guillermo Guicci, Jessé Souza, Kaka Werá, Luiz Antônio Simas, Manolo Florentino, Marilena Chaui, Maurí­cio Lissovsky, Muniz Sodré, Ronaldo Vainfas, Thula Pires e Ynaê Lopes dos Santos.

Episódio 10"Macunaíma".
Sinopse: Criado por Mário de Andrade, o personagem do romance Macunaíma tornou-se a grande alegoria modernista do Brasil. De um lado, é esperto e livre. De outro, mentiroso e malandro. Suas ambivalências são as do próprio brasileiro. É aberto e plástico. Mas acaba morto. Será que hoje ainda há espaço para o malandro, que não obedece e nem afronta, mas dribla a lei? Ainda somos macunaímicos?
Entrevistados: Antônio Risério, Auterives Maciel, Beatriz Jaguaribe, Eduardo Jardim, Eneida Maria de Souza, Ismail Xavier, João Cezar de Castro Rocha, Kaká Werá, Lorenzo Mammi, Luiz Antônio Simas, M. D. Magno, Pedro Meira Monteiro, Renato Lessa, Silviano Santiago, Thula Pires
- ficha técnica -
Direção e direção de fotografia: Murilo Salles
Roteiro: Itauana Coquet, Murilo Salles e Pedro Duarte
Produção: Fabricio Mota, Heitor Franulovic e Vanessa Santos
Direção de arte: Bruno Yoguy
Trilha sonora: Sacha Amback e Victor Biglione
Som direto: Fabricio Mota
Assistente de direção: Fabricio Mota
Assistente de produção: Gustavo Monlevad e Keila Chimite
Assistente de fotografia: Paulo Macedo
Eletricista: Evandro Tranquilinho
Maquiagem: Gabriela Schembeck e Rodrigo Sasic
Edição de som: Rodrigo Sasic
Mixagem: Rodrigo Sasic
Montagem: Itauana Coquet
Consultoria: Carla Rodrigues
Colorista: Glauco Guigon
Curadoria: Pedro Duarte
Logger: Viní­cius Assis
Produtora: Cinema Brasil Digital
Exibição: Canal Curta
* Série documental: Alegorias do Brasil  Direção Murilo Salles • 13 episódios • 26 min. • 2018
Sinopse geral: Uma imersão em nossas raízes históricas, nas mazelas e qualidades que nos tornam brasileiros. Ao longo de 13 capítulos, mais de 50 intelectuais que pensam o Brasil fazem uma revisão crítica dessas formações culturais que nos singularizaram. Como e por que somos assim? Quais procedimentos sociais foram se impondo e nos moldando?.

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Filme: 'O Povo Dourado somos todos nós'
Documentário | Cor | 63 min. | Brasil | 2015
Sinopse: Inspirado no conto de Kaká Werá sobre o mito de criação do mundo pelos Tupi Guaraní. O filme revela o encontro mágico entre uma orquestra de jovens alemães que vem ao Brasil com duas instituições de caráter social em busca da preservação da cultura indígena.
Direção e produção: Cecília Engels, Daniela Perente e Felipe Kurc
Animação: David Vidad e Beto Silva
Música: Winfried Vögele
Produção: Plano Astral Filmes
* Disponível online no canal da Plano Astral Filmes (acessado em 7.12.2021)


"Tem dois problemas gravíssimos que a sociedade contemporânea realiza: a dificuldade de ter sono e a dificuldade de respeitar a natureza. Os dois são problemas gravíssimos, pois geram doenças e distorções terríveis."
- Kaká Werá, em entrevista. In: ORTEGA, Anna. Kaká Werá Jecupé: “A sociedade não está conseguindo dormir, quanto mais sonhar”. Jornal UFRGS, 12 de novembro de 2020. 

