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Mário de Andrade e a construção da cultura brasileira



Mário de Andrade - 1922, por Tarsila do Amaral.

"O passado é lição para se meditar, não para se reproduzir."
- Mário de Andrade, em " Poesias Completas", Editora Martins, 1966, p. 29. 

"Mas na verdade ninguém se faz escritor. Tenho a certeza de que fui escritor desde que concebido. Ou antes... Meu avô materno foi escritor de ficção. meu pai também. Tenho uma desconfiança vaga de que refinei a raça."
- Mário de Andrade


Mário Raul de Moraes Andrade (São Paulo/SP - 9 de outubro de 1893 - São Paulo/SP - 25 de fevereiro de 1945). Poeta, cronista e romancista, crítico de literatura e de arte, musicólogo e pesquisador do folclore brasileiro, fotógrafo. Conclui o curso de piano pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1917. Nesse ano, sob o pseudônimo de Mário Sobral, publica seu primeiro livro de versos, Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema. Conhece Oswald de Andrade (1890 - 1954) e assiste à exposição modernista da pintora Anita Malfatti (1889 – 1964).

Em 1918, escreve em A Gazeta como crítico de música e no ano seguinte colabora em A Cigarra, O Echo e continua em A Gazeta. Trabalha assiduamente na revista paulista Papel e Tinta em 1920. Nessa época freqüenta o estúdio do escultor Victor Brecheret (1894 – 1955), de quem compra um exemplar do bronze Cabeça de Cristo. Em 1921, escreve para o Jornal do Comércio a série Mestres do Passado, contra o parnasianismo e colabora com a revista Klaxon, em 1922. Integra o Grupo dos Cinco com Tarsila do Amaral (1886 - 1973), Anita Malfatti, Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Menotti del Picchia (1892 - 1988).

Um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, na ocasião do evento lê seus poemas no palco do Theatro Municipal de São Paulo e é vaiado. Nesse ano, lança seu segundo livro, Paulicéia Desvairada, um marco na literatura moderna brasileira. Leciona história da música e da estética no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Em 1923, compra uma câmera fotográfica Kodak e exerce a atividade de fotógrafo até 1931. Realiza com Olívia Guedes Penteado (1872 - 1934), Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e outros, uma viagem de estudos às cidades históricas mineiras com o objetivo de mostrar o interior do país ao poeta franco-suíço Blaise Cendrars (1887 - 1961), em 1924.

Mário de Andrade, por Candido Portinari.
O livro de ensaios A Escrava que Não É Isaura, de 1925, discute algumas tendências da poesia modernista, e firma seu autor como um dos principais teóricos do movimento modernista. Em 1927 viaja pela região amazônica, e, no ano seguinte, pelo Nordeste brasileiro, registrando em fotos as paisagens, a arquitetura e a população dos locais visitados. Também fotografa paisagens de São Paulo, em especial da região central, e cenas na fazenda de Oswald e Tarsila. Lança o romance Amar, Verbo Intransitivo em 1927. Passa a escrever para o Diário Nacional, órgão do Partido Democrático - PD, ao qual se filia. Nesse jornal publica a maior parte de sua produção, entre críticas, contos, crônicas e poemas, até 1932. Em 1928, lança Macunaíma, Herói sem Caráter e Ensaio Sobre Música Brasileira; em 1929, Compêndio da História da Música; em 1930, Modinhas Imperiais e, em 1933, Música, Doce Música. Sempre interessado pela música erudita e popular, busca promover pesquisas de nacionalização da música brasileira.

De 1933 a 1935, é crítico do Diário de São Paulo. Em 1935, funda, com Paulo Duarte, o Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, do qual se torna o primeiro diretor. Nesse cargo, cria a Discoteca Pública, hoje Discoteca Oneyda Alvarenga. No ano seguinte, participa da elaboração do anteprojeto da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Sphan. Em 1937, como diretor do Departamento, convida o casal Lévi-Strauss para ministrar um curso de etnografia. Cria, com Dina Lévi-Strauss, a Sociedade de Etnografia e Folclore, e se torna seu primeiro presidente. Organiza o Congresso de Língua Nacional Cantada. É eleito membro da Academia Paulista de Letras.

Mário de Andrade, por Anita Malfatti.

De fevereiro a julho de 1938, envia um grupo de pesquisadores ao Norte e ao Nordeste do Brasil. Batizada de Missão de Pesquisas Folclóricas, a expedição por ele idealizada grava, fotografa, filma e estuda uma grande diversidade de melodias cantadas no trabalho, em festas e rezas. Em 1938, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde dirige o Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal, além de ocupar a cátedra de história e filosofia da arte. Retorna a São Paulo em 1941. Como técnico da seção paulista do Sphan, viaja por todo o Estado realizando pesquisas. Com outros intelectuais, contrários ao regime ditatorial do Estado Novo, funda em 1942 a Associação Brasileira de Escritores - Abre, entidade que luta pela redemocratização do país. Colabora no Diário de S. Paulo e na Folha de S. Paulo. No salão de conferências da Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores ministra a célebre conferência "O movimento modernista", incluída no livro Aspectos da Literatura Brasileira, de 1943.

Publica O Baile das Quatro Artes, com comentários de crítica literária e artística, em 1943 e no ano seguinte, escreve Lira paulistana, livro de poesias publicadas postumamente.
Fonte: Enciclopédia de Literatura/Itaú Cultural.


“É um engano imaginar que o primitivismo brasileiro de hoje é estético. Ele é social. Pois toda arte socialmente primitiva que nem a nossa, é arte social. É arte de circunstância. É interessada. Toda arte exclusivamente artística e desinteressada não tem cabimento numa fase primitiva, fase de construção. É intrinsecamente individualista. E os efeitos do individualismo artístico no geral são destrutivos.”
- Mário de Andrade, 1962.



CRONOLOGIA 
1916 - São Paulo SP - Professor de piano.
Mário de Andrade, por Felipe.
1917/1943 - São Paulo SP - Colaborador dos jornais Diário Nacional, usa os pseudônimos de Luís Pinho e Luís Antônio Marques, Folha da ManhãO Estado de S. Paulo e das revistas KlaxonRevista do Brasil Revista do Arquivo.
1922 - São Paulo SP - Participação na Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal, declamando versos sob vaia e pronunciando conferência sobre artes plásticas, na escadaria do teatro, cercado de anônimos caçoadores.
1922 - São Paulo SP - Professor de história da música e da estética no Conservatório Dramático e Musical.
1923/1926 - Compra uma máquina fotográfica Kodak, realiza poucas fotografias de parentes e amigos, em São Paulo e Araraquara.
1924 - Brasil - Integrante da Caravana Modernista, que mostra o país ao poeta Blaise Cendrars, sendo recebido em Minas Gerais por Aníbal Machado (1894 - 1964), Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987) e Pedro Nava (1903 - 1984).
1925/1946 - São Paulo SP - Publicação de contos, crônicas e ensaios sobre artes plásticas, arquitetura, estética, folclore, música e literatura, entre eles A Escrava Que Não É Isaura, discurso sobre algumas tendências da poesia modernista (1925).
1927 - Amazônia - Realiza mais de 500 fotografias registrando aspectos arquitetônicos, paisagísticos, e retratos da população local.
1928 - Nordeste - Viaja por vários Estados (Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) e fotografa o cotidiano, aspectos da paisagem e da arquitetura.
1927 - São Paulo SP - Publicação do romance Amar, Verbo Intransitivo.
Mario de Andrade, por Liberati.
1927/1928 - Dedica-se a fotografar a cidade de São Paulo, sobretudo a rua em que mora e a região central. Também fotografa Araraquara e cenas de Santa Teresa do Alto, fazenda de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
1928 - São Paulo SP - Publicação da rapsódia Macunaíma: o herói sem nenhum caráter.
1930 - Rio de Janeiro RJ - Participação na comissão de reforma da Escola Nacional de Música.
1931 - São Paulo SP - A "Codaque" é pouco utilizada em São Paulo e mesmo nas férias habituais em Araraquara. Realiza apenas algumas fotos, sem legendas; termina nesse ano sua atividade como fotógrafo.
1935/1937 - Diretor do Departamento Municipal de Cultura, criado por ele e Paulo Duarte. Encarrega aos fotógrafos Benedito Junqueira Duarte, do Departamento de Cultura da Cidade de São Paulo, e Germano Graeser, do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Sphan, a tarefa de organização dos arquivos fotográficos dessas instituições de memória.
1936 - São Paulo SP - Elaborador, com Paulo Duarte, da lei que facilita a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
1937 - São Paulo SP - Criador e primeiro presidente da Sociedade de Etnografia e Folclore; organizador do Congresso de Língua Nacional Cantada.
1937 - São Paulo SP - Eleito membro da Academia Paulista de Letras, cadeira nº 3, patrono Matias Aires.
1938/1939 - Rio de Janeiro RJ - Diretor do Instituto de Artes e professor de história e filosofia da arte na Universidade do Distrito Federal; chefe de seção do Instituto Nacional do Livro; elaborador do anteprojeto da Enciclopédia Brasileira.
1941 - Região Norte - Pesquisador do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
1942 - Rio de Janeiro RJ - Conferência O Movimento Modernista, no Salão de Conferências da Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores (incluído posteriormente no livro Aspectos da Literatura Brasileira).
Mário de Andrade, por  (...).
1942 - São Paulo SP - Membro-fundador da Sociedade dos Escritores Brasileiros.
1960 - São Paulo SP - A Biblioteca Pública Municipal recebe o nome de Biblioteca Mário de Andrade.
1969 e 1975 - Rio de Janeiro RJ - Filmes Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado em romance homônimo, e Lição de Amor, de Eduardo Escorel, baseado no romance Amar, Verbo Intransitivo.
1992 - São Paulo SP - A Casa Mário de Andrade (local de sua residência, tombada pelo Condephaat em 1975) abriga a Oficina da Palavra, cujo objetivo é estimular a criação literária.
1993 - Rio de Janeiro RJ - Emissão da cédula de 500 mil reais pela Casa da Moeda, com a efígie de Mário de Andrade.
Teve participação importante nas principais revistas de caráter Modernista: Klaxon, Estética, Terra Roxa e Outras Terras.