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Kaká Werá - foto © Arquivo pessoal

FORTUNA CRÍTICA DE KAKÁ WERÁ

BRANDES, Silvely. Diálogos interculturais na literatura indígena contemporânea: Uma pesrspectiva bakhtiniana (Dissertação Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade). Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, 2017. Disponível no link. (acessado em 8.2.2023).
CIVITAS. Bate-papo com Kaká Werá - Programa Ecos da Alma Brasileira. In: Instituto Civitas Solis, 10.5.2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
DANNER, Leno Francisco (mediação). Pachamama como paradigma filosófica: Kaká Werá e Márcia Mura. In: Literatura Indígena Contemporânea, 10 de dezembro de 2020. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; CORREIA, Heloisa Helena Siqueira; DANNER, Fernando (Orgs.). Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica, recepção. [prefácio Ana Lúcia Liberato Tettamanzy]. 1ª ed., Porto Alegre: Editora Fi, 2018. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; DANNER, Fernando. Em busca da terra sem males: violência, migração e resistência em Kaká Werá Jecupé e Eliane Potiguara. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, v. 58, p. 1-17, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; DANNER, Fernando. A literatura indígena brasileira, o movimento indígena brasileiro e o Regime Militar: uma perspectiva desde Davi Kopenawa, Ailton Krenak, Kaká Werá e Alvaro Tukano. In: Espaço Ameríndio (UFRGS), v. 12, p. 252-289, 2018. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; DANNER, Fernando. Literatura indígena como descatequização da mente, crítica da cultura e reorientação do olhar: sobre a voz-práxis estético-política das minorias. In: Teatro: criação e construção de conhecimento, v. 5, n. 1, p. 9-33, 2017. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DEPOIMENTO. Kaká Werá – culturas indígenas. In: Itaú Cultural, 5.10.2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).. {Depoimento gravado durante o evento Mekukradjá – Círculo de Saberes de Escritores e Realizadores Indígenas, em setembro de 2016, em São Paulo/SP}.
DIÁLOGOSConversa Aberta - Indígenas.BR - Escritores - Kaká Werá, Eliane Potiguara e Denízia Xocó. In: Centro Cultural Vale Maranhão, abril de 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
DORRICO, Julie. A estrutura do homem integrado à natureza como princípio da literatura indígena brasileira contemporânea. In: Espaço Ameríndio (UFRGS), v. 13, p. 242-267, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
ENTREVISTA. Kaká Werá - "Podemos aprender sobre este momento com as culturas indígenas". In: Jovem Pan News, 9.6.2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
EVELINA, Elda. O Povo Dourado somos todos nós – apresentação. In: Elda Evelina, 25 de maio de 2015. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
FERRAZ, Murilo; LOPES, Marcos Carvalho. #050 - Filosofia Indígena: Tupy-Guarani, com Kaká Werá. In: Filosofia Pop, 16.10.2017. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
FRIES, Alana. Daniel Munduruki e Kaka Werá Jecupé: uma experiência de leitura do mundo do outro. In: Espaço Ameríndio, v. 7, n. 1, 2013. Disponível no link. (acessado em 8.12.2021).
GALVÃO, Demetrios. Tembetá o Som do Saber Ancestral. In: Revista Acrobata, 13 de agosto de 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
GEBELUCHA, Daniela. Narrativas míticas Guarani no Brasil: das belas palavras às experienciações míticas - vozes de resistência dos Guarani contemporâneos. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
GIACOMOLLI, Dóris Helena Soares da Silva. Literatura indígena e a narrativa da memória : Eliane Potiguara, Daniel Munduruku e Kaka Werá Jecupé. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal do Rio Grande, FURG, Rio Grande/RS, 2020. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
GRAÚNA, Graça. Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2013.
KAKÁ WERÁ. A Terra é de Nhanderú - Kaká Werá fala sobre os quatro princípios da sabedoria ancestral da cultura Guarani em encontro de lideranças indígenas no Caminho do Meio. In: Revista Bodisatva, 24 de Setembro de 2017. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
KAKÁ Werá e a sabedoria ancestral. In: Peirópolis Editora, s/data. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
LIMA, Tarsila de Andrade Ribeiro. Poesia e oração na literatura de Kaká Werá Jecupé. In: Palimpsesto, v. 15, n. 22, p. 189-292, 2016. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
OLIVEIRA, Elisa Faria de.. Representações socioculturais indígenas diante o livro a terra dos mil povos de Kaka Werá Jecupé: lutas, resistências, estereótipos e concepções. (TCC / Monografia Graduação em História). Universidade Federal de Uberlândia, UFU, Uberlândia, 2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
ORTEGA, Anna. Kaká Werá Jecupé: “A sociedade não está conseguindo dormir, quanto mais sonhar” [entrevista]. In: Jornal UFRGS, 12 de novembro de 2020. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
PFEIFER, Leandro. Ecos da Paulistânia na educação: processo de inclusão da diversidade musical em contextos de formação. (Dissertação Mestrado em Música). Universidade de São Paulo, USP, 2016. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
PORTUGAL, Ana Raquel Portugal; HURTADO, Liliana Regalado de.. Representações culturais da América indígena. São Paulo: Editora UNESP, 2015.
QUARESMA, Carline Cunha Ramos; LEAL, Izabela Guimarães Guerra. Kaká Werá Jecupé e a tradução dos cantos sagrados mbyá guarani. In: Letras Escreve, v. 8, p. 533-554, 2018. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
RIBEIRO, Sidarta. O oráculo da noite: A história e a ciência do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
RODA VIVA - Kaká Werá. In: Roda Viva, 9.1.2017. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
SARMENTO-PANTOJA, Tânia. Outras faces das mesmas lutas – o testemunho na literatura indigenista no Brasil: Oré Awé Roiru’a Ma: Todas as vezes que dissemos adeus, de Kaka Werá Jecupé, e A queda do céu, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. In: Contexto, v. 36, p. 111-123, 2019. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
SILVA, Sofia Robin Ávila da.. "Invadindo o novo mundo": representação e auto representação na obra Oré awé roiru’a ma, Todas as vezes que dissemos adeus, de Kaká Werá Jecupé.  (TCC / Monografia Graduação em Letras). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, 2014. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
THIÉL, Janice Cristine. Pele Silenciosa - Pele Sonora: A construção da identidade indígena brasileira e norte-americana na literatura. (Tese Doutorado em Letras). Universidade Federal do Paraná, UFPR, 2006. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
TUPINAMBÁ, Renata. "Aquilo que não tem alma se autodestrói" , diz escritor Kaká Werá [entrevista]. In: Rádio Yandê, 23 de maio de 2015. Disponível no link. (acessado em 6.12.2021).
UNESPAR. Kaká Werá Jecupé - Pandemia, ancestralidade e a cura da humanidade. In: Unespar, 20 de maio de 2020. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).
VILELA, Lucia Helena de Azevedo.. O Sentido de Estranho em Leslie Silko e Kaka Werá Jecupé: Identidades Culturais, Deslocamento e Terra. In: Aletria (UFMG), Belo Horizonte, v. 1, n.9, p. 68-77, 2002. Disponível no link. (acessado em 7.12.2021).