“Nós temos que dar ao Brasil o que ele ainda não tem e que por isso ainda não viveu, nós temos que dar uma alma ao Brasil e para isso todo sacrifício é grandioso, é sublime.”
- Mário de Andrade, em Cartas a Manuel Bandeira,1988, p. 234.



Mário de Andrade, por Lasar Segall.

OBRA DE MÁRIO DE ANDRADE
Poesia
Há uma gota de sangue em cada poema. 1917.
Paulicéia desvairada. 1922.
Losango cáqui. 1926.
Clã do jabuti. 1927.
Remate de males. 1930.
Poesias. 1941.

Lira paulistana. 1946.
O carro da miséria. 1946.
Poesias completas. 1955.


Romances
Amar, Verbo Intransitivo. 1927.
Macunaíma. 1928.


Contos
Primeiro andar. 1926.
Belasarte. 1934.
Contos novos. 1947.



Mário de Andrade, por Cássio Loredano.

Crônicas
Os filhos da Candinha, 1943.


Diários
O turista aprendiz. 1977.


Ensaio, crítica e musicologia
A escrava que não é Isaura. 1925.
Ensaio sobre música brasileira. 1928.
Música, Doce Música. 1933.
Música do Brasil. 1941.
Compêndio de História de Música. 1929. - [reescrito como Pequena História da Música Brasileira, 1942].
Modinhas Imperiais. 1930.
O Aleijadinho de Álvares de Azevedo. 1935.
Lasar Segall. 1935.
O Movimento Modernista. 1942.

O baile das quatro artes. 1943.
Aspectos de literatura Brasileira. 1943.
O empalhador de passarinhos. 1944.

Ensaio sobre a música brasileira.[edição aumentada], 1962.
O banquete. [editado por Jorge Coli], 1978.
Será o Benedito!, 1992.
Introdução à estética musical.[editado por Flávia Toni], 1995.


Dicionário
Dicionário Musical Brasileiro. [editado por Flávia Toni], 1989.



“O intelectual pode bem, e deverá sempre, se pôr a serviço duma dessas ideologias, duma dessas verdades temporárias. Mas por isso mesmo que é cultivado, e um ser livre, por mais que minta em proveito da verdade temporária que defende, nada no mundo o impedirá de ver, de recolher e reconhecer a Verdade da miséria do mundo. Da miséria dos homens. O intelectual verdadeiro, por tudo isso, sempre há de ser um homem revoltado e um revolucionário, pessimista, cético e cínico: fora da lei.”
- Mário de Andrade, 1976.


Publicações - Ensaios, artigos, textos, poemas, contos, coletâneas e afins

ANDRADE, Mário de. A entrada dos palmitos. in Revista do Arquivo Municipal. Volume XXXII, fevereiro de 1937, p. 51-64.
ANDRADE, Mário de. A elegia de abril. In: _____. Aspectos da literatura brasileira. 6.ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 2002.p.212-3.
ANDRADE, Mário de. A nau catarineta. in Revista do Arquivo Municipal. Volume LXXIII, janeiro de 1941, p. 61-76.
ANDRADE, Mário de. A situação etnográfica no Brasil. Jornal Síntese, Belo Horizonte, vol.1, nº 1, outubro de 1936.
Mário de Andrade, por Tarsila Amaral.
ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo – Idílio. Villa Rica Editoras Reunidas Limitada, Belo Horizonte/MG – Rio de Janeiro/RJ, 16ª edição, 1995. Nota da edição: Texto publicado por Mário de Andrade no Diário Nacional. São Paulo, 4 dez., 1927. (Recortes — Arquivo Mário de Andrade — IEB-USP). Disponível no link. (acessado em 24.7.2011).
ANDRADE, Mário de. Amor e medo. In: _____. Aspectos da literatura brasileira. 6.ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 2002. p.222.
ANDRADE, Mário de. As danças dramáticas do Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora (3v.), 1959.
ANDRADE, Mário de. As melodias do boi e outras peças. Preparação, introdução e notas de Oneyda Alvarenga. São Paulo: Duas Cidades; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1987.
ANDRADE, Mário de. Aspectos da literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002.
ANDRADE, Mário de. Aspectos da música brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1965/ e1975.
ANDRADE, Mário de. Aspectos das artes plásticas no Brasil. São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1984. 96 p., il. pb. color. (Obras completas de Mário de Andrade, 12).
ANDRADE, Mário de. Atualidade de Chopin. Separata da Revista do Arquivo Municipal, n. LXXXVI, São Paulo, Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal, p. 7-28, 1942.
ANDRADE, Mário de. Bibliografia de Na pancada do ganzá e do Dicionário Musical Brasileiro (Ordenação original de Mario de Andrade). In:_____. Dicionário musical brasileiro. Oneyda Alvarenga e Flávia Camargo Toni (Coord.). Belo Horizonte: Itatiaia; Brasília: Ministério da Cultura; São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, 1989, p. 634-686.
ANDRADE, Mário de. Brasília: Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: Fundação Pró-memória, [1936-1945]. 191p.
ANDRADE, Mário de. Breve Curso de Análise Musical, de Furio Franceschini. Resenha (1931). Original datilografado. Série Matéria Extraída de Periódicos, Álbum R. 35, Arquivo Mario de Andrade, IEB/USP.
ANDRADE, Mário de. Cândido Inácio da Silva e o Lundu. Revista Brasileira de Música. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. 1945. v. 10.
ANDRADE, Mário de. Cartas a Manuel Bandeira. Rio de Janeiro: Organização Simões Editora, 1958.
ANDRADE, Mário de. Cartas a Oneyda Alvarenga. São Paulo: Duas Cidades, 1983.
ANDRADE, Mário de. Cartas de Mário de Andrade a Luís da Câmara Cascudo. Introduções e notas de Veríssimo de Melo. Belo Horizonte: Villa Rica. 1991/ 2000. 170 p.
ANDRADE, Mário de. Contos novos. In. Manuscritos – Arquivo Mário de Andrade- IEB- USP-MAMMA- 35-201.
ANDRADE, Mário de. Cultura Musical. in Revista do Arquivo Municipal. Volume XXVI, agosto de 1936, p. 75-86.
ANDRADE, Mário de. Discurso na posse de Francisco Pati no Departamento de Cultura. Revista do Arquivo Municipal, nº XLVII, 1953.
ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre a música brasileira. 3ª ed. São Paulo: Vila Rica; Brasília: INL, 1972.
ANDRADE, Mário de. Entrevistas e depoimentos. São Paulo: TA Queiroz, 1983.
ANDRADE, Mário de. Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta: uma "autobiografia" de Mário de Andrade. Curadoria e texto Telê Ancona Lopez; texto Mário de Andrade. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1992. [40 p.], il. p.b.
ANDRADE, Mário de. GALLET, L. Reforma do Instituto Nacional de Música (1931). Série Manuscritos, caixa 122, Arquivo Mario de Andrade, IEB/USP.
ANDRADE, Mário de. Há uma gota de sangue em cada poema. (Obras Completas). São Paulo: Martins Editora, 1960.
ANDRADE, Mário de. Introdução à estética musical. São Paulo: Hucitec, 1995.
ANDRADE, Mário de. Introdução. In: CALDEIRA FILHO, J. C. Música criadora e baladas de Chopin. São Paulo: L. G. Miranda, 1935, p. 5-12.
ANDRADE, Mári
Mário de Andrade, por Baptistão.
o de. Mário de Andrade: Cartas de Trabalho: Correspondência com Rodrigo Mello Franco de Andrade, 1981.
ANDRADE, Mário de. Mário de Andrade: fotógrafo e turista aprendiz. Texto Telê Ancona Lopez, Ana Maria Paulino. São Paulo: IEB, 1993. 124 p., il. p&b.
ANDRADE, Mário de. Mário: O Movimento Modernista. In: BERRIEL, Carlos E. O (org). Mário de Andrade hoje. São Paulo: Editora Ensaio, 1990. p. 26.
ANDRADE, Mário de. Modinhas Imperiais. São Paulo: Martins, 1964.
ANDRADE, Mário de. Música de Feitiçaria no Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1963.
ANDRADE, Mário de. Música folclórica e música popular. Revista Brasileira de Folclore. Rio de Janeiro, 9(25): 219-29, set./dez 1969.
ANDRADE, Mário de. Música Moderna. São Paulo, Gazeta, 31 jun. 1918 e 7 ago. 1918. Série Matéria. Extraída de Periódicos, álbum R34. Arquivo Mario de Andrade, IEB/USP.
ANDRADE, Mário de. Música, doce música. São Paulo: Martins, 1963, p. 359-362.
ANDRADE, Mário de. Namoros com a medicina. 4ª ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980.
ANDRADE, Mário de. Na Pancada do Ganzá. Arte em Revista. São Paulo, Kairós Livraria e Editora Ltda, ano 2, número 3, março de 1980.
ANDRADE, Mário de. No Conservatório Dramático e Musical: Sociedade de Concertos Clássicos. Notas de Arte. Comércio, São Paulo, s.n., 11 set 1915. Série Matéria Extraída de Periódicos, álbum R35, RIII. Arquivo Mario de Andrade, IEB/USP.
ANDRADE, Mário de. O baile das quatro artes. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1963.
ANDRADE, Mário de. O banquete. Introdução de Jorge Coli e Luiz Carlos da Silva Dantas. São Paulo:Duas Cidades, 1977.
ANDRADE, Mário de. O Empalhador de passarinho. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1972.
ANDRADE, Mário de. O samba rural paulista. in Revista do Arquivo Municipal. Volume XVI, novembro de 1937.p. 37 -116. 157.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz. Estabelecimento de texto, introdução e notas de Telê Porto Ancona Lopez. São Paulo: Duas Cidades, Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1976.
ANDRADE, Mário de. Obra imatura. 3.ed. São Paulo: Martins; Belo Horizonte: Itatiaia, 1980.
ANDRADE, Mário de. Os cocos. Preparação, introdução e notas de Oneyda Alvarenga. São Paulo: Duas Cidades; Brasília: INL, Fundação Nacional Pró-Memória, 1984.
ANDRADE, Mário de. Os Melhores poemas de Mário de Andrade. Compilação Gilda de Mello e Souza. São Paulo: Global, 1988. 163p. (Os Melhores poemas, 21).
ANDRADE, Mário de. Perguntas de Macauley & Company e respostas de Mário de Andrade Revista do Arquivo Municipal, nº CLXXX, 1970.
ANDRADE, Mario de. Portinari, amico mio: Cartas de Mário de Andrade a Candido Portinari. Organização, introdução e notas Annateresa Fabris. Campinas, SP: Mercado de Letras; Autores Associados-Projeto Portinari, 1995.
Mário de Andrade, por Di Cavalcanti
ANDRADE, Mário de. Prefácio interessantíssimo. Paulicéia desvairada. In: ______. Poesias completas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1966.
ANDRADE, Mário de. Rezas do Diabo. O Estado de São Paulo, 5 fev. 1939, s.p. Série Matéria Extraída de Periódicos, álbum 37, R7, Arquivo Mario de Andrade, IEB/USP.
ANDRADE, Mário de. Série Correspondência, 1945, MA-C-CAL, 171, Arquivo Mario de Andrade, IEB/USP.
ANDRADE, Mário de. Um inquérito de costumes. Revista do Arquivo Municipal, nº XXXIV, 1937.
ANDRADE, Mário de. Vida do cantador. Belo Horizonte: Itatiaia, 1993.
ANDRADE, Mário de. Caras. Espírito Novo, nº 1. Rio de Janeiro, jan. 1934, p. 6.
ANDRADE, Mário de. “Caras”. Versão datiloscrita. Arquivo Mário de Andrade. Manuscritos MA: Revista Acadêmica: Antologia. IEB-USP.
ANDRADE, Mário de. The kid – Charles Chaplin. Klaxon: mensário de arte moderna, nº 2. São Paulo, 15 jun. 1922, p. 16.
ANDRADE, Mário de. Uma lição de Carlito. Klaxon: mensário de arte moderna, nº 3. São Paulo, 15 jul. 1922, p. 14
ANDRADE, Mário de. “Arte Inglesa”. Primeira versão datiloscrita (V. O baile das quatro artes, série Manuscritos Mário de Andrade, Arquivo Mário de Andrade, IEB-USP).

Traduções
Inglesas
ANDRADE, Mário de. Música e canção populares em Brasil. 1936. Tradução: Luiz Vencedor Le Cocq D'Oliveira. Patrocinado pelo ministry do estado para casos extrangeiros de Brasil: Divisão da cooperação intelectual. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1943.
ANDRADE, Mário de. Cidade Hallucinated (Paulicea Desvairada). Tradução: Jack E. Tomlins. Nashville: Vanderbilt ACIMA, 1968.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma. Tradução:. E.A. Goodland. New York: Casa Aleatória, 1984.
ANDRADE, Mário de. Sculpture Brazilian: Uma identidade no perfil/Escultura Brasileira: Perfil de uma Identidate. Catálogo do exhibition em inglês e em portuguese. Includes text by M 疵 io de Andrade and others. Ed. Élcior Ferreira de Santana Filho. São Paulo, Brasil: da Pinateca dos amigos do dos de Associação, 1997.




Mário no Conservatório Dramático e Musical.

"[...] Eu não vos convido à ilusão! Nem vos convido muito menos à conformista esperança, pois que fui o primeiro a vos substituir o vinho alegre desta cerimônia pela água salgada da realidade. Eu não vos convido siquer à felicidade, pois que da experiência que dela tenho, a felicidade individual me parece mesquinha, desumana, muito inútil. Eu vos quero alterados por um tropical amor do mundo, porque eu vos trago o convite da luta. Permiti-me a incorreção desta vulgaridade; ela porém não será talvez tão vulgar, pois que não vos convido à luta pela vossa vida, nem à caridosa dedicação pela vida enferma ou pobre, mas exatamente a luta por uma realidade mais alta e mais de todos."
- Mário de Andrade, "Oração de Paraninfo, 1935", em: "Aspectos da Música Brasileira". 2ª ed., São Paulo.Brasília:Livraria Martins Editora, MEC. p. 235-247, 1975. - Reproduzido na integra em Pro-Posições, v. 16, n. I (46) - )an./abr. 2005. Disponível texto na integra no link. (acessado 4.8.2013).

Mário de Andrade (1923), por Zina Aita (nanquim s/ papel).

Exposições [póstumas] sobre a vida e obra de Mário de Andrade
1971 - Rio de Janeiro RJ - Lançamento do LP Mário de Andrade In Memoriam Poesia e Som, em comemoração do 50º aniversário da Semana de Arte Moderna (Grav. Festa Disco).
1990 - São Paulo SP - Mário de Andrade: Turista e Fotógrafo na Amazônia, na Associação Pró Parque Modernismo.
1992 - São Paulo SP - Eu Sou Trezentos, sou Trezentos e Cincoenta, no CCSP.
1993 - Poços de Caldas MG - Coleção Mário de Andrade: o modernismo em 50 obras sobre papel, na Casa da Cultura.
1993 - São Paulo SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: Pintura e Escultura, na IEB/USP.
- São Paulo SP - Lançamento do livro Mário de Andrade: fotógrafo e turista aprendiz, pelo IEB/USP.
- São Paulo SP - Mário. . . Um Homem Desinfeliz, vídeo de Adilson Ruiz, em comemoração ao centenário de nascimento do escritor, idealizado e realizado pelo Itaú Cultural.
1998 - São Paulo SP - Do Catálogo, no IEB/USP.
1999 - São Paulo SP - Brasileiro Que Nem Eu. Que Nem Quem?, na Faap.
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural.


Acervo
Coleção Mário de Andrade, artes plásticas. Organização e texto de Marta Rossetti Batista. São Paulo: IEB/USP, 1984.


"Brasil...
Mastigado na gostosura quente do amendoim...
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo
melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas
Pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos
Alastrados"
- Mário de Andrade, fragmento do poema "O poeta come amendoim”. em: Clã do jabuti, 1927.