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"Eu acredito que podemos combater com arte, literatura, ombridade, sabedoria, ética e valores. Pois assim estamos combatendo com a força da alma. Aquilo que não tem alma se auto-destrói. Aprendi com os guaranis que a palavra é o corpo da alma. Quando uma palavra vem com verdade, ela vem com a força do espírito. E isso contagia. Se a gente combater  intolerância com intolerância estaremos somente alimentando mais ainda essa coisa terrível. E aquilo que alimentamos, vive. Assim como aquilo que não alimentamos, morre." 
- Kaká Werá, em entrevista concedida a Renata Tupinambá/ Rádio Yandê, 23 de maio de 2015. 


"O progresso, para nós, é você desenvolver a sua capacidade criativa, a sua expressão no mundo. Isso se manifesta na forma de lidar com o espaço e com a natureza na forma de celebração e cuidado"
- Kaka Werá. Coleção Tembetá. Azougue Editorial, 2015.


Kaká Werá - foto: © Arquivo pessoal

KAKÁ WERÁ NA REDE



"Ouvir as vozes da floresta nos faz compreender melhor a relação desses povos com a terra e a sua cultura de preservação da natureza. O indígena é o guardião de uma riqueza que é de toda a humanidade."
- Demetrios Galvão, em "Tembetá o Som do Saber Ancestral". Revista Acrobata, 13.8.2019. 

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* imagemKaká Werá - foto: © Airton Gontow.


© Direitos reservados ao autor/e ou ao seus herdeiros

© Pesquisa, seleção, edição e organização: Elfi Kürten Fenske


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Trabalhos sobre o autor:
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COMO CITAR:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Kaká Werá 
e a sua ecologia do ser. In: Templo Cultural Delfos, fevereiro/2024. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 26.2.2024.
** Página original DEZEMBRO/2021.






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