Mário de Andrade


"O processo poético que caracteriza a obra de maturidade de Mário é misterioso, intencionalmente oblíquo e portanto difícil. O pensamento sempre aflora camuflado através de símbolos, metáforas, substituições - expediente impenetrável para quem não possui um conhecimento mais profundo, tanto da realidade brasileira como da biografia do escritor. De fato, uma das referências do seu código poético é o Brasil, que ele procura apreender em vários níveis, nas variações semânticas e sintáticas da língua, nos processos tradicionais da poética erudita e popular, nas imagens e metáforas que tira da realidade exterior: a cidade natal onde viveu, o mundo muito mais amplo da geografia, da história, da cultura complexa do país. E como a outra referência do código é o eu atormentado do artista, a poesia resulta numa realidade ao mesmo tempo selvagem e requintada, primitiva e racional, coletiva e secreta, que não se furta ao exame, mas está sempre disfarçada por trás da multiplicidade das máscaras."
- Gilda de Mello Souza, apres. [1988]. In: Andrade, Mário de. Os melhores poemas.p. 10-11.).


Mário de Andrade, por Baptistão.

"A inspiração é fugaz, violenta. Qualquer impecilho a pertuba e mesmo emudece."
- Mário de Andrade


POEMAS SELECIONADOS

Canção
... de árvores indevassáveis
De alma escusa sem pássaros
Sem fonte matutina
Chão tramado de saudades
À eterna espera da brisa,
Sem carinhos...como me alegrarei?

Na solidão solitude.
Na solidão entrei.

Era uma esperança alada,
Não foi hoje mas será amanhã,
Há de ter algum caminho
Raio de sol promessa de olhar
As noites graves do amor
O luar a aurora o amor...que sei!

Na solidão solitude,
Na solidão entrei,
Na solidão perdi-me...

O agouro chegou. Estoura
No coração devastado
O riso da mãe-da-lua,
Não tive um dia! uma ilusão não tive!

Ternuras que não me viestes
Beijos que não me esperastes
Ombros de amigos fiéis
Nem uma flor apanhei.

Na solidão solitude,
Na solidão entrei,
Na solidão perdi-me,
Nunca me alegrarei.
- Mário de Andrade, em "Poesias Completas", 1955.



Inspiração
São Paulo! Comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original...
Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...

São Paulo! Comoção de minha vida...
Galicismo a berrar nos desertos da América!
- Mário de Andrade, em "Poesias Completas", 1955.



Lundu do escritor difícil
Mário de Andrade, por Lasar Segall.
Eu sou um escritor difícil
Que a muita gente enquizila,
Porém essa culpa é fácil
De se acabar duma vez:
É só tirar a cortina
Que entra luz nesta escurez.

Cortina de brim caipora,
Com teia caranguejeira
E enfeite ruim de caipira,
Fale fala brasileira
Que você enxerga bonito
Tanta luz nesta capoeira
Tal-e-qual numa gupiara.

Misturo tudo num saco,
Mas gaúcho maranhense
Que pára no Mato Grosso,
Bate este angu de caroço
Ver sopa de caruru;
A vida é mesmo um buraco,
Bobo é quem não é tatu!

Eu sou um escritor difícil,
Porém culpa de quem é!...
Todo difícil é fácil,
Abasta a gente saber.
Bajé, pixé, chué, ôh "xavié"
De tão fácil virou fóssil,
O difícil é aprender!

Virtude de urubutinga
De enxergar tudo de longe!
Não carece vestir tanga
Pra penetrar meu caçanje!
Você sabe o francês "singe"
Mas não sabe o que é guariba?
— Pois é macaco, seu mano,
Que só sabe o que é da estranja.

- Mário de Andrade, em "Poesias Completas", 1955.



Momento
O vento corta os seres pelo meio.
Só um desejo de nitidez ampara o mundo...
Faz sol. Fez chuva. E a ventania
Esparrama os trombones das nuvens no azul.

Ninguém chega a ser um nesta cidade,
As pombas se agarram nos arranha céus, faz chuva
Faz frio. E faz angústia...É este vento violento
Que arrebenta dos grotões da terra humana
Exigindo céu, paz e alguma primavera.
- Mário de Andrade (Abril de 1937), em "Poesias Completas", 1955.




Soneto
Aceitarás o amor como eu o encaro ?...
...Azul bem leve, um nimbo, suavemente


Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.

Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,


A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.

Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.

Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
- Mário de Andrade (Dezembro de 1937), em "Poesias Completas", 1955.



Toada da esquina
Pouco antes do meio-dia
Senti que vinha.Esperei.
Veio.Passou.Foi assim
Como se a Lua passasse
Por essa picada estranha
Que viajo desde nascer.

A redoma toda verde
Do meu peito escureceu.
Noite de maio bondoso.
Lá vai a Lua passando.
Há mesmo essa refração
Que me bota no pescoço
O cachecol da Via-Látea
E a Lua na minha mão.

Mas quando quero gozar
O belo táctil luar,
E passo a mão sobre os dedos...
Tenho de desiludir-me .
Foi mentira dos sentidos,
Foi o orvalho.Nada mais.
Veio.Passou.Foi assim
Como se a Lua...

Suspiro talqual na infância.
- Que queres, Mário? - Mamãe,
Quero a Lua - Hoje é impossível,
Já vai longe. Tem paciência,
Te dou a Lua amanhã.

E espero. Esperas...Espera...

- Pinhões!
- Mário de Andrade, em "Poesias Completas", 1955.



Tristura
Profundo. Imundo meu coração...

Olha o edifício: Matadouros da Continental.

Os vícios viciaram-me na bajulação sem sacrifícios...

Minha alma corcunda como a avenida São João...

E dizem que os polichinelos são alegres!
Eu nunca em guizos nos meus interiores arlequinais!...
Paulicéias, minha noiva... Há matrimônios assim...

Ninguém os assistirá nos jamais!

As permanências de ser um na febre!

Nunca nos encontramos...


Mas há rendez-vous na meia-noite do Armenonville...
E tivemos uma filha, uma só...
Batismos do sr. cura Bruma;

água-benta das garoas monótonas...
Registrei-a no cartório da Consolação...

Chamei-a Solitude das Plebes...

Pobres cabelos cortados da nossa monja!
- Mário de Andrade, em "Poesias Completas", 1955.


Desenhos de Mário de Andrade


“O povo é analfabeto e conservador, só existirá uma arte para o povo, o folclore. E os artistas, os escritores, principalmente, que imaginam estar fazendo arte pro povo, não passam duns teóricos curtos, incapazes de ultrapassar a própria teoria. O destino do artista erudito não é fazer arte pro povo, mas pra melhorar a vida. A arte, mesmo a arte mais pessimista, por isso mesmo que não se conforma, é sempre uma proporção de felicidade. E a felicidade não pertence a ninguém não, a nenhuma classe, é de todos. A arte pro povo, pelo menos enquanto o povo for folclórico, há de ser a que está no folclore."
- Mário de Andrade. 1977.


Caras, de Mário de Andrade (Chaplin ou Carlito).

“a gente não pode se interessar [...] não sente ao lado da sensação imediata, que atrás da personagem Carlito esteja o homem Charles Chaplin que finge de Carlito. A verdade percebida é dum ente só. [...] para nós o rosto de Chaplin é a cara de Carlito.”
- Mário de Andrade




Vídeo 65 anos sem Mário de Andrade


Grande Otelo (Macunaíma).
MÁRIO DE ANDRADE, SOBRE MACUNAÍMA
O que me interessou por Macunaíma foi incontestavelmente à preocupação em que vivo de trabalhar e descobrir o mais que possa a entidade nacional dos brasileiros. Ora depois de pelejar muito verifiquei uma coisa que me parece certa: o brasileiro não tem caráter. Pode ser que alguém já tenha falado isso antes de mim, porém, a minha conclusão é uma novidade para mim porque tirada da minha experiência pessoal. E com a palavra caráter não determino apenas uma realidade moral não, em vez, entendo a entidade psíquica permanente, se manifestando por tudo, nos costumes, na ação exterior, no sentimento, na língua, na História, na andadura, tanto no bem como no mal. O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional. Os franceses têm caráter e assim os iorubas e os mexicanos. Seja porque civilização própria, perigo iminente, ou consciência de séculos tenham auxiliado, o certo é que esses uns têm caráter. Brasileiro não. Está que nem o rapaz de 20 anos: a gente mais ou menos pode perceber tendências gerais, mas ainda não é tempo de afirmar coisa nenhuma. […] Pois quando matutava nessas coisas topei com Macunaíma no alemão de Koch-Grünberg. E Macunaíma é um herói surpreendentemente sem caráter.

Macunaíma
(extrato)
(...) A mãe-de-santo puxou a comilança com respeito e três pelossinais de atravessado. Toda a gente vendedores, bibliófilos pé-rapados acadêmicosbanqueiros (...) E conversando pagodeando devoraram o bode consagrado (...) todos beberam muita caninha, muita! Era sinal de alegrão pra ele e todos imaginavam que o herói era o predestinado daquela noite santa. Não era não.
Grande Otelo, em Macunaíma.
(...)- Vou dizer três adivinhas, si você descobre, te deixo fugir. O que é que é: É comprido roliço e perfurado, entra duro e sai mole, satisfaz o gosto da gente e não é palavra indecente?
- Ah isso é indecência sim!
- Bobo! É macarrão
- Ahn... é mesmo!...Engraçado, não?
- Agora o que é o que é: Qual o lugar onde as mulheres têm cabelo mais crespinho?
- Oh, que bom! Isso eu sei! é aí!
(...) Diga o que é:
(...) Mano, vamos fazer
aquilo que Deus consente:
Ajuntar pêlo com pêlo
Deixar o pelado dentro.
- Mario de Andrade, 2004, 60- 99 - descrição da cena em que Macunaíma visita o terreiro de macumba.

Caricatura Mário de Andrade, por seus contemporâneos.


MARIO DE ANDRADE E A MÚSICA 
Em sua correspondência, o escritor dá notícia de sua animação com o projeto recém-iniciado, conforme se depreende deste trecho de carta a Augusto Meyer, de 22 jan. 1930:
Mario de Andrade - Foto: (...)
"O ‘vou contar tudo pra titia’ que você põe na boca do tico-tico é folclórico, interpretação do canto do tico-tico? Pus mão num trabalho que levará dez anos escrevendo, um Dicionário Musical Brasileiro, mas coisa decente mesmo, não só prático (pois que nele estarão definidas brevemente todas as palavras musicais de uso universal) mas diretamente nacional (com descrição pormenorizada de todas as palavras musicais brasileiras). Por exemplo: ‘Minuete’ definirei em cinco linhas, mas ‘Modinha’ terá dez páginas. Fica prático e vendável e fica ao mesmo tempo trabalho original. Não acha ideia boa? Pois tem um verbete interessantíssimo sobre ‘Zoofonia’, em que pretendo dar o mais possível as interpretações brasileiras dos cantos dos nossos passarinhos e animais, etc. Por isso é que pergunto sobre o cantinho do tico-tico. E peço pra você que fique à espreita, seja camarada. Tudo que você escutar que tenha referência musical, mande contar pra mim, modismos, superstições, lendas, frases-feitas, provérbios, instrumentos curiosos do povo, constituições curiosas de orquestrinhas populares, nome de danças etc. etc. Com vagar. Dez anos não dá pressa pra ninguém.”
- Mario de Andrade, em "Mário de Andrade escreve cartas a Alceu, Meyer e outros". Rio de Janeiro: Ed. do Autor, 1968, p. 76-77.
Documentos no manuscrito Dicionário musical brasileiro,
Mário de Andrade. (Arquivo Mário de Andrade IEB-USP).



Viola Quebrada, de Mário de Andrade

Manuscrito de "Viola Quebrada" de Mário de Andrade.
Manuscrito de "Viola Quebrada", de Mário de Andrade.

Viola quebrada ganha mundo na harmonização de Villa-Lobos, editada em 1926 pela Max Eschig, de Paris, no conjunto das Chansons brésiliennes. E no arranjo de Camargo Guarnieri – estreado, em 1946, pela cantora Celine Sampaio no primeiro aniversário da morte do escritor – e na recente ambientação para viola caipira de Ivan Vilela.

Viola Quebrada, de Mário de Andrade.
Interpretação Ivan Vilela.


A versão de Villa-Lobos foi também objeto de gravação na esfera da música erudita: pela New York Chamber Symphony, com Robert Bonfiglio em solo de harmônica e regência de Gerard Schwars; por Tereza Berganza, meio soprano e Juan Antonio Alvarez Pajero, ao piano; por Turibio Santos ao violão e Carol McDavit, soprano.

Notas da pesquisa (**):
A carta na qual, em 3 de setembro de 1926, Manuel Bandeira noticia para Mário de Andrade: “Villa harmonizou como seresta a sua Maroca. Não gostei não. Mas o Ovalle gostou.”, tanto oferece o apelido dado à composição pelo autor dela, como permite que se considere a criação de Viola quebrada anterior a essa data. (MORAES, Marcos Antonio de, org. Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. 2ª ed., São Paulo: Edusp/ IEB, 2001, p. 306).

Em 7 de setembro de [1926], Mário de Andrade conta, para a Manuel Bandeira, a criação de Viola quebrada: “Sobre a Maroca... Você quer escutar uma confidência só mesmo pra você? Pois isso é o pasticho mais indecentemente plagiado que tem. No que aliás não tenho a culpa porque toda a gente sabe que não sou compositor. A Maroca foi friamente feita assim: peguei no ritmo melódico de Cabocla do Caxangá e mudei as notas por brincadeira me vestindo. Tenho muito costume de sobre um modelo rítmico qualquer inventar sons diferentes pra me dar uma ocupação sonora quando me visto. Assim saiu a Maroca que por acaso saindo bonita registrei e fiz versos pra. Só o refrão não é pastichado da rítmica melódica da obra de Catulo. E a linha que inventei tem dois dos tais torneios melódicos que especifiquei na Bucólica coisa que aliás só verifiquei agora pois nunca tinha ainda matutado nisso. Aliás o refrão não tem nada de propriamente brasileiro com aquele tremido sentimental...”. O título Bucólica corresponde a um projeto abandonado de MA. (MORAES, Marcos Antonio de, org. Op. cit., p. 309).

Manuel Bandeira, em 17 de setembro de [1926], comenta para Mário de Andrade: "Sucedeu-lhe o mesmo que a Baudelaire querendo decalcar o Gaspard de la nuit e fazendo obra original nos Poèmes en prose. Pouco importa como você fez a Maroca: quis plagiar a Cabocla de Caxangá? Que esperança! Saiu choro paulista bem seu. Pegue na ‘'Canção do exílio' e assine Mário de Andrade que fica outra coisa. Um caso como este do canteiro das borboletas e de um modo geral a 2ª metade da ‘'Lenda' (salvo a maravilha da estrofe final) é raro em sua obra. Não posso mais. Ciao.”. (MORAES, Marcos Antonio de, org. Op. cit, p. 311).
_________
(**) Artigo completo sobre o "tema" disponível no link.

Mário de Andrade - Foto: (...)

“Formas e processos populares em todas as épocas foram aproveitados pelos artistas eruditos e transformados de arte que se apreende para arte que se aprende. Mas formas eruditas, ver a da sinfonia, processos eruditos, ver o cânone, jamais que passaram prás orquestras e corais populares.”
- Mario de Andrade, 1964.


MÁRIO DE ANDRADE E A MISSÃO DE PESQUISAS FOLCLÓRICAS
A Missão de Pesquisas Folclóricas, idealizada pelo modernista Mário de Andrade.
O material recolhido em 1938 pela equipe coordenada por Luiz Saia (chefe da Missão), Martin Braunwieser (técnico musical), Benedicto Pacheco (técnico de som), e Antonio Ladeira (ajudante geral) viveu até os anos 1990.
Os pesquisadores tinham a incumbência de anotar, desenhar, filmar, gravar sons, recolher objetos, reproduzir, nas cadernetas, esquemas dos passos de bailados e projetos arquitetônicos.


Manuscrito da Missão de Pesquisas Folclóricas.



Membros da Missão... Folclóricas a caminho do Brejo dos Padres, 
mar.1938. Foto: Antonio Ladeira e Luis Saia.


Registros e documentários da e sobre a Missão de Pesquisa Folclórica
Mário de Andrade - Foto: (...)
Título: A série “Mário e a Missão”
Direção: Luiz Adriano Daminello
Sinopse: relembra uma das mais importantes ações realizadas por Mário de Andrade para resgatar e preservar a cultura brasileira – a Missão de Pesquisas Folclóricas coordenada por ele. Mostra o mundo de manifestações populares descoberto pelo escritor há mais de sessenta anos no norte e nordeste do país. Além de contar como foi a expedição, a produção revive o roteiro e faz um comparativo entre o material coletado em 1938 com o atual.
Formato: Série, com cinco capítulos
Realização: uma parceria entre a SESCTV, a Trombeta Produtora de Imagens, o Instituto Uniemp - Fórum Permanente das Relações Universidade Empresa e o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor).

1. MÁRIO E A MISSÃO - O DESCOBRIMENTO
O primeiro capítulo da série Mário e a Missão conta como Mário de Andrade vai descobrindo as origens das nossas manifestações folclóricas através de leituras e de viagens que ele fez ao norte e nordeste do nosso país para fazer anotações. Mostra também a influência dos portugueses, descobridores do Brasil, nas nossas festas. Desde as origens nas procissões quinhentistas, passando pelo carnaval do Recife e terminando na Dança Dramática Nau Catarineta. Este documentário traz depoimentos de vários “brincantes”, que falam de sua descoberta, como começaram a brincar e o que vem se transformando em brincadeiras.

2. MÁRIO E A MISSÃO - OS REIS
A segunda parte do Documentário conta as como se deu a formação do Departamento de Cultura de São Paulo e os projetos que Mário de Andrade desenvolveu quando foi chefe do Departamento, como a Missão de Pesquisas Folclóricas. Mostra depois as manifestações de Maracatus e Congos, que foram coroações de Reis Negros no período da escravidão instituída pelo poder público português. Revela também os Caboclinhos e, por fim, o programa discute a atual participação do Estado na manutenção das manifestações folclóricas.

3. MÁRIO E A MISSÃO - A REPRESSÃO
Esse capítulo mostra como foi o advento do Estado Novo nas vésperas da partida da Missão e como a situação política vai se agravando e prejudicando o trabalho da Missão, até a saída de Mário de Andrade do Departamento de Cultura. O documentário revela também as dificuldades da equipe da Missão em documentar cultos afro-brasileiros por causa da perseguição do Estado e da Igreja Católica. Mostra também a permanência dos cultos filmados pela Missão, até os dias de hoje.

4. MÁRIO E A MISSÃO - O CAMINHO
A quarta parte de Mário e a Missão conta os problemas enfrentados pela equipe da Missão no trajeto que os levou de Recife até Belém do Pará, passando pelo sertão desses Estados. Foram vários problemas com o caminhão e as estradas. Mostra também um grupo de danças e músicas que se desenvolveram em cada uma das regiões e como elas têm mudado a função das manifestações - de regionais, passam a ser estilizadas para o turismo e a mídia.

5. MÁRIO E A MISSÃO - A MORTE E RESSURREIÇÃO
A última parte da série Mário e a Missão fala sobre a dança dramática do Boi, e a representação de morte e ressurreição. O programa mostra também o final da Missão e o resultado final das gravações. E, finalmente, uma série de “brincantes” discute sobre o futuro das manifestações folclóricas.



A MISSÃO DE PESQUISAS FOLCLÓRICAS DE MARIO DE ANDRADE
Missão de Pesquisas Folclóricas realizada em 1938 pelo Norte e Nordeste do Brasil, por iniciativa de Mário de Andrade, colecionando material áudio-visual das manifestações folclóricas antes de sua descaracterização, provocada pela crescente urbanização do país à época.

Gravação feita em junho de 1938, em São Luís 
do Maranhão, no Terreiro Fé em Deus de 
Maximiliana Silva, bairro do João Paulo


Filmado em Maio de 1938 no Bairo de Torrelândia, 
em João Pessoa/Paraíba.



Vídeo/DVD-Rom: "Mário de Andrade e a Missão de Pesquisas Folclóricas".
Histórico: Durante sete décadas, o destino da ambiciosa Missão de Pesquisas Folclóricas, idealizada pelo modernista Mário de Andrade (1893-1945). A missão: Os pesquisadores tinham a incumbência de anotar, desenhar, filmar, gravar sons, recolher objetos, reproduzir, nas cadernetas, esquemas dos passos de bailados e projetos arquitetônicos. A inspiração: Inspirado nas missões do século 19, como aquelas feitas por Debret (1768-1848) e Langsdorff (1774-1852), esse registro foi marcado, de um lado, pela descoberta etnográfica, e, de outro, pela alta tecnologia. Usaram o equipamento mais moderno que havia na época, capaz de gravar imagem e som. A equipe: O material recolhido em 1938 pela equipe coordenada por Luiz Saia (chefe da Missão), Martin Braunwieser (técnico musical), Benedicto Pacheco (técnico de som), e Antonio Ladeira (ajudante geral)
Produto: DVD-rom "Missão de Pesquisas Folclóricas", que reúne, digitalizadas, 21 cadernetas, com cerca de cem páginas cada, 14 breves filmes, 87 fonogramas registrados em comunidades do Norte e Nordeste, fotografias e o vídeo "Mário de Andrade e a Missão de Pesquisas Folclóricas".
Realização e produção: Centro Cultural São Paulo (CCSP).

Caminhão com equipe da Missão de Pesquisas Folclóricas, em 1938.

Título: Praiás
Formato/Data e duração: Brasil, 1938, PB, 2 min e 57 seg - suporte DVD.
Direção: Luiz Saia
Sinopse: Pequeno documentário feitos sobre a Missão de Pesquisas Folclóricas de 1938, organizada por Mário de Andrade (que na época era o diretor da Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo) com o registro das primeiras imagens feitas com a populacao indigena Pankararu, na aldeia Brejo-dos-Padres, sertao de Pernambuco. As imagens mostram a "Dança dos Praiás", cerimônia realizada pelos Pankararu até os dias de hoje.
Narração: Othon Bastos.
Produção e Realização: Centro Cultural São Paulo.


Título: Preguiça: Imagens para Mário de Andrade
Direção: Sylvio Renoldi
Formato: 35mm, cor, 196m. Curta-metragem/ não ficção
Duração: 7min
Ano: 1996 - São Paulo, Brasil
Sinopse: "Imagens de Mário de Andrade sobre a exuberância e a calma da selva, além de sua preocupação com a ambição erosiva do progresso." (HBH/QCRCB).


A missão - o projeto


CDs – Música "Missão de Pesquisas Folclóricas
Caixa de 06 CD’s intitulada: Mário de Andrade – Missão de Pesquisas Folclóricas
Realização e edição: Prefeitura Municipal de São Paulo, em parceria com o SESC.
Hotsite do projeto: Sesc projeto


"Entre 1923 e 1926 poucas são as imagens - parentes e amigos em Araraquara, em São Paulo. Amadurece a preocupação com o enquadramento em instantâneos e poses, alguns calculados por ele próprio. Durante a viagem à Amazônia, desponta, de fato, o fotógrafo na plenitude do olhar criador, aliado à busca de precisão técnica. A máquina brasileiramente rebatizada ´Codaque´, o Turista Aprendiz inventa o verbo ´fotar´. Atento, prova possibilidades de uma arte nova para ele, até pouco tempo admirada somente no trabalho de outros, no cinema, ou nas revistas modernas da França e da Alemanha, que se encarregavam, também, de apresentar a contribuição dos ingleses, australianos e norte-americanos. (...) A extraordinária capacidade de ver, de transmitir fotográfica e até cinematograficamente os elementos plásticos da paisagem, consolida, no texto, o olhar câmera. Ao mesmo tempo, o fotógrafo empenha-se na arte. Sabe que não basta imaginar e que o bom resultado depende da aplicação de técnicas corretas. Anota, de imediato, os procedimentos do trabalho, passando depois os dados para o verso das fotos copiadas: hora, luz, abertura do diafragma. Fornece com exatidão datas e locais. As graduações da luz, as sombras, o reflexo e a transparência das águas, a paisagem, a beleza de um movimento fundem-se a sensações, tonalidades, cheiros, sons avassalam o cronista."
- Telê Ancona, in: Mário de Andrade: fotógrafo e turista aprendiz. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 1993, p. 111 e 113.



MÁRIO DE ANDRADE E A SEMANA DE ARTE MODERNA
Capa do Catalogo da Semana de 22,
por Di Cavalcanti.
Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, de 11 a 18 de fevereiro, no Teatro Municipal.O presidente do Estado de São Paulo, da época, Dr. Washington Luís apoiou o movimento. Foram expostos quadros, esculturas, apresentadas poesias, músicas e palestras sobre a modernidade.
A Semana de representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, através da ruptura com o passado.
Participaram da Semana 22 os seguintes artistas:
Os pintores e desenhistas Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi;
Os escultores Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg;
Os arquitetos Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel;
Os escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida; e 
Na música Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana.


Hino do Grupo do Gambá, melodia e letra composta por Mário de Andrade. Composta para ser cantada durante as reuniões que o grupo modernista realizava na casa de D. Olívia Guedes Penteado, a peça bem-humorada de Mário reservava cada uma de suas estrofes a um dos frequentadores dos encontros: Guilherme de Almeida (e Baby de Almeida), Sérgio Milliet, Tarsila, Oswald e a própria Olívia.
Manuscrito Hino do Grupo do Gambá, de Mário de Andrade (parte 1).
Arquivo Mário de Andrade - IEB-USP.


Manuscrito Hino do Grupo do Gambá, de Mário de Andrade (parte 2).
Arquivo Mário de Andrade - IEB-USP.


“Si fosse nacional só o que é ameríndio, também os italianos não podiam empregar o órgão que é egípcio, o violino que é árabe, o cantochão que é grecoebraico, a polifonia que é nórdica, anglosaxonia flamenga é o diabo. Os franceses não podiam usar a ópera que é italiana e muito menos a forma-de-sonata que é alemã. E como todos os povos da Europa são produto de migrações pré-historicas se conclui que não existe arte europeia... (...) Por isso tudo, Musica Brasileira deve de significar toda musica nacional como criação quer tenha quer não tenha caráter étnico.”
- Mário de Andrade, 1962, 16.


Semana de Arte Moderna, 1922.



MÁRIO DE ANDRADE CENSURADO PELA DITADURA MILITAR

Mário de Andrade, por Paulo Cavalcanti.
Em 1970, a gravadora Festa preparou um disco em homenagem a Mário de Andrade, morto 25 anos antes, com alguns de seus mais conhecidos poemas. Cumprindo a exigência legal de então, o projeto foi submetido ao Serviço de Censura de Diversões Públicas. Resposta: seis poemas proibidos. Entre eles, Ode ao Burguês ("Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, o burguês-burguês!") e Lira Paulistana. As razões dos vetos eram alegadamente estéticas. "Falta de gosto" era expressão recorrente. Histórias como essa aconteceram com freqüência durante o regime militar instalado em 1964. Mas acabaram ficando em segundo plano na memória do período, por causa da truculência da censura musical exercida com motivação política. Estes documentos estão nos acervos do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e de Brasília, onde as pastas relativas à ação da censura ocupam mais de 800 metros lineares de prateleiras.

O veto a Lira Paulistana foi justificado nos seguintes termos: "Quanta falta de preparo, assunto, gosto e tudo..." Sobre Ode ao Burguês, o censor observou: "O autor, que vem primando pela falta de gosto, só pode ter mais uma de suas letras interditadas." Em bom português, o senhor jamais ouvira falar em Mário de Andrade e simplesmente não gostara do texto.

A censura de "Lira Paulistana", de Mario de Andrade.
Acervo: Arquivo Nacional - publicado na revista Veja, ed. 2054, 2 abril.2008.





Mário de Andrade - Foto: (...)

DOCUMENTÁRIOS E FILMES 
Documentário: "Piano e Ganzá - O Mundo Musical de Mário de Andrade".
Direção e roteiro: Maria Figueiredo
Sinopse: O especial mostra os "outros Mários", desconhecidos do grande público: o Mário professor de piano; o fotógrafo e colecionador; o crítico de música, escrevendo nos principais jornais paulistanos da época; o interlocutor, transpondo as barreiras existentes entre o popular e o erudito e transformando-as em material de criação e memória. E ainda traz depoimentos de José Bento, ex-secretário de Mário de Andrade; Dona Maria Arruda, ex-aluna de piano; Telê Ancona Lopes e Flávia Toni, do IEB/USP; os historiadores Arnaldo Contier, Nicolau Sevcenko, Paulo Castagna, Álvaro Carlini; a coreógrafa Lia Rodrigues; o etnomusicólogo Paulo Dias; o professor de literatura brasileira José Miguel Wisnik; o compositor H.J. Koellreutter; e o antropólogo Marcelo Manzatti, além de depoimentos dos brincantes e cantadores populares.
Co-produção: Núcleo de Documentários da TV Cultura e GW Comunicação.
Ano: 2002.
Prêmio: prêmio de melhor direção, roteiro e melhor documentário.




Título: A Casa de Mário de Andrade

Mário de Andrade, por Anita Malfatti.

Direção: Ruy Santos
Formato: 35mm, BP, 561m, 24q - Curta-metragem/ não ficção
Duração: 21min
Ano: 1955 - São Paulo, Brasil.
Certificado: Censura Federal 35221, 08.11.1955. nc 5.
Sinopse: "Documentário sobre a casa de Mario de Andrade na Rua Lopes Chaves, São Paulo. Aspectos da fachada e do seu interior onde constam os móveis, os quadros, os manuscritos e os diversos objetos de decoração"
"São Paulo (vistas gerais: centro e zona industrial). A casa de Mário de Andrade: fachada, portão, porta, interior da residência na rua Lopes Chaves. A escada, a biblioteca, o fichário e a organização de suas cartas pessoais, o estúdio decorado com uma harmônica, quadros e objetos antigos. A narração lembra os tempos heróicos do Modernismo e o nacionalismo fremente de Mário de Andrade. Sua máquina de escrever, seus manuscritos, sua mesa de trabalho. Imagem de arquivo com indígenas e fotos fixas de candomblé: temas presentes na obra marioandradina. Visão dos objetos de sua casa: um oratório e santos barrocos. Os quadros que retratam Mario de Andrade. A casa da rua Aurora onde o escritor nasceu. Fotos de sua infância, do tempo modernista e de seus amigos, do seu cargo como diretor do Departamento Municipal de Cultura e suas obras administrativas de 1935 a 1937. Em 1938, no Rio de Janeiro e sua volta a São Paulo, a seus quadros e a seu piano. Sua coleção de partituras e discos. A sala da casa da Lopes Chaves decorada com objetos de diversas procedências culturais do Brasil. As gravuras de artistas estrangeiros e os livros raros. Seu busto esculpido." (Material examinado)


Título: Mário de Andrade: reinventando o Brasil, da série Mestres da Literatura.
Duração: 30 minutos
Produção: TV Escola
Sinopse: O documentário traz a biografia e faz um estudo das obras de Mário de Andrade, além de relacionar a relevância de sua produção cultural com a história do país.

Parte I


Ficção
Filme: Macunaíma (romance)
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Sinopse: As aventuras de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, e suas andanças por um Brasil em transformação. Um compêndio dos mitos, lendas e da alma do brasileiro, a partir do clássico romance de Mario de Andrade.
Gênero: Fantasia/comédia
Duração: 110 min
Formato: 35mm, cor (Eastmancolor)
Ano: 1969 – Brasil
Roteiristas: Joaquim Pedro de Andrade, Mário de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José (1), Jardel Filho, Dina Sfat, Milton Gonçalves, Rodolfo Arena, Joana Fomm, Wilza Carla, Hugo Carvana, Leovegildo Cordeiro, Maria Lúcia Dahl, Rafael de Carvalho, Tite de Lemos, Maria Do Rosario (1), Maria Letícia
Companhia: Condor Filmes.



Filme: Lição de Amor (romance "Amar, Verbo Intransitivo")
Direção: Eduardo Escorel
Sinopse:
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Formato: 35mm, cor (Eastmancolor)
Ano: 1978 – Brasil
Roteiristas: Eduardo Coutinho, Mário de Andrade, Eduardo Escorel
Direção de Fotografia: Murilo Salles
Música Original: Francis Hime
Elenco: Lilian Lemmertz, Rogério Fróes, Irene Ravache, Marcos Taquechel, Maria Cláudia Costa, Magali Lemoine, Mariana Veloso, Roberta Olimpo, William Wu, Marie Claude, Déa Pereira
Companhia: Corisco Filmes


Filme: Exu-Piá, Coração de Macunaíma (romance "Macunaíma")
Direção: Paulo Veríssimo
Sinopse: "O velho Macunaíma foge espavorido da Amazônia porque as matas estão sendo devastadas. O novo Macunaíma está cansado de morar no céu e resolve voltar pra sua terra, América do Sol. "Exú-Piá" Dois Macunaímas viajam pelo Brasil atual e procuram os rastros do seu criador Mário de Andrade, pra ver se ele topa mudar seus destinos de "herói sem nenhum caráter". Mas para que Mário possa mudar seu destino, eles terão que recuperar a Muiraquitã, o amuleto mágico, símbolo da identidade, que caiu de novo nas mãos do Gigante Piaimã, comedor de gente. Na busca de Mário e na caça ao talismã, encontram seu filho, o caboclo Mitavaí, "menino feio que sabe das coisas", e que por conhecer bem a realidade brasileira, quer transformá-la. "Ai que preguiça!..." Só de pensar na luta que dá, Macunaíma fica desanimado... Os Dois são Um: "Exu-Piá!". E tudo se passa como numa autêntica peleja de cordel eletrônico. Os encontros e os desencontros dos dois Macunaímas, o preto e o caboclo, o cinema e o teatro, o velho e o novo, recriam as aventuras do Herói de nossa gente, que se defronta com os sufocos da Taba Gigante da Civilização, tentando resgatar a vida em meios aos conflitos de dois Brasis que se entredevoram. "Exu-Piá!" num claro-escuro jogo de espelhos, um caleidoscópio pisca-piscando e a Rapsódia se recompõe. Agora não só o papagaio conserva no silêncio as falas e os gestos do Herói. Macunaíma resuscita mais uma vez..." (Embrafilme/Catálogo 1986)
Gênero: Comédia
Duração: 124 min
Formato: 35mm, cor
Ano: 1987
Companhia: Marupiara Produções de Arte; Centro Cultural Mário Macunaíma; Jabuti Press
Companhia co-produtora: SkyLight Cinema.


Minissérie: Um Só Coração
Sinopse: Semana de Arte Moderna de 1922. uma homenagem à cidade de São Paulo em comemoração aos 450 anos de fundação.
Direção geral: Carlos Manga
Direção: Marcelo Travesso Ulysses Cruz e Gustavo Fernandez
Roteiro: Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira - com a colaboração de Lúcio Manfredi e Rodrigo Arantes do Amaral.
Trilha sonora: contou com uma adaptação de uma das obras mais famosas de Tchaikovsky, a 5ª Sinfonia. A versão adaptada reunia vários movimentos numa só canção e foi chamada no CD de "Sinfonia Paulistana".
Ano: 2004 - 54 capítulos.
Produção: Rede Globo.

Título: Diálogo entre Macunaíma e seu criador, Mario de Andrade
Vídeo: Poesia de Mano Melo
Direção, produção e edição: Iêda Rozenfeld
Texto e argumento: Antonio Augusto Pereira de Melo
Prêmio: 4º prêmio internacional de poesia
Edição: 2ª edição em 2005.
Duração: 4 min.





[Foto Arquivo Mario de Andrade do IEB/USP]

"Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição."
- Mário de Andrade



  • Da esquerda para a direita: Patrícia Galvão (a Pagú), Anita Malfatti, Benjamin Peret, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Elsie Houston, Álvaro Moreyra, Eugênia Moreira e Maximilien Gauthier - foto: Estação Central do Brasil - durante a exposição de Tarsila do Amaral no Rio de Janeiro, em 1929 (Amaral, Aracy. Tarsila sua obra seu tempo, vol. I. São Paulo: Perspectiva, Edusp, 1975, p. 280).


“(...) formulação de um nacionalismo descritivista que sistematizou o estudo científico do povo nacional, na sociologia em geral, no folclore em particular, na geografia contemporânea; e, por último, promoveu uma reacomodação nova da linguagem escrita à falada (já agora com todas as probabilidades de permanência)muito mais eficaz que a dos românticos.”
- Mário de Andrade, 1972.


Mário de Andrade
- Foto: (...)
FORTUNA CRÍTICA DE MÁRIO DE ANDRADE
[Estudos acadêmicos sobre a obra e vida de Mário de Andrade: Teses, Dissertações, Monografias, Artigos e Ensaios]

100 obras-primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura. Curadoria e texto Marta Rossetti Batista. São Paulo: IEB, 1993. 24 p., il. p.b.
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Mário de Andrade em sua biblioteca.
Foto: (...)
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Mário de Andrade e Henriqueta Lisboa.
por Gentili.




Machado de Assis, Mário de Andrade e Monteiro Lobato.
por Saci.


Mário de Andrade e Câmara Cascudo.


Mário de Andrade e os escritores mineiros: Hélio Pellegrino, 
Alphonsus de Guimarães filho, Otto Lara Resende e 
 Alexandre Drumond (em pé), Oscar Mendes, Mário,
 João Etienne Filho (sentados)



Cândido Portinari, Antônio Bento, Mário de Andrade
 e Rodrigo Melo Franco - Foto: (...)




Mário de Andrade, em passagem por Araraquara - SP.

VARIAÇÕES SÔBRE O NOME DE MÁRIO DE ANDRADE
de Manuel Bandeira

Mário:
Inteligência
Sabor
Surpresa

As neblinas paulistas condensaram-se em ácidos sarcásticos
E queimaram a epiderme azul dos aços virginais.
Mas nas sombras mais fundas ficaram os docementes dos nanquins mais melancólicos!...

Como será São Paulo?...
O Paraná com pinhais intratáveis?
Mário de Andrade (...).
(Não servem para uma exploração regular da indústria do papel.)
Goiaz? A ilha do Bananal?
Matas úmidas que são como os seios do nosso amor...
Mas os índios? Os mosquitos?
Os botocudos e os borrachudos...
Como será o Brasil?...

Como será São Paulo?...

São Paulo era a Sé Velha
Cercada de sobradinhos coloniais...
Na rua de S. João a escala cromática dos pára-sóis dos engraxates.
Progrédior. Politeama.
A Casa Garraux vendia também objetos de arte.
Camilo Castelo Branco não sabia ainda da existência dos piraquaras do Paraíba.
Não havia ainda Vasco Porcalho, livreiro-editor, encomendando a todo mundo uma novela safada.
Havia, sim, a Avenida Tiradentes, espaçada como um feriado nacional.
E o edifício Liceu pedindo baixinho que o deixassem em tijolo aparente.
(Lá dentro , eu desenhando a bico de pena motivos arquitetônicos do Renascimento...
As minhas arquiteturas corruídas!...)
Duas vêzes por semana música no jardim da Luz.
A banda do maestro Antão!
(A primeira da América do Sul).
(Bis! Bis!).
O namorozinho nacional passeando cheio de dengue entre os zincos lambuzados de cerveja.
Não havia guaraná, bebida depurativa e tônico-refrigerante (seguem-se os atestados médicos).
Quem fazia o policiamento era a torre da Inglêsa.
O relógio grande batia os quartos, um, dois, três, quatro, e o recomeçava indefinidamente, sem compreender como aquela gente podia ainda ouvir Puccini.
E em tôrno dêle a garoa paulista, irônica, silenciosa, encharcava todos os segundos...
Mas as garoas condensaram-se em ácidos sarcásticos
E queimou a epiderme azul dos aços virginais!...
Mário de Andrade!

Como será São Paulo?

Não havia mais bandeirantes.
Nem a lembrança de Álvares de Azevedo.
O antigo Largo de S. Bento com as árvores nuas e magrinhas
Pedia tanto um pouco de neve que lhe desse um arzinho de Paris...
Os filhos de Bernardino de Campos faziam parte do "cordão".
Nem Teatro Municipal nem Esplanada-Hotel.
Só havia um viaduto.
Anhangabaú dos suicídios passionais!...
Ponte Grande!
Cambucí!
E o cemitério da Consolação...

Mário, um cigarro!
O punho forte do subconsciente campeia e conjuga os relâmpagos mais díspares.
Os ritmos mais dissolutos.
Raivas.
Testamentos de Heiligenstadt
Amores. Fantasmagorias. Carnavais. Porrada.
Coisas absolutamente incompreensíveis.
Mário, por (...)
Como as obras de Deus.
Dinheiro. Bonde, Café. Cigarro.
Inteligência. Afeto.
Raivas. Raivas.
MAIS RAIVAS.
Bondade.
A girândola do último dia de novena!
Tudo. Para todos os lados.
Católico.

Mário, um cigarro!
Positivamente esta quarta-feira está cotidiana demais.
O leite da manhã tinha mais água.
O sol está banal como uma taça de campeonato.
Eu não sei latim.
Não sei cálculo diferencial e integral.
Não sei tocar piano (por causa de uma sonatina de Steibelt!...)
Não compreendo absolutamente nem Fichte, nem Schmelling, nem Hegel.

Victor Hugo é pau.
Byron é pau.

Mário, um cigarro!
CAPORAL LAVADO!

Numa pia de igreja em Bizâncio estava gravada a frase:

NI(PS) ONANOMHMATAMHMONO.... (PS)IN
Lida da direita para a esquerda recompõe o mesmo sentido:

LAVA OS PECADOS NÃO LAVES SÓ A CARA
Mário, êles não lavam nem os pecados nem a cara!
Os homens são horríveis.
Por isso - HÁ QUE OS AMAR.
Com os docementes dos nanquins mais melancólicos.
(As categorias gramaticais são artifícios didáticos)

Ale guap, guap, guap!
Ale guap, guap, guap!
Hurra!
Hurra!
Os brasileiros bateram os paraguaios por 2 a 0.
Pennafort é um assombro !
(Impossível fazer poesia no Brasil sem falar em foot-ball).

Brasil...
Como será o Brasil?...
E como será São Paulo?...

- MÁRIO DE ANDRADE
Fonte: Revista do Arquivo Municipal CVI - Prefeitura Municipal de São Paulo - Dept. Municipal de Cultura - Jan/fev.1946.



Homenagem
Patrono da Cadeira n. 40 da Academia Brasileira de Música.
"A preocupação cosmopolita [de Mário de Andrade], que sucede às grandes transformações urbanas do começo do século, corresponde a fase vanguardista, a máscara do 'trovador arlequinal', do poeta sentimental e zombeteiro que encarna o espírito da modernidade e de suas contradições; à preocupação com o conhecimento exato do país e de suas potencialidades, corresponde a imagem do estudioso que compila os usos e costumes (procurando entendê-los e organizá-los numa grande unidade), a máscara do 'poeta aplicado'; à preocupação com mudanças estruturais em 1930, que para a burguesia significam o realinhamento e o reajuste de suas forças em um novo equilíbrio, corresponde a imagem do escritor dividido entre muitos rumos, do poeta múltiplo, a própria máscara 'da diversidade' em busca de unidade; à preocupação com as crises sucessivas de hegemonia com que se defronta o Estado nos anos imediatamente posteriores à revolução, corresponde a imagem da crise (ou a crise da imagem?), a máscara de uma intimidade atormentada, feita de mutilações e desencontros, uma espécie de 'espelho sem reflexo'; à preocupação com a luta de classes, que floresce nos anos 30 e que a burguesia soluciona através da ditadura e da traição aos seus princípios igualitários, corresponde o último rosto desenhado pelo poeta, a figura da consciência que protesta, a máscara do poeta político."
João Luiz Lafetá [1986]. Figuração da intimidade: imagens na poesia de Mário de Andrade. p. 15-16.).


Mário de Andrade, por Adriana Bruna Pinheiro da Silva.
REFERÊNCIAS E FONTES DE PESQUISA

© Obra de Mário de Andrade é de domínio público (janeiro 2016).

© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske


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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção, edição e organização). Mário de Andrade e a construção da cultura brasileira. Templo Cultural Delfos, junho/2011. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 18.2.2014.



